Gostaria de compartilhar a minha experiência em relação a essa lesão no músculo-tendão POPLÍTEO com algumas dicas que talvez ajudem a evitar o afastamento da modalidade em questão, a qual entitulei de A BAGAGEM PATOLÓGICA DOS CICLISTAS.
Observando o joelho durante a pedalada, podemos comparar ao movimento de uma biela-manivela. Além do plano flexão-extensão um segundo plano de mobilidade ocorre também. A assimetria dos dois côndilos femurais, que acionam a rotação da tíbia em relação ao fêmur em cada movimento de flexão e extensão.
Se durante o momento da flexão-extensão o membro inferior (pernas) não esta em contato com o solo, é a tíbia que roda em relação ao fêmur. Como os pés dos ciclistas estão bloqueados a tíbia fica impedida de rodar, nesse caso é o fêmur que se move em relação à tíbia, e a pedalada gera uma ligeira rotação do fêmur, a cada flexão-extensão.Para que os movimentos da rotação do fêmur em relação á tíbia continuem ocorrendo de forma harmônica é interessante que o ciclista, antes de fazer o ajuste final da sapatilha no pedal, experimente o movimento algumas vezes. As lojas especializadas oferecem o ``BIKE FIT´´, é exatamente o bike fit que irá determinar a posição correta e definitiva na sua bike. Não só a posição correta das sapatilhas como irá também ajudar a determinar o tamanho da bicicleta em relação á altura do ciclista, o posicionamento do clip (no caso dos triatletas), posicionamento do guidão, do banco e outros ajustes milimétricos que determinarão o futuro das patologias no ciclismo.
Durante a pedalada as forças que atuam sobre a rótula tendem a empurrá-la para fora da sua posição natural. Numa flexão de pernas a 130 graus a pressão sobre a rótula pode chegar a 260kg. Já na corrida a pé, exerce-se sobre o tendão da rótula uma tração de aproximadamente 700kg, dependendo da velocidade e peso do atleta essa tração pode chegar até a 1200kg. A inflamação chamada de tendinite, muitas das vezes ocorrendo exatamente na inserção músculo-tendão, localiza-se no tendão rotuliano, e pode tornar-se muito intensa, mesmo impossível de suportar, quando o indivíduo se ajoelha ou faz agachamento. Esse tendão é especialmente solicitado no caso dos ciclistas, que executa em média, 150 pedaladas por quilometro, o que corresponde a mais de 30.000 pedaladas numa etapa média do Tour de France.
No meu caso a inflamação maior foi no músculo Poplíteo, responsável pelos primeiros graus de flexão da perna esse músculo inflamado me impediu de tirar os pés do chão mesmo quando eu estava sentado. É importante também trabalharmos separadamente o fortalecimento de cada parte do nosso corpo a fim de evitar que alguma região menos fortalecida se enfraqueça e as dores e inflamações surjam. Tenha consciência de que o corpo funciona como uma cadeia de movimentos, ciclistas precisam de pernas fortes e resistentes, más precisam também fortalecer outras regiões do corpo, como quadril, lombar, cervical, ombros entre outras partes. Trabalhe separadamente cada grupo muscular e descubra a força e segurança durante a pedalada. A mente consciente evita dores, afasta os problemas e torna mais duradora e prazerosa seja qual for a atividade.
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