Boa tarde colegas...
Sou formado em Gestão Desportiva e de Lazer e atuo profissionalmente há 7 anos na Coordenação de Esportes e de Cursos Superiores Esportivos em uma Instiuição de Ensino de São Paulo.
Neste ano, farei mestrado em Educação - abordando um projeto de pesquisa sobre Formação do Gestor Esportivo Brasileiro.
Em uma breve pesquisa, verifiquei que os cursos de Gestão Desportiva (em nível de graduação, extensão e pós graduação), existentes no Brasil, não abordam a atividade educacional, somente comercial.
Nossos futuros gestores esportivos são condicionados a pensar economicamente e comercialmente, em projetos e eventos esportivos. Porque não pensar no Esporte Educacional? No desenvolvimento, organização de projetos esportivos em escolas e universidades, com suas particularidades e necessidades? Em políticas públicas educacionais.
Caso alguém se interesse pelo tema e queira compartilhar opiniões/informações, será um prazer contar com isso.
Abraços!!
Comentários
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Erik ávila
em 25 de Janeiro de 2013 às 20:30.
[]´s
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Roberto Affonso Pimentel
em 26 de Janeiro de 2013 às 08:21.
Ricardo,
Interesso-me pelo tema faz muito tempo e quero compartilhar o que já venho produzindo. Poderá tomar conhecimento de meu trabalho silencioso desde 1974 no projeto virtual (Procrie) que estou a desenvolver no endereço:
www.procrie.com.br/procrienoprezi/
"Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol"
No site exclusivamente educacional Prezi (http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/) apresento um programa para ser desenvolvido em qualquer país através de conceituações Metodológicas, Pedagógicas e Práticas. Com o seu conhecimento certamente perceberá muito mais detalhes que, somados a outros interessados, poderão compor a base de qualquer atividade Educacional/Social/Esportiva.
Peço sua paciência e benevolência para uma visita ao Procrie e ao Prezi.
Por
Ricardo Antonio Torrado de Carvalho
em 26 de Janeiro de 2013 às 14:06.
Agradeço o imediato retorno dos colegas.
Caro Erik
Bom, sempre me interessei por esportes. Sempre tive o objetivo de atuar profissionalmente na área esportiva, mas não "me via" como um professor de Educação Física ou Instrutor de Esportes. Me interessei pelo tema Administração Desportiva em 2001, quando com 21 anos me matriculei no curso de Administração Desportiva na UNISANTANNA-SP. O curso lá não teve andamento e, em 2004, fui para Faculdade Drummond - cursar Gestão Desportiva e de Lazer. Me formei em 2006, fiz uma especialização em 2009 e continuei na Instituição trabalhando na Coordenação de Esportes. Desde então, além das atividades esportivas do colégio e faculdade, atuo também na Coordenação dos Cursos Superiores em Turismo, Futebol, Gestão Desportiva e de Lazer, e Licenciatura em Educação Física (todos autorizados e reconhecidos pelo MEC).
Quanto ao tema da pesquisa, sobre Formação dos Gestores Esportivos, percebo uma "lacuna" a ser preenchida, pois:
- O Ministério do Esporte, através da Secretaria Nacional do Esporte Educacional, tem como uma das missões: Coordenar, formular e implementar políticas relativas aos esportes educacionais, desenvolvendo gestões de planejamento, avaliação e controle de programas, projetos e ações.
Perceba que são atribuições administrativas que devem atender as particularidades do esporte educacional. Qual profissional, então, poderia atender essas necessidades?
O professor de Educação Física (bacharel ou licenciado) não possui, em sua grade curricular, suficientes conhecimentos para um cargo administrativo (não é esse o foco do curso).
O Gestor Esportivo (tecnólogo, bacharel ou especialista) não possui, em sua grade curricular, suficientes conhecimentos educacionais para um cargo "pedagógico" (não é esse o foco do curso).
Sendo assim, nenhuma das formações atendem as necessidades do Ministério do Esporte no contexto: Desenvolvimento do Desporto Escolar ou Universitário.
Não existe mão de obra qualificada nesta atividade específica e, talvez por isso, nosso esporte estudantil deixa tanto a desejar.
Prof. Roberto
Muito obrigado pelo retorno e certamente lhe terei como apoio aos estudos e pesquisas.
Abraços!!!
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Roberto Affonso Pimentel
em 27 de Janeiro de 2013 às 09:10.
Ricardo,
Permanecerei em constante vigília esperançoso de seus comentários a respeito. Não perca a oportunidade de uma visita ao www.procrie.com.br/procrienoprezi/
- Esporte educacional seria o mesmo que esporte estudantil?
- A quem cabe promovê-lo?
- Qual o papel do Minístério da Educação, nunca citado? Mas não propalam que a escola seria a base do esporte?
Tanto o esporte escolar como o universitário continuarão a não existir no país, também por lobbies universitários. Quando alguém pensa (coisa rara atualmente) em mudanças, o foco dos atingidos se volta para indagar o que vão perder e deixar de ganhar. Assim, toda mudança gera um conflito e cada um apega-se como pode ao cargo, não se importando com os demais. E os argumentos mais pueris são invocados. Além disso, indivíduos encastelados em suas mesas, ar refrigerado, telefone, cafezinho, distantes de tudo e de todos, que condições possuem para propor algo? Sem dizer os cargos comissionados, que a cada governo sofrem variações com consequências na vida de muitas gerações que deixam de merecer o que lhes é de direito constitucional.
Finalmente, a balbúrdia impera em muitas áreas e na Educação parece tratar-se de um opção estratégica para os políticos. Como são raros os técnicos especializados, continuamos a "merecer o governo que elegemos". Advinhem ou lembram-se de onde estava o nosso ministro da Educação durante o período da greve dos professores?
Por
Ricardo Antonio Torrado de Carvalho
em 27 de Janeiro de 2013 às 20:10.
Caro Roberto..
Visitei o site e muito me interessou os assuntos abordados, entre eles http://www.procrie.com.br/2012/10/23/caca-talento-ou-educacao-parte-ii-16831
Sobre seus comentários, creio que o modelo ideal é aquele que melhor atende nossas necessidades. Neste contexto, sinto falta de uma atuação mais próxima do ministério da educação no que se refere ao apoio/desenvolvimento dos esportes praticados nas escolas, como ferramenta de educação, construção do cidadão.
Entendo que o Ministério do Esporte deveria assumir a frente de projetos esportivos, tais como competições, eventos em si.
Mas veja: quem desenvolve o esporte competitivo no país são as confederações/federações. Quem desenvolve os eventos esportivos escolares é COB. Como assim?
O COB deveria cuidar "mais" dos esportes olímpicos. Não que o órgão realize uma má organização das olimpíadas escolares/universitárias, muito pelo contrário, faz um belo trabalho. Mas, na minha opinião, é um sistema errado. O COB procura jovens talentos nos Jogos Escolares....mas os jovens talentos não estão nas escolas, eles já estão nos clubes desde os seus 12 anos.
O sistema norte-americano me agrada pois a base do desporto está nas escolas; O campeonato adulto (NBA; NFL; entre outros) é profissional pois seus campeonatos de base (escola; universitário) são profissionais.
Em recente participação de um evento internacional de Gestão Desportiva, um manager esportivo da Universidade de Massachusetts afirmou: O Gestor Esportivo americano inicia suas atividades profissionais em campeonatos e equipes escolares. Assim como os atletas e técnicos.
Sei que essa mudança no Brasil é quase utópica. Mas me interesso muito com a possibilidade de publicar algo neste sentido. Pelo menos levar a sociedade como é o nosso desporto e como poderia ser (com virtudes e defeitos).
Abraços..
Por
Deborah Palma
em 28 de Janeiro de 2013 às 08:28.
Prezado Ricardo,
sou Deborah Palma, gestora no esporte educacional, em especial o de ensino supeior. Fiz minha carreira nesta área, sou Diretora de Esportes de uma importante universidade em São Paulo e coordeno um curso de Ed. Física, também. Em 2008, terminei meu mestrado.Fiz nos Estados Unidos e o tema foi o perfil do gestor de esporte universitário em São Paulo. Nem preciso dizer o desastre que foi o resultado. A grande questão é que temos alguns vícios culturais que fazem com que não haja, definitivamente, um mercado em expansão, como se vê em outras áreas. Alguns fatores: esporte escolar e esporte universitário não se conversam; o eixo do esporte no Brasil é clubístico , o que limita muito; e, para finalizar, ainda trazemos a cultura das atléticas amadoras....se você observar nos Estados Unidos, o executivo de uma atlética traz em seu currículo VP em bancos ou CEO/CFO em grandes organizações, afinal, irão mexer com milhões de dólares. O aluno, faz parte do processo, muitos atuam como estagiários, mas não, como decisores finais. Quando Getúlio Vargas, na década de 30 estimulou a criação das atléticas para inibir as ações políticas dos diretórios acadêmicos, sequer existiam cursos de educação física. Hoje, as coisas são bem diferentes e o mundo mudou...menos a cultura ds atléticas e das universidades, pois também são coniventes neste processo, empurrando para os jovens uma obrbigação que seria delas....enxergam as ações esportivas em sua comunidade universitária como uma despesa, quando na verdade, é investimento. Este tema muito me agrada.
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Roberto Affonso Pimentel
em 28 de Janeiro de 2013 às 09:22.
Ricardo e Deborah,
Ambos, e todos os que visitam o Procrie - www.procrie.com.br/ - podem contemplar algumas realizações práticas que desenvolvi ao longo dos anos de forma solitária e contribuindo para instituições renomadas no cenário nacional. Tive como principais seguidores, entre outros, a CBV (leia-se Nuzman e agora Ary Graça), e o Bernardo Rezende (Bernardinho). Poderão ler os relatos no Procrie (www.procrie.com.br/) na Categoria Mini Voleibol, onde faço relatos inclusive históricos de sua implantação no Brasil.
Frequentei escolas públicas durante algum tempo conversando com diretoras e professores, realizei demonstrações da Metodologia e Pedagogia que emprego através de centenas de aulas práticas; frequentei igualmente várias universidades (Rio, SC), conversei com professores universitários, reitores e diretores de Ed. Física, e pouco adiantou. Resolvi compor o blogue e extravasar meus parcos conhecimentos e, começo a descortinar uma tênue esperança, pois consegui amealhar mais de 125 mil visitantes, a mais de 210 mil páginas em 2 anos e meio de atuação. Mal ou bem, temos visitantes em 116 países, especialmente oriundos de Portugal, muito embora o Brasil contribua com parcela preponderante (90%). E o que prego? Este não seria o espaço conveniente, mas sim entre os textos do Procrie. É muita coisa a ser dita e por fazer.
Deborah,
Como deixou claro, nossa realidade é bem distinta dos EUA e, por isto, específica. Dentro do próprio Brasil temos consideráveis diferenças que os gestores de Brasília jamais se incomodarão em observá-las e, mesmo os que lá não estão, somente conhecerão o País se arregaçarem as mangas e por-se na estrada. Palestras, auditórios, nada disso mudará a nossa realidade. E, então, o que fazer?
Sugiro que todos tomem real conhecimento de nossa realidade e, com criatividade e planejamento apresentem programa - piloto a ser desenvolvido ainda em forma de pesquisa. Ao longo dos anos, com a contribuição dos principais interessados - os professores escolares - talvez possamos amenizar o caos instalado. A minha contribuição está gravada no Prezi e insisto que o visitem: http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/ ou, simplesmente, no linke do blogue: www.procrie.com.br/procrienoprezi/ . É pouca coisa, reconheço, mas é minha contribuição pela qual continuo obstinadamente a lutar por ela.
Por último, já mostrei em palestra nas universidades Estácio de Sá e Gama Filho, ambas no Rio, como os futuros alunos podem organizar e desenvolver o seu próprio negócio que lhes renderia incalculável retorno financeiro, mais do que talvez o Bernardinho esteja auferindo com sua franquia. Nenhum deles se interessou, possivelmente com medo, incompetência ou sei lá o que. Talvez achem que seria necessário ser um ex-medalhista ou técnico renomado. No entanto, o Bernardo acreditou e encomendou-me material e subsídio pedagógico. Como é formado em economia (ou administração) e tem projeção nacional e internacional, não lhe foi difícil formatar o negócio. No entanto, quanto à Metodologia e Pedagogia que os franqueados estão a empregar, aí o negócio é outro! Tomara que tenham sucesso - os franqueados - e possam eles mesmos desenvolver o seu próprio negócio.
Por
Ricardo Antonio Torrado de Carvalho
em 28 de Janeiro de 2013 às 10:45.
Poxa...muito agradecido aos professores (Débora e Roberto), pelas respostas aqui publicadas.
Profa. Débora,
Seria muito interessante conversarmos pessoalmente sobre o tema, uma vez que minha sugestão (no projeto de pesquisa) é a implementação de disciplinas de cunho educacional e social nas grades curriculares dos cursos de Gestão Desportiva (é claro, é muita pretensão querer mudar os pcn´s de uma hora pra outra....mas é uma iniciativa).
Prof. Roberto,
Percebo a possibilidade de palestrar sobre Voleibol (caso possa e venha lhe interessar) aos meus alunos de Educação Física - uma vez que esta disciplina será abordada neste semestre e, se não me engano, em junho comemoramos o dia nacional do Volei.
Abraços...
Por
Deborah Palma
em 28 de Janeiro de 2013 às 12:55.
Ricarcdo e Roberto,
este é um tema que muito me agrada, sempre e me coloco à disposição para conversarmos. Em um Congresso Científico foi publicado um artigo que escrevi sobre o esporte universitário. Atualmente, também estou como vice-presidente da FUPE - Federação Universitária Paulista de Esportes e o mesmo está compartilhado no site: http://www.fupe.com.br/uploads/pdf/ATT00013.pdf
Prof. Roberto, muito bom seu material. Sem dúvida precisamos de multiplicadores para o exercício de um trabalho mais profissional.
Abraços,
Deborah
Por
Ricardo Antonio Torrado de Carvalho
em 28 de Janeiro de 2013 às 17:37.
Olá Débora...
Terei seu artigo como fonte dos meus estudos/pesquisas.
Grato...
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 29 de Janeiro de 2013 às 09:26.
Ricardo,
Estarei sempre à disposição para me enriquecer em contato com você e seus alunos. Imagino que tenha uma contribuição prática muito valiosa, pois acompanhei de perto o trabalho fantástico que o Carlos Nuzman desenvolveu no Brasil e tornou-se modelo para vários países. Um detalhe: ele é formado em advocacia e ex- atleta de voleibol. Sem mestrado ou doutorado. Mais do que ninguém, conseguiu realizar e se tornou exemplo de administrador eficiente para qualquer modalidade esportiva, não só o voleibol, a sua origem.
Em 1989 conversamos a respeito de meu aproveitamento na CBV como "estagiário" em três setores: administração, seleções e eventos (que chamavam marketing). Cheguei a ser requisitado pela entidade junto ao Banco do Brasil, onde trabalhava, mas injunções me impediram de concretizar o esperado. A seguir, em 1991, convidou-me a planejar e desenvolver um curso de mini voleibol para 1.200 crianças em praias de quatro municípios. Um sucesso! (ver www.procrie.com.br/minivoleibol/)
Igualmente, sinto-me apto a dar meu contributo para qualquer desporto, tanto no setor de eventos, como na área da Metodologia e Pedagogia. A questão é saber se os ouvintes estão suficientemente interessados para algumas inovações e propensos à desenvolverem sua criatividade, sem o que permanecerão todos repetidores de coisa alguma.
Entre em contato e combinaremos nossa participação, pela qual terei imenso prazer em conhecê-lo e abraçar a sua causa. Parabéns por sua disponibilidade em evoluir e deixar para trás o marasmo que os sistemas esportivo e de ensino vem castrando várias gerações. Precisamos de ação e tenho certeza que não decepcionarei seus alunos se conseguir falar-lhes e mostrar na prática o que já realizo há anos. Para que aproveitem o pouco tempo de nosso encontro, sugiro que recomende a eles visitas atentas ao PREZI e, se concordar, realizar debates entre os próprios. As possíveis dúvidas serão esclarecidas no nosso encontro.
Lembretes - 1) Entre o que se diz e o que se faz existe um grande abismo. Este assunto é exaustivamente abordado no Procrie. Um deles, "Teoria e Prática" em que converso com o Mestre João Crisóstomo sobre sua tese "Volei vs. Volei". 2) Produzir algo prático pressupõe que a equipe esteja preparada para cumprir as metas traçadas, não importa se professores ou operários. 3) Não tenho qualquer preparo acadêmico sobre construção de eventos, marketing, etc.
Acrescente-se, se lhe interessar, uma palestra sobre a História do Voleibol no Brasil, título da obra que saiu do prelo. São dois volumes, 1.047 pág., adjetivada como enciclopédica, memorialista e obra de referência. Assim, resgato a memória - fatos e nomes - daqueles que construíram a história do vôlei a partir de 1939, inclusive o grande salto da era Nuzman.
Aguardarei a concretização de seu convite.
Por
Ricardo Antonio Torrado de Carvalho
em 1 de Fevereiro de 2013 às 16:05.
Ok...conversamos futuramente.
Sobre a História do Voleibol no Brasil, recentemente conheci e conversei com Antonio Carlos Moreno, o Moreno da Seleção Brasileira de Voleibol.
Pessoa fantástica e hoje desenvolve projetos de coaching esportivo.
Abraços...
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