1681 – Os jesuítas mantinham uma casa para recreio dos padres e dos estudantes na Praia de São Marcos, onde havia uma fazenda dos jesuítas adquirida de Maria Sardinha, provavelmente antes de 1700. Informa José Coelho de Souza que Antonio Vieira comprara uma propriedade em 1681 no São Francisco, onde se construiu uma pequena casa de residência com sua varanda para o mar e que servia de casa de descanso nos dias de folga (dias de sueto).
1713 - Os jesuítas fundaram, em Maranhão, a “Casa dos Exercícios e Religiosa Recreação de Nossa Senhora da Madre de Deus”, em São Luís. Localizada na Ponta de Santo Amaro, era destinada à recreação e descanso dos religiosos e dos alunos do Colégio Máximo do Maranhão, nos fins de semana; ou ainda para realização dos exercícios espirituais; além dos religiosos, recebiam pessoas do povo, para os exercícios espirituais– hoje, seriam os retiros. A Quinta já existia desde 1713, quando o Capitão-Mor Constantino de Sá requisitou à Câmara a utilização de certos materiais existentes nessa ponta de Santo Amaro para uma ermida que estava erguendo a “Nossa Senhora da Madre de Deus, Aurora da Vida”. Os padres compraram a Quinta para Casa de Campo dos Mestres e estudantes do Colégio do Maranhão, no qual havia, em 1731, estudos gerais de Teologia, Filosofia, Retórica, Gramática, e “ultimamente uma escola de ler, escrever e contar”. A este primeiro destino – casa de campo, a tal casa de recreação -, veio juntar-se, anos depois, o de servir para Casa dos Exercícios Espirituais. A casa ficou juridicamente dependente do Reitor do Colégio, mas com administração autônoma, sob a regência de um Superior próprio.
1760 - a Casa constava de dois corredores: um que era a frontaria a par do frontispício da nova igreja, com 10 aposentos, cinco em cada andar, “para hospedagem dos exercitantes seculares e habitação dos religiosos da casa”; outro corredor, de norte a sul, com outros tantos cubículos, destinados ao repouso e recreação dos estudantes.
1771 em Portugal, sob o balizamento da Universidade de Coimbra, se estabeleceu que as atividades físicas como conteúdo educacional, atendia aos pressupostos da nova educação. As “Artes Liberais” nos Estatutos do Collegio Real de Nobres da Corte, e cidade de Lisboa eram a Cavalaria, Esgrima, e Dança. Apesar de contar ainda um sentido cavalheiresco (educação dos nobres), essa introdução se deu através das ideias burguesas.
ATIVIDADES FÍSICAS NO SÉCULO XIX - No início do século XIX, foram encontradas outras formas de atividade física, como as caminhadas. Além desses passeios, praticava-se a caça, como o fazia Garcia de Abranches - o Censor. Seu filho, Frederico Magno de Abranches - o Fidalgote - era “... Atirador emético e adestrado nos jogos atléticos, alto, magro e ágil, trepava como um símio até os galhos mais finos das árvores para apanhar uma fruta cobiçada pelas jovens ali presentes. Encantava-as também a precisão dos seus tiros ao alvo. E causava-lhes sustos e gritos quando trepava sem peias por um coqueiro acima ou se balançava no tope de uma jussareira para galgar as ramas de uma outra em um salto mortal, confirmando o título que conquistara entre os da terra de campeão da bilharda.”.1829 -primeira aula de dança de que se tem notícia data de 1829, como se vê de anúncio publicado em “O FAROL”: “Carlos Carmini, de nação italiana, recentemente chegado a esta cidade, faz saber aos ilustres habitantes da mesma que ensina tôda e qualquer dança, segundo o gosto moderno, tanto em sua casa (que ao presente é na rua da Palma, no. 10), como também pelas particulares para que seja chamado; prestando-se ao ensino das ditas danças, tanto a pessoas grandes como para meninos...” (In “O FAROL MARANHENSE”, 25 de agosto de 1829, citado por VIVEIROS, 1954, p. 376).
Sobre as atividades lúdicas dos negros é publicado em “A Estrela do Norte”, em 1829 a seguinte reclamação de um morador da cidade: “Há muito tempo a esta parte tenho notado um novo costume no Maranhão; propriamente novo não é, porém em alguma coisa disso; é um certo Batuque que, nas tardes de Domingo, há ali pelas ruas, e é infalível no largo da Sé, defronte do palácio do Sr. Presidente; estes batuques não são novos porque os havia, há muito, nas fábricas de arroz, roça, etc.; porém é novo o uso d’elles no centro da cidade; indaguem isto: um batuque de oitenta a cem pretos, encaxaçados, póde recrear alguém ? um batuque de danças deshonestas pode ser útil a alguém ? “.
A GYMNÁSTICA - O primeiro registro encontrado onde aparece a palavra “ginástica” data de 1841, conforme anúncio no “JORNAL MARANHENSE” sob o título de: “THEATRO PUBLICO - Prepara-se para Domingo, 21 do corrente huma representação de Gimnástica que será executada por Mr. Valli Hércules Francez, mestre da mesma arte de escola do Coronel Amoroz em Paris; e primeiro modelo da academia Imperial de Bellas Artes do Rio de Janeiro, que terá a honra de apresentar se pela primeira vez diante d’este Ilustrado público, a quem também dirige agradar como já tem feito nos principais Theatros de Europa , e deste Império. “Mr. Valli há contractado o Theatro União, para dar sua função, junto com Mr. Henrique, e tem preparado para este dia um espetáculo extraordinário que será composto pela seguinte maneira: Exercícios de forças, Agilidade e posições Acadêmicas Exercícios no ar e muitas abelidades sobre colunnas assim como admiraveis sortes nas cordas “Nos intervalos de Mr. Valli, se apresentará Mr. Henrique, para executar alguns exercícios de fizica, em quanto Mr. Valli descansa.”
1842 - O Prof. Antônio Joaquim Gomes Braga, diretor do Colégio de Nossa Senhora da Conceição, localizado Rua do Desterro, ao apresentar o Plano de Estudos, informa que as aulas de “Dansa e Muzica para os internos serão pagas à parte”. (in JORNAL MARANHENSE, 1º de outubro de 1841).
1843 - outro colégio particular anuncia em seus planos de estudos as aulas de dança para seus alunos, aberta à comunidade: “AULA DE DANÇA, começará em Novembro próximo a ter exercícios no Colégio de N. S. dos Remédios na rua do Caju em os dias feriados, isto é, duas vezes por semana das 9 as 11 horas da manhã. Os que já frequentam outras aulas do Colégio são admitidos mediante o premio de 3:000 rs. mensais; porém os que não estão neste caso concorrerá com 4:000 reis.“Também haverá outra aula, que principiará com a noite na 3ª e 6ª feiras para as pessoas que não podem ir de dia, os quais farão despesa de 5:000 reis. Nestes serão ensinadas as danças nacionais e estrangeiras, tanto simples, como dobradas, e etc. “O diretor do Collégio está convencido de que os pais de familias tendo no seu devido apreço esta prenda não deixarão de promover, que ele não falte a educação de seus filhos: muito principalmente não alterando esta aula no Colégio a introdução dos meninos, por ser somente nos feriados. “Collegio de N. S. dos Remédios, 24 de outubro de 1843.” (A REVISTA, n. 207, Quarta-feira 8 de novembro de 1843)
1844 - fundado o primeiro colégio destinado exclusivamente às moças, em São Luís, as atividades físicas faziam parte do currículo: “... não somente sobre as disciplinas escolares com também sobre o preparo physico, artístico e moral das alumnas. Às quintas-feiras, as meninas internas participavam de refeições, como se fossem banquetes de cerimônia, para que se habituassem 'a estar bem á mesa e saber como se deveriam servir as pessoas de distinção'. Uma vez por semana, à noite, havia aula de dança sob a rigorosa etiqueta da época, depois de uma hora de arte, na qual ouviam bôa música e aprendiam a declamar." (ABRANCHES, 1941, p. 113-114). Esse colégio - o "Collegio das Abranches", como era conhecido o Collégio N. S. das Glória -, foi fundado por D. Marta (Martinha) Alonso Veado Alvarez de Castro Abranches - educadora espanhola nascida nas Astúrias provavelmente por volta de 1800 –, e pela sua filha D. Amância Leonor de Castro Abranches, e tinha, ainda, como professora, D. Emília Pinto Magalhães Branco, mãe dos escritores Aluizio, Artur e Américo de Azevedo.
1852 - Antônio Francisco Gomes propunha além da ginástica, os exercícios de natação, esgrima, dança, jogo de malha e jogo da pella para ambos os sexos (CUNHA JÚNIOR, 1998, p. 152) [1]
1853 - No “O Observador”, edição de 25 de abril, o Inspetor da Instrução Pública publica seu relatório, na parte em que trata das escolas particulares de primeiras letras e médio da capital, constata que nos dois colégios existentes não havia aula de Ginástica:
Deve-se lembrar de que na legislação de ensino da época, já constava o de ginástica, dentro do núcleo das Belas Artes, que compreendia o desenho, música, dança, esgrima, e ginástica:
DÉCADA DE 1860 - o Sr. Alfredo Bandeira Hall lecionava inglês (1861), tendo inclusive publicado uma gramática adotada pelo Lyceo Maranhense, e exerceu a função de Inspetor de Ensino, atuando em vários exames da 2ª Freguesia. Antes, no ano de 1860, aparecia como agente de leiloes na cidade, conforme anúncios em O Publicador Maranhense. Remédios para bexigas, importados da Inglaterra por Alfredo Bandeira Hall também estavam à disposição do público, em algumas farmácias da capital (1883). No guia de profissionais, do Almanaque do Maranhão, aparece como Professor de Esgrima e ginástica Alfredo Hall, residente na Rua do Alecrim, 17:
1861 já se tinha, no Maranhão, a cadeira de Ginástica, conforme se depreende de anúncio do Instituto de Humanidades:
1861 a 1871 verifica-se a presença de alunos de nacionalidade brasileira no Philantropinum[2], sediado em Schnepfenthal[3]; dentre esses alunos vamos encontrar:
NOME LOCAL E PERÍODO DE
ANO NASCIMENTO ESTUDOS
de La Roque, Jean Pará, 1850 1861 – 1866
de La Roque, Auguste Pará, 1851 1861 – 1867
de La Roque, Henri Pará, 1849 1861 – 1864
de La Roque, Guilherme Cametá, 1853 1863 – 1869
De La Roque, Luiz Pará, 1856 1865 – 1871
de La Roque, Carlos Pará, 1857 1865 – 1871
Temos a existência da Família LaRocque no Maranhão. Os LaRocque - importante família estabelecida no Pará, procedem de dois irmãos:
I - HENRIQUE de LaROCQUE (c. 1821 – Porto ?), que deixou geração do seu casamento, em 1848 – Pará -, com Matilde Isabel da Costa ( ? – 1919); e
II – LUIZ de LaROCQUE (c. 1827 – Porto ?), que deixou geração de seu casamento, em 1854 (Pará) com sua cunhada Emília Ludmila da Costa.
Ambos, filhos de JOÃO LUIZ de LaROCQUE (c. 1800 – a. 1854) e de Rosa Albertina de Melo. Entre os membros dessa família registra-se o senador HENRIQUE de LaROCQUE ALMEIDA, advogado diplomado pela Faculdade Nacional do Rio de Janeiro (hoje, UFRJ).[4]
No Dicionário, é dada como sobrenome de origem escocesa, o que é contestado por Henrique Artur de Sousa, para quem a família LaRocque estabelecida no Brasil é de origem portuguesa, da cidade do Porto – encontrou uma primeira referência no início da colonização do Brasil, nos anos 1500, em São Vicente ... -, o que parece ser a versão verídica, haja vista que o falecimento de dois membros dessa família – os irmãos Henrique e Luís, filhos de João Luís de LaRocque e sua mulher Rosa Albertina de Melo – se dão na cidade do Porto, no século XIX... (vide Dicionário...)
Efetivamente alguns LaRocque se estabeleceram no Maranhão, a partir de 1832. Henrique Artur de Sousa - genealogista estabelecido em Brasília encontrou documentos no Arquivo Público do Estado do Maranhão “firmados de próprio punho” de três membros da família LaRocque, quando de sua chegada, “de que haviam estudado na Alemanha”, numa cidade chamada Schnepfenthal !
Filhos de Jean Francoise de LaRocque:
Carolina – depois Baronesa de Santos;
Henrique de La Rocque;
Guilherme de LaRocque;
João Luís de LaRocque;
Luís de LaRocque;
Rosa;
Amélia;
Antônio de LaRocque.
Desses irmãos, quatro estudaram na Alemanha; Henrique de LaRocque Júnior, e seus irmãos João e Augusto, também podem ter estudado na Alemanha ... Henrique de LaRocque Júnior - viria construir o Mercado de Ver-o-Peso, em Belém do Pará -, vem a ser avô do Senador LaRocque...
1869 - é anunciada a criação de um novo colégio - o Collégio da Imaculada Conceição - sendo seus diretores os Padres Theodoro Antonio Pereira de Castro; Raymundo Alves de France; e Raymundo Purificação dos Santos Lemos. Internato para alunos de menor idade, seria aberto em 07 de janeiro de 1870. Do anúncio constava o programa do colégio, condições de admissão dos alunos, o enxoval necessário, e era apresentado o Plano de Estudos tanto do 1º grau como do 2º grau, da instrução primária; o da instrução secundária; e da instrução religiosa. No que se referia às Bellas Artes – desenho, música vocal e instrumental, gymnástica, etc., mediante ajustes particulares com os senhores encarregados dos alunos. O novo colégio situava-se na Quinta da Olinda, no Caminho Grande, fora do centro da cidade, e possuía água corrente, tanque para banhos, árvores frutíferas, jardim, bosque e lugar de recreação. (A ACTUALIDADE n. 28, 28 de dezembro de 1869).
1874 Diário do Maranhão, de 16 de janeiro, uma nota sobre a reforma do ensino agrícola, traz que:
1876 - No Diário do Maranhão, edição de 16 de janeiro aparece anuncio de colégio de Lisboa – Colégio Acadêmico Lisbonense, em que é apresentado o programa de estudos, dentre elas a Gymnástica, sendo o professor Mr. Jean Rogers, professor de suas Altezas Imperiais; era representante nesta cidade o Sr. Luis Manoel Fernandes, a quem poderia se solicitar informações.
- Ainda neste jornal, edição de 10 de março em seção geral, artigo dedicado à Reforma necessária na Instrução Pública, defendendo sua inclusão no currículo, mas com as condições necessárias ao seu ensino:
- Na edição de março de 1876, o editor chama atenção para a modalidade de aula de ginástica que o professor da escola agrícola aplicava a seus alunos:
- Em edição de outubro desse ano, reproduzindo matéria vinda da Bahia, o comentarista da coluna nossas escolas, ainda se referindo à reforma do ensino, diz que deveria se ter mais atividades práticas nas escolas:
- A Ginástica, especialmente a que fazia uso de aparelhos, se prestava para espetáculos circenses, como já vimos em anúncios do princípio do século. No jornal O Apreciável, edição de 1876 se comentava o espetáculo de ginástica dado pelos ginastas portugueses Pena e Bastos. Nos anos 1880, pelo menos três companhias circenses visitavam São Luis, com apresentações de ginástica, o mesmo acontecendo na década seguinte, como em 1890, em que o cidadão Candido de Sá Pereira solicitava o Teatro de São Luis para três apresentações de Ginástica, sendo lhe deferido o pedido e ser aviso o administrado do Teatro (A República, expediente de 12 de abril de 1890).
1877 - Instigante esse anuncio encontrado em 27 de agosto de 1877:
- Símbolo da modernidade que se implantava, o Club de Ginástica e Esgrima era referido como uma das evidencias dos avanços que a cidade apresentava:
1879 - no Publicador Maranhense, de 5 de dezembro de 1879 anunciava-se as aulas do colégio espanhol, que iniciara suas atividades já em 1848; incluída entre as matérias a ginástica:
1880 - Aluísio Azevedo, tanto em "O Mulato" - publicado em 1880 -, como em uma crônica publicada em 10.12.1880, propõe uma educação positivista para as mulheres maranhenses: "... é dar à mulher uma educação sólida e moderna, é dar à mulher essa bela educação positivista ... é preciso educá-la física e moralmente ... dar-lhe uma boa ginástica e uma alimentação conveniente ...".
Alguns amigos de Aluísio, a fim de ‘incentivar’ a leitura de seu romance, publicado sob a forma de folhetim nos jornais de São Luís, passam a escrever aos jornais, fazendo-se passar por jovens senhoritas. Uma dessas cartas, publicadas em Pacotilha, edição de 9 de junho de 1881, em que “Julia” escreve à “Antonieta”:
1883 - publicado o seguinte anúncio:
1884 - Também no interior, os colégios ofereciam, em seus programas de ensino, a Ginástica, como se vê desse anuncio no Diário do Maranhão de 7 de março de 1884:
Ao expor seu programa, Issac Martins informa que para as aulas de ginástica dispunha de amplo pátio para os exercícios de ginástica e ‘correria’ – Atletismo? – e para a natação, as águas puras e cristalinas do Rio Corda. Temos aqui outra informação importante – as aulas de natação, em escola do interior do Estado – Barra do Corda – em uma escola popular:
É o seguinte o programa escolar:
1886 - O Dr. Gouveia Filho, na edição de A Pacotilha, jornal da tarde, de 24 de abril de 1886 trazia um artigo, numa coluna ‘Litteratura”, com o título “Educação Physica”, onde afirma que essa palavra não tinha significação entre nós:
- Em outro artigo, em edição seguinte, também é ressaltado – desta vez por Ramalho Urtigão – a ginástica como parte do processo educacional:
1887 - O Jornal A Pacotilha de 7 de dezembro de 1887 traz nota sobre a reforma da instrução pública, em que:
1889 - O Sr. Sabino Erres, que fundara uma Escola de Ginástica – a 15 de Novembro – em 1889, e que funcionou em diversos lugares nesta cidade, apresentando-se no Teatro com seus alunos, assim como na sede de sua escola, com programas de trapézio e barras, cordas. Em 1890 – no Diário de 1º de abril - publica aviso que estava disposto a concorrer à cadeira de ginástica, que se abria no Liceu, em função da reforma do ensino:
O “artista” Sabino Erres continuava a apresentar-se em funções de circo, executando números de gymnástica, utilizando-se de cordas, trapézios e barras, junto com outros ‘artistas’ ginastas – como Diocleciano Belfort. Continuava com sua escola, a 15 de novembro, de ginástica; pelo que se depreende, na formação de ‘artistas de ginástica’, para apresentação em espetáculos.
1890 - A adaptação das escolas estaduais às novas normas da instrução pública não se dá de forma a contentar a todos. Assim, em a Pacotilha de 29 de março de 1890 um certo Reginaldo faz o seguinte comentário:
- 23 de abril de 1890, é publicada a nova lei, da reforma da instrução pública, em que é criada a Escola Normal, anexa ao Liceu Maranhense, com as seguintes cadeiras:
- Reginaldo volta à carga, em sua coluna “De relance”, fazendo sua análise da reforma da instrução pública. Volta a falar sobre a inclusão das disciplinas de música e ginástica:
1891 - Em outubro de 1891, a Pacotilha começa a publicar uma série de artigos sobre a Ginástica em diversos países, apresentando análise de suas vantagens na educação das crianças. Passa a relatar os inúmeros métodos que estavam aparecendo – francesa, sueca, dinamarquesa, alemã, e era introduzida a “ginástica educativa”, em bases fisiológicas e higiênicas. Logo a seguir – edições seguintes – ainda falando da Itália, refere-se à ginástica Feminina; passa a discutir a ginástica na Alemanha, e a sua obrigatoriedade na escola.
- Ao mesmo tempo, o vice-governador Carlos Peixoto (in A Cruzada, 28 de outubro de 1891), em telegrama ao Ministro da instrução Pública, relata a situação do Liceu Maranhense e as dificuldades do curso preparatório. Fala das cadeiras e da falta de professores. O Ministro diz que a oferta de disciplinas deve obedecer à legislação vigente, caso contrário não serão reconhecidos os estudos. José Rodrigues, ao comentar o telegrama e a resposta a ele, diz:
- Pouco antes era publicada poesia, nesse mesmo jornal - A Cruzada, em agradecimento, ao Grande Tenor que se despedia da terra; lá é colocado que, além de canto e musica, era também professor de Esgrima e Ginástica:
1894 aparecem notas sobre uma literatura específica – manuais de ginástica, italianos, que são analisados, em virtude de conferencias que estavam acontecendo naquele país. Comentários sobre a ginástica nas escolas, em especial as alemãs. Por aqui, uma escola oferecia aulas de Ginástica, dentre outras matérias:
- As críticas às aulas de Ginástica no currículo do Liceu Maranhense – seu anexo, a Escola Normal -, voltam à baila, na edição de A Pacotilha de 7 de junho de 1894. Diz o articulista que as críticas feitas através da imprensa pela inclusão dessa cadeira, até aquele momento, que justificava sua não oferta, e a consequente nomeação do professor:
- Mas, nessa mesma edição, consta a ‘aclamação’ (nomeação) do professor de ginástica:
No Almanaque Administrativo de 1896 constava no quadro de docentes tanto do Liceu Maranhense como da Escola Normal, o professor João da Mata Lopes como titular da cadeira de Ginástica. Em 1910, esse professor requer a aposentadoria, por ser professor vitalício (Correio da Tarde, 30 de agosto de 1910).
- edição de 27 de julho de 1894, voltava à carga a questão da nomeação do professor. Ele, nomeado Lente do Liceu, com base na Lei da Instrução Publica de 1893, não tinha reconhecido assento na Congregação, por julgar, a direção da escola, matéria técnica:
1895 - Em janeiro saem novas normas para a instrução pública, estabelecida provas práticas para algumas das novas disciplinas:
- Parece-nos que em julho a questão do professor estava resolvida; João da Mata Lopes assumira sua cadeira, e iniciava suas aulas... Mas aparece outro problema: os uniformes para as aulas práticas de ginástica, em especial, a das alunas:
- Em novembro de 1895, os primeiros exames das cadeiras incluídas na reforma de 1893, e depois de toda a polemica - da contração do professor, de sua participação na Congregação, de as provas serem práticas, e dos uniformes dos alunos -, observa-se que apenas alunos do Liceu – sexo masculino... – se submeteram às provas:
- Já na Escola Normal:
1896 - Um ano depois, 1896, novos exames das alunas da Escola Normal:
1898, o Governador do Estado faz uma visita ao Liceu Maranhense e observa as aulas de Ginástica:
1899, nova adaptação do currículo tanto do Liceu quanto da Escola Normal, para se adaptar à nova Lei do Ensino Secundário. Novamente, necessária a adequação curricular para que houve a equiparação com o Colégio Pedro II; essa a discussão da edição de 27 de abril,
- No dia 17 de outubro de 1899 é criado o Clube de Ginástica e Esgrima:
1900 fica-se sabendo o local da sede do clube
- em março, seu Estatuto é encaminhado à imprensa, e fica-se sabendo quem são os seus fundadores e principais dirigentes:
- nova reforma da instrução pública:
1901 o “Regimento para as Escolas Estadoaes da Capital” (Decreto nº16 de 04 de Maio de 1901; Nascimento, 2007a, 2007b,) [5], instituía, no seio de suas diretrizes gerais, questões referentes a “inspecção e asseio” normatizando desde a entrada dos alunos em que caberia às professoras proceder á uma revista do asseio dos mesmos “tomando as providencias necessárias em ordem a estarem todas as condições regulares de limpeza de mãos, unhas, rosto e penteado do cabello, no momento de serem iniciados os exercícios escolares” (Regimento, 1901, p.80) conforme a classe a que pertence o estudante. Percebem-se nítidos traços de influência militar em termos de linguagem e recomendações na modelagem deste corpo escolarizado, quando instituem os exercícios abaixo descritos:
a) Os da primeira classe constarão de marchas e contramarchas com variações apropriadas a darem facilidade de movimento dos alumnos;
b) Os da segunda versarão sobre movimentos em varios tempos, com e sem flexão dos membros, desacompanhados de instrumentos;
c) Os da terceira se comporão dos mesmos exercicios das segunda, mas com instrumentos;
d) Os da quarta de exercicios de barra de extremidades esphericas, barra fixa, apparelhos gyratorios.
(Regimento, 1901, p.80, grifos nosso).
- nova reforma da instrução pública, ajustando-a ao currículo do Ginásio Nacional, o Governo divulga o salário pago aos professores, tanto do Liceu Maranhense quanto da Escola Normal; nota-se que o numerário do Professor de Ginástica e Esgrima – duas disciplinas!!! – era 50% menor do que a dos outros mestres:
- Na Escola Normal, as alunas eram chamadas para os exames de Ginástica. A banca, formada por três professores, contava com o Dr. Achiles Lisboa, o professor de Ginástica João da Mata Lopes, e Luis Ory
- Na edição de A Pacotilha de 8 de novembro de 1901 era anunciado a morte de Pedro Nunes Leal, fundador do Instituto de Humanidades. Da relação dos seus professores, o Sr. Alfredo Hall, de Esgrima e Ginástica – contratado em 1861 - que já faziam parte daquele notável estabelecimento de ensino:
- um novo colégio é aberto em São Luis:
1902 - folhetim publicado em “A Campanmha”, edição de 16 de outubro de 1902, sob o titulo “o que custão as mulheres’, tradução do dr. Nuno Alvares, referindo-se à personagem Branca de La Faye afirma ser ela, jovem de seus treze anos, possuidora de variadíssimos conhecimentos:
- E mais:
1903 - Na edição de 19 de maio de 1903, de A Pacotilha – Jornal da Tarde – é anunciada a chegada do Sr. Miguel Hoerhann, contratado pelo Governo do Estado para reorganizar o serviço de educação física, voltado para o Liceu, Escola Normal e Modelo, escolas estaduais e do município:
- No Diário, de 19 de maio também e anunciada a chegada do novo professor de Ginástica:
- No dia 20 de maio, as aulas têm início:
- Em maio, a educação física é tornada obrigatória em todos os estabelecimentos de ensino, não apenas no Liceu e Escola Normal, e Escola Modelo:
- Logo a seguir, são distribuídas as aulas de ginástica para as diversas escolas do município:
- Em 6 de julho é anunciada a chegada de sua família :
- Em 11 de agosto, o Professor Miguel recebe os aparelhos de ginástica, solicitados para o Liceu Maranhense, conforme oficio:
MIGUEL HOHERANN – ver box Embora Djard MARTINS (1989) - em seu já clássico “Esporte, um mergulho no tempo” [6] - traga Miguel Hoerhann como nosso primeiro professor de Educação Física, verificamos que haviam vários professores atuando em diversos estabelecimentos, inclusive oficiais – tanto na Escola Normal, Escola Modelo, Liceu Maranhense:
"E para coroar de êxito esse idealismo, esteve à frente da fundação do Club Ginástico Maranhense..." (MARTINS, 1989).
É o próprio Miguel quem confirma essa condição[7], em nota publicada no jornal “O Paiz” em 21 de novembro de 1909, no Rio de Janeiro:
‘EDUCAÇÃO PHYSICA CARTÃO COMEMORATIVO DE 20 ANOS DE TRABALHO NO BRASIL Mens sana in corpore sano; vita non este vivere; sede vivere Miguel Hoerhann, capitão-tenente honorário da armada nacional, professor de educação física da Escola Naval, Colégio Militar, Externato Aquino, e professor de ginástica e esgrima do Automóvel Club do Brasil – Ex-professor dos colégios Brasileiro-Alemão, Abílio Rouanet, João de Deus, Instituto Benjamin Constant, e Instituto Nacional de Surdos Mudos, no Rio de Janeiro. Ex-professor dos colégios São Vicente de Paulo, Notre Dame de Sion, Ginásio Fluminense e Escola Normal Livre; sócio-fundador e 1º. Turnwart do Turnerein Petrópolis, em Petrópolis. Ex-professor da Escola Normal e grupos escolares Menezes Vieira e Barão de Macaúbas e do colégio Abílio, em Niterói. Ex-diretor do serviço de Educação Física; ex-professor da Escola Normal, escola modelo Benedito Leite; Instituto Rosa Nina, Liceu Maranhense, e escolas estaduais e municipais; fundador e 1º presidente e 1º diretor dos exercícios do Club Ginástico Maranhense; em S. Luis do Maranhão. Ex-professor do Ginásio São Bento e ex-secretário do I. e R. Consulado da Áustria e Hungria, em São Paulo. 20 anos de devotado trabalho no Brasil (de 24 até 44 anos de idade, desde 1889 a 1909). Ex-Instrutor da imperial e real marinha de guerra da Áustria, condecorado com a medalha militar de bronze, conferida por sua imperial e real majestade apostólica Francisco Jose I, Imperador da Áustria-Hungria (desde 15 até 23 anos de idade, 1880-1888). “AOS MEUS DISCIPULOS Caros discípulos! Vivamente me tenho lembrado de vós! Recordando, um por um, os numerosos estabelecimentos de ensino, desde o sul até o extremo norte, de nossa vasta e grande Republica, onde, cônscio de minha nobre e útil missão, sempre lecionei com ardor, vos vi, na imaginação, todos reunidos formando legiões de muitos e muitos milhares. Estas reminiscências decorrem do inicio de minha carreira, abrangendo todos os fatos que se passaram, ate a presente data da minha vida de professor neste belo pais. E – folgo em dizê-lo – causaram-me uma grande e indescritível alegria: o supremo tribunal que temos no nosso intimo, o tribunal da consciência, aprovou os meus atos. Na verdade, a mais alta felicidade e alegria residem no intimo, na consciência perfeitamente tranquila e na certeza de havermos, digna e devotadamente, cumprido os nossos deveres. Do trabalho provem os mais altos gozos da vida! e este sentimento de felicidade e alegria me impeliu a expandir-me, publicando o presente. Eis porque vos incito a prosseguirdes vossa nobre obra de regeneração de vós mesmos -: Tão preciosos bens, como a saúde e o vigor físico, só se conseguem – bem o sabeis – pelo esforço próprio. Muitos de vós já sois pais e mães de família. A uns e outros aconselho, pois: “Cuida da educação física e moral dos vossos filhos”. A humanidade esta ilustrando uma área inteiramente nova; importantes e formidáveis cometimentos nos aguardam num futuro bem próximo; e para resistir, para vencer, se faz necessária uma geração sadia e forte: – no físico, e principalmente no caráter. Tão preciosas qualidades são indispensáveis, não só ao vosso bem estar e felicidades pessoais, como ao serviço da família, da pátria e da humanidade. Desejando-vos longa e bem preenchida existência, vos saúdo cordial e efusivamente. Em 21 de novembro de 1909 Miguel Hoerhann 3, Rua Pedro Domingues, Encantado, Rio (grifos nossos)
Como consta de sua declaração, Miguel foi Instrutor da Imperial e Real Marinha de Guerra da Áustria de 1880 a 1888 - dos 15 até 23 anos de idade.
1884 – aos 19 anos de idade, Instrutor de Esgrima da Imperial e Real Marinha de Guerra da Áustria
Desde o ano de 1894 em Petrópolis, em 1898 estava exibindo-se como esgrimista, em “desafios”, conforme anúncios publicados no jornal “Gazeta de Petrópolis” [8]:
Observa-se que atuou como professor de esgrima, ginástica, e natação em Petrópolis, [9] depois em Niterói, antes de vir para o Maranhão. Deu aulas particulares, e em escolas particulares, antes do ingresso em escolas públicas, naquelas duas cidades:
Além de aulas de ginástica, ensinava também esgrima, como parte do currículo. Nas férias, aos alunos internos, se ofereciam essas atividades, inclusive o curso de esgrima era pago à parte, conforme se depreende de anuncio de inicio das aulas do ano de 1896. Na edição de 26 de março de 1896, e seguintes, aparece colaboração de Miguel Hoerhann, discutindo a importância da ginástica médica. Em janeiro de 1901, em que é publicado o Decreto de seu ingresso na Guarda Nacional com o posto de capitão, aparece sua eleição para a diretoria do Clube Alemão:
1903 - Na Gazeta de Petrópolis, edição de 15 de setembro de 1903, informa-se que Miguel Hoerhann estava em São Luis, nomeado que fora Diretor da Educação Physica, conforme a edição 204 de “A Pacotilha”, da capital do Maranhão:
- No dia 04 de junho de 1903 aparece anuncio n´A Pacotilha em que Miguel Hoerhann, como já fizera em Petrópolis e Niterói, oferece seus serviços como professor particular de ginástica:
- Logo no dia 05/06, anuncia o inicio das aulas; e a 30 de junho, outro aviso, convocando os alunos inscritos:
- Em 19 de julho de 1903, uma referencia à viagem do Rio de Janeiro para o Maranhão do Sr. Miguel Hoerhann, em companhia de Monteiro Lobado. Escreve ele sobre nosso ilustre professor, com o titulo “A Paz”, transcrito da Folha do Norte:
- Nosso Diretor da Divisão de Educação Física começa a publicar artigos:
Efetivamente, nas edições seguintes aparece o artigo prometido, dividido em várias seções, publicados ao longo do tempo, tratando da ginástica médica. - No mês de agosto novo anuncio em A Pacotilha, do dia 31, já assinado como Diretor da Divisão de Educação Física do Maranhão, sobre a realização de um concurso poético, tendo por tema a Ginástica. Verifica-se que se referia ao Turnen, haja vista a citação dos “4 Fs”, como a divisa da ginástica:
“Abre-se aos cultores das musas uma produção poética, em que entrem as palavras que constituem a divisa da gymnastica: FIRMA, FORTE, FRANCO, FIEL, e que tenha por tema a glorificação da abnegação, do trabalho perseverante e nobre, do vigor do espírito como consequência dos exercícios physicos [...]”
Não se tem noticias do resultado desse concurso, mas em Janeiro de 1904 aparecem os mesmos anúncios de, provavelmente, novo concurso, com prazo de inscrições até o dia 31 de janeiro daquele ano. Na primeira semana de fevereiro, novos anúncios, nova data de termino das inscrições: 18 de fevereiro.
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- No mês de março, foram entregues os prêmios aos vencedores do concurso poético, não se informando, no entanto, os nomes e nem se dá noticias dos poemas:
- Na edição de 15 de março, nota de que fora publicada na Revista do Norte o poema colocado em primeiro lugar do Concurso Poético:
- Colégio 15 de novembro anuncia os exames finais de 1903, constando o de Ginástica:
1904 - em carta ao Reitor do Seminário, M.N. pedia que fosse adaptado o seu currículo, com a inclusão de aulas de Ginástica, obrigatórias, e que o Diretor da Divisão de Educação Física poderia se responsabilizar pelas mesmas:
[1] CUNHA JÚNIOR, Carlos Fernando Ferreira da. A produção teórica brasileira sobre educação physica/gymnastica no século XIX: questões de gênero. In CONGRESSO BRASLEIRO DE HISTÓRIA DO ESPORTE, LAZER E EDUCAÇÃO FÍSCA, VI, Rio de Janeiro, dezembro de 1998. COLETÂNEA... . Rio de Janeiro : Universidade Gama Filho, 1998, p. 146-152.
[2] Em janeiro de 1999, o Prof. Dr. Lamartine Pereira Da Costa fez um anúncio através do CEV (Centro Esportivo Virtual www.cev.org.br): “Permitam-me iniciar o ano de 1999 fazendo um anuncio importante para o desenvolvimento da Historia do Esporte no plano nacional e internacional, como também mobilizar os amigos da Lista e fora dela para que sejam iniciadas pesquisas no tema que se segue.”.
[3] Fonte: Preisinger, M. (Arquivos de Schnepfenthal – 1998)
[4] in DICIONÁRIO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS, vol. II, BARATA, Carlos Eduardo de Almeida; CUNHA BUENO, Antônio Henrique da. Arquivos da Biblioteca Pública “Benedito Leite”.
[5] REGIMENTO PARA AS ESCOLAS ESTADOAES DA CAPITAL, a que se refere o Decreto nº16 de 04 de Maio de 1901. In: Collecção das leis e decretos do Estado do Maranhão de 1912. Republica dos Estados-Unidos do Brazil. Maranhão: Imprensa Official, 1914.
NASCIMENTO, Rita de Cássia Gomes. A Educação Higiênica em São Luís nas primeiras décadas do século XX. São Luís: Universidade Federal do Maranhão, 2007b. (Graduação em Pedagogia).
NASCIMENTO, Rita de Cássia Gomes. PELAS CRIANÇAS DESVALIDAS: o Instituto de Assistência à Infância do Maranhão nas primeiras décadas do século XX. São Luís: Universidade Estadual do Maranhão, 2007a. (Graduação em História).
[6] MARTINS, Dejard. ESPORTE, um mergulho no tempo. São Luís: SIOGE, 1989.
[7] Prezado Sr. Leopoldo Vaz, boa noite.
Tomei a liberdade de lhe contatar quando soube de suas dúvidas, pelo pessoal do Arquivo Histórico de Ibirama - SC, acerca de Miguel Hoerhann, meu tataravô.
Resido em São José, cidade vizinha de Florianópolis, capital de Santa Catarina e recém doutorei-me em História. Justamente trabalhei com a nacionalização dos Xokleng, comunidade indígena de SC, a qual o filho de Miguel, Eduardo Hoerhann dedicou toda a sua vida.
Eduardo Hoerhann nasceu em Petrópolis em 1896. Filho de Miguel, (no anexo você consegue algumas informações sobre ele) e de Carolina, sobrinha-neta do Duque de Caxias. Alguns dados do Museu estão equivocados.
Há uns anos, vi que os senhores disponibilizaram digitalizado, o livro Esgrima de Baioneta, de autoria do Miguel Hoerhann. Fiquei muito contente descobrir isso, e uma pena que ainda não consegui imprimi-lo em capa dura, mas parabéns pelo capricho.
O sr enviou para a sra. Aparecida um diploma assinado pelo Miguel. Há possibilidade de enviar para mim numa resolução maior? Está ilegível em 9 k.
No mais, espero poder ter ajudado em algo. Infelizmente, muitas informações se perderam.
Cordialmente, Rafael Hoerhann.
Disponível em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2013/02/27/miguel-hoerhan-nosso-pioneiro-professor-de-educacao-fisica/
[8] Gazeta de Petropolis Periodicidade: Trissemanal, Fundado em 2 junho 1892 por Bartholomeu Ferreira Sudre, Formato tabloide, Designação cronológica: Ano 1,n.1(jun.1892)-Imprenta: Petropolis,RJ : [s.n.], 1892- Local: Petropolis RJ , disponível em: http://catcrd.bn.br/scripts/odwp032k.dll?t=bs&pr=diper3_pr&db=diper3_db&use=ti&disp=list&ss=NEW&arg=gazeta|de|petropolis
[9] Anúncios publicados no jornal “Gazeta de Petrópolis”, por várioas edições e anos, conforme arquivos disponíveis em http://hemerotecadigital.bn.br/; http://memoria.bn.br/hdb/periodico.aspx, acessados em 7 e 8 de março de 2013.
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