Recentemente, ao participar de dois cursos de futsal, me vi em uma dúvida: Usar ou não o Futsal como formador de um Jogador de Futebol de Campo?
No primeiro Curso, com o Professor Andreu Plaza - Técnico do Time Sub-20/coordenador da Base do Barcelona Futsal (Espanha) – Foi dito, por ele próprio que no Barcelona, o Futsal e o Futebol são esportes que não se “comunicam”, ou seja, o jogador de futsal do clube só joga futsal, não há o intercambio do futsal para o futebol e vice-versa.

Já no Segundo curso, com o Professor José Alexandre Fiuza – Técnico da categoria de base de Futsal do Santos – Foi dito que o Futsal no clube serve como uma porta de entrada para os garotos que querem um dia se tornar jogador de Futebol do Santos, ou seja, o Futsal no clube, tem como objetivo principal revelar jogadores para o time de Futebol de Campo.

Com isso caros colegas, gostaria de opiniões sobre o assunto.  

Comentários

Por Wilton Carlos de Santana
em 8 de Setembro de 2016 às 12:57.

Boa tarde, senhores.

Gostaria de parabenizar o Julio pelo tema escolhido. Igualmente, por "opor" dois profissionais do mais alto gabarito, que, como visto, lidam com realidades distintas, ambas de sucesso.

Um abraço aos colegas.

Por João Luis Xavier Sans de Magalhães
em 2 de Fevereiro de 2016 às 00:51.

O futebol e o futsal são esportes que possuem grandes semelhanças em suas regras e objetivos, porém também possuem grandes diferenças.

No futsal, devido ao espaço e ao número de jogadores, o jogo se torna muito rápido e exige grande habilidades similares de todos os jogadores, pois a rotatividade é alta e os jogadores devem ser capazes de exercer funções de ataque e defesa. Já no futebol, por ter um maior número de jogadores e um espaço significativamente maior, permite que os jogadores tenham mais tempo de tomada de decisão e exerçam funções específicas.

Porém, mesmo com todas as diferenças de regras, espaços, gols, bolas e número de jogadores, acredito que é possível aproveitar a iniciação do futsal para descobrir potenciais jogadores de futebol, através da qualidade de seus fundamentos e habilidades específicas.

Por Guilherme Martins de Paula
em 2 de Fevereiro de 2016 às 10:16.

O futebol e o futsal são dois esportes muito parecidos, se for comprar os objetivos e também as regras. Porém no futsal, todos os atletas devem ter uma reação em menor tempo, pois a quadra é pequena e isso faz com que os jogadores de futsal sejam todos habilidosos, já no futebol como o campo é muito grande, permite que os jogadores tenham mais tempo para pensar na sua jogada e nem todos os jogadores têm necessariamente que ser muito habilidosos pois, tem outras funções que precisam de jogadores com outros estilos. Acho que o futsal pode ser uma porta para entrar no futebol sim,possibilitando assim um futebol com mais atletas habilidosos e um futebol mais bonito.

Por Hugo Mendes
em 2 de Fevereiro de 2016 às 11:17.

Não consigo ver o futsal sendo porta de entrada para o futebol de campo. Apesar de serem dois esportes tecnicamente parecidos, um não completa o outro. 

Muitos jogadores que foram formados no futsal e se tornaram jogadores de futebol carregam características técnincas da quadra para o campo, o que não significa ser necessariamente bom. Isso por que os dois esportes possuem diferenças táticas enorme. 

Uma forma melhor de preparar a criança para o futebol seria o futebol de sete. Dessa forma a criança se acostuma com espaço, tamanho da bola e material para a prática do esporte. Tornando cada vez mais rápida a adaptação do atleta de base.

Por Roberto Affonso Pimentel
em 15 de Fevereiro de 2016 às 12:02.

Olá Júlio, e demais professores, acadêmicos ouropretenses (são mjistos) e outros interessados.

Tenho alguns artigos colocados à discussão no www.procrie.com.br/  Quando puderem, estarei à disposição para trocar informações e conhecimentos. Creio que teremos todos um momento agrádavel de compartilhamento e aprofundamento necessários para a formação de um profissional.  Eis um deles... 

O Que um Professor Pode Ensinar a um Técnico?

Posted under Escola Esporte Formação Continuada Lições on segunda-feira, 11 agosto 2014 by Roberto A. Pimentel Edit

 

Parece que sabemos todos o que fazer.

O problema é colocar em prática.

Identificando e Buscando Soluções  (parte II)

 – Por que técnicos não transmitem aos professores suas experiências acumuladas em seu trabalho? 

– Não estaria embutida aqui uma ideia maravilhosa: o que o professor pode ensinar ao técnico?

 Design thinking – Design instrucional – Engenharia pedagógica – Ingénierie pédagogique.

 Técnico, Treinador, Professor(a)

– Que importância adquirem no ensino?

– Importância da participação de professoras.

Há pouco postamos artigo sobre o tema O que um Técnico Pode Ensinar a um Professor? Em que oferecemos debater o assunto de forma cordata, nada competitiva. Ali expusemos um exemplo do  valor relativo dessa contribuição dada a disparidade (ainda) dos valores pedagógicos a serem almejados. O alto nível está muito distante da base, sendo determinante a busca de outros passos a serem percorridos.

Para os menos sensíveis à questão da Formação esportiva, basta acompanhar o noticiário da imprensa sobre nossas possibilidades nos jogos olímpicos/2016. Percebam que não é injetando dinheiro que se produz uma geração de atletas, há algo mais em que se pensar com objetividade e conhecimento. Como propalam bons educadores, não é o salário que torna um professor bom ou mau em sua tarefa de ensino. Lembro que em algum dos artigos já postados apontamos uma realidade conhecida no meio esportivo: “Há bons treinadores (técnicos) para dirigir uma equipe; outros, para treiná-las (treinador). Difícil é acumular”! Mas, e nas escolas? Quem deve despertar o interesse dos jovens  na prática esportiva?

Como seria o diálogo, por enquanto impossível no Brasil, entre os grandes intérpretes e influenciadores dos interesses de um indivíduo: o técnico de seleção e o professor escolar, incluída a PROFESSORA? É notória a distância que os separa no cenário nacional, ainda que muitos reconheçam a necessidade de mudanças e a implantação de uma política de incentivo à Formação para qualquer desporto. Rios de dinheiro escoaram pelos ralos da incompetência e corrupção ao longo dos tempos e, enquanto políticos ou agentes desportivos defendem seus interesses, o espectro de que algum dia possamos  divisar luz no final do túnel muitas gerações estarão condenadas ao ostracismo desportivo. Vejamos como exemplo um caso em competição internacional.

A seleção de voleibol masculina andou declinando na primeira fase da Liga Mundial recentemente concluída. Ao final, recuperaram-se e conquistaram um segundo lugar honroso. Mas naqueles momentos duvidosos de classificação, as previsões eram pessimistas e ainda persistem, a clamar por renovação, a inclusão de um cubano que atua no Cruzeiro, falta de patrocinadores, equipes que se desfazem, a Liga Nacional não é a mesma, etc. Como pode o técnico constituir e tornar uma equipe campeã se existem fatores contrários à renovação de valores? E ainda: em que condições desenvolvem seu trabalho e se há algum instrumento confiável de avaliação de seu desempenho? Não se criam possibilidades de estudos/pesquisas para divulgação e acompanhamento científico. Até onde sabemos, apenas um relatório, logo engavetado. Talvez pudessem parar de se queixar de que “não têm tempo para treinar este ou aquele jogador com alguma deficiência”. Ou mesmo, que nenhum treinador se apresentava para acompanhar os treinamentos das seleções.

Os dirigentes da CBV tinham um critério na indicação dos técnicos principais das seleções: a confiabilidade pessoal de seu presidente. O período seria “olímpico”, coincidindo com os quatro anos entre os Jogos, salvo algum acidente de percurso como ocorrido  nas dispensas de Ênio Figueiredo (feminina, 1984) e posteriormente, na masculina como o coreano Sohn (1988). Atualmente, é de fácil conclusão que a eficiência – conquista de medalha – fala mais alto.

O treinador

Do dicionário extraímos os sinônimos: catedrático, docente, doutor, educador, instrutor, lente, mentor, mestre. Na prática, parece haver um consenso de hierarquia advindo de suas funções em uma equipe. Estaria logo a seguir do técnico e seu auxiliar mais direto, por isto denominado “auxiliar-técnico”. Todos eles, inclusive o técnico, podem ou não ser um professor de Educação Física. A prerrogativa principal é o diploma conferido pela entidade oficial do país de “técnico internacional”.

O Professor… e a Professora

Talvez fosse bem melhor para o esporte nacional, que eles ouvissem os professores de Educação Física e, principalmente, suas dificuldades em fazer Esporte Escolar. E não dizer-lhes que nada entendem, pois “não são do ramo”. Este fato parece não se constituir problema para a Rússia, uma vez que por lá existem milhões de praticantes de voleibol que têm sua iniciação ou formação a partir das escolas. Se verdade, creio que devamos volver nossos olhares não para as causas apontadas acima, mas para as crianças, suas escolas e, principalmente, a formação profissional de seus educadores.

Muitos professores ainda acham que o ensino do voleibol é dificultoso, especialmente para crianças. Alegam dificuldades motoras, além das imposições da regra do jogo que impede conduzir (progredir) a bola e deixá-la tocar o solo: o toque deve ser rápido e está limitado a três intervenções por equipe. Outros, que não vale a pena treinar baixinhos, gordinhos, seria perda de tempo. E ainda, bom número de aspirantes à docência já têm um histórico esportivo que os condiciona à especialização precoce em seu magistério e, portanto, quase sempre adotado em suas aulas.

Essa cultura está enraizada desde os primórdios das escolas de Educação Física, talvez pela falta de conhecimento dos primeiros mestres de formação militar. E permanece latente no ambiente universitário, haja vista a oferta de oportunidades de emprego e o ambiente restrito do voleibol, especialmente na atualidade com o encerramento das atividades clubistas. Durante muitos anos, e talvez ainda hoje, mestres universitários apregoavam que o voleibol deveria ser ensinado posteriormente ao basquete, e a seguir, o handebol. Todavia, dada a falta de atualização daqueles mestres, o currículo jurássico das universidades, aliados à falta de interesse na melhoria do ensino e dos próprios alunos, estamos estagnados em matéria de Métodos e Pedagogia de ensino. Então, as aulas se resumem a rolar uma bola de futebol para aqueles que querem brincar, e dez voltas no campo para os que se recusam. Enquanto isto, na quadra ao lado, as professoras ensaiam exaustivamente o tradicional jogo de queimada.

– Quais seriam, então, as oportunidades de as crianças aprenderem a jogar voleibol?

Essas e outras experiências contribuíram sobremaneira para alicerçar uma vocação que estava latente há muito. Com a aposentadoria das quadras, demos início a estudos sobre a Psicologia Pedagógica, Metodologia e a execução de projetos em nível nacional. Vejam a seguir como a falta e erros de percepção e planejamento oferecem condições de a história se repetir, isto é, confundirmos ponto de chegada com ponto de partida.

Era Nuzman… 1975-1995 (História do Voleibol no Brasil, Roberto A. Pimentel, vol. II, pág. 207-208)

Peças de Reposição – (…) Bebeto apregoava (técnico da seleção, 1984) que o vôlei estava reduzido a uma elite e que isto poderia prejudicar a seleção brasileira nas próximas competições internacionais por falta de opções para o treinador.[…]

Para o então presidente da CBV, Carlos Nuzman, “o problema era mundial, pois nem a União Soviética conseguiu armar uma equipe com mais de uma opção tática. Prova disso é que ainda não havia substituto par ao levantador Zaitsev”. […] A atualização dos técnicos brasileiros aos métodos mais modernos de treinamento e às táticas adotadas pelas principais potências preocupava o dirigente. Ele não sabia explicar a falta de interesse dos treinadores brasileiros pelo trabalho que vinha sendo realizado nas seleções feminina e masculina: “Em oito meses de preparação, apenas dois técnicos, um do Piauí e outro do Ceará, se interessaram pelo trabalho do Ênio e do Bebeto. Nenhum treinador comparecia aos treinos das seleções ou demonstrava qualquer interesse pelo trabalho. Além disso, poucos participaram dos cursos internacionais promovidos pela CBV nos últimos três anos. Isso só prejudica a formação de novos treinadores”. […] Ao que parece, Nuzman não considerava que os treinadores interessados tivessem seus próprios afazeres, seus compromissos profissionais e que nunca houve incentivo da entidade em promover este particular; pelo contrário, percebia-se certo desprezo, desconforto ou má vontade em atender possíveis candidatos.

Até hoje nota-se uma rivalidade e uma “hierarquia” no ambiente do voleibol, gravados por um pretenso “saber maior” pelo fato de ter participado da equipe técnica de uma seleção brasileira. A tal ponto chegamos que, no primeiro curso para técnicos de voleibol de praia, um dos professores, que fora auxiliar técnico de seleção, dizia a um dos seus alunos, muito perguntador e crítico, que se aquietasse e deixasse de questionar tanto, pois “não era do ramo”, numa nítida posição de insegurança e prepotência, ambas as filhas do regime militar que aturamos por longos anos.[…]

O dirigente considerava-se “dono da verdade”, a ditar regras, esquecendo-se de que talvez tivesse pessoas ao seu redor para instruí-lo a respeito do assunto. Ou então, centralizador e ditatorial, menosprezasse qualquer alternativa contrária. E estamos à vontade para dizer isto, uma vez que, em 1984, convencemo-lo a dar início a um trabalho de renovação pela Base, com a construção de um Núcleo de Referência na AABB-Rio, que se irradiaria pelo país. Infelizmente foi abortado por ação de um conselheiro mais próximo.

Ora, se a FIVB se preocupava desde 1972 em despertar o interesse de crianças no esporte, tendo realizado inclusive Simpósio Mundial de Mini Voleibol (1975), por que não as suas Filiadas? O mesmo Nuzman, guindado à presidência do COB, continua a exercer sua influência não muito saudável sobre ditames de ordem técnico-pedagógico sobre o Ministério dos Esportes e da Educação, a nos dizer o que fazer em relação ao esporte escolar. Cremos que lhe falta um pouco de humildade e lembrar-se de que muita gente pensa neste país e que os professores escolares não são funcionários do COB. Continua achando que Jogos Escolares resolverão os problemas da Formação de Base. Puro jogo para a mídia e seus “fieis escudeiros” funcionários do COB.

Seria de se esperar que os gestores educativos permitissem e facultassem planejamentos em que os verdadeiros professores poderiam ensinar aos técnicos, invertendo a pirâmide a favor de milhões de indivíduos. Nos em nossa missão, na busca de uma arquitetura pedagógica em favor da Formação de nossos futuros atletas, e principalmente, cidadãos conscientes e íntegros.

Nota: 

Um dos técnicos de seleção brasileira que nos incentivou e apoiou em determinado momento foi Paulo Roberto de Freitas, o Bebeto, que em sua brilhante passagem na década de 80 pela Bradesco, facilitou o contato com o gerente esportivo da Associação no sentido de apresentar-lhe o projeto que pretendíamos implantar no Rio de Janeiro para a introdução do Mini Voleibol. Infelizmente, não avançou, talvez pela grande perturbação da implantação do profissionalismo no Brasil. Em um segundo momento (1984), o mesmo Bebeto conduziu a seleção a Niterói para uma exibição-treino no ginásio do Canto do Rio em favor da APAE. Um sucesso!

Além deles, dois outros: Paulo Emmanuel da Hora Matta, quando nos convidou a proferir aulas na UERJ em curso de Técnica de Voleibol (1981); e Célio Cordeiro Filho, na Gama Filho e Estácio.

Valor de uma Boa Formação 

Em bate-papo informal entre amigos, logo após a missa de sétimo dia mandada rezar em Copacabana em sufrágio da alma de João Carlos da Costa Quaresma (março/2014), dizia-me Bebeto a respeito da Formação de atletas: “Como se pode fazer com que, p.ex., o Vissotto seja pelo menos um defensor regular? Ele jamais se sujeitaria a agachar-se e levar boladas no peito e cara”!  Calei-me em consentimento à afirmativa. Contudo, o leitor que nos acompanha perceberá o valor de um bom ensino a partir da formação inicial. Poderão constatar que não basta formar seleções de infanto juvenis, juvenis, uma vez que se destinam tão somente a vencer as competições internacionais, especializando precocemente os atletas e, muitas vezes, levando-os além de suas forças físicas. Tais competições não exprimem uma estratégica satisfatória, haja vista os resultados quando avaliados custo e benefício. Vejam o exemplo a seguir.

– Atualmente, como treinam as seleções brasileiras de ponta no que se refere ao fundamento defesa?

– Tentamos produzir diálogo com ambos os treinadores das seleções principais, mas nada conseguimos… AINDA, pois não desistiremos!

Em Portugal, p.ex., houve época em que a Federação Portuguesa de Voleibol (FPV) realizava um programa de visitas regulares a algumas cidades em que implantara o Gira-Volei, equivalente ao nosso Viva-Vôlei, conduzindo também o treinador principal da seleção masculina para entrevistar-se com as crianças e professores. Só configuração para fotos!

Leia mais… Projeto Modelo para Formação de Base em Escolas

 

Por João Guilherme Cren Chiminazzo
em 17 de Fevereiro de 2016 às 02:02.

Bom dia a  todos... 

 

Vejo que o maior problema em questão não é  com o futsal, mas sim pela concepção do processo de  formação de atletas nos dois ambientes  citados!!! E para mim, é  um grande  equívoco comentar que  futebol e futsal não se  comunicam.... possuem muitas semelhanças  sim!!!

Abraços...

Por Roberto Affonso Pimentel
em 17 de Fevereiro de 2016 às 09:04.

João Guilherme, e a todos os possíveis interessados em se aprofundar nos estudos.

Reproduzo o que publiquei no Procrie (em nov.2011) sob o título Habilidade vs. Talento

(http://www.procrie.com.br/2011/11/21/habilidade-vs-talento-13140)

Ensinar Voleibol, Futebol, Futsal, existe diferença?

Frequento um sítio – CEV – e muitas vezes me animo a conversar com os professores que ali depositam o seu saber, comentários e dúvidas. Foi assim que me imiscui em um proveitoso bate-papo com professores de futebol e futsal. Como todos sabem, em um Centro de Referência de Iniciação Esportiva são reconhecidas as técnicas para ensino do movimento, isto é, a metodologia e pedagogia são (ou deveriam) ser compatíveis a qualquer tipo de ensino, isto é, não só aos desportos. Sigam a cronologia dessa feliz experiência e no que redundou de imediato. Tentarei resumir algumas passagens para não cansá-los.

O tema proposto foi "Talento: Formar ou Detectar".

Proposta, por Prof. Enio Ferreira de Oliveira – (…) Gostaria de propor esta discussão após ler o livro Código do Talento. Talento nós formamos ou detectamos? Acredito que o professor de Ed. Física tem uma atuação mais global; antes de detectar talentos ou mesmo formá-los, seus objetivos têm que estar focados em formar cidadãos que saibam buscar e manter com prazer, qualidade de vida e boa saúde. (…) Dentro deste contexto o profissional deve detectar talento natural, não creio em formação de talentos, creio que lapidarmos diamantes, (…) na realidade polimos aquilo que já era natural. (…) Contrariando os conceitos do livro citado, creio que talento se detecta, se descobre, para eu desenvolver habilidades não pode se confundir com lapidação de talentos.

Comentários, por Roberto PimentelProfessor Enio. Talento, nós formamos ou detectamos? Mas o que é talento? (…) tendo em vista que li e reli a obra de Daniel Coyle, devemos colocar para os demais colegas que possivelmente ainda não tiveram contato com o autor (a edição estaria esgotada) o conceito do que seja talento. No rodapé da página 21, está consignado como ele conceitua o termo: “À palavra talento muitas vezes se atribui um sentido vago e repleto de conotações igualmente imprecisas, sobretudo em se tratando de jovens – a pesquisa mostra que ser um prodígio não é um indicador confiável de sucesso duradouro. Em nome da clareza, definamos talento em sentido estrito: a posse de habilidades repetíveis que não dependem do tamanho físico”. E continua, em tom de bom humor, “que me desculpem os jóqueis e os jogadores de futebol americano encarregados de interceptar os oponentes”. Na orelha pode-se descortinar todo o resumo desse trabalho: “Todos somos vencedores e talentosos, o segredo é praticar da forma certa!” E a obra nos ensina como. O que depreendo do livro é que ele acentua e propugna uma melhor qualidade no ensino em qualquer área do conhecimento – música, teatro, esportes, ciências, letras, arte – e nos dá a oportunidade de aquilatar o que neuro cientistas descobriram e ele pode constatar em suas andanças pelo mundo, inclusive aqui no país, na área de sua atuação, o futebol e futebol de salão (ver pág.25 e seguintes, “Como o Brasil produz tantos grandes jogadores”?). Pelos seus dizeres, parece não ter entendido que a teoria do Treinamento Profundo por ele defendida confunde-se com as aulas com qualidade e um propósito bem definidos que levem o jovem a se desenvolver naquilo que ele próprio escolheu para si. E, como tal, é um programa que qualquer professor pode desenvolver e aplicável à vida pessoal, aos negócios etc. É como enfatizam, um estudo fascinante que amplia excelentes formas de aprendizado. Em outras palavras, uma metodologia calcada na mielina. Estarei postando (…) algumas experiências a este respeito. Devo dizer que, mesmo sem conhecer a teoria, por pura intuição, exercitei-me nos estudos – matemática, português – e no voleibol da forma que ele defende. E, sem falsa modéstia, dei-me muito bem! Recomendo àqueles que almejam qualidade em seu labor que leiam e releiam o excelente livro. Foi muito bom você ter colocado tema tão extraordinário. Ele nos leva a uma outra questão: “o que vem a ser um bom professor”?

Comentário, por Enio Ferreira de Oliveira – Obrigado prof. Roberto, sua resposta é sim de uma contribuição importantíssima, eu li este livro emprestado de um amigo, tenho procurado para comprar ainda não o achei. Esta mesma discussão coloquei no meu blog e gostaria muito de sua contribuição, se for possível, temos tido lá, com vários professores, um excelente debate.

Comentário, por Roberto Pimentel no blog do prof. Enio – Sinto-me um intruso, fora do meu ninho, pois nada entendo de futsal e, de cara, vejo que o blogue é só para apaixonados pela modalidade. Entretanto, como sou curioso e recebi o convite para dar uma espiadinha no debate, devo dizer-lhe que me enriqueci com o que li. Todavia, como o debate acalorado situa-se no âmbito da Psicologia Pedagógica e Metodologia, imagino que devam firmar o conceito do que seja talento. Alguns colegas seus já manifestaram suas opiniões e, como disse um deles, talvez estejam dando voltas em círculo, dizendo a mesma coisa, porém com conceitos diferenciados. As conversas se tornarão alongadas e, talvez improdutivas. Neste caso, aconselho-os à leitura de bons autores sobre o tema. De minha parte, longe de me considerar um expert, entendi que o talento é algo que pode ser incorporado diariamente às suas habilidades – naturais ou não – independentemente das características genéticas. Assim, como apregoam os defensores do treinamento profundo, um indivíduo poderá se desenvolver em qualquer área do conhecimento humano desde que receba de seu instrutor a orientação adequada, no caso, o “caminho mielínico” de que nos falam neuro cientistas. A acreditar nisto, trata-se de o professor “saber como treinar o jovem para auxiliá-lo no seu desbravamento motor”. Considere-se, então, que haverá diferenças neste desenvolvimento entre os alunos, mercê de outros pré-requisitos a determinados fazeres. Mas, até aonde for possível, e dentro dos seus limites impostos pela natureza, ele se desenvolverá plenamente. Em outras palavras, necessariamente o aluno não tem que chegar ao máximo na carreira, mas alcançar o seu máximo! É certamente a posição mais difícil, que requer muito conhecimento e experiência, sendo imprescindível que o mestre conheça profundamente cada um dos seus alunos. Parabéns a todos pelo nível das discussões.

Comentário, por Samuel(…) Se lermos detalhadamente, estamos andando em círculos, com conceitos diferentes, vamos marcar sim, seria uma boa estamos juntos no MSN ou no próprio Facebook. Professor Roberto Pimentel, muito obrigado por também acrescentar muito em nossa discussão e ontem em conversa com Vagner Cardoso tivemos umas coisas em comum na conversa, então assim vejo que todos nós pensamos mais ou menos igual sobre este fator talento, porém temos alguns conceitos que ainda são diferentes em alguns casos. Por isso foi muito bom o debate para termos a oportunidade de compartilhar os pensamentos e até mesmo de modelar melhor nossos conceitos.

Comentário, por Lucas – (…) Entendo que os talentos existam em todos nós. E que pessoas que não detém um determinado dom podem sim vir a desenvolver uma grande habilidade em determinada função se a ela for ensinada de maneira correta. Acredito que os talentos de nossos jogadores são especialmente aflorados devido à forma como o futebol e futsal são vivenciados em nosso país. Crescemos jogando na rua, no recreio, com bola de plástico, de couro… O jogador brasileiro é estimulado desde muito cedo, acumulando uma gama de experiências enormes, talvez daí o nosso elevado nível técnico. Por fim, gostaria de deixar claro que acredito que todos podem ser bons em algo, com mais ou menos dificuldade. Para os gênios as coisas apenas acontecem mais naturalmente do que para nós os esforçados!

Comentário, por Roberto Pimentel, no CEV – Devo informar aos participantes do debate que fiz uma visita ao blogue do prof. Enio e lá deixei impressas algumas considerações, especialmente no que se refere ao valor da obra citada, “O código do talento”. Agora, surge um comentário muito interessante do prof. Lucas: (…) Pessoas que não detém um determinado dom podem sim vir a desenvolver uma grande habilidade em determinada função se a ela for ensinada de maneira correta. Nesta acepção, quer me parecer que talento (que chamou dom) e habilidade se confundem e, então, passível de ser desenvolvido (podem vir a desenvolver…). E continua: (…) em determinada função (que poderíamos dizer para maior clareza, direção, escolha). Entendo que uma escolha do indivíduo para desenvolver uma determinada habilidade está relacionada com o seu objetivo em aprender algo, como matemática, tocar piano, jogar tênis, pintar, cantar etc. Acrescenta ainda uma condição: se for ensinada corretamente. Lembro que terminei meus comentários (ver acima) com a pergunta: “O que vem a ser um bom professor”? Posto que para ensinar corretamente, somente um professor experiente e capaz. Felizmente, temos no Brasil muitos bons professores, que irradiam saber e cultura, cativando os jovens e tornando os caminhos da educação menos tortuosos àqueles que chegam ao mercado de trabalho. Ocorre que as formas de ensinar – os métodos – podem não ser os mesmos, o que os diferencia aos olhos menos atentos. Apenas seguem caminhos diferenciados para alcançarem o mesmo objetivo. Além disso, o carisma que possam despertar no outro, a pedagogia, seus sentimentos em relação aos jovens e à profissão, ampliam essas diferenças, ainda mais quando sabemos todos que Ensinar é uma Arte. Assim, é importante que cada professor esteja convencido e sempre busque cada vez mais aprimorar-se nessa difícil arte.

Coyle nos propõe reexaminar o processo do treinamento que ele denomina profundo, graças às suas pesquisas, leituras, buscas, viagens pelo mundo. Suas conclusões não são verdades absolutas, mas nos impelem a pensar e a também pesquisar, uma vez que sabemos nada é definitivo em matéria de Educação. O treinamento profundo não se diferencia do treinamento superficial na percepção de quem os realiza; esta seria enganosa, ou uma ilusão de competência. O treinamento profundo tem como um de seus princípios a aprendizagem situada no ponto ideal (correto), isto é, no limite de sua capacidade, de maneira que force o indivíduo a disparar seus circuitos neurais adequados. Como criar a habilidade em alguém? O indivíduo já nasce com ela ou é passível de ser ensinada e desenvolvida?  E mais: Como ensinar a desenvolver uma habilidade específica? Finalmente: Como estabelecer o ponto ideal da aprendizagem? (conceitualizada por Vygotsky nos anos 1920 como zona de desenvolvimento proximal). Essas e outras questões poderão ser discutidas (no meu blogue). Estarei aguardando-os com especial carinho.

Comentário, por Enio Ferreira de Oliveira (no CEV) – Professor Roberto, Muito obrigado por sua participação no meu blog, tenha certeza que nos enriqueceu muito com suas considerações. Estive lendo uns textos no site recomendado por você e pude constatar o excelente nível e com certeza passo a ser um assíduo frequentador. Uma dúvida, eu citando a fonte e o autor, é possível transcrever alguns textos no meu blog? Se isto for possível, sempre que o fizer lhe informarei. Vou recomendar a todos os amigos que verdadeiramente se interessam por crescer na profissão de educador.

Comentário, por Roberto Pimentel (no CEV) – Prezados jovens, Imbuí-me de uma missão (www.procrie.com.br/quemfaz/) cuja ferramenta imprescindível é a web. Desde que me aposentei (1991), sempre manifestei meu desejo de conversar com novos professores sobre a Arte de Ensinar, buscando oferecer-lhes mais alternativas para suas ações. Não encontrei eco na minha cidade, Niterói, confirmando-se o aforismo ninguém é profeta na sua própria terra. Ocorre que, dois anos depois de lançar o Procrie na internet, ocorreu uma espetacular mudança comportamental entre os meus pares niteroienses, pois já formam um grande contingente de visitantes. Que bom! A esse respeito, vejam o texto intitulado O Professor e o Missionário. Passarão a entender que estou aqui para servi-los no que me for possível. É claro que tenho demasiadas limitações, mas nada me assusta quando se trata de poder contribuir com uma palavra ou mesmo o meu silêncio respeitoso diante da fala de alguém. Quero estar próximo de todos. Sintam-se à vontade para usufruírem a melhor maneira que lhes aprouver desses escritos, muitas vezes sem muita valia, mas que encerram profundo sentimento de generosidade e carinho com a missão de ensinar a outrem. Só recomendo que tenham o cuidado de aprender interpretar e criticar as ideias dispersas entre tantas linhas. Assim, para uma análise do que vimos realizando, sugiro uma viagem pelos títulos do Novo Sumário, com uma sinopse das postagens. Sei que é muita coisa, mas vocês podem se programar e fazer um pit stop para, em outro dia, recomeçar a caminhada. Ter uma visão global do Procrie é recomendável, pois terá mais confiança (ou não) no autor. É o que se deve ensinar às crianças quando tomam da prateleira um livro desconhecido: examinem o sumário e, se houver a orelha, os comentários sobre a obra e o autor.

De futuro, certamente gostaria de saber de que forma soam aos seus ouvidos as mensagens registradas e, mais ainda, como poderia auxiliá-los nos seus trabalhos diários e planos de vida. Assim, qualquer manifestação no site, não importa o seu teor, é enriquecedora e cativante para o autor. Sem os comentários, cria-se um vazio muito grande e às vezes, desconcertante, pois sobrevém a indagação: “Será que estou agradando”? Ou, ainda, “de que precisam os novos professores”? Vocês são o motivo de eu estar por aqui. Agradeço por me confiarem o seu reconhecimento na arte de servir ao próximo.

Boas leituras.

Por Mateus Torres Fonseca
em 13 de Março de 2016 às 17:18.

Prezado Júlio, eu acho que o futsal deve sim, ser usado como meio formador para o futebol, pois eu, como já joguei as duas modalidades, posso dizer que, aprender o futsal, ajuda muito a aprender o futebol em si. Seja o domínio da bola, a condução dela, os dribles, a aplicação tática, o coletivo, e, hoje em dia, nós temos um exemplo mundial de um jogador de futebol, que começou a ''carreira'' jogando futsal, que é o Neymar. Se você assitir os jogos dele pelo Barcelona e pela Seleção Brasileira, dá pra perceber nitidamente, alguns resquícios do futsal. Portanto, eu creio que o futsal é sim, um excelente começo pra quem quiser ser um grande jogador de futebol ou até mesmo querer jogar futsal profissionalmente.

Por João Guilherme Cren Chiminazzo
em 14 de Março de 2016 às 00:32.

Prof. Roberto Pimentel....

 

Gotei dos textos.... porém, ainda  estamos muito  aquém, sob a luz da  ciência, para  esses  assuntos!!!! 

 

Abraços,

Por Roberto Affonso Pimentel
em 14 de Março de 2016 às 06:58.

João Guilherme,

Não se desespere ou desanime. Busque aprimorar-se constantemente por toda a vida. Não há idade para começar, importante é lançar-se de corpo e alma nessa extraordinária aventura que a vida nos oferece: a capacidade de poder transmitir a outrem algum conhecimento para a sua vida.

A ciência está por aí. Entretanto, há que apurar o que dizem os seus intérpretes, os cientistas. E nesse particular, todo cuidado é pouco, pois os vigaristas andam a solta para angariar fama e sucesso, além de dinheiro. Atitudes  letárgicas esmorecem o salutr ímpeto juvenil de descobertas. Não se deice abater e esmiúce com todo o vigor aquilo que deseja aprender para melhor ensinar. Você conseguirá, tenho certeza. Não seja um simples repetidor daquilo que lhe disseram, mas inove e descortinará um novo mundo para seus alunos.

       

Por Eduardo Sasse Pryor de Sousa
em 1 de Abril de 2016 às 13:12.

O futsal tem suas semelhanças com o futebol, mas não podemos esquecer que são duas modalidades diferentes, que necessitam de um certo preparo para realizar cada um deles à nivel profissional. No meu ver, o futsal pode sim ser uma ´´porta´´ para o futebol, levando em consideração alguns raros casos de jogadores de futebol que foram descobertos no futsal, como ´´Ronaldinho Gaucho´´ por exemplo.

Quando se pensa em futebol, automaticamente se pensa em chutes de longas distancias, lançamentos e passes com profundidade, mas temos que lembrar que o futsal também é futebol. Ou seja, um jogador de futebol de campo pode sim jogar futebol de salão e vice-versa. Provavelmente não tera o mesmo desempenho, mas não acho que seria um problema tão grande.

Mas pensando no aspecto profissional, não acho que algum time pensaria em colocar um jogador de campo para jogar no futsal, arriscando seu jogador em uma modalidade na qual seu preparo fisico não esta ´´preparado´´, podendo colocar seu time em risco, dependendo da situação. 

Por Roberto Affonso Pimentel
em 1 de Abril de 2016 às 15:52.

Prezados professores e acadêmicos,

Já teriam ouvido falar em mini basquete, mini voleibol?

Sou pioneiro no Brasil do mini voleibol, desde quando realizei o primeiro curso em Recife para crianças de até 10 anos de idade. Paralelamente, uma formação continuada para professores na ativa.

Um dos grandes erros pedagógicos está em querer aplicar o mesmo treinamento imposto aos adultos em crianças, Alguém já ouviu falar disso no ambiente universitário?

Seria o caso de ao invés de "adaptarmos" os elementos e as "formas" de treinar dos adultos para as crianças, ao contrário, inovarmos em metodologia levando em conta em "como as crianças pensarm e aprendem". Neste momento, pouco adianta conversar com os treinadores do alto nível, pois a maioria não tem conhecimento de psicologia pedagógica. A quem caberia, então, descortinar caminhos de aprendizado em crianças? Deixo a critério de cada um responder tal indagação. A esse respeito, dou um alentado contributo no Procrie? Metodologia e Pedagogia e, especialmente, colocações práticas, coisa rara no Brasil, pois "todos sabem o que fazer; o problema é como fazer"!

Volto a dizer-lhes que "Ensinar é uma Arte". Compreendam que dirigir uma seleção de qualquer esporte nada tem a haver com o(a) professor(a) na escola que promove qualquer aprendizado esportivo de seus alunos. Tudo depende do grau de conhecimento pedagógico que o mestre possa ter e sua forma de conduzir as crianças. Atualmente, se me acompharem no Procrie, poderão constatar uma fórumula de ensino moderna que pretendo validar: os alunos serão os contrutores de sua própria "matemática". Em outras palavras, aprenderão a se autorregularem e, portanto, traçar condutas e caminhos para alcançar seus objetivos. Vale lembrar que isto se aplica para qualquer atividade humana. Sendo assim, o papel do professor passa a ser de simples facilitador, a ser consultado em determinadas instâncias. Seria isto possível? Afiancio-lhes que SIM. Eu já vi isto algumas vezes!

Uma vez que citaram jogadores de alto nível egressos do futsal, acrescentem o Ronaldo (Fenômeno) que, quando menino, atuava no São Cristóvão  (Rio) e fez muitos gols no meu sobrinho. O primeiro enveredou pelo profissionalismo no futebol; o outro, pelos estudos, hoje é doutor pesquisador de Matemática.

Com esses escritos acima, quero levar-lhes a pensar que não importa o que façam na infância, mas quando o fizer, entendam que o professor deve levar CADA UM ao SEU máximo. Sendo assim, TODOS serão vencedores.

 

Por Altair Oliveira Duarte
em 3 de Maio de 2016 às 19:51.

Apesar de distintos em número de atletas, dimensões do espaço de jogo e equipamentos, o futsal e futebol possuem os mesmos objetivos e algumas regras iguais também. Por isso, iniciar o treinamento em uma das modalidades e posteriormente alterá-la não é o mais indicado, entretanto, pode ser positivo, principalmente quando uma criança inicia no futsal e no futuro se torna um jogador de futebol, pois ele estará treinado para um jogo rápido e de mais habilidade em espaço reduzido em relação ao campo, e este fator pode ser positivo para seu desenvolvimento técnico e facilitará seu desempenho num esporte onde é possível um tempo e espaço maior para pensar e decidir a jogada à ser efetuada. Jogadores habilidosos e ágeis como Robinho, Neymar e Ronaldinho por exemplo são exemplos de quem iniciou sua carreira na quadra e obteve sucesso no gramado.

Por Guilherme Manoloff Hrisoff Spitz
em 23 de Maio de 2016 às 23:19.

Acho que a resposta do Professor Andreu Plaza, é um pouco hipócrita, pois o melhor do mundo dos últimos tres anos-Lionel Messi- iniciou sua vida dentro das quadras, onde aprendeu e desenvolveu seu jogo rápido com a bola nos pés. Segundo Messi, o futsal foi fundamental para ele se tornar o que é hoje. Alem dele, diversos outros craques do futebol de campo tiveram seus primeiros passos no futsal, como Rivellino, Ronaldo, Robinho, Neymar, Cristiano Ronaldo, entre outros craques do futebol mundial. Claro que toda regra tem sua exceção, como foi o que aconteceu com Falcão, jogador com quatro titulos de melhor jogador de futsal do planeta, que tentou carreira nos gramados em 2005, onde foi campeão do paulista e da libertadores, mas infelizmente não rendeu e jogou pouco. apesar de boas atuações em campo. 

Por Gustavo Fernandes Pacheco
em 25 de Maio de 2016 às 10:17.

Acho que o futsal pode sim ser tratado como uma base para o futebol de campo, pois no espaço reduzido o garoto aprenderá alguns fatores importantes para a prática no campo, como tomada de decisão, movimentação curta e rápida. mudança de direção, habilidade motora, noção espaço-temporal,domínio de bola,dentre outros. E isso é comprovado por muitos jogadores bem sucedidos como Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Neymar, que são jogadores extremamente habilidosos e com poder de decisão em curtos espaços, habilidades adquiridas no Futsal.

Por Lucas Coelho Clemente Cardoso
em 28 de Maio de 2016 às 10:54.

Podemos dizer que é sim um formador para o futebol , pois o futebol é o esporte popular do Brasil, contudo as condutas básicas de habilidade motoras do futsal, como o chute, o passa e o domínio , aperfeiçoado no âmbito escolar, pode sim formar atletas para o futebol . A probabilidade de uma escola ter um campo de futebol e muito pequena, portanto é nas quadras de futsal que os jogadores passam seu maior tempo na infância e na adolescência, contudo é na escola que as crianças têm o primeiro contato com o esporte futsal, que é similar ao futebol, formando assim alguns atletas para os gramados .

Por Raphael Medeiros Granja
em 28 de Maio de 2016 às 11:03.

Caro Júlio, é um tema em que me divido, pois o futsal formou sim varios jogadores para o futebol, como Ronaldinho, Neymar, Robinho...Porem de certa forma no nosso país o futsal ainda não é tão respeitado e visto como na Espanha, lá eles investem pesado em suas ligas e os números de público são altos, por isso é compreensível tal postura do Barcelona. Mas sim acho q o futsal pode ser sim usado como uma base formadora para atletas de futebol! 

 


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