CLÁUDIO VAZ, O ALEMÃO (11) – SURGE O DIRIGENTE ESPORTIVO… 0comentário

SURGE O DIRIGENTE ESPORTIVO

 

Cláudio Alemão lembra que no ano de 1970 tiveram um problema, em que se envolveram vários dos amigos da época de juventude:

Jaime Santana, Zé Reinaldo também atleta – Zé Reinaldo governador. O pai de Jaime Santana em 1970, ainda não era o governador. (VAZ DOS SANTOS, ENTREVISTA).

 

Aqueles jovens precisaram da quadra do Ginásio Costa Rodrigues para treinar a Seleção de Basquete, que iria a Porto Alegre, mais precisamente a Santa Cruz do Sul; o técnico era o Chico Cunha, “Cearense”. Era mineiro, mas trabalhava no Ceará; e veio trabalhar aqui na época, Governo Sarney.

Precisaram do Ginásio, e foram pedir. Foram informados de que não poderia ser cedido para os treinamentos da seleção porque estava tendo jogral; aí depois do jogral não podia, porque ia ter uma reunião. Cláudio não informa o nome da pessoa:

Não vou declinar o nome da pessoa que dirigia, não interessa; só interessa o fato, não podia porque tinha que fazer silêncio, porque ia ter uma reunião e o Ginásio não podia ser ocupado para treino porque ia ter uma reunião na sala de reunião e o barulho ia prejudicar […] mas houve esse problema, então nós ficamos do lado de fora do Costa Rodrigues sem poder treinar…  “Mas isso vai acabar, Alemão, te prepara que isso vai acabar”…

Quando em 1970, Neiva Santana assumiu o governo, Jaime me chama – olha, tu vai ser Coordenador de Esporte da Prefeitura; Haroldo Tavares, nós começamos primeiro na Prefeitura, foi nosso primeiro passo, foi na Coordenação de Esportes, Haroldo Tavares, Prefeito de São Luís. (VAZ DOS SANTOS, ENTREVISTA).

 

Perguntado se Haroldo Tavares fora seu ‘padrinho’, disse que “eram amigos, e que seu padrinho foi Governador do Maranhão, Matos Carvalho”:

[…] Foi antes que eu trabalhei no governo com esse aí, já foi em 1970 no Governo Pedro Neiva, então foi criada a Coordenação de Esporte da Prefeitura que eu fiz, procurei…

O Carlos Vasconcelos era da Coordenação de Educação Física, aí foi criada a Coordenação de Esporte, na área estudantil, era a área do esporte aberto sem limites, foi a Coordenação de Esportes […] Nós tivemos o direito de agir com a Ildenê, a gente fez esse trabalho, trabalhava só com esporte escolar. Por sinal era o mesmo problema, era muito limitado o esporte escolar no Maranhão.

Fomos funcionar onde é o Parque do Bom Menino, tem um açougue, ali em baixo [hoje, funciona a sede do GDAM], ali que era a Coordenação, alugamos de Antônio o prédio e fomos fazer a explanação, primeira medida eu fiz uma equipe muito boa, foi Geografia, Fernando Sousa… Jaime Sampaio e Fernando Sousa, Jornalista Diretor Técnico, bom foi minha diretoria ai eu convoquei os professores, fiz o levantamento de quem é que podia ser útil, quem é que eu tenho para trabalhar porque eu tinha o direito de formar escolinhas, que não tínhamos nada nesse sentido de formação de atleta. Então veio o Dimas, veio o Major Alves, professoras… as duas, professoras… Maria José e Tarcinho; Odinéia; Clarice; [vai me dizendo que aí eu lembro]… Maria José, Ildenê Menezes, Dinorah e Celeste Pacheco…

Tinha uma que era funcionária do Ipem, era eu não sei o nome dela na memória, faz anos, a professora eu não me lembro, mas eu sei que é de nome conhecido.

Graça Helluy, voleibol, viajou comigo para o primeiro JEBS em 72, ela foi a técnica, nós já fomos para os JEBS em Maceió, em 1972; em 71 foi que nós fizemos a escolinha com esse trabalho, e criamos o primeiro FEJ. (VAZ DOS SANTOS, ENTREVISTA).

 

O primeiro FEJ – Festival Esportivo da Juventude – foi organizado pela então Coordenação de Esporte da Prefeitura de São Luís, em 1970:

O primeiro FEJ (Festival Esportivo da Juventude), a Mary Santos[i] fazia jogos Intercolegiais do interior ela nunca fez uns jogos na capital, ela fazia jogos Intercolegiais, em que eu fui árbitro, Roseana jogava, Carlos Vasconcelos era do MEC, tinha uma rivalidade com ela e fazia os jogos dele, ele fazia o dela, eram jogos isolados. (VAZ DOS SANTOS, ENTREVISTA).

Na década de 1950, eram organizadas duas competições esportivas escolares[ii]; os jogos promovidos pelo médico Carlos Vasconcelos – delegado do MEC no Maranhão -, e os Jogos Intermunicipais, que era voltado para o interior, promovidos pelo Estado, com Mary Santos à frente, participando deles as escolas da Capital e de algumas cidades do interior:

A Mary Santos era do Estado, da Secretaria de Educação e Cultura, onde tinha uma Secretaria de Esporte, Secretaria de Educação Física do Estado, era Serviço de Educação Física do Estado [Fundado em 42 pelo médico Alfredo Duailibe] [iii]. Alfredo é meu cunhado até hoje, […] ele era médico, ele foi o único médico em Educação Física no Maranhão era o Alfredo Duailibe, é o doutor Carlos Vasconcelos.

A Mary estava no Estado, a Ildenê, no Município. A Ildenê era Secretaria de Educação e a Mary era de Educação Física. Era diretora do Serviço de Educação Física. (VAZ DOS SANTOS, ENTREVISTA).

 

MARY SANTOS

Esclarecendo: em 1942, o Governo Federal distribui bolsas para a recém-criada Escola Nacional de Educação Física[iv] e o então prefeito de São Luís, Pedro Neiva de Santana[v], convidou o jovem médico Alfredo Duailibe[vi] para cursar Especialização em Medicina Desportiva; também foram para cursar Educação Física: Rubem Goulart, Mary Santos, Maria Dourado e Lenir Ferreira. Um ano antes, Eurípedes Bernardino Bezerra foi fazer o Curso de Sargento Monitor de Educação Física na Escola de Educação Física do Exército[vii].

Alfredo Duailibe, ao regressar de seu curso de especialização (1943), foi nomeado pelo Interventor Paulo Ramos para trabalhar no Departamento Geral de Instrução Pública, propondo ao Prof. Luiz Rêgo, então seu Diretor, a criação do “Serviço de Educação Física”. Em abril, dava início a uma nova fase da Educação Física no Maranhão: os alunos da rede pública e privada seriam submetidos a exames periódicos de saúde e a adoção da prática da educação física nas escolas…[viii].

O Coronel Eurípedes lembra[ix] como foi esse início, e quais eram os professores que atuavam na época:

Alfredo Duailibe… Formado em educação física médica, junto com Laura Vasconcelos[x], formado no Rio de Janeiro; quando ele chegou, eu o convidei para ser médico do Marista, reivindiquei ao Marista e o Marista o convidou, e ele ficou como médico especializado de educação física fazendo os exercícios… Exercícios não, exames biométricos; eu fazia os práticos e ele fazia o exame biométrico e dava para mim, eu tenho a relação de todos os alunos daquela época….

 

 

 

O jovem médico Alfredo Duailibe vai cursar especialização em Medicina Desportiva, em 1942, na Escola de Educação Física do Exército.

 

Nas lembranças de Dimas[xi], lá pelos anos de 1955/56, o Maranhão tinha um Basquete muito bom, com Rubem Goulart, Ronald Carvalho, Fabiano Vieira da Silva, Cláudio Alemão, aquele pessoal do “Oito de Maio”, dos “Milionários”, mas só adulto, nível de colégio mesmo, não tinha nada, só de adulto, porque vinham terminado o Colégio e continuaram em faculdade, em clubes, em quartéis; muitos serviram o Exército – eram as experiências vindas de fora, não era como hoje que os esportes do Maranhão vem tudo do colégio -, naquela época não, está o inverso hoje…

Sá Vale, Inesio, Carlos Vasconcelos, Luiz Vieira, Para (irmão de Canhotinho)

 Reinaldo Lira, Silvino Goulart, Jaime Santana e Aziz Tajra

 

Em meados da década de 1950, o Dr. Carlos Vasconcelos, então delegado do MEC no Maranhão, especializado em Educação Física, começa a promover os “Jogos Intercolegiais” – 1956. Nas lembranças do Prof. Emílio, durante esses jogos, é que o Batista conquistou seu primeiro título – em voleibol -; esses Jogos eram disputados no Cassino Maranhense. O Prof. Emílio Mariz [1] lembra de um resultado em Basquete – cujo professor era  Rubens Goulart – 1x 0 -, perdido para o Colégio de São Luís:

Essa partida de Basquetebol foi realizada no Casino Maranhense, em 1968, para a decisão do Intercolegial, entre o Colégio Batista x Colégio de São Luís. Jaime Santana e Mário Brazuca eram os árbitros; nos aros, não havia a rede. Os irmãos Leite – Olivar, Adalberto e Alvinho – comandavam o time do São Luís; Luís Fernando Figueiredo, Raul Guterrez, Wagner, Alex e Estevinho defendiam o Batista. Alguns arremessos foram feitos dos dois lados e algumas bolas caíram no aro. Mas os árbitros, na dúvida se a bola era boa ou não, não validavam os pontos. Numa cobrança de lance livre, Olivar Leite acabou convertendo um arremesso e a partida acabou em 1 x 0, para o São Luís. De acordo com Hermínio Nina, o aro do Casino era menor do que o oficial, mais a falta da rede, dificultava aos árbitros a certeza de que a bola tinha entrado, ou não. Antes, foram jogadas duas outras partidas: o primeiro jogo, na Escola Técnica Federal do Maranhão, terminou com a vitória do Batista, por 18 x 14; a segunda partida, realizada no 24º BC, vitória do São Luís, por 20 x 16; a terceira – a do Casino – naquele 1 x  0, para o São Luís, que sagrou-se campeão daquele Intercolegial de 1968.(VAZ; VAZ, 2003)[xii]

 

 

No final dos anos 60, a o setor de Educação Física está reorganizado; a Profa.  Mary Santos dirigia o Departamento de Educação Física no Estado, e havia outro no Município, dirigido pela Profa. Dinorá. Já se cumpria a obrigatoriedade da Lei, com as três horas semanais, mínimo de 45 minutos, dentro da legislação vigente.

Dimas lembra que a Educação Física, nessa época, era muito rudimentar, só mesmo na base da ginástica, [de esporte] só mesmo futebol de salão e um voleibolzinho:

Disputava-se Voleibol, Basquetebol, Futebol de Campo; o currículo já era voltado para o esporte, agora se existia alguma deficiência deveria ser de instalações dos colégios e talvez dos próprios profissionais de Educação Física, mas que já constava do currículo, da grade curricular…

 

O Professor Emílio Mariz, chega a São Luís em 1950, para estudar no Liceu Maranhense e ser professor de Matemática.  Destacou-se como Coordenador de Esportes do Batista – como ele mesmo diz “na época de ouro do esporte maranhense”, de início dos JEM’s. Dá-nos detalhes de como era a educação física nesse tradicional colégio de São Luís:

[…] o colégio [Batista], apesar de ter iniciado em 1957, só em 61 passou a ter o Ginásio; então Rubens Goulart foi o professor fundador do Departamento de Educação Física; depois ele trabalhou até a sua morte; depois veio o Dimas, que trabalhou todo esse período ai; após o Dimas, nós fomos Diretor de Esportes e vários professores trabalharam conosco.

No auge do esporte maranhense, no famoso período de inicio, de inicio dos JEM’s… Nessa época, além da Escola Técnica [Federal do Maranhão, hoje, IF-MA] – sempre foi um concorrente forte -, nós tínhamos Marista, Batista – o Dom Bosco era apenas forte no voleibol; o próprio Ateneu, e Meng … Diga-se de passagem, que os primeiros JEM’s terminou empatado entre o Batista e o Marista – foi a época também que no Campeonato Paulista houve empate entre a Ponte Preta e outro time, que não me lembro agora – então adotamos o mesmo critério, de considerar dois campeões; e daí para essa época, nós sempre estivemos fazendo um trabalho todo voltado para os JEM’s;

Foi a época da implantação da Educação Física voltada para o esporte; toda a nossa Educação Física era voltada para esportes; havia ai, como ainda hoje há, uns poucos colégios que trabalham, têm um bom trabalho de base, ”. (MARIZ, Emílio. In ENTREVISTAS)[2].

 

 

Para Geraldo Menezes[xiii] – Coordenador de Esportes do Colégio Marista nos anos de 66 a 72, a Educação Física no final da década de 1950 era voltada para a Ginástica Calistênica, onde se fazia exercícios de corrida, saltos, flexões, agilidade; era puxada para o lado militar:

[…] nós começamos a montar uma equipe de trabalho voltada para a prática desportiva. Então nós começamos a montar as escolinhas das diversas modalidades, e para cada escolinha nós buscamos um professor experiente na área

Esta montagem já para prática esportiva era em função dos Jogos que eram promovidos pelo Carlos Vasconcelos, ela já tinha o objetivo de preparar os alunos para a disputa, até porque nós estávamos fazendo do esporte um Marketing promocional do Colégio, está certo; fazer com que o Colégio saísse das quatro paredes e marcasse presença na sociedade; era o objetivo maior, era esse. A equipe de professores, nós tínhamos o professor Furtado – Atletismo; eu coordenava e dava Futebol de Salão – fui inclusive o 1º campeão de Futebol de Salão masculino, e o 1º campeão de Handebol Feminino – coordenava os esportes e tomava conta do Futebol de Salão e do Handebol feminino, o handebol masculino era o professor Dimas; em 66, tinha o Paulo Macedo que dava Futebol e voleibol.

Aí, nós começamos montando as escolinhas, depois nós expandimos, começamos a oferecer bolsas para atletas que se destacavam nas competições, nós levávamos para o Maristas. Esses jogos eram promovidos pela Mary Santos – uns jogos promovidos pelo Departamento de Educação Física do Estado e os do Carlos Vasconcelos, delegado do MEC…

As bolsas já foram no período do Festival Esportivo da Juventude primeiro, e JEM’s em seguida. Levamos para o Colégio Marista, uma geração de atletas, contribuindo para a formação de treinadores, por exemplo, Carlos Tinoco, Paulão, Gil – Gilmário Pinheiro, do Voleibol – e eles entraram no Maristas como atletas, Raul Goulart. Nós formamos um time com esses atletas. Depois eles deixaram de ser alunos e viraram treinadores: o Gil ficou como professor de vôlei, o Paulão – já foi em 75, 76  –  treinador de Basquete, Carlos ficou com o Vôlei, levamos Biguá para o Colégio Marista para colaborar no Handebol, e aí completou a equipe, comigo no Futebol de Salão, com o Dimas na Ginástica e Handebol…” (MENDONÇA, José Geraldo de. In Entrevista).

 

Cláudio Vaz, criador dos JEM’s, nos esclarece como eram aqueles jogos organizados pelo Dr. Carlos Vasconcelos, delegado do MEC no Maranhão:

[…] eu conheci Carlos Vasconcelos me convidado para apitar os jogos dele, do MEC; mas eram jogos na quadra do Cassino Maranhense, o nível técnico limitadíssimo voleibol, o basquetebol por incrível que pareça o basquetebol era uma (…). As mulheres jogavam de saia, não existia praticamente nada, o voleibol era um pouquinho mais desenvolvido, mas em termos de jogos era mais uma participação, quase uma obrigação em participar, não tinha aquela dedicação espontânea dos colégios em praticar, não praticavam, não podiam participar nos jogos, então quem não praticava o ano todo, não tinha nada para mostrar. Não tinha Educação Física, não tinha desporto, era muito limitado esse trabalho, eu me lembro como se fosse hoje… (VAZ DOS SANTOS, Cláudio. Entrevista).

 

Aldemir Mesquita[3] também se refere àqueles jogos, desde a época em que chegou a São Luís, para estudar (1959), até se tornar professor de educação física e técnico esportivo:

os jogos que eram feitos pela Mary Santos, eu realmente não me recordo se era o Município ou o Estado que fazia, mas acontece que esses jogos eram nos principais colégios da capital, outros colégios também participavam, colégios de menos expressão, não tinha realmente, não participavam. Marista, Liceu, Colégio São Luis, Ateneu, Rosa Castro, era do doutor Carlos Vasconcelos… (MESQUITA, Aldemir Carvalho de. Entrevistas).

 

Geraldo Meneses, coordenador de esportes do Maristas na época, lembra desses jogos, que participou já em seu final. O Carlos Vasconcelos era um médico de Educação Física e era o delegado do MEC, unia os grandes colégios da capital, mais Escola Técnica, e fazia uma competição com esses colégios; nessa época não havia limite de idade, então todos os alunos poderiam participar:

Então o que acontecia os jogos escolares era assim uma espécie de vitrine do esporte maranhense, por exemplo, os times de futebol selecionavam atletas estudantes para o profissionalismo dessas competições. De onde saiam a grande maioria desses atletas: Escola Técnica, Liceu Maranhense, e alguns do Colégio Marista, muito pouco do Colégio Maristas. Do Colégio Marista saiu: Canhotinho, saiu Adalpe que hoje é juiz em Imperatriz, saiu um que chamavam, um escurinho que chamavam Pula-Pula, a da Escola Técnica saiu Gojoba, Alípio, Alencar, Chamorro, Milson do Liceu Maranhense… Houve época em que o Sampaio Correia era presidido pelo Prof. Ronald Carvalho e os atletas eram ex-alunos ou alunos da Escola Técnica, Liceu Maranhense, Colégio de São Luís e Colégio Maristas; não havia jogador de fora, era a base estudantil. (MENDONÇA, José Geraldo Menezes de. In Entrevista).

 

Para Geraldo, foi cometida uma grande injustiça com esse pioneiro da Educação Física, pois Carlos Vasconcelos era um grande batalhador, era um guerreiro, lutava para conseguir dinheiro, lutava para conseguir os espaços para realização dos jogos;

“e cometemos uma injustiça muito grande, porque o Ginásio Costa Rodrigues foi iniciado pelo Dr. Carlos Vasconcelos. Pedindo dinheiro daqui da escola, primeiro ele fez uma quadra coberta, e ai ele foi levando, tirando um pedaço… ali era o fundo do Liceu Maranhense… ele conseguiu… construiu a quadra, depois ele cobriu a quadra, e aí foi que no governo de Pedro Neiva, sei lá qual foi, terminaram o Ginásio e deram o nome do Costa Rodrigues, quando poderia ser Ginásio Carlos Vasconcelos.”. . (MENDONÇA, José Geraldo Menezes de. In Entrevista).

 

É o Prof. Emílio Mariz quem nos dá notícia dos “Jogos Escolares das Escolas Públicas”, promovidos pelo Departamento de Educação Física do Estado, chefiado pela Profa. Mary Santos quando se refere a um eterno problema dos Jogos Escolares – de qualquer época: os “gatos”; quando foi Diretor do Liceu Maranhense:

O Liceu tinha um problema, que era o uso de jogadores irregulares; eu tive de agir com a autoridade do diretor, e assinar as fichas de inscrição, conferir. No ultimo ano em que estive no Liceu, nós fomos campeões da uma olimpíada estadual, que o Estado promovia os Jogos Escolares das Escolas Públicas. (MARIZ, Emílio, in ENTREVISTA).

[1] MARIZ, Emílio. In ENTREVISTAS. Entrevista concedida a Leopoldo Gil Dulcio Vaz pelo professor Emílio Mariz, na sua residência a Rua Zoe Cerveira, bairro Alemanha. Dia 29 de Agosto de 2001, às 2h e 52min da tarde. In VAZ; ARAÚJO; VAZ, 2002, obra citada QUERIDO PROFESSOR DIMAS – (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) – e a educação física maranhense – uma biografia autorizada. www.efdeportes.com

VAZ, ARAÚJO, 2014, obra citada “Querido Professor Dimas”.

[2] MARIZ, Emílio. ENTREVISTAS. Entrevista gravada com o professor Emílio Mariz, na sua residência a rua Zoe Cerveira bairro Alemanha. Dia 29 de Agosto de 2001, às 2h e 52min da tarde.

[3] MESQUITA, Aldemir Carvalho. ENTREVISTAS. ENTREVISTA REALIZADA NO DIA 27/06/2001. LOCAL: CENTRO FEDERAL TECNOLOGICO – CEFET, NO PÁTIO ESPORTIVO COM O PROFESSOR ALDEMIR CARVALHO DE MESQUITA.

[i] SANTOS, Mary. Educação (Crônicas). São Luís: SIOGE, 1988

[ii] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. OS JOGOS ESCOLARES NO MARANHÃO. In LECTURAS: EDUCACIÓN FÍSICA Y DEPORTES, Revista Digital, Buenos Aires, n. 61, junho de 2003, disponível em www.efdeportes.com. .

[iii] Decreto-Lei n. 771, de 23 de agosto de 1943, do governo do Estado do Maranhão, cria o Serviço de Educação Física.

[iv] Decreto-Lei n. 4.029, de 19 de janeiro de 1942, institui bolsas de estudos para a Escola Nacional de Educação Física e Desportos;

Portaria 357, de 28 de julho de 1943, do Departamento Nacional de Educação, dispõe sobre a concessão de bolsas de estudos instituídas para a Escola Nacional de Educação Física e Desportos

[v] PEDRO NEIVA DE SANTANA – médico; professor da Faculdade de Direito de São Luís; Catedrático da Faculdade de Filosofia de São Luís; Membro da Academia Maranhense de Letras, cadeira n. 39, substituindo Pedro Braga Filho; Reitor da Fundação Universidade do Maranhão (1967); Prefeito de São Luís (Interventoria Paulo Ramos 1937-1945); trabalhou no gabinete de identificação e Médico-Legal da Polícia; Secretário de Fazenda do Governo José Sarney (1966-70); Governador do Maranhão (1971-1974). IN NUNES, Patrícia Maria Portela. MEDICINA, PODER E PRODUÇÃO INTELECTUAL. São Luís : UFMA-PROCIN-CS, 2000.

[vi]Alfredo Salim Duailibe era maranhense, formou-se em Medicina pela Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro e foi professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), onde ministrou a disciplina de Embriologia e Histologia para os cursos de Medicina, Odontologia, Farmácia e Enfermagem. Além de professor, Alfredo Duailibe também exerceu os cargos de vice-governador na gestão de Newton Bello, entre os anos de 1961 e 1966; secretário da Educação Física, secretário do Interior e Justiça e Segurança do Maranhão na gestão de Pedro Neiva de Santana, entre os anos de 1971 e 1974; suplente do senador Alexandre Costa, entre os anos 1970 e 1978; deputado federal de 1951 a 1955; e senador pelo Maranhão de 1955 a 1962.

[vii] EEFEx – criada, por Getulio Vargas, em 19 de outubro de 1933, através do Decreto 23.252 – pela transformação do Centro Militar de Educação Física – com os objetivos de “proporcionar o ensino do método  da Educação Física regulamentar” e “orientar e difundir a aplicação do método”. Para tanto, formará instrutores e monitores de Educação Física, mestres de armas e monitores de esgrima; proporcionará aos médicos especialização em Educação Física; graduará massagistas esportivos; fornecerá aos oficiais, em geral, os conhecimentos indispensáveis à direção da Educação Física e da esgrima; formará, eventualmente, para fins não militares, instrutores e monitores de Educação Física, recrutados no meio civil; incrementará a prática da Educação Física e dos desportos; estudará as adaptações a  serem introduzidas no método, submetendo-as às apreciações do Estado Maior do Exército. Deve-se ressaltar que a EEFEx não é obra da missão militar francesa – ou sequer recebeu sua influência inicialmente -; é obra de estudantes da Escola Militar, sob a influência da Missão Indígena, que, por sua vez, tem formação segundo a tradição dos “jovens turcos”. Os franceses são os fundadores do Centro Militar de Educação Física da Força Pública de São Paulo.in FERREIRA NETO, Amarílio. Escola de Educação Física do Exército (1920-1945): origem e projeto político-pedagógico. In FERREIRA NETO, Amarílio (org.). PESQUISA HISTÓRICA NA EDUCAÇÃO FÍSICA. Aracruz-ES : Faculdade de Ciências Humanas de Aracruz, 1988, vol. 3, p. 69-95.

[viii] VAZ e VAZ, 2003, obra citada “Os Jogos Escolares no Maranhão”.

[ix] BEZERRA, 2001, Entrevista

[x] Laura Vasconcelos, médica pediatra, mulher de Carlos Vasconcelos; trabalhava junto com este no Serviço de Educação Física.

[xi] ARAÚJO, Antonio Maria Zacharias Bezerra. ENTREVISTAS. Entrevista no. 1. Prof. ANTONIO MARIA ZACHARIAS BEZERRA DE ARAÚJO (DIMAS). Entrevistadores: Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Denise Martins de Araújo. Entrevista realizada dia 04 de fevereiro de 2001, na Escola de Natação Viva Água, localizada à rua das Gaivotas, quadra 2, lote 1, Conjunto Renascença II, na cidade de São Luís – Estado do Maranhão. Utilizou-se um gravador mini cassete de marca Panasonic, modelo. RQ-L10. In VAZ, ARAÚJO, 2014, obra citada “Querido Professor Dimas”.

[xii]  VAZ ; VAZ, 2003, obra citada “Os Jogos Escolares no Maranhão”.

[xiii] MENDONÇA, José Geraldo Menezes de. ENTREVISTA. Entrevista concedida a Leopoldo Gil Dulcio Vaz pelo Prof. José Geraldo Menezes de Mendonça, realizada no dia 09/10/2001com inicio às 9h e 40min, entrevista realizada no Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão (CEFET-MA, hoje IF-MA), no Departamento Acadêmico de Ciências da Saúde.

 

Comentários

Nenhum comentário realizado até o momento

Para comentar, é necessário ser cadastrado no CEV fazer parte dessa comunidade.