Contra a corrente: palavras de reparação – por JORGE BENTO 0comentário Contra a corrente: palavras de reparação

 

Devido às cedências ao ‘politicamente correto’ a razão fenece, a ignorância floresce e o mundo apodrece. Temos, pois, a obrigação de o enfrentar. E não é fácil, porquanto ele anda por aí, montado na mula da necedade e do populismo, aproveitando todas as oportunidades para suprimir a vigilância crítica.

 
Desta feita, os arteiros criam a cabala de que a atuação lusitana nos Jogos do Rio foi um fiasco. A partir daqui, desatam a ofender dirigentes, técnicos e atletas. Até pessoas de alma lavada caem na esparrela. Não se apercebem da perversa novilíngua dos maníacos do empreendedorismo, dos rankings, do sucesso e quejandos, em cujo dicionário só conta o número 1; o resto é atirado para o caixote do lixo.

 
Aos responsáveis políticos pelo setor competia denunciar os figurões. Escusam-se a tal. Chegam ao poleiro pela escaleira partidária, sem o saber exigido para o exercício nobre da função. Logo, têm medo dos peritos do ‘achismo’: uns opinam sobre tudo, inclusive o que escapa ao domínio da sua formação; outros dedicam-se à caça ad hominem e ao ajuste de contas, agem como lacraus, destilando o veneno da insídia e do insulto sobre gente proba e honrada.


Eis a prática de eleição dos ‘desportistas’ de alcofa! Esta turba confunde e manipula a opinião pública, atirando para o ar os 13,5 milhões de euros gastos com o nosso ciclo olímpico, e não reparando que na Espanha a verba foi de 177 de orçamento público e 311 de dotações privadas! Urge, portanto, pronunciar palavras de reparação dos ofendidos, nomeadamente dos atletas.

 
Durante duas semanas competiram e deram o melhor de si por todos nós, esgotando as suas forças. Carregaram o fardo dos nossos sonhos, esperanças e ilusões, visando sublimar frustrações e humilhações. E colocaram o seu nome e o de Portugal entre os melhores, em várias modalidades, logrando uma panóplia de resultados de superior valia no presente e com boas perspetivas para o futuro.

 
Podia ter sido melhor? Sim, podia, como assumiu o Presidente do COP. A preparação correu bem, levando a formular objetivos, quiçá ‘excessivos’, que não foram atingidos. Mas…o ‘excesso’ é a alma do desporto, expressa no lema: Citius, Al

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