EVIDÊNCIAS DA CAPOEIRA(GEM) EM SÃO LUIS
No recente lançamento do ‘livreto’ “RODA DE RUA – memória da Capoeira do Maranhão da década de 70 do século XX”, de Roberto Augusto A. Pereira[1], Mestre Patinho[2] falava do Renascimento da Capoeira no Maranhão nos anos 1960/70, através de Roberval Serejo e Sapo… Renascimento, porque desde os idos da década de 1820 temos referências sobre a lúdica e o movimento dos povos radicados no Maranhão, especialmente os negros.
Fonte: Javier Rubiera para Sala de Pesquisa – Internacional FICA
Mundinha Araújo[3] fala de manifestação de negros em São Luís, através da prática do Batuque, aparecido lá pelo início dos 1800, referencia que encontrou no Arquivo Público do Estado, órgão que dirigiu. Perguntada sobre o que havia sobre ‘capoeira’ no Arquivo, respondeu que, além do ‘batuque’, encontrara apenas uma referência sobre a Capoeira, no Código de Posturas de Turiaçú do ano de 1884:
1884 – em Turiaçú é proclamada uma Lei – de no. 1.341, de 17 de maio – em que constava: “Artigo 42 – é proibido o brinquedo denominado Jogo Capoeira ou Carioca. Multa de 5$000 aos contraventores e se reincidente o dobro e 4 dias de prisão”. (CÓDIGO DE POSTURAS DE TURIAÇU, Lei 1342, de 17 de maio de 1884. Arquivo Público do Maranhão, vol. 1884-85, p. 124, grifos meus) [4].
Encontrei, ainda, que em 1829, era publicada queixa ao Chefe de Polícia:
“Há muito tempo a esta parte tenho notado um novo costume no Maranhão; propriamente novo não é, porém em alguma coisa disso; é um certo Batuque que, nas tardes de Domingo, há ali pelas ruas, e é infalível no largo da Sé, defronte do palácio do Sr. Presidente; estes batuques não são novos porque os havia, há muito, nas fábricas de arroz, roça, etc.; porém é novo o uso d”elles no centro da cidade; indaguem isto: um batuque de oitenta a cem pretos, encaxaçados, póde recrear alguém ? um batuque de danças deshonestas pode ser útil a alguém?“(ESTRELLA DO NORTE DO BRASIL, n. 6, 08 de agosto de 1829, p. 46, Coleção de Obras Raras, Biblioteca Pública Benedito Leite; grifos meus).
Para Mestre Marco Aurélio (Marco Aurélio Haickel), desde 1820 têm-se registros em São Luis do Maranhão de atividades de negros escravos, como a “punga dos homens”. Esclarece que, antigamente, a Punga era prática de homens e que após a abolição e a aceitação da mulher no convívio em sociedade passa a ser dançada por mulheres, apenas:.
“Há registro da punga dos homens, nos idos de 1820, quando mulher nem participava da brincadeira sendo como movimentos vigorosos e viris, por isso o antigo ditado a respeito: “quentado a fogo, tocado a murro e dançado a coice” (Mestre Marco Aurélio, em correspondência eletrônica, em 10 de agosto de 2005).[5]
De acordo com Mestre Bamba, jogo que utiliza movimentos semelhantes aos da capoeira. Encontrou no Povoado de Santa Maria dos Pretos, próximo a Itapecurú-Mirim, uma variação do Tambor-de-Crioula, em que os homens participam da roda de dança – “Punga dos Homens”. Para Mestre Bamba esses movimentos foram descritos por Mestre Bimba – os “desafiantes” ficam dentro da roda, um deles agachado, enquanto o outro gira em torno, “provocando”, através de movimentos, como se o “chamando”, e aplica alguns golpes com o joelho – a punga[6]:
Para Ferreti (2006) [7], a umbigada ou punga é um elemento importante na dança do Tambor de Crioula[8]. No passado foi vista como elemento erótico e sensual, que estimulava a reprodução dos escravos. Hoje a punga é um dos elementos da marcação da dança, quando a mulher que está dançando convida outra para o centro da roda, ela sai e a outra entra. A punga é passada de várias maneiras, no abdome, no tórax, nos quadris, nas coxas e como é mais comum, com a palma da mão. Em alguns lugares do interior do Maranhão, como no Município de Rosário, ou em festas em São Luís, com a presença de grupos de tambor de crioula, costuma ocorrer a “punga dos homens” ou “pernada”, cujo objetivo é derrubar ao solo o companheiro que aceita este desafio. Algumas vezes a punga dos homens atrai mais interesse do que a dança das mulheres.
Fonte: LACÉ LOPES, André Luiz. CAPOEIRAGEM NO RIO DE JANEIRO E NO
MUNDO. 2 ed. Amp. E list. Literatura de Cordel. Rio de Janeiro: 2005, p. 18
Por ter certa semelhança com uma luta, a “pernada” ou “punga dos homens” tem sido comparada à capoeira. A pernada que se constata no tambor de crioula do interior, lembra a luta africana dos negros bantus chamada batuque, que Carneiro (1937, p. 161-165) descreve em Cachoeira e Santo Amaro na Bahia e que usava os mesmos instrumentos e lhe parece uma variante das rodas de capoeira.
Letícia Vidor de Souza Reis[9], baseada em Câmara Cascudo, afirma que o “batuque baiano” era uma modalidade de capoeira que irá influenciar muito Manoel dos Reis Machado, o Mestre Bimba, na elaboração da Capoeira Regional Baiana[10]:
Em entrevista ao Jornal Diário da Bahia, na sua edição de 13 de março de 1936[11], na matéria: “Titulo Máximo da Capoeiragem Bahiana”, Bimba, dá uma longa entrevista acerca de seus desafios públicos na divulgação da chamada Luta Regional. Da mesma destacamos o seguinte trecho:
“Falando sobre o actual movimento d’aquele ramo de lucta, genuinamente nacional uma vez que difere bastante da Capoeira d’angola, o conhecido Campeão (Bimba) referindo-se a uma nota divulgada por um confrade matutino em que apparecia a figura do Sr. Samuel de Souza. Do Bimba, de referência aos tópicos ouvimos: Ao som do berimbau não podem medir forças dois capoeiras que tentem a posse de uma faixa de campeão, e isto se poderá constatar em Centros mais adiantados, onde a Capoeira assume aspectos de sensação e cartaz. A Polícia regulamentará estas exibições de capoeiras de acordo com a obra de Aníbal Burlamaqui (Zuma) editada em 1928 no Rio de Janeiro…
Nesta reportagem existem alguns itens que merecem uma atenção mais detalhada:
(a) A confirmação da influencia de Zuma no trabalho implantado por Mestre Bimba;
(b) O reconhecimento de Bimba ao trabalho de Zuma;
(c) A afirmação de Bimba existia Centros mais adiantados em Capoeira que a Bahia, no caso, a Cidade de Rio de Janeiro;
(d) O interesse de Bimba pela prática desportiva da “Luta Nacional”;
(e) A integração de seu discípulo nesta inovação;
(f) A adoção do regulamento de Zuma pela direção do Parque Odeon, onde se realizavam tais apresentações;
(g) A liberação pela polícia, daquela forma de luta já existente no Rio de Janeiro.
A afirmação traz um significado especial por tratar do batuque baiano na formação de Mestre Bimba, da qual seu pai era campeão na modalidade, porque implicava num jogo agressivo de pernas contra as pernas do oponente, já como uma forma característica de luta acompanhada por cânticos e instrumentos. Também há apontamentos de que o batuque se disputava entre “pernadas” durante os carnavais cariocas[12].
Quanto a Anibal Burlamaqui – Zuma[13] – foi um importante inventor desta nova capoeira carioca e afirmou que vários golpes foram extraídos dos “batuques” e “sambas”, como no caso do “baú”. Trata-se de um golpe dado no adversário com a barriga, sendo similar aos movimentos do “samba de umbigada”. O “baú” também era usado durante os “batuques lisos”, segundo Zuma, os mais delicados. O “rapa” havia sido um golpe usado nos “batuques pesados”. Ele também explica os golpes de “engano”, que serviam somente para burlar o adversário.[14].
Tenho colocado que a Capoeiragem, no Maranhão, é tão antiga quanto às do Rio de Janeiro, Bahia, ou Recife… Fato contestado por alguns Capoeiras… Diz o ditado: “mata-se a cobra e mostra-se o pau”; prefiro mostrar a cobra morta…
Venho trazendo ao conhecimento dos estudiosos da área várias evidências de que desde o principio dos 1800 já se falava – e se praticava – a capoeiragem por estas bandas.
De acordo com Mario Meireles (2012) [15] até antes… Referindo-se à chegada do Bispo D. Timóteo do Sacramento (1697-1702) – homem intolerante -, e às suas brigas com a população, excomunhões, e enfrentamentos, inclusive físico – brigas nas ruas de seus correligionários e opositores, alguns de outras ordens religiosas:
“[…] enquanto os escravos de ambos – do Bispo e do Prior – cruzando-se nas ruas tentavam decidir o desentendimento de seus senhores a golpes de capoeira.” (p. 98).
Segundo Coelho (1997, p. 5) [16] o termo capoeira é registrado pela primeira vez com a significação de origem lingüística portuguesa (1712), não se visualizando qualquer relação com o léxico tupi-guarani. Em 1757 é encontrada primeira associação da palavra capoeira enquanto gaiola grande, significando prisão para guardar malfeitores. (OLIVEIRA, 1971, citado por ARAÚJO, 1997, p. 5) [17].
Encontrei na correspondência do então Governador do Estado do Maranhão e Grão-Pará e o Ministro de D. José I. Marcos Carneiro de Mendonça[18] em “A Amazônia na era Pombalina”, traz-nos carta de Mendonça Furtado[19] a seu irmão, o Marques de Pombal, datada de 13 de junho de 1757, dando conta da desordem acontecida no Arraial do Rio Negro, com as tropas mandadas àquelas paragens, quando da demarcação das fronteiras entre as coroas portuguesa e espanhola.
Afirma que os dois regimentos que foi servido mandar para guarnição eram compostos daquela vilíssima canalha que se costuma mandar para a Índia e para as outras conquistas, por castigo. A maior parte das gentes que para cá era mandada eram ladrões de profissão, assassinos e outros malfeitores semelhantes, que principiavam logo por a terra em perturbação grande:
“[…] que estava uma capoeira cheia desta gente para mandarem para cá […] sem embargo de tudo, se introduziram na Trafalha, soltando-se só do regimento de Setúbal, nos. 72 ou 73 soldados, conforme nos diz o Tenente-Coronel Luis José Soares Serrão, suprindo-se aquelas peças com estes malfeitores […] rogo a V. Exa. queira representar a Sua Majestade que, se for servido mandar algumas reclutas (sic), sejam daqueles mesmos homens que Sua majestade, ordenou já que viesse nestes regimentos, e que as tais capoeiras de malfeitores se distribuam por outras partes e não por este Estado que se está criando [Capitania do Rio Negro] […]” (p. 300). (grifos do texto).
Para Vieira (2004) [20]:
“[…] data a Capoeiragem de 1770, quando para cá andou o Vice-Rei Marques do Lavradio. Dizem eles também que o primeiro capoeira foi um tenente chamado João Moreira, homem rixento, motivo porque o povo lhe apelidou de ‘amotinado’.”
Em 1861 é publicado em A IMPRENSA[21], de 11 de dezembro de 1861 o seguinte:
“[…] Serafim é um jovem de cara lavada, moreno, barba a lord Raglan, desempenado de capoeira, e andar de cahe a ré, como marinheiro tonto, ou redactor do Porto Livre, nas horas em que o sol procura as ondas do mar […]”
Antes, em 1860 esse mesmo jornal[22] publica um artigo, dividido em partes, que apareciam em várias edições, como era costume na época, sob o titulo A FAZENDA, na coluna de variedades:
“Jogos e danças dos negros – No sábado à noite, depois do ultimo trabalho da semana, e nos dias santificados, que trazem folga e repouso, concede-se aos negros uma ou duas horas para a dança. Reunem-se então no terreiro, chamam-se, grupam-se incitam-se, e a festa começa. Aqui, é a capoeira, espécie de dança física, de evoluções atrevidas e guerreiras, cadenciada pelo tambor do Congo; ali o batuque, posições frias ou lascivas, que os sons da viola aceleram ou demoram: mais além tripudia-se uma dança louca, na qual olhos, seios, quadris, tudo fala, tudo provoca; espécie de frenesi convulsivo e inebriante a que chamam lundu.
Alegrias grosseiras, volúpias asquerosas, febres libertinas, tudo isto é nojento, é triste, porém os negros apreciam estas bacanaes, e outros aí encontram proveito. Não constituirá isto um sistema de embrutecimento?”“.
Meireles (2012) [23], no capitulo referente ao Serviço de iluminação pública – implantado em 1863 -, fala da falta de iluminação nas ruas, em que era dado toque de recolher às 21 horas, com o repicar dos sinos:
“Os que não atendiam ao oportuno aviso dado pelos sinos, corriam o risco, aventurando-se mergulhados nas trevas das ruas estreitas, de ir ao desagradável encontro de animal vagabundo ou de defrontar um capoeira encachaçado, se não de emparelhar com um negro escravo que levasse à cabeça um daqueles fétidos tigres – que iam ser despejados na maré mais próxima.” (p. 222, grifo meu).
Em 1843, José Antônio Falcão, tenente-coronel reformado do Exército, organizador da Casa dos Educandos Artífices, diretor no período de 1841 a 1853, informa ao Presidente da Província que havia “outro problema”: a segurança dos alunos e do patrimônio da casa, em razão da existência de vários capoeiras, entre eles negros escravos, alguns fugitivos do interior da província e outros alforriados, o que resultava em atos de violência cotidianos, pela falta de intervenção policial no local[24]:
“Capoeiras […] cometessem por aqui crimes de toda a qualidade que por ignorados ficam impunes, tendo já sido espancado gravemente um quitandeiro, e já são muitas as noites em que daqui ouço pedir socorro, sendo uma destas a passada, na qual, às nove horas e quinze minutos, estando todos aqui já em repouso, ouvi uma voz que parecia de mulher ou pessoas moças, bradar que lhe acudissem que a matavam, e isto por vezes, indo aos gritos progressivamente a denotarem que o conflito se alongava pelo que pareceu que a pessoa acometida era levada de rojo por outra de maiores forças, o que apesar da insuficiência dos educandos para me ajudarem, atendendo as suas idades e robustez, e não tendo mais quem me coadjuvasse, não podendo resistir à vontade de socorro a humanidade aflita e não tendo ainda perdido o hábito adquirido na profissão que sigo, chamei dois educandos dos maiores e com eles mal armados, sai a percorrer as mediações desta casa, sem que me fosse possível descobrir coisa alguma, por que antes que pudesse conseguir por os ditos educandos em estado de me acompanharem, passou-se algum tempo e durante ele julgo que a vítima foi levada pelo seu perseguidor para longe daqui. Estes atentados são praticados pelos negros dos sítios que há na estrada que em conseqüência da má administração em que os tem, andam toda a noite pela mesma estrada, praticando tudo quanto a sua natural brutalidade lhe faz lembrar, e se V. Exa. se não dignar de tomar alguma providência a este respeito parece-me que não só a estrada se tornará intransitável de noite, como até pelo estado em que existem só os negros dos sítios e os vindos da Cidade se reúnem, entregues à sua descrição, podem trazer conseqüências mais desagradáveis […] o que falo é para prevenir que este estabelecimento venha a ser insultado como me parecesse muito provável em as cousas como se acham. (FALCÃO, 1843). (citado por CASTRO, 2007, p. 191-192, grifos meus).
O que nos leva à seguinte pergunta: Seriam esses Capoeiras remanescentes da Balaiada? [25]
O evento que deu início à Balaiada[26] foi a detenção do irmão do vaqueiro Raimundo Gomes, da fazenda do padre Inácio Mendes (bem-te-vi), por determinação do sub-prefeito da Vila da Manga (atual Nina Rodrigues), José Egito (cabano). Contestando a detenção do irmão, Raimundo Gomes, com o apoio de um contingente da Guarda Nacional, invadiu o edifício da cadeia pública da povoação e libertou-o, em dezembro de 1838. Raimundo Gomes teve o apoio de Cosme Bento, ex-escravo à frente de três mil africanos evadidos, e de Manuel Francisco dos Anjos Ferreira – o Balaio, dando início a maior revolta popular do Maranhão. Para combatê-los foi nomeado Presidente e Comandante das Armas da Província, o coronel Luís Alves de Lima e Silva, que venceu os revoltosos na Vila de Caxias.[27]
A área assinalada em vermelho é a área onde ocorreu a Balaiada[28]
A Casa dos Educandos Artífices estava alojada em um edifício construído ainda no Século XVIII, situado num ambiente de “ares agradáveis, liberdade própria do campo, vista aprazível e fora do reboliço da cidade”, entre o Campo do Ourique e o Alto da Carneira – hoje, Bairro do Diamante, ocupado pelo Ministério da Agricultura.
O Autor do relatório, José Antônio Falcão, era tenente-coronel reformado do Exército, e havia assentado praça em São Luís, juntamente com seu irmão Feliciano Antônio Falcão, em 1831, como cadete no Regimento de Linha. Antônio Falcão foi o organizador da Casa dos Educandos Artífices, e seu diretor no período de 1841 a 1853.
Já Feliciano Antônio Falcão, seu irmão, comandou a força expedicionária para combater os Balaios em Icatu e comandou a terceira tropa por ordem de Luis Alves de Lima e Silva, depois Duque de Caxias, entre as localidades de Icatu e Miritiba (hoje, Humberto de Campos), até o fim da Balaiada. (CASTRO, 2007, p. 184).
Cumpre lembrar que estes alertas foram feitos no ano de 1843, apenas um ano após o término da Balaiada – iniciada em 1838, originada com as lutas dos quilombolas na área de Codó (Distrito do Urubu) como antecedentes à eclosão da Revolta, até a condenação do Negro Cosme, em 1842[29], estando envolvidos vários capoeiras, entre eles negros escravos, alguns fugitivos do interior da província e outros alforriados.
Mestre Baé e Mestre Índio
[1] PEREIRA, Roberto Augusto A. RODA DE RUA – memória da Capoeira do Maranhão da década de 70 do século XX. São Luis: EDUFMA, 2009
[2] Antonio José da Conceição Ramos, ‘Antonio” de Santo Antonio; ‘José’, de São José; ‘Conceição’, de N. S. da Conceição, e ‘Ramos’, de Domingo de Ramos – herdeiro de Mestre Sapo – Anselmo Barnabé Rodrigues.
[3] Mundinha Araújo é fundadora do Centro de Cultura Negra do Maranhão (1979) e, desde então, vem desenvolvendo pesquisas sobre a resistência do negro escravo no Maranhão (fugas, quilombos, revoltas e insurreições); Coordenou o Mapeamento dos povoados de Alcântara” (1985-1987) e foi diretora do Arquivo Público do Estado do Maranhão (APEM), de 1991 a 2002. In Nota de orelha de livro, ARAUJO, Mundinha. Negro Cosme – Tutor e Imperador da Liberdade. Imperatriz: Ética, 2008
[4] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A CARIOCA. In REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO, São Luís, n. 31, p. 54-75, disponível em http://issuu.com/leovaz/docs/ihgm_31_novembro_2009
[5] [Jornal do Capoeira] http://www.jornalexpress.com.br/
[6] http://www.jornalexpress.com.br/
[7] FERRETI, Sérgio. Mário De Andrade E O Tambor De Crioula Do Maranhão. (Trabalho apresentado na MR 07 – A Missão de Folclore de Mário de Andrade, na VI Reunião Regional de Antropólogos do Norte e Nordeste, organizada pela Associação Brasileira de Antropologia, UFPA/MEG, Belém 07-10/11/1999. In REVISTA PÓS CIÊNCIAS SOCIAIS – São Luís, V. 3, N. 5, Jan./Jul. 2006, disponível em http://www.pgcs.ufma.br/Revista%20UFMA/n5/n5_Sergio_Ferreti.pdf
[8] O Tambor de Crioula é uma dança de origem africana praticada por descendentes de negros no Maranhão em louvor a São Benedito, um dos santos mais populares entre os negros. É uma dança alegre, marcada por muito movimento dos brincantes e muita descontração. Os motivos que levam os grupos a dançarem o tambor de crioula são variados podendo ser: pagamento de promessa para São Benedito, festa de aniversário, chegada ou despedida de parente ou amigo, comemoração pela vitória de um time de futebol, nascimento de criança, matança de bumba-meu-boi, festa de preto velho ou simples reunião de amigos. Não existe um dia determinado no calendário para a dança, que pode ser apresentada, preferencialmente, ao ar livre, em qualquer época do ano. Atualmente, o tambor de crioula é dançado com maior freqüência no carnaval e durante as festas juninas. Em 2007, o Tambor de Crioula ganhou o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. Obtido em “http://pt.wikipedia.org/wiki/Tambor_de_crioula“.
[9] REIS, 1997, obra citada.
[10] in http://www.capoeira-fica.org/PDF/Annibal_Burlamaqui.pdf
[11] (Fonte: Rego, op. cit., 1968. pág. 282 e 283; Diário da Bahia. Salvador 13 de março de 1936; Da Capoeira: Como Patrimônio Cultural – Prof. Dr. Sergio Luiz de Souza Vieira – PUC/SP 2004)
[12] FREGOLÃO, 2008, obra citada. Disponível em http://www.capoeiraunb.com/textos/FREGOLAO,%20MS%20-%20A%20capoeira%20na%20historia%20local.pdf
[13] http://www.capoeira-fica.org/PDF/Annibal_Burlamaqui.pdf – A Capoeira Desportiva é o mais antigo segmento organizado da Capoeira. Surgiu no Rio de Janeiro após a Proclamação da República, no Brasil, em 1889. É resultante do reaproveitamento da corporalidade da antiga capoeiragem, em seus gestos e movimentos, para a construção de um método ginástico caracterizado por uma forma de luta sistematizada. Em 1904 surgiu um livreto anônimo, sob o nome: Guia do Capoeira ou Gymnastica Brazileira, com algumas propostas deste reaproveitamento, no qual se encontram as letras ODC, que significam “ofereço, dedico e consagro”, no caso “à distinta mocidade”. Foi somente em 1928 que a Capoeira Desportiva foi metodizada e estruturada por seu precursor, Annibal Burlamaqui, conhecido pelo nome de Zuma, o qual elaborou a primeira Codificação Desportiva da Capoeira, sob o título de: Gymnastica Nacional (Capoeiragem) Methodizada e Regrada. Sua obra.
[14] http://4.bp.blogspot.com/_VcRetvJqu_U/SWfpDlAQZ6I/AAAAAAAAC68/mfXW2md8_IM/s1600-h/punga.gif, in Javier Rubiera para Sala de Pesquisa – Internacional FICA
[15] MEIRELRES, Mário. ‘A cidade cresce e é posta sob interdito pelo Bispo (1697-1702)”. In Historia de São Luis (org. de Carlos Gaspar e Caroline Castro). São Luis: Licar, 2012, edição da Faculdade Santa Fé, póstuma, p. 93-99
[16] ARAÚJO, 1997, obra citada.
[17] ARAÚJO, 1997, obra citada,
[18] MENDONÇA, Marcos Carneiro de. A Amazonia na era pombalina. Tomo III. Brasilia: Senado Federal, 2005, volume 49-C.
[19] Francisco Xavier de Mendonça Furtado (1700 — 1769) foi um administrador colonial português. Irmão do Marquês de Pombal e de Paulo António de Carvalho e Mendonça. Foi governador geral do Estado do Grão-Pará e Maranhão de 1751 a 1759 e secretário de Estado da Marinha e do Ultramar entre 1760 e 1769. http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Xavier_de_Mendon%C3%A7a_Furtado
[20] VIEIRA, 2004, obra citada.
[21] OS ILUMORISTAS. PÁGINAS SOLTAS: o Sr. Primo, o Serafim e o Cavallo preto de Sua Excia. A IMPRENSA, 11 de dezembro de 1861, p. 4
[22] CH RIBEYROLLES. VARIEDADES. A Fazenda (continuação do numero anterior), São Luis, 29 de setembro de 1860, p. 2
[23] MEIRELES, 2012, obra citada,
[24] CASTRO, César Augusto. INFÂNCIA E TRABALHO NO MARANHÃO PROVINCIAL: uma história da Casa dos Educandos Artífices (1841-1889). São Luís: EdFUNC, 2007. (Prêmio Antonio Lopes (Erudição) do XXX Concurso Literário e Artístico Cidade de São Luis, 2006.
[25] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CAPOEIRA(GEM) EM SÃO LUIS DO MARANHÃO – NOVOS ACHADOS
[26] A Balaiada foi uma revolta de caráter popular, ocorrida entre 1838 e 1841 no interior da Província do Maranhão, e que após a tentativa de invasão de São Luís, dispersou-se e estendeu-se para a vizinha província do Piaui. Foi feita por pobres da região, escravos, fugitivos e prisioneiros. (ARAÚJO, Maria Raimunda (org.). Documentos para a história da Balaiada. São Luís: FUNCMA, 2001)
[27] http://pt.wikipedia.org/wiki/Balaiada
[28] http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/balaiada/imagens/balaiada-15.jpg&imgrefurl=http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/balaiada/balaiada-5.php&usg=__DOn8MqTHQ-t7idEdqX-bDHwZffA=&h=389&w=373&sz=21&hl=pt-BR&start=19&tbnid=UUiadDnIdBaH4M:&tbnh=123&tbnw=118&prev=/images%3Fq%3Dbalaiada%2B%252B%2Bmaranhao%26gbv%3D2%26hl%3Dpt-BR
[29] ARAÚJO, Maria Raimunda (org.). Documentos para a história da Balaiada. São Luís: FUNCMA, 2001
ARAUJO, Mundinha. EM BUSCA DE DOM COSME BENTO DAS CHAGAS – NEGRO COSME – Tuto e Imperador da Liberdade. Imperatr0z: Ética, 2008
ASSUNÇÃO, Mathias Röhrig. A GUERRA DOS BEM-TE-VIS – a balaiada na memória oral. São Luís: SIOGE, 1988
CRUZ, Mago José; CRUZ, Carlos César França. A GUERRA DA BALAIADA (a epopéia dos guerreiros balaios na versão dos oprimidos). 2 ed. São Luis: CCN-MA, 1998
SANTOS NETO, Manoel. O NEGRO NO MARANHÃO – a escravidão, a liberdade, e a construção da cidadania. São Luis, 2004
SERRA, Astolfo. A BALAIADA. 2ª Ed. Rio de janeiro: DEBESCHI, 1946
SERRA, Astolfo. CAXIAS E O SEU GOVERNO CIVIL NA PROVINCIA DO MARANHÃO. 2 ed. Rio de Janeiro, 1944
COELHO NETO, Eloy. CAXIAS E O MARANHÃO SESQUICENTENÁRIO. São Luis: 1990
OTÁVIO, Rodrigo. A BALAIADA – 1939. São Luis; EDUFMA, 1995
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