FRANCISCO TAVARES – CHICO BOLA
1903 – nasceu em São Luís, à rua do Passeio, no dia 03 de dezembro; 1918 – começou a bater bola em 1918, no Largo de São Pantaleão, no terreno onde hoje se ergue a Maternidade, ao lado de Zizico e Tutrubinga. O primeiro clube organizado de que participou foi o Cruz Vermelha, do dr. Hamelete Godois, onde jogava no ataque. Depois, ingressou no Oriente, um clube da 2ª Divisão, de Almir Vasconcelos; seu bairro passou a ser, então, o Santiago. Afastou-se por algum tempo do futebol, quando o Oriente foi extinto; 1925 – retornando para jogar no Sampaio, levado por Almir Vasconcelos. Os colegas de bola eram, nessa época, Zé Ferreira, Munduquinha. Lobo, Raiol, Novais, e outros. 1926 – A maior emoção de Chico Bola no futebol verificou-se em 1926, quando o Sampaio estreou nos gramados oficiais. O grêmio tricolor viera dos subúrbio, com o concurso de jogadores sem experiência. O Luso, ao contrário, possuía grandes craks, como Dico, Negreiros, Wanick, Rochinha e muitos outros. Mas o Sampaio, fazendo alarde de invejável fibra, superou o Luso por 1 x 0. Chico saiu-se a brilhar nesse jogo., Raiol marcou o goal do Sampaio… deixou a Bolívia transferindo-se para o Luso, onde foi campeão em 1926 e 27. Nessa época teve o auge de sua carreira, tendo formado na seleção maranhense por duas vezes; na primeira vez, perderam para o Pará por 5 x 1 e no ano seguinte, fomos eliminados pelos cearenses por 3 x 0. No jogo efetuado em Belém, em 1926, foi a primeira vez que uma seleção saiu para participar de um campeonato brasileiro, formando com Tomaz; Colares e Grajaú; Guanabara, Bola e Jagunço; Tunubinga, Mundiquinho, Zezico, Lobo e Raiol. Chico Bola jogou no Luso até o dia em que o grêmio “azulino’ foi extinto. Depois do Luso, formou no quadro do Santa Cruz, abandonando o futebol definitivamente em 1929.
RAIMUNDO ROCHA – DICO
1903 – Nasceu a 11 de fevereiro de 1903 em Barro Vermelho, município de Viana. Ainda pequeno, veio para São Luís, vindo a residir na Rua da Manga, 46. Um dos maiores atletas maranhenses de todos os tempos, alcançou títulos sugestivos como campeão regional de Atletismo, além de outros esportes, pois era um atleta completo. Em toda a sua carreira esportiva, ganhou 48 medalhas, sendo 35 de ouro: corrida rústica; provas de velocidade; salto com vara; arremesso do peso; lançamento de dardo; lançamento de disco Fonte: O ESPORTE, São Luís, 14 de setembro de 1947.
A biografia esportiva de RAIMUNDO ROCHA, dá-nos idéia de como foram aqueles primeiros tempos, após a inauguração do futebol e a introdução dos esportes modernos em Maranhão, após a fundação da Associação Maranhense de Esportes Amadores – A.M.E.A -. DICO, como era conhecido, além de ter sido campeão várias vezes, como futebolista, alcançou outros títulos sugestivos como campeão regional de Atletismo, Voleibol, Basquetebol, etc. Era um atleta completo. Junto com um amigo, Elízio, formou o Paissandú – um clube dos pés descalços. Quatro forquilhas serviam como áreas e eram transportados para os locais escolhidos para as lutas – Desterro, Madre Deus, Largo de São Pantaleão, Santiago. Logo que a turma chegava, tratava de fazer os buracos e enterrar as forquilhas, para que fossem iniciadas as disputas.
Nessa época, Dico era auxiliar de alfaiate e era quem confeccionava as bolas. Arrumava bexiga de boi no Matadouro e fazia de taboca de mamão a respectiva bomba para encher a esfera. Depois de cheias, as bexigas eram cobertas de lona, para ficarem mais resistentes.
Dico fazia sempre cinco a seis bolas de cada vez, prevendo o aparecimento dos policiais e a prisão das esferas, pois quando os soldados apareciam, ninguém se lembrava da bola que estava em jogo. Todos tratavam de arrancar as forquilhas e correr para voltar depois e armar o campo, a fim de que a luta fosse reiniciada, com nova bola.
A primeira posição de Dico foi ponta-direita. Em 1918, ele já figurava no Fênix e atuava como médio; em 1919, já era goleiro de fama e estava jogando no Luso, sagrando-se campeão maranhense. Nessa época, o time de Antero Novaes formava com Negreiros, Cantuária, Cabral, Sezão, Kepler, Santa Rosa (o velho Santa Rosa dos Correios e Telégrafos), Santana, Dantas, Joãozinho, Rochinha e outros. Com esse time, o Luso foi bi-campeão, em 1920.
Dico foi para Fortaleza, a convite do Guarani, pois iriam participar pela primeira vez de um campeonato brasileiro e precisavam de um bom guarda-metas. Jogou por três anos.
Após a temporada em Ceará, Dico volta a São Luís, para o mesmo Luso, jogando uma temporada, quando o time foi extinto pelo Dr. Tarquínio Lopes…
Terminado o Luso, Hermínio Bello formou o América. Dico ficou pouco tempo, passando-se para um novo clube – o Sírio Brasileiro, onde também teve destaque como guarda-metas. O time da Montanha Russa tinha em sua diretoria Silvio Tavares, Chafi Saback, Antoninho, Simões, Jamil Jorge, Pires de Castro, Fiquene, Benedito Metre e outros; dentre os jogadores, destacavam-se Stelman Porto, César Aboud, Ferdinando Aguiar, Toninho, Osvaldo, Amintas, e outros.
Após ser campeão pelo Sírio, Dico transfere-se para o MAC, em conseqüência da cisão que houve no grêmio dos árabes e que deu origem ao aparecimento do grêmio atleticano. Seus companheiros eram: Enes, Adolfo, Filemon, Stelman, Bombom, Babí, Silvio, Antenor, Chaves, Dribrador, etc. Depois, Dico abandonou a prática de futebol, dedicando-se ao cargo de técnico do próprio MAC, até o dia em que César Aboud tomou conta dos “cracks” maranhenses. Um ano depois, Dico figurava como técnico do FAC, em uma excursão vitoriosa à Teresina. Na volta, passou a ser treinador do Moto Clube. Não esse Moto Clube que conhecemos, cheio de valores e elementos importados – esta reportagem foi escrita em 1947 … -; quando Dico treinava o Moto Clube, o grêmio da fabril contava apenas com Mourão, Jabá, 91, Zequinha, Barbado, Veloz, Barata…
Dico, em toda a sua carreira esportiva, ganhou 48 medalhas, sendo 35 de ouro, em futebol, corrida rústica, provas de velocidade, salto com vara, arremesso do peso, lançamento de dardo, lançamento de disco, volei, basquete e boxe. Encerrou a carreira como árbitro de futebol [1].
ABRAHÃO HELUY
1905 – Nasceu em 03 de julho. ? – começou a jogar futebol no time do Chico Gomes. 1914 – A primeira camisa que vestiu foi a do Onze Maranhense, de Carvalho Branco, ao lado de Gentil Silva e Polari Maia. 1916 – ingressou no Baluarte, fazendo companhia a Carlos Tajra, Kenard, João Metre e outros. 1917 – transferiu-se para o América, onde teve como companheiro Palmério. Após breve temporada, passou-se para o juvenil do Luso Brasileiro, onde fazia misérias no arco, enquanto Luiz Vieira, Silva, Raimundo e outros elementos que atuavam na retaguarda, o defendiam contra os assaltos dos adversários. Quando cansou de jogar no Luso, rumou para o FAC, encerrando a sua carreira em 1921. 1948 – – o Abrahão do Bar Garota, hoje em dia (1948) só tem barriga; todavia já foi um craque de bola. Foi goleiro exímio.
LUIZ DE MORAES RÊGO
1906 – natural do Maranhão, onde nasceu em 28 de outubro, filho de João Maia de Moraes Rego e Custódia Veloso de Moraes Rego, à rua da Palma, 14, tendo aprendido as primeiras letras na Escola Modelo Benedito Leite.
O Futebol para Luiz Rego começou muito cedo; ele fazia parte das peladas da Praça Antônio Lobo, em companhia de Antônio Frazão, José Ramos, Júlio Pinto, Marcelino Conceição, Totó Passos, Fernando Viana, e outros. Jogava na ponta canhota e muitos candieiros de gás andou quebrando com seus violentos petardos. 1920 – Luiz Rego nunca se esqueceu daqueles tempos de peladas, lembrando que os treinos aconteciam no corredor de um sobradão da Rua da Cruz, entre a rua do Alecrim e Santo Antônio, sob a luz de uma lamparina, às 4 horas da madrugada. Nessa época, tinha 14 anos de idade.
1921/2 (?) – Na Escola Normal, jogava no Espartaco, um clube formado exclusivamente por alunos daquele estabelecimento de ensino; seus colegas eram Oldir, Valdir Vinhaes, Carlos Costa, José Costa, José Ribamar Castro, Jaime Guterres, Peri Costa, e outros. E como adversário do Espartaco apareceu logo depois o “João Rego”, clube formado por Antônio Lopes, que contava com Frazão, Penaforte, Aragão, Clodomir Oliveira e Luiz Aranha. Quando passou para a Escola de Farmácia, mudou para o time dessa escola, formando com Milton Paraíso, Chareta e Frazão. 1924 – Luís Rêgo iniciou-se no magistério em 1924, aos 17 anos de idade. 1926 – fundador, em 1926, junto com Mata Roma do Centro Caixeiral, da Escola Técnica do Comércio do Maranhão 1927 –terminou a Escola de Farmácia, o endiabrado crack passou a ser o respeitado Professor Luiz Rego.1928 – nomeado professor normalista. 1932 – no Governo Serôa da Mota, quando é criada a Escola Normal, passa a ser seu diretor; Foi diretor da Escola Normal entre 1932 e 1936, tendo sido dono da parte da educação no Governo Paulo Ramos (Diretor de Instrução Pública). Cargo que também exerceu no governo Neiva de Santana. 1933 – prestou concurso público de provas e títulos Liceu Maranhense, tendo alcançando a cátedra de Ciências Físicas e Naturais, lá permanecendo até 1950. 1934 – Foi fundador – junto com o Professor Luiz Viana – do Colégio de São Luís, em 8 de setembro. O Colégio estava localizado na Rua Rio Branco, esquina com a Praça Odorico Mendes e depois, em 1937, mudou-se para o sobradão de número 48, onde hoje está a Vila Iná; ao fundar o Colégio de São Luís, já tinha, portanto, 10 anos de experiência no magistério.
No Colégio de São Luiz sempre cuidou do esporte. Incentivava a prática de jogos, organizava clubes e embaixadas esportivas, que muitas das vezes saiam de São Luís a fim de fazer grandes apresentações em outras plagas vizinhas. Graças à disposição do Professor Luiz Rego, o Colégio de São Luiz formou destacados valores do nosso esporte, dentre os quais podem ser citados Rubem Goulart, José Rosa, José Gonçalves da Silva, Luiz Gonzaga Braga, Valber Pinho, Celso Cantanhede, Americano, Sales, David, Ataliba, Tent. Paiva, Rui Moreira Lima, e muitos outros. Inclusive Dimas, que foi aluno, e depois, professor do Colégio de São Luiz …
1937 – muda-se para o Rio de Janeiro. 1948 – eleito para a Academia Maranhense de Letras. 1950 – ingressa na Escola Técnica Federal do Maranhão, como professor de Física e, depois como técnico em assuntos educacionais, se aposentando em 1976. 1963 – passou a integrar o Conselho Estadual de Educação, quando constituído no Governo Newton Bello, tendo sido reconduzido nos governos Sarney, Pedro Neiva e Nunes Freire, ocupando a presidência por diversas vezes. No MEC foi, durante muitos anos, Inspetor Regional do Ensino Comercial nos estados do Maranhão e Piauí e, com a extinção do cargo, foi relotado na ETFM como técnico em assuntos educacionais. Além desses, deu aulas nos Colégio Rosa Castro, Colégio Santa Teresa, Colégio Arimatéia Cisne e Colégio Gilberto Costa. 1978 – Luiz Rego despediu-se do magistério em 5 de maio fonte: REGO, Luis de Moraes. CULTURA E EDUCAÇÃO. São Luís : Sioge, 1980
CARLOS VARELA
1906 – nasceu em São Luís no dia 1º de novembro. Começou a jogar futebol nas peladas do Largo da Conceição, conhecido como Estádio Varela, ponto de exibição de Severino, Pé de Remo, Mourão, Agenor Vieira, Carlos Tajra, João Almeida … Depois das peladas do Largo da Conceição, Varela passou a jogar no São Luiz, do Colégio dos Maristas, transferindo-se, em seguida, para o União, de Saladino Cruz, onde tinha a companhia dos cracks Sarrabulho e Almeida. Depois do São Luiz, passou para o Baluarte F.C., se exibindo no campo do Onze Maranhense, no Cais, juntamente com João Almeida, Cabelo de Ouro, Kenard, etc. 1922 – com 16 anos, Varela ingressou no juvenil do FAC. 1924 – juntamente com Hilton Monteiro, funda o Dublin F. Clube, contando na estréia com Belmiro, Alemão, Gregório, Zé da Quinta, Valério Monteiro, Severino, Delfim Nunes, Clarindo, e outros. 1927 – Foi no Dublin que Varela encerrou a sua carreira esportiva em 1927, quando o clube foi extinto.
JAIME DAMIÃO DA COSTA – MASSARIQUINHO
1906 – nasceu em São Luís no dia 12 de fevereiro. Começou a jogar bola no 18 de Novembro, de Alfredo da Bateria, equipe do Gazômetro, e contava com o concurso de Paulo Melado e João Canhoteiro; depois, Jaime ingressa no Leãozinho F.C. 1923 – No dia em que fundaram o Sampaio Corrêa, na casa de Inácio Coxo, na Praça da Alegria, Jaime estava presente, sendo sócio-fundador do tricolor de São Pantaleão. No dia da estréia do Sampaio, compareceu ao campo, mas com a camisa do Leãozinho para jogar contra o Iole, na preliminar – não era bom o suficiente para jogar no clube que ajudara a fundar -; Inácio Coxo, Rochinha, Vítor, João Catá, Nhá Bá e Teodorico também jogaram pelo Leãozinho e venceram por 1 x 0, gol de Jaime. O Sampaio, jogando contra o Luso, também venceu por 1 x 0 e formou com Rato; Zénovais e João Ferreira; Rui Bride, Chico Bola e Raiol; Tunilinga, Mundiquinho, Zezico, Lobo e João Macaco. 1928 – Jaime estreou no Sampaio, contra o Tupan – 7 x 4 para o Sampaio. Prosseguiu com sua jornada no Sampaio até 1937, sendo campeão em 28 e 29; vice em 30 e 31; campeão em 32, 33 e 34; vice em 35. Em 36, não houve campeonato na cidade, devido a uma dissidência. 1930 A 1941 – formou na seleção maranhense, sempre com boa atuação, não sendo “barrado” uma vez sequer. 1937 – está no MAC, sagrando-se campeão; 38, vice-campeão – o título foi do Tupan -; 1939 – volta para o Sampaio, sagrando-se campeão nesse ano e em 1940; vice em 41; campeão em 41 e vice em 43, ano em que o Moto Clube alcançou o ponto máximo pela primeira vez.
SIMÃO FÉLIX
1908 – maranhense de Grajaú, onde nasceu em 3 de maio de, praticou o futebol, o basquetebol, voleibol, motociclismo, natação, remo e muitas outras modalidades. Era um autêntico campeão. 1915 – Veio para São Luís em 1915, quando tinha 7 anos de idade, localizando-se na Rua da Palma. Largo das Mercês e Quartel da Polícia [onde hoje é o Convento das Mercês]; foram os seus primeiros locais de diversão. Em tais locais, começou a chutar “bola de meia” e aprender a correr, em vista de aproximação dos policiais. Depois do futebol, passou a ser remador. Construiu a piscina do Genipapeiro, em companhia de outros colegas e fez daquele local o seu ponto de recreio. Possuía um bom “yole” e remava com relativa facilidade. Como futebolista, jogava pelo Sírio. Faltava um guardião para o time da Montanha Russa e Simão, que era bamba no basquete e volei, foi encarregado de guarnecer a cidadela do Sírio. No dia da estréia do grêmio árabe, Simão fez defesas espetaculares, chegando a defender três penalidades. O Sírio venceu o Libertador por 1 x 0. Antonhinho, Simão, Fuad Duailibe, Chafi Heluy, César Aboud, Amintas Pires de Castro, Silva e Jaime também colaboraram bastante. Simão disputou várias partidas pelo Sírio, porém devido a seu estado de saúde deixou de praticar esportes por algum tempo, indo para o interior do Estado. Quando não quis mais jogar como goleiro, João Mandareck estava fazendo misérias no arco, Simão passou a zaga, até a extinção do Sírio, abandonando o futebol. Continuou apenas com a prática da bola-ao-cesto, bola ao ar (volei ?), atletismo, motociclismo, tênis, remo e outros esportes. 1947 – Simão Félix deixou de praticar o basquete e o volei em 1947, quando figurou na equipe do Pif-Paf, num campeonato interno organizado pelo Moto Clube. O crack praticou também o box, tendo disputado uma luta no Éden (cine Éden, onde hoje é a loja Marisa, na Rua Grande) contra um pugilista cearense. – Era louco por corrida de bicicleta e motocicleta. Como também a pé, demonstrando sempre muita resistência. No lançamento do peso, do disco e do dardo era bamba, o mesmo acontecendo nos 100 metros e no salto em extensão.
FILESMON GUTERRES
1909 – natural de Santo Antônio, município de Pinheiro, onde nasceu em 22 de novembro. Seu primeiro clube foi o Red and White, da cidade de Pinheiro. 1926 – Quando tinha 17 anos de idade, veio para São Luís procurar trabalho e estudar. Passou a morar no Beco da Lapa, 55, na casa de Josimo Carvalho. Após dois meses em São Luís, foi levado por João Baueres para o Sírio Brasileiro. Sua primeira partida foi contra o Luso Brasileiro, de Newton Belo, Chico Bola, Guilhon, Amintas Guterres, Balduíno; enquanto o Sírio contou com Augusto, Fuá (Fuad ?) e Simão Félix; César Aboud, Filemon e Nariz; Sílvio Tavares, Jaime, Pires de Castro e Eupídio. 1932 – abandonou o Sírio, devido a um aborrecimento e juntamente com outros colegas, fundaram o Maranhão Atlético Clube. O caso é que o sr, Jurandir Sousa Ramos queria mudar o nome do Sírio e muitos associados não concordaram. Em conseqüência, 86 sócios do grêmio da colônia síria abandonaram o citado esquadrão e fundaram o MAC.
VITAL FREITAS
– nasceu em São Luís e começou a bater bola no campo da Igreja São Pantaleão, contra os times do catecismo do Desterro, Conceição, Carmo, Sé e outras igrejas. Depois, Vital passou a atuar no quintal de Chico Rocha, no Apicum e num terreno de Manduca, à rua do Outeiro, onde nasceu o Sampaio Corrêa. Nos campos da Camboa, Madre Deus, Quinta do Barão, Praça da Alegria, Largo de Santiago, Praça Clodomir Cardoso, ele aperfeiçoou a sua “chuteira”!… E tinha como parceiros naqueles tempos, os cracks Manoel Beleza, Nhá Bá, Virador, Inácio Coxo, Pedro Gojoba, Daniel Rocha, Nemézio, Zé Novais, Valdemar Sá, Coelho, Paulo Lobo, Antônio Benfica e outros. 1923 – Esses elementos, sob a orientação de Vital e Natalino Cruz, fundaram o Sampaio Corrêa em 1923, inspirados pelo grande feito do aviador patrício Pinto Martins que, com Valter Hilton, fez o “raid” das duas Américas num hidroavião que tinha o nome de “Sampaio Corrêa II”. Vital Freitas sentiu-se bem em ter oferecido a primeira camisa em que o esquadrão “boliviano” envergou no retângulo de grama e que tinha a gola verde, todo o corpo amarelo e uma bola vermelha no peito esquerdo. O Sampaio Corrêa estreou em uma partida contra o Luso Brasileiro, à época o líder invicto do futebol maranhense. Foi árbitro o veterano Antero Novais e o Sampaio venceu por 1 x 0. Além de diretor do Sampaio, Vital foi árbitro da AMEA, da qual foi fundador juntamente com Guilhonzinho Coelho e Antônio Carneiro Maia, tendo trabalhado para a fundação do
[1] O Esporte, São Luís, 28 de novembro de 1947, p. 2
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