CLÁUDIO VAZ, O ALEMÃO (9) – A FUGA… e o RETORNO 0comentário

A FUGA… e o RETORNO

 

 

Cláudio fala sobre ‘aquela’ fuga para o Rio de Janeiro – final da década de 50, início de 60…

Alemão vinha se dedicando ao Futebol de Salão desde 1960, jogando (como reserva) no Athenas, Drible e Santelmo. Após um acidente e se envolver numa briga, refugia-se no Rio de Janeiro entre 1965 a 1969 – quando retorna a São Luís, já como praticante de Judô.

Na época, Fiscal de Rendas do Estado, ainda não trabalhava na área dos esportes, era apenas praticante do esporte: Vôlei e Basquete. O vôlei ainda não tinha fundado a sua federação, ainda, apenas o Basquete. Sempre foi uma pessoa que exerceu outra atividade e na época tinha um restaurante, onde é hoje a Caixa Econômica, antigo Hotel Serra Negra, na esquina da rua de Nazaré, que pertenceu ao deputado Gonçalo Moreira Lima:

Eu tinha embaixo um restaurante de nome. Assim, um comércio para ajudar, pois eu trabalhava na secretaria até 6h. E 6h, eu me transferia para 06:30/ 07:30h. Eu ia para meu restaurante, funcionava com um gerente e a noite eu sempre frequentava e me apareceu um cara, um tal de “Sabonete”, dentro do meu depósito, roubado; eu peguei os caras e trouxeram o cara, tranquilão, do tamanho de um guarda-roupa, o cara do tamanho desse armário aí, o cara sossegou; “senta aqui se não eu chamo a polícia”, “pode chamar”.

Chamei dois guardas da Polícia Civil, eram uns guardas com cacetetizinho de borracha: “esse cara estava aqui no meu depósito roubando”… aí ele disse: “esses dois ai que vão me levar? não vão me levar não”…

Quando acabou ele se virou para mim e disse: “Loiro filho da puta, eu vou te cair de porrada agora”. Rapaz, aí eu parti para esse cara, eu parti para cima dele, o cara era assassino, já tinha mandado outro para o inferno, foi o maior problema, eu só sei que no final eu consegui com os meus conhecimentos dar-lhe uma porrada, ali na frente e joguei ele no chão; quando eu joguei ele no chão, todos caíram de ponta pé nesse cara, o cara quase desmaiava, nisso nós pensamos que ele tivesse morto;esse bicho deu uma levantada e saiu correndo, atravessou a rua e foi embora.

A polícia foi pegar ele lá na frente, aí o levou  e guardou, esse cara ficou me jurando: “vou te matar, vou te matar”.

Quando o soltaram – eu tive oportunidade de trabalhar no escritório do Estado do Maranhão, no Rio -, rapaz vou te contar, eu andava preocupado, eu estava querendo ir para o Rio; fui embora, pois minha saída foi por causa dessa briga.

Esse cara me deu uma dentada, até hoje eu tenho uma marca aqui. Foi por causa dessa briga que eu fui embora, eu tinha apartamento, tinha tudo no Rio, fiquei trabalhando no escritório do Estado do Maranhão no Rio, durante três anos; aí depois eu voltei para lá. (VAZ DOS SANTOS, ENTREVISTA).

 

Alemão retorna do Rio de Janeiro lá por 62-63, indo trabalhar na Secretaria da Fazenda, como Auxiliar de Fiscal de Renda.  No governo de Newton Bello, foi ser tesoureiro do IPEM, exercendo, então, vários cargos públicos.

Em 1968 fez vestibular – o primeiro vestibular unificado que teve no Maranhão -, para Economia; nesse tempo o curso funcionava na Rua Afonso Pena, em frente ao jornal pequeno, era a Academia de Comércio.

 

 

Fonte:| BUZAR, Benedito – O Estado – Roda Viva, 07 de fevereiro de 2016

 

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