Banco da Praça: O comedor de queijo coalho

JOSÉ DE OLIVEIRA RAMOS

Sem ter bola de cristal – instrumento de trabalho da quiromancia que “vê” o futuro das pessoas – dissemos aqui neste mesmo Facebook, dias atrás, que Vinícius Saldanha não concluiria o Campeonato Maranhense no comando do time do Sampaio Corrêa. E mais: que ainda sairia como “responsável” pela má campanha do time que contrata todo dia e toda hora. E tem uma péssima média de acertos nesse fazer.
E a isso, tem quem chame de “planejamento”.

Pois, era esse o assunto discutido no final da tarde da sexta-feira passada (24), pelos velhinhos que ajudam a compor o cenário da Praça João Lisboa, ao lado dos muitos e doentios pombos, que cagam e se multiplicam ali.

E eu ali passava, em direção ao cafezinho da Rua do Sol, quando fui chamado e seguro pelo braço por um fanático torcedor boliviano, que disse ainda:

– Siô, quero morrer sendo seu amigo, visse!

Sem entender muito o que ele queria dizer, dei-lhe atenção e perguntei:

– Por que, amigo?

– O siô falou que o Saldanha não acabaria o campeonato dirigindo o Sampaio. Dito e feito. O siô come muito queijo de coalho, é?

O que estranhamos, sinceramente falando – até porque somos amigos pessoais de Vinícius Saldanha – é que o ótimo Treinador maranhense sabia disso. Como sabem todos os que aqui vivem e trabalham com o futebol. Meinha sabe, Sandow sabe, Arlindo sabe. Todos sabem que sempre foi e será assim.
Lanterna na Copa do Nordeste, com apenas 3 pontos ganhos em 4 jogos disputados, e com remotas chances de classificação para a etapa seguinte; nessa quarta-feira enfrenta o Guarany de Juazeiro do Norte/CE no Castelão, e, se não vencer cai fora também da Copa do Brasil.

No próximo sábado, 4, enfrentará o desesperado São José, em São José de Ribamar e, na última partida do returno recebe o Imperatriz em São Luís. Precisará somar no mínimo 4 pontos nos dois jogos, ou também estará eliminado do campeonato maranhense.

Quer dizer, tanto quanto Moto e MAC, o Sampaio Corrêa “deveria” estar convivendo com um mínimo de problemas e dificuldades e tentando montar o elenco (aproveitando para ganhar ritmo de jogo nas competições que disputa) para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série C.

Por falar em São José de Ribamar, desde que o multicampeão Pedro Vasconcellos “largou” a presidência do time, será essa a primeira vez que acontece uma visita à cidade praiana de Ribamar.

Rezar não garante vitória, mas motiva os jogadores à conquista-las.
(JOR).

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