Cevnautas da arquitetura. segue a curiosidade. Laércio
O estádio olímpico que tem 2.500 anos de idade Por Natasha Romanzoti em 5.05.2013 as 15:00
A foto acima mostra o Estádio Panatenaico, construído no século IV aC, sede dos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna em 1896, e usado até hoje por moradores locais em aulas de educação física.
Bastante surpreendente, não? O estádio, com capacidade de 50.000, foi erguido em 566 aC, com assentos de madeira. Foi reconstruído em mármore 237 anos mais tarde, em 329 aC. 468 anos depois, foi ampliado, em 140 dC. Por fim, foi remodelado 1.756 anos mais tarde, em 1896, em tempo para a retomada dos Jogos Olímpicos.
O estádio claramente ainda está em uso. Na imagem, é possível ver pessoas andando (correndo nas escadas, talvez?) no canto inferior esquerdo, bem como crianças no centro da fotografia, supostamente participando de uma épica aula de ginástica.
O fato dessa estrutura ainda estar de pé traz um orgulho nostálgico. Quando os seres humanos fazem obras como esta, é sempre com o entendimento tácito de que, um dia, não importa o quão significativo seja o monumento, a estrutura vai ceder.
Sabemos que o Estádio Panatenaico terá tal cruel destino, mas por enquanto tem desfrutado de um mandato mais longo do que a maioria das estruturas de sua idade – e não porque foi isolado, mas sim porque tem sido cuidado, remodelado e admirado.
A título de comparação, veja abaixo um exemplo de estádio grego, da cidade de Afrodisias, não renovado.
O Panatenaico nos faz imaginar se algumas de nossas estruturas atuais ainda estarão por aqui 2.000 anos mais tarde – não apenas de pé, mas ainda servindo ao propósito para o qual foram construídas.[io9, Abril]
Fontes: http://hypescience.com/o-estadio-olimpico-que-tem-2-500-anos-de-idade/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29
http://io9.com/this-gorgeous-50-000-seat-stadium-is-over-2-000-years-o-485808160
Comentários
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 7 de Maio de 2013 às 17:48.
Professores,
Creio que a autora - Natasha - ao tempo em que nos informa sobre as maravilhas do mundo antigo, comete um erro histórico em fazer comparações com as edificações modernas.
Imagino outras coisas, como o que faria (e fez) o governo grego com os seus estádios olímpicos da atualidade? Pode-se até pensar pelas imagens e notícias que nos chegam pelas TVs, que há muito grego correndo todos os dias há muito tempo, mas para conseguir ou manter o seu emprego. Pelo andar das carruagens gregas, é bem possível que não fique um no país para fechar a porta do ginásio, que por lá ficará mais alguns milênios.
Este é um perigo de quem lê e se interessa por história, mas não vê o que se passa a sua volta. De que adianta conhecer o passado (se é que as histórias que lhes contam são verdadeiras) se não tiramos lições e proveito desse conhecimento?
Talvez um pouco de Antropologia ajude nas indagações e conclusões... Retirei o texto a seguir da Wikipédia para ilustração: "Antropologia (do grego ἄνθρωπος, transl. anthropos, "homem", e λόγος, logos, "razão"/"pensamento"/"discurso"/"estudo") é a ciência que tem como objeto o estudo sobre o homem e a humanidade de maneira totalizante, ou seja, abrangendo todas as suas dimensões".
Por
Guilherme de Almeida
em 28 de Janeiro de 2014 às 13:58.
Claro que devemos tomar cuidado ao tratarmos do passado. Conceitos e ideias presentes não devem ser transferidos ao que já ocorreu. Mas o que inspira o historiador a olhar para o passado, senão os questionamentos presentes? A comparação, desde que não gere erros de interpretação, pode ser útil como ferramenta narrativa. Ao conhecermos o sentido de contrução tão antiga e que passou por tantos momentos, questionamos nossas proprias ideias, e o sentido de nossas proprias construções.
Por
Guilherme de Almeida
em 28 de Janeiro de 2014 às 13:58.
Claro que devemos tomar cuidado ao tratarmos do passado. Conceitos e ideias presentes não devem ser transferidos ao que já ocorreu. Mas o que inspira o historiador a olhar para o passado, senão os questionamentos presentes? A comparação, desde que não gere erros de interpretação, pode ser útil como ferramenta narrativa. Ao conhecermos o sentido de contrução tão antiga e que passou por tantos momentos, questionamos nossas proprias ideias, e o sentido de nossas proprias construções.
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