Do Blog do Leopoldo Vaz • sexta-feira, 08 de abril de 2016 às 11:26 0comentário

Quinta parte dessa história, com a História de Vida dos principais jogadores de futebol do Maranhão…

 

AREL

Era natural do Pará, embora tido como maranhense. “Ele aprendeu na mesma escola de Expedito e Ubaldo”- a reportagem começa exaltando o fato de o MAC, apesar de não ter grandes títulos, tem a fama de celeiros de cracks. Isso, já em 1947 !, já era tido como uma grande “fábrica” de elementos que se destacavam no cenário nacional, como Expedito e Ubaldo, que brilhavam naquele ano no Rio de Janeiro e São Paulo e que haviam defendido o Sampaio Corrêa em 1943. 1938 – Tendo passado pelo Maranhão Atlético Clube, depois jogou peladas no campo do Luso Brasileiro, do Vasco da Gama e no Tupan. 1943 – Foi campeão pelo MAC em 1943.

 

OLIMPIO DE SOUSA GUIMARÃES

1931 – nascido em Colinas, a 26 de abril. 1943 – muda-se para São Luís, aos 12 anos, vindo a morar com o tio, Raimundo Pires Chaves, ex-jogador e dirigente do MAC; conviveu com Chaveta, Luiz Magno, Portela Passos, José Tinoco Pereira, dissidentes do FAC – Futebol Atlético Clube – que foram para o MAC em 1943. 1955 – forma-se em Direito pela UFMA. Desde os 12 anos envolvido com o MAC, passa a dirigente esportivo, ajudando na construção da sede do clube – Parque Valério Monteiro, na Cohama. 1973/74 – assume a presidência da FMD – Federação Maranhense de Desportos, eclética. 1975/76 – reeleito para a FMD, renunciando ao mandato, para nunca mais voltar. 1979 – está na equipe formada pelo industrial Elis de Jesus Gomes, no Governo João Castelo, para criar a primeira Secretaria de Desportos e Lazer do Brasil; passa a integrar o CRD, permanecendo em ambos até 1986.

 

 

José Ribamar de Oliveira – Canhoteiro

1932 – nasceu em São Luís, capital do Maranhão, no dia 24 de setembro. José Ribamar de Oliveira que, como também já foi dito, nunca foi dito, ou se foi, foi muito pouco, é que, embora nunca tenha tido qualquer ligação com o clube, Canhoteiro nasceu na mesma noite do dia em que foi fundado o Maranhão Atlético Clube.

Segundo Dejard Ramos Martins, no seu ESPORTE – Um mergulho no tempo, “Canhoteiro formou no infantil do Moto Club de São Luís, mas seu maior momento foi no Paissandu Esporte Clube, do Zé Leão, ao lado de outros meninos do seu tempo: Esmagado, Enoque, Lourinho, Cleto, Ferreira, Josiel, Totó, Argemiro, Denizard, Bebeco, Salcher, Coutinho e outros. Foi, então, quando conheceu a primeira chuteira. Em 1952, o clube era o espantalho do futebol amador de São Luís. Até os considerados grandes – Sampaio Corrêa, Moto Club -, experimentaram a coesão do team de Zé Leão.”

Ainda segundo Dejard Martins, “. . . no dia 28 de abril de 1953, Lívio Corrêa Amaro, então presidente do América Futebol Clube, do Ceará, depois de uma temporada vitoriosa do clube rubro cearense em gramados maranhenses, transferiu a importância de seis mil cruzeiros com a seguinte destinação: um mil cruzeiros para Cosmo e igual quantia para Canhoteiro. Dois mil cruzeiros para o Sampaio Corrêa Futebol Clube, pela liberação de Cosmo, e dois mil cruzeiros para o Paissandu Futebol Clube, pela liberação de Canhoteiro. Dias depois, pelo Lóide Aéreo, ambos viajaram para o Ceará.” 1954, Canhoteiro chegava ao América do Ceará, clube de médio investimento no futebol, mas de intensa expansão social, haja vista que sua sede, ficava no bairro Aldeota, o mais aristocrata de Fortaleza. Além de intensa vida social, o América disputava também modalidades consideradas amadoras como Futsal, Basquete, Voleibol e Natação. No clube alencarino Canhoteiro foi encontrar o goleiro maranhense Bacabal. Cosmo, aqui conhecido como “Becão”, era outro companheiro de time. O América já tinha o seu “Becão”. Era Walter Barroso. Encontrou também Merci e Matuto, embora esses não o conhecessem.

Décadas de 50 e 60, ainda sem as competições nacionais de hoje – existia apenas o campeonato brasileiro de seleções -, os clubes do Sul e do Sudeste faziam temporadas pelo Norte e Nordeste, com o objetivo de faturar para cobertura das folhas de pagamento, e para observar jogadores em ascensão. Foi assim com Ademir Menezes, com Babá, com Almir e, como não poderia ser diferente, com Canhoteiro. 1955, Canhoteiro chegou ao São Paulo Futebol Clube, onde permaneceu até 1963, e foi no Tricolor Paulista que se consagrou. Apesar de só ter conquistado um título, o do campeonato paulista de 57, Canhoteiro é apontado como um dos maiores jogadores da história do Tricolor da Barra Funda. Muitos chegaram a considerá-lo o “Garrincha da ponta esquerda”.

1958, aos 26 anos e sem qualquer “trabalho de base” e três anos após chegar ao clube, Canhoteiro era titular absoluto do São Paulo ao lado de Mauro Ramos, da seleção brasileira, e de Zizinho, um de seus fãs declarados. Gino, o artilheiro, e Maurinho o outro ponteiro, além do também consagrado Dino Sani, formavam no mesmo time que o menino coroataense que começou a dar os primeiros chutes no Paissandu, ao lado de Esmagado, onde também começou a fazer embaixadas com moedas. Considerado o mais habilidoso ponta da sua geração, foi sempre preterido em Copas do Mundo por conta da maior mobilidade tática de Zagallo e do chute mais forte de Pepe. Canhoteiro descobriu o segredo de abrir espaços onde não havia nenhum e dominou a arte de desconcertar zagueiros com dribles geniais. Foi um dos primeiros jogadores brasileiros a ganhar um fã-clube. No São Paulo, seu segundo clube, marcou 102 gols em 415 jogos. Defendeu também a seleção paulista, mesmo sendo maranhense. Naquela época, o local de nascimento do jogador, desde que fosse no Brasil, servia apenas como referência.

Parece inacreditável, mas, a participação de Canhoteiro na Copa de 58, na Suécia, só não se concretizou por conta da sua grande amizade com Djalma Santos. Acontece que, nos treinamentos, o marcador de Canhoteiro era seu “compadre” Djalma Santos. Se ele jogasse tudo que sabia e fosse para cima do ex-lateral-direito, muito provavelmente iria desmoralizá-lo. A amizade e a consideração falaram mais alto, e Canhoteiro “guardou” seus dribles. Por conta disso, muito mais que a operacionalidade tática de Zagallo e o petardo de Pepe, que não estavam preocupados em esconder o jogo, ganharam as vagas. Canhoteiro foi cortado e viu do Brasil a seleção vencer e encantar na Suécia.

Mesmo não sendo muito lembrado nas convocações da seleção brasileira, José Ribamar de Oliveira, o Canhoteiro, é considerado um dos melhores pontas da história do Brasil. Ele morreu no dia 16 de agosto de 1974, em São Paulo. (Fonte: Canhoteiro – um mágico que jogava bola, por JOSÉ DE OLIVEIRA RAMOS, disponível em http://www.jornalpequeno.com.br/Blog/OliveiraRamos/)

CARLOS ALBERTO BARATEIRO DA COSTA – BEBETO, CEL. BEBETO – Basquetebol, Futebol

1934 – Nascido em 25 de novembro, começou com o futebol, aos 14 anos de idade (1948), a contragosto de seu pai, “seu” Silvestre, no campo do Matadouro (Bairro da Liberdade); depois passou a treinar no campo do Santa Izabel, pelo MAC. Atuava, também, pelo Colégio Ateneu, onde estudava, e à noite dedicava-se ao Basquetebol, tendo começado, nesse esporte, no Nacional, passando para o Vera Cruz e, depois, Moto Clube de São Luís, chegando à seleção maranhense. 1952 – No futebol, tornou-se profissional aos 18 anos de idade ao entrar para o Exército. Foi para o Rio, fazer cursos, e lá não aceitou jogar pelo Fluminense, pois era flamenguista doente. Ao voltar para o Maranhão, passa a jogar pelo Moto Clube. 1960 – deixa o Exército e ingressa na Polícia Militar e deixa o futebol profissional. Em sua carreira militar, exerceu várias funções, 1975 – Interventor de Imperatriz, cidade onde desenvolveu os esportes, sendo um dos responsáveis pela implantação da educação física nas escolas municipais e um dos criadores da Olimpíada Colegial de Imperatriz, hoje, Jogos Escolares de Imperatriz. Fonte: BIGUÁ, Tânia; BIGUÁ, Edivaldo Pereira. ONDE ANDA VOCÊ ? BEBETO: do basquete ao futebol. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, Segunda-feira, 13 de outubro de 1977, p. 4. Esporte.)

 

CAUBY DA COSTA CELESTINO

1938 – natural de São Luís, tendo nascido em 25 de novembro, filho de Bruno Sereno Celestino e Joaquina Francisca da Rocha Celestino; Década de 50 – jogador de Futebol de Salão (Futsal), começou sua carreira esportiva na Quinta do Macacão (atual sede da CAEMA), num campo ao lado da fábrica da Albertina; faziam parte do grupo Feijão, Tibico, Zé Coió, Neguinho, os irmãos Fifi e Antonio Carlos, e Valdecy;  da Quinta do macacão passou para o Santos Futebol Clube, dirigido por Jaffé Mendes Nunes, radialista e professor de futebol de salão da ETFM; nessa época, jogava ao lado de Decadela, Tácito, Cadico, Baralhada, Sapo, Parú, Canhotinho, os irmãos Mauro e Miguel Fecury; Década de 60 – nos anos de 1961 e 62, estava no Vitex, por Graccho Bolívar para o Athenas Futebol de Salão, grupo formadopor Gia e Ruibarco (goleiros), Pedrinho, Jaiminho,Lamar, Graccho, Silvinho, Wilson, Milson Cordeiro, Delfin, Walter, Cláudio Alemão; o técnico era Jaffé Mendes Nunes. O Athenas acabou em 1962.    1963 – passa a jogar pelo Vitex –quando de sua fundação -, time dirigido por Brocotó – Cel. Bebeto, como é conhecido Carlos Alberto Barateiro da Costa, atleta de basquete e futebol -; faziam parte do Vitex, além de Cauby, Goiabeira, Zuza, Sergio faray, Santana, Jouberth. Paralelamente ao Futebol de Salão, jogava futebol de campo; jogou pelo Santos, de Jaffé Mendes Nunes, disputando a segunda divisão; do Santos,passou para o Camboa Esporte Clube; – 1964 – passa a jogar pelo MAC, até meados de 1965,ao lado de Lunga, Neguinho, Clécio, Croinha, Carlindo, Wilson, Alencar, Barrão, Valdecy, Zuza, e outros. 1965 – passa a jogar pelo Ícaro; 1966/67 –  vestiu a camisa do Ferroviário Esporte Clube, desentendendo-se com a diretoria; 1968/70 – joga pelo Graça Aranha Esporte Clube – jogando de graça – abandonando o futebolprofissional;  1969 – está na Seleção Maranhense de Futebol de Salão, que disputa o Campeonato Norte e Nordeste, em Fortaleza-CE. – Cauby é irmão de Zeca – conhecido como Porquinho – cabeça de área do Sampaio Correira F.C.; jogou no Vasco da gama, do Rio de Janeiro, por mais de 10 anos, conhecido como “Maranhão”.

JOACY FONSECA GOMES

1938 – nascido em Cururupu em 12 de junho; 1953 – então com 15 anos, veio para São Luís, onde fez o ginásio e o científico no Liceu Maranhense, destacando-se no futebol, indo jogar no Flamengo do Monte Castelo. 1958 – estava disputando o campeonato de Futebol de Salão, em uma competição organizada pela Liga que havia sido fundada por João Rosa Filho e o jornalista Jaffé Mendes Nunes; jogava pelo T8 (Tê Oito). Os clubes de futsal que se destacam eram: Spartakus (Nilson Santiago, Ribarco e Paru); Graça Aranha (Albino Travincas, Canhoteiro, Wallace e Jafer); Santelmo (Cleon Furtado, Poé, Mozart, Biné, Murilo Gago); Rio Negro; Vitex (Enemêr, Luis Portela, Walber, e Vavá); Drible (dos irmãos Saldanha, Zé Augusto Lamar, Manteiga, Mota); SAELTIPA (a companhia de água); e América; depois, vieram Próton, Saturno, Cometas, Flamengo do Monte Castelo. Os jogos eram disputados nas quadras do Lítero e do Casino. Jogando pelo Liceu, Manga foi campeão nas Olimpíadas Estudantis. Havia uma rivalidade muito grande entre as equipes de futebol de campo do Liceu (Joacy, Nilson, Carlos Alberto, Itamar, Guilherme Saldanha, Paciência, Alexandre) e a Escola Técnica (Gogoba, Alípio, Alencar, Chamorro, Canhoteiro); no Salão, o duelo ficava por conta do Liceu (Marinaldo, Guilherme Saldanha, Josenil Souza, e Jacy) e Atheneu (Mota e companheiros); havia o grupo do Colégio São Luís (Biné, Chedão, Jaime Tavares) e dos Maristas (Garrincha, e os irmãos Nonato e Cury Baldez). Fonte: Biguá e Biguá – reportagem

 

PALMÉRIO CESAR MACIEL DE CAMPOS – POÉ 1938 – Nasceu em Guimarães. 1954 – Aos 16 anos a família transferiu-se para São Luís, onde fez contato com o esporte. Jogou Futebol de Campo, Futebol de Praia, depois Futsal e Basquete, sempre se destacando como craque de bola. 1957 – passa a jogar futsal pelo Santelmo – recém-criado -, convidado por Cleon Furtado e João Rosa e que contava, ainda, com Raul Guterrez, Murilo Gago,  Biné (Benedito Moraes Ribeiro), Mouzart (de Sá Tavares), Ivaldo. Com esse time, foram campeões de 1958 e 1959. A final do campeonato desse ano, foi entre o Santelmo e o Próton, decidida em melhor de cinco pontos; a primeira partida, disputada no casino, o Próton venceu por 5 x 2; o segundo jogo, na AABB (sede da Rua Grande, depois vendida aos Maristas), o Santelmo saiu vencedor, por 3 x 0; e a terceira partida, também no Casino, empate em 2 x 2; e a Quarta e última, disputada no Lítero, 5 x 1, para o Santelmo. 1960 – estava no Próton, convidado pelo Prof. Pedro Santos, jogando ao lado dos irmãos Cassas, Coronel Vieira, Cadico, Canhotinho, César Bragança. O Santelmo conquistou o terra-campeonato – 58, 59, 60, e 61. 1962 – o Santelmo e o Próton foram extintos, fundando-se o Cometas, formando uma verdadeira seleção: Poé, Lobão, Enemê (goleiro) Dunga, Nonato e Elias Cassas, Coronel Márcio (Matos Viana Pereira), Luisinho, Canhotinho, César Bragança, Murilo Matos, e Vavá. Essa formação jogou de 62 a 66 sem conquistar nenhum título … No final de 66, deixa de jogar futsal. Os times da época eram bons demais: Graça Aranha, Atenas, Drible, Sampaio. Segundo Poé, o futsal viveu duas fases; a  primeira, foi da espontaneidade, onde tudo era nativo, não existindo tática, só técnica; a segunda, iniciou depois que o time cearense Francisco Lerda passou por aqui e ensinou tática. Juntaram técnica e tática.

 

ROBERTO JOSÉ DE OLIVEIRA

1938 – nasceu em Recife-PE, filho de Arcanio de Oliveira e Odecilda Costa de Oliveira. 1946 – aos oito anos, muda-se com a família para São Luís, vindo residir na Rua dos Afogados; como todo jovem da época, dedica-se ao futebol de meia, jogado na rua; nos anos 50, funda o Brasil Futebol Clube, ao lado de Aziz Tajra, Reinado Bandeira, José Reinaldo Tavares, Coronel Vieira, e outros; o time foi fundado para disputar um torneio de bairro, no campo do Santa Isabel; outra equipe fundada na mesma época foi o Maguary, para disputar os torneios de Basquete; 195(2?) – está nos Maristas, onde disputava além de futebol de campo, basquete, atletismo – era velocista, disputando as provas de 100, 200 e revezamento 4×100 metros; mais tarde passa a disputar também o futebol de salão; 1955 – fez parte da seleção maranhense que disputou o Juvenil de Basquete, em Guaratinguertá-SP; a equipe era formada pelos irmãos Mauro e Miguel Fecury, Alcir Zeni, Denizar Almeida, Jesus Itapary, Poé, Canhotinho, Dílson , João Botão, além de Roberto babão; o técnico era o capitão Carlos Alberto Alves; ao retornar de Guaratinguetá, passa a jogar Basquete pelo Moto Clube, que já contava com Reinaldo Bandeira, Dílson Guabirú, Candido,Aziz tajra, João Botão; 1956 – convidado para a seleção maranhense de futebol amador; jogava pelo Santos, de Jaffé Mendes Nunes, ao lado de, dentre outros, Nonato Cassas, Canhotinho, Biné Moraes,etc.  no Futebol de Salão, jogou pelo Sparta, sendo campeão ao lado de Cafetão, Milson Cordeiro, Inésio, Parú, Milson Coutinho, Constancio, Ferdic; 1963 – já no Rio de Janeiro, foi campeão carioca de futsal no campeonato dos industriários, pela Coca-Cola; 1967 – campeão brasileiro de futsal dos industriários, pela Good-Year

 

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