É mentira, Terta?, por José de Oliveira Ramos
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É mentira, Terta?
Não nasci aqui – e ainda não descobri se isso é algo bom ou ruim. Mas, lembro ter lido em algum lugar que, “no Maranhão, até as nuvens mentem”!
Não tenho certeza se é isso aí, da mesma forma que, ao que parece, a frase teria sido dita pelo Padre Antônio Vieira, numa das suas falas durante a Santa Missa.
Pois, “plantada” ou equivocadamente divulgada por alguém, circulou na rede social que a São Luís, capital maranhense, teria pedido o título de cidade Patrimônio Cultural da Humanidade.
E é aí que insiro a pergunta jocosa feita pelo personagem Pantaleão, no programa Chico Anysio, na TV Globo:
– É mentira Terta?
Pois, vejam uma coisa:
“O nome da cidade é uma homenagem ao então Rei da França, Luís XIII. São Luís foi fundada em 8 de setembro de 1612 pelos franceses Daniel de La Touche e François de Rasilly, com o objetivo de estabelecer em terras tupiniquins a França Equinocial.
Nascida no mar, caracterizada como porto fluvial e marítimo, à semelhança de outras cidades brasileiras da época colonial, a capital do Maranhão desempenhou importante papel na produção econômica do Brasil Colônia durante os séculos XVII ao XIX, tendo sido considerada o quarto centro exportador de algodão e arroz, depois de Salvador, Recife e Rio de Janeiro.
É desta época o conjunto urbanístico que compõe o Centro Histórico da capital maranhense e se constitui num dos mais representativos e ricos exemplares do traçado urbano e da tipologia arquitetônica produzidos pela colonização portuguesa. Construções em alvenaria de pedra e argamassa com óleo de peixe, serralheria e cantarias de lioz de origem europeia, e madeira de lei. Os mais representativos exemplares da arquitetura de São Luís, sobrados de fachadas revestidas em azulejos portugueses.
Foi este contexto histórico que rendeu a São Luís o reconhecimento como Patrimônio da Humanidade. O título, concedido pela UNESCO em 1997, durante o primeiro mandato da governadora Roseana Sarney, reafirma a beleza e importância de um dos maiores conjuntos de arquitetura civil de origem europeia no mundo, um total de três mil e quinhentas construções, em uma área de 250 hectares.
Em 2009, no dia 10 de março, São Luís recebeu mais um título: Capital Brasileira da Cultura. O projeto, uma realização da ONG CBC (integrante do Bureau Internacional de Capitais Culturais), contou com o apoio institucional dos ministérios da cultura e do turismo, do Bureau Internacional de Capitais Culturais, da Discovery Channel, do SESC TV e Banco da Amazônia.” (Informações transcritas do Wikipédia).
É, hoje ficou provado e comprovado, ainda que as secretarias de Comunicação do Município e do Estado não tenham “soltado um pio” a respeito, de forma oficial (claro!), que tudo não passou de uma deslavada mentira, ainda que não tenha sido divulgada no dia 1 de abril.
Ei, mas espie aqui: que sirva como “aviso” ou como “cartão amarelo”, visse!
Claro que, quem vê São Luís nos dias atuais, tende a acreditar numa notícia como essa. São Luís está literalmente jogada às traças e baratas – e não era isso que o Prefeito prometia na campanha eleitoral.
Seria muito desconhecimento (mas teve quem acreditasse e por isso tenha votado no Senhor Edivaldo Holanda Júnior) e uma insuspeita pretensão, achar que a Prefeitura Municipal tenha algum tipo de zelo pela cidade, principalmente na área incluída como patrimônio da humanidade. Basta andar pelas ruas e becos da área tombada.
E, não custa nada lembrar que, a última demão de cal, com uma coisinha aqui e outra ali, quem fez foi o Governo do Estado, então sob a égide de Epitácio Afonso Cafeteira, nascido na Paraíba. E a Prefeitura… bom é melhor esquecer. Certamente vai pintar o meio-fio das ruas, quando se aproximarem as próximas eleições.
Nem precisamos dizer nada sobre a árvore secular que caiu e quase provoca uma tragédia na Praça Deodoro. Repito: árvore “secular” que, provavelmente, jamais recebeu uma única poda. Em qualquer capital deste país, ainda que fora de logradouros públicos, as árvores são monitoradas e, a partir de então, tratadas. E, aqui, “dizem” que existe um IMPUR.
Mais dois itens queremos focar. O primeiro diz respeito à instalação da Secretaria de Esportes (existe sim. Ela existe! Pode acreditar!) do Município num prédio da Rua de Nazaré. Não sei se esse prédio é alugado. Mas, se for, alguém responda:
– Qual a finalidade do prédio onde funcionou a administração central do BEM, na Rua do Egito? É verdade que a “Prefeitura” comprou? E, se comprou, o que funciona ali?
Estou perguntando, porque sou um cidadão e pago impostos em tudo que consumo nesta Ilha. É meu direito saber!
O segundo item:
– Existe ainda Guarda Municipal em São Luís? Verdade? E, faz o que?
Senhor Prefeito Edivaldo Holanda Júnior, ACORDE SENHOR!
Soldado da Polícia, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica trabalham e tiram plantão nas noites e em regime de escala. Por que diabos a Guarda Municipal de São Luís não faz “PN”?
E, se faz, faz aonde?
Por que a Guarda Municipal não trabalha na área do Centro Histórico, andando feito os antigos “Cosme e Damião”?
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