Hoje é o Dia Mundial da Ciência.

 

Em Portugal diz-se ‘Dia da Cultura Científica’. Gosto mais desta designação, porquanto apresenta a ciência como um caminho e uma obrigação.

 

A ciência, tal como todas as formas de criação artística, é uma das invenções maravilhosas da imaginação humana; está ao serviço dela, visando compreender quem somos e dar sentido à vida.

 

Ajuda a livrar-nos das inúmeras cadeias que nos prendem à superstição.

 

Esta jamais será derrotada; em cada época ressurge com novos disfarces.

 

Basta estar atento à novilíngua neoliberal e mercadológica em curso para nos apercebermos de quão grande é carga de crença alienante e supersticiosa que esta era carrega. Mais uma razão para não esmorecermos na cultura científica.

 

Como formulou Hipócrates (460-370 a.C.), o Pai da Medicina, “Há verdadeiramente duas coisas diferentes: saber e crer que se sabe. A ciência consiste em saber; em crer que se sabe reside a ignorância.” ‘Saber’ é uma meta difícil de alcançar e até de nos abeirarmos dela; a ‘ignorância’ não precisa que a gente se mova.

 

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