Comunitarios(as)!

Com a realizacao dos Jogos Mundiais Militares CISM 2011, Rio de Janeiro http://www.cism-milsport.org/eng/001_HOME/001_homepage.asp, retorna ao debate/ a discussao sobre a atuacao das Organizacoes Militares (OM) no (d) esporte (o) brasileiro.

Transcreve-se a unica citacao da existencia legal do desporto militar na Lei n. 9.615/98 ’Lei Pele’:

"(...)Art. 44. É vedada a prática do profissionalismo, em qualquer modalidade, quando se tratar de:

        I - desporto educacional, seja nos estabelecimentos escolares de 1º e 2º graus ou superiores;

        II - desporto militar;

        III - menores até a idade de dezesseis anos completos. (...)"

Alberto Puga

Comentários

Por Carla Vasconcelos Carvalho
em 1 de Novembro de 2009 às 14:48.

Logo que vi a mensagem lembrei de uma reportagem publicada na Revista Runners World de maio de 2009. Seguem alguns trechos!

Carla Vasconcelos Carvalho

PRONTOS PARA A GUERRA

por Maurício Barros

(...)

CORPO EM EVIDÊNCIA

O esporte é parte estratégica no treinamento dos militarers em qualquer país do mundo. "Tem tudo a ver conosco. Imagine um soldado obeso num front, sem condições de combater?", diz o coronel Valder [Mesquita, da Comissão de Desportos do Exército (CDE)]. Para os militares, as competições são uma oportunidade de divulgar uma boa imagem de um batalhão, de uma companhia e, em âmbito internacional, de um exército bem treinado.

(...)

ATLETAS-SOLDADOS

Para obter bons resultados nas competições, o Exército muitas vezes convida atletas de elite a fazer parte de seu contingente (e competir por ele), em vez de tentar formá-los a partir de suas fileiras. Como participam com freqüência de eventos esportivos, os militares mantêm relações com treinadores e clubes nas mais diversas modalidades. E convidam tletas de destaque a se tornarem soldados. Firmam um contrato de trabalho com eles.

Reginaldo e Gutemberg, os vencedores das 10 Milhas do Pentágono, foram dois corredores que aceitaram virar soldados. Como é muito difícil viver de corrida no Brasil, eles foram seduzidos pelo soldo mensal garantido (cerca de 1000 reais) por seis anos, que é a duração máxima permitida por esse tipo de contrato com o Exército - já que eles não foram recrutados no alistamento obrigatório. "Mais que isso, infelizmente, a lei não permite, e a gente acaba perdendo esses atletas. há uma proposta em estudo para ampliar por mais três anos esse tipo de contrato, mas ainda não há nada concreto", diz o coronel Valder.

Esses atletas-soldados não têm nenhuma obrigação com a vida militar propriamente dita. Não varam noites na sentinela, não fazem treinamento de sobrevivência no meio da selva nem zelam pela limpeza do quartel. Sua única obrigação é treinar. E estar disponível quando o Exército chamar. Reginaldo mantém sua rotina de treinamento em São Caetano (SP), sob a batuta de Adauto Domingues, o mesmo técnico do melhor fundista brasileiro da atualidade, Marílson Gomes dos Santos, bicampeão da Maratona de Nova York. Gutembergue corre pela equipe Pé de Vento, de Petrópolis (RJ), onde é treinado por Henrique Viana (técnico também de Franck Caldeira). Lá pelo mês de setembro, eles se encontrarão no Rio de Janeiro para treinar. Nos Estados Unidos, lutarão para cumprir as ordens de seus superiores, que são bem claras: ganhar o tricampeonato das 10 Milhas do Pentágono. Para deixar os soldados americanos ainda mais p... da vida.

Por Marcilio Krieger
em 2 de Novembro de 2009 às 09:34.

Pois é, Comuneiras e Comunitários.

O Desporto (mesmo com letra pequena) é necessário ao desenvolvimento humano, e o texto da Carla mostra como esta disciplina aplica-se à vida na caserna.  TAMBÉM LÁ EXISTEM OS PRIVILEGIADOS...

Mas o que eu queria dizer é outra coisa:defendo a prática desportiva, em suas variadas manifestações, à vida de soldado de qualquer das armas. Menos na Cavalaria, pois aqui quem pratica é a animália.

Vamos em frente: seremos, orgulhosamente, sede das competições mundiais de atletismo militar, como se tais práticas fossem uma espécie de preparativo para a Copa do Mundo de 2014 e para os JJ OO de 2016!  Somos, mesmo, abençoados por Deus e competitivos por natureza. Mas...

MAS...segundo andei lendo nas páginas noticiosas pelaí, o Exército Brasileiro teria dispensado a apresentação diária de praças e soldados em seus quartéis, por razões de economia...alimentar. 

Estou sem saber o quê pensar: se não há din-din pro rancho, haverá para competições? E quem compete, não rancheia?

Seremos , realmente, descendentes daquele Herói Cobrado Retumbante?  

Tio Totonho, o Livre-Pensador  


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