Voltei a ler em alguns blogs a insinuação de que a recuperação dos atletas profissionais no Brasil está estagnada. E na área da fisioterapia, estar estagnado significa ter retrocedido.
Colocam em dúvidas as ações de membros das Comissão Técnicas referente ao planejamento estratégico nas disputas dos inúmeros torneios (campeonatos regionais, nacionais, Libertadores, etc). Dizem os "bloguistas" que os jogadores se lesionam porque a recuperação física entre um jogo e outro é falho. Que os fisioterapeutas não estão dando conta do batente. Alguns dizem que na Europa os treinadores são mais inteligentes na hora de poupar seus atletas, fazendo um revezamento e não sobrecarregando o jogador nem seus fisioterapeutas.
Eu, particularmente, acho tudo isso uma bobagem. Na Europa a quantidade de jogos é menor, os campos são melhores, o clima é mais ameno, as tabelas são mais organizadas, as viagens mais curtas, e por conta disso tudo e mais um pouco, é que tudo é diferente do Brasil.
Alguns deles chegam a dizer que o profissional brasileiro do futebol não gosta de novidades e estão arraigados em velhos conceitos. Um deles chega a dizer que o Refis, que já foi referência na área de recuperação, está decadente. Outro fala que falta "massa encefálica" à velha geração de profissionais do futebol (treinadores, preparadores físicos, fisioterapeutas, massagistas, etc). Uns tratam esses profissionais como burrinhos e cabeças duras.
Será que tudo isso é verdadeiro ou será que quem está com falta de "massa cinzenta" e não percebe o ridículo do que está escrevendo são os blogueiros?
Abraços,
Comentários
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Mateus Simões Mendes
em 28 de Março de 2012 às 21:13.
Olá Edison e todos colegas da comunidade,
Concordo plenamente com suas palavras. Realmente não podemos comparar todo o sistema de funcionamento (campo, número de jogos, clima, condições de trabalho, suporte financeiro, treinadores, fisioterapeutas, preparadores físicos e mesmo os atletas) do futebol europeu com o brasileiro.
Como fisioterapeuta, posso afirmar que nós estamos tão bem preparados quanto profissionais de outros países. Já tive contato com alguns treinadores de times grande e sei que são muito competentes e trabalham dentro de suas possibilidades, realizando trabalho maravilhoso.
Acho que pessoas que escrevem isso não fazem idéia de quanto nós somos valorizados lá fora. O grande mal é que não somos valorizados em nosso prórpio país, o que faz com que cada vez mais profissionais qualificados saiam para buscar reconhecimento lá fora.
Quanto ao Refis, queria entender como está decadente, já que muitos atletas vem dos países europeus para se tratarem lá.
Abraço a todos,
Por
João Guilherme Cren Chiminazzo
em 30 de Março de 2012 às 02:22.
Pessoal..... acredito que, para nós, falta ciência. Falta pesquisa. Falta estudo. Não podemos mais ficar olhando, de fora, uma coisa e enaltecendo essa coisa, renegando a último plano o que fazemos, ou melhor tudo o que fazemos.
Muitos coemntam que nossoa índice de lesão é alto e que na Europa sim o índice é baixo, que lá é melhor, é isso ou aquilo.... Sem querer me alongar, a pergunta que faço é a seguinte: Qual é a comprovação científica que temos um índice de lesão alto? Eu já publiquei alguns trabalhos em congressos que comprovava que os índices de lesão estavam todos abaixo da média preconizada pela FIFA.....
Antes de criticar temos que entender um pouco mais das coisas e não sair falando bobagem, precisamos de ciência, de pesquisas, de estudos e consequentemente de conhecimento produzido aqui!!!! isso falta para gente... estamos atrás de muitos e muitos países pelo mundo!!!
abraços
JG
Por
Edison Yamazaki
em 8 de Maio de 2012 às 02:38.
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João Guilherme Cren Chiminazzo
em 9 de Maio de 2012 às 11:25.
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Edison Yamazaki
em 9 de Maio de 2012 às 18:56.
Por
João Guilherme Cren Chiminazzo
em 9 de Maio de 2012 às 23:54.
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