ESTÁDIO, 51 ANOS, por EDMILSON SANCHES. 0comentário

ESTÁDIO, 51 ANOS

Dia 30 de janeiro completaram-se 51 anos de inauguração do Estádio Municipal Frei Epifânio da Badia, em Imperatriz.

Foi inaugurado em 1966, um dia antes de o prefeito Pedro Ribeiro Gonçalves, o Pedro Guarda, encerrar seu mandato.

A oficialização do nome do Estádio só veio após projeto de lei que apresentei à Câmara Municipal e foi sancionado pelo Poder Executivo.

Relembre-se a “Justificativa” de meu projeto, transformado em lei, em 2010:

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“O nome do campo de futebol municipal de Imperatriz (MA), com suas instalações, arquibancadas e outras obras civis, não foi oficializado até hoje. Pesquisa feita pela Secretaria Executiva da Câmara Municipal de Imperatriz, a pedido do vereador signatário, confirma que desde da década de 1960, a partir da qual existem em arquivo as leis municipais, não se registra nenhuma lei que trate da matéria.

Ressalte-se que o projeto de lei que agora se apresenta não mudará o nome da pessoa homenageada (diga-se e reforce-se: homenageada com justiça, pelo pioneirismo de Frei Epifânio e por seu amor ao futebol como esporte como técnica, como tática, como arte, como prática). A presente proposição apenas oficializará qual das designações será adotada em Lei: “Estádio Municipal Frei Epifânio da Badia” ou “Estádio Municipal Frei Epifânio”.

Pela lei, quem oficializa nome em ruas, praças e prédios públicos é o Poder Legislativo, a Câmara. E como a Câmara, em tese, representa o Povo, nada como perguntar à população sobre algo que se relaciona com o esporte de mais paixão do povo brasileiro – o futebol.

Para sugestão do nome oficial, foi feita votação entre torcedores, jornalistas desportivos, atletas e dirigentes de clubes, além de populares nas ruas de Imperatriz.

Foram visitados programas de rádio sobre esporte e assuntos comunitários, com participação ao vivo de torcedores, populares, jornalistas e dirigentes esportivos. Destes, inclusive, a recomendação ou reforço para que fossem consultados, no Estádio, os torcedores, o que foi feito na tarde-noite do dia 1º de maio de 2010, quando pela primeira vez, após a inauguração das novas instalações, jogaram os clubes profissionais do município JV Lideral e Imperatriz. Assessores da Câmara, colaboradores e o vereador signatário, todos pagantes dos ingressos, distribuíram folheto explicativo sobre a pesquisa e recolheram por a sugestão daqueles que se dispuseram a participar. O resultado foi apurado na manhã de quinta-feira, dia 06/05/2010, na Câmara Municipal, em contagem aberta e transparente.
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O homenageado, Frei Epifânio da Badia, nasceu em 15 de dezembro de 1916 em uma pequena cidade italiana de menos de 2.500 habitantes. Essa cidade se chama Badia Calavena. É daqui que veio o nome religioso do frade desportista: Frei Epifânio da Badia (não é “Abadia” nem “da Abadia” nem “d’Abadia”).

E qual o porquê do nome? Desde antigamente, as pessoas que se devotam ao mundo religioso escolhem ou têm seu próprio nome religioso. É como se “morressem” para o mundo material, secular, e “renascessem” para um novo mundo, o espiritual, com novo nome.

Geralmente esse nome faz referência ao nome da cidade onde a pessoa nasceu. Cite-se, por exemplo, São Francisco de Assis, da cidade de Assis, Itália, cujo nome verdadeiro, oficial, era Giovanni di Pietro di Bernardone.

Assim também é com Cristo, chamado “Jesus de Nazaré”, pois o Filho de Deus procedia da cidade de Nazaré, em Israel.

Maria Madalena, filha da cidade de Magdala (Israel).

Paulo de Tarso, o apóstolo, era filho de Tarso, na Turquia.

Santa Teresa d’Ávila, padroeira de Imperatriz, era filha de Ávila, cidade da Espanha.

E mais uma: Madalena de Canossa, que dá nome a uma escola de Imperatriz, era uma rica princesa italiana, da cidade de Canossa, que abandonou tudo para se dedicar aos pobres.

Com 22 anos Frei Epifânio foi ordenado sacerdote. Veio para o Brasil cinco anos depois, em 1947. Veio para Imperatriz em 10 de outubro de 1952. Aqui morreu trinta anos depois, em 1982.

Frei Epifânio gostava de futebol e o praticava. Era conhecedor de técnicas e táticas. Jogou de batina até conseguir autorização da Igreja para jogar de calção.

Foi um frei que prestou muitos serviços para o município de Imperatriz: foi responsável por duas grandes paróquias (São Francisco e Fátima), dirigiu e construiu igrejas, organizou clubes de futebol e, entre outras atividades e realizações, dirigiu o Ginásio Bernardo Sayão.”

EDMILSON SANCHES.
edmilsonsanches@uol.com.br
Fotos: O Estádio e frei Epifânio (de batina; ao lado dele, Albé Ambrogio).

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