https://tudosobrenada.xyz/educa%C3%A7%C3%A3o-f%C3%ADsica-obrigat%C3%B3ria-o-problema-%C3%A9-realmente-esse-d8f93d632875#.3tkesksiy
Durante a minha pós graduação em Marketing Esportivo, perdi a conta de quantas vezes defendi que, para nos tornarmos uma grande potência no esporte, era preciso reforçar a base.
Mas que base é essa? A escolar, é claro! Precisamos ir muito além da educação física obrigatória que, convenhamos, é uma verdadeira piada.
Quando o atual governo supostamente tirou a educação física da grade obrigatória do ensino médio, minha timeline se encheu de textos indignados com a nova medida (a maioria de autoria de meus colegas da Pós).
A revolta não é pela retirada da educação física em si (pelo menos, não na minha visão). O problema é ainda maior, já que não temos times, escolhinhas e clubes com base fortalecida, como será o futuro do esporte? Essa disciplina no colégio faz despertar o atleta que há dentro de cada um de nós e retirá-la da grade faz com que os adolescentes se distanciem ainda mais do esporte.
“Se vc tem um corpo, você é um atleta”
Bill Bowerman, co-fundador da Nike
A educação física em si já é fraca. Falta dedicação, foco, disciplina. O que vemos hoje é uma “matéria” que todos tiram nota dez sem fazer esforço algum. Mas se ficamos em décimo terceiro lugar no quadro de medalhas das Olimpíadas e em oitavo lugar nas Paralimpíadas, mesmo com essa base lamentável, imagina se levássemos o esporte um pouco mais a sério?
Fico extremamente preocupada quando me deparo com discussões que estão limitadas ao fato da educação física ser ou não obrigatória. Definitivamente, esse não é o cerne da questão. Precisamos de projetos que transformem o esporte escolar em uma disciplina que vai muito além dos exercícios físicos e “uma disciplina a menos para nos preocuparmos ao final de cada bimestre”.
É necessária uma reforma completa do ensino fundamental e médio, algo que não “tape o sol com a peneira” assim como é feito com cotas em universidades e bolsas-família.
O esporte tem o poder de transformar as pessoas! Mais que isso, o esporte nos ensina valores como disciplina, respeito e comprometimento que são imprescindíveis para a formação de qualquer ser humano, sejam eles atletas, professores, publicitários ou médicos.
Continuaremos “tapando o sol com a peneira” achando que a Educação Física não-obrigatória é um retrocesso ou exigiremos um plano conciso para transformar a educação básica do nosso país?
Comentários
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 9 de Outubro de 2016 às 08:49.
Leopoldo,
Grato pela colocação acima. Tentei e desisti de escrever no post original da Lais. Tem muita coisa em inglês que confesso, sinto-me prejudicado. Mas como o texto está claro e transparente, aceito o convite para comentar.
Mais do que isso, apresentar propostas, pois o que mais se vê atualmente, é mostrar o que está errado e que se precisa fazer algo para que o ensino se situe no século XXI. Nossos filhos vão nos agradecer.
Estou a divulgar as minhas propostas não só no Brasil, como também em outros países. Move-me a vontade, os estudos, e acima de tudo, a certeza inquebrantável de que estou no caminho certo. Apenas ainda não coloquei o trabalho no "ouvido ou na porta certa".
No blog Procrie (www.procrie.com.br) coloquei vários itens do trabalho que consiste em três vieses:
1) Ensino a Distância, com e-books; 2) consistente Manual de Engenharia Pedagógica, visando a Formação Continuada ; 3) uma Praxia revelada por um Centro de Referência em Iniciação Esportiva, tendo produção de vídeoaulas.
Teria atuação perene e, quando possível, em diversas capitais. Um site revelaria e aproximaria os interessados - professores escolares - de todo o desenrolar dos primeiros passos e, posteriormente, as diversas soluções e aprimoramentos empreendidos pelos docentes, um autêntico "Banco de Ideias Maravilhosas".
O planejamento sugere que realizemos uma prototipagem a ter início por alunos do ensino fundamental. Só mais tarde, analisadas as experiências, daríamos curso à sua execução no ensino médio. Dada as experiências que já procedi em vários estados brasileiros, em especial o Rio.
Acresce-se o surpreendente aceite dos artigos postados no Procrie, representado por aproximadamente 90% das visitas. Sendo a região Sudeste a mais representativa. Isto sugere ao autor que, mesmo nos estados mais populosos e providos das melhores universidades, o professorado sente fome de informações a respeito de boas práticas e, acima de tudo, conhecer Métodos, Pedagogia e Didática.
Aos recém formados professores, uma oferta de Residência Pedagógica com acesso posterior ao magistério nas escolas públicas.
Vejam a seguir o sumário que compus para o desenvolvimento do programa em uma primeira instância. Faço-o, inclusive, para compartilhar e coletar sugestões, críticas etc.
Manual de Engenharia Pedagógica
T E M Á T I C A
PARTE I Antecedentes e Diagnósticos
Estudo e Pesquisa
PARTE II Desenvolvimento e Maturidade
Como Melhorar a Educação?
O Futuro da Educação
Proposta Curricular séc. XXI
PARTE III Formação Profissional Continuada
Educação Física e Esporte
Prática de Ensino, Base para Boa Formação
PARTE IV Prototipagem: Centro de Estudos
Design Thinking Potencializando Inovações
Trabalhos em GRUPO, Avaliações Mútuas
Blog Procrie: EaD, Vídeo-aulas, e-books
PARTE V Didática, Praxia (em construção)
Residência Pedagógica
Estágio Supervisionado, Praxia
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Por
Roberto Affonso Pimentel
em 9 de Outubro de 2016 às 09:03.
Leopoldo, aproveitando o assunto e dando um passo mais adiante...
Que tal nos insinuarmos com o Estado e a Prefeitura do Maranhão, e abastecidos por algumas migalhas, empreendermos a construção de um Centro de Referência em São Luís?
Como disse em eoutra Comunidade neste CEV (ao Erik), o Ministério da Defesa desenvolve programa com alguns milhões de reais para atletas se tornarem medalhistas. Talvez pudéssemos convencer alguns ombros estrelados a investir principalmente na BASE.
Diante da crise por que passamos, "seria racional?
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