Não... porque não faz falta o que não existe... O que falta é vergonha na cara de pessoas que fazem do futebol dito profissional meio (em geral) escuso de ganhar dinheiro, servindo-se da paixão de muitos.

Tenho conversado com alguns dirigentes do chamado futebol profissional. E tenho dito que o que falta é profissionalismo na condução dos times. TIMES, não CLUBES. Pois o que não temos é o clube esportivo... o que garante a sobrevivencia do CLUBE ESPORTIVO é o seu quadro associativo - e não uma penca de CONSELHEIROS - que de conselheiro não têm nada, apenas trabalham para derrubar o presidente de plantão.

Já disse -  e repito - que para esses Conselheiros, quanto pior, melhor, pois podem se fazer de salvadores da pátria, em dado momento, apenas para afirmar que o presidente - colocado por eles!!! - é um incompetente. "Eles" é que sabem administrar, e ’provam’ fazendo pagamentos - não se sabe de onde vieram os recursos - à revelia da diretoria - e já vimos isso acontecer inúmeras vezes...

Mas esses mesmos ’Conselheiros’ são tão covardes que em nenhum monento se dispõem a assumir, eles mesmos, a presidencia do Clube; a eles, repito, interessa o caos... pois na desorganização ganham dinheiro, negociando o patrimonio do clube, ops, do time, vendendo suas promessas e ’importando’ pernas-de-pau de outros estados, completamente bichados...

Na hora do desespero, chamam os valores locais - técnicos e preparadores físicos - para assumir ’interinamente’; tão logo começa um trabalho, chamam um de fora, alegando conhecimento maior, experiencia, e sabe-se o que acontece: esse ’trenero’ chega com uma lista de contratações no bolso, afasta os ’locais’ dizendo que não têm condições técnicas de acompanhar ’seu esquema de jogo’, e trazem ’novos’ jogadores (não em idade...); sabe-se dos esquemas de contratos de divisão do salário recebido, não é segredo no meio... o que não se sabe se os ’dirigentes’ estão nesse esquema; no passado recente, estavam alguns Conselheiros; sei disso, pois acompanhei de bem perto...

Tenho amigos e colegas de profissão que vivem do futebol. E comentam os esquemas, os desvios, principalmente de caráter. E o que dizer da Federação? Quem conhece o mínimo de administração esportiva sabe que, para dar errado, é so fazer como se faz no Maranhão...

Não há união entre os diversos grupos que compõem o Conselho de qualquer um dos Clubes, ops, times, equipes, que formam o universo do futebol profissional maranhense... nem mesmo aquelas equipes formadas com o intuito de gerar dinheiro ao seu proprietário, as empresas de futebol, com suas escolinhas e descoberta de talentos negociáveis alhures... empresários que só vivem de garimpar pelos interiores, dar um verniz e exportar esses jogadores... México, Bélgica, Grécia, Tunísia... sem passar por qualquer time por aqui... alguns, para o interior de São Paulo, Rio Grande do Sul... então vemos na grande imprensa - ’o maranhense’... e só os vemos nas transmissões esportivas...

Esse o futebol dito profissional; que só vai retomar à gloriosa fase amadora, ressalta-se, dos anos 40, quando se tornar profisisonal realmente.

O que não entendo é como empresários bem sucedidos em seus ramos conseguem ser tão incompetentes na administração dessas equipes...

Ah sim, é que hoje li a lista de dispensas de jogadores - os salvadores da pátria - que estão acontecendo em quase todos nossas equipes... 

Comentários

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 23 de Abril de 2011 às 16:19.

José de Oliveira Ramos

Hoje é “Sexta-Feira da Paixão”?

É. Mas também é ‘DESCOBRIMENTO DO BRASIL”. Não, o Brasil não foi descoberto pelo Professor Leopoldo Gil. Ele apenas “descobriu” hoje, que não existe futebol profissional no Maranhão.

Pois bem. Se lermos com bastante atenção o livro de autoria de Djard Martins e traçarmos um paralelo com os dias atuais – mesmo levando em conta a forma apaixonada de escrever do autor pelas coisas da terra – veremos que as fases que intercalaram esse período são situações meteóricas, desastres lunares ou mudanças de posição do sol e talvez da lua.

Aqui, caro Leopoldo, existe a cultura de valorizar em demasia e cultuar o endeusamento de dirigentes que, ao longo do tempo e pensando muito mais em si do que no clube, praticaram erros.

Essas ações são elogiadas como “matreirices”, como “inteligência”, com “esperteza” e nunca se preocupam com o somatório das coisas negativas, no futuro. Como acontece hoje. A situação atual é exatamente a soma de tudo que se praticou de errado no passado e foi sempre elogiado pelos que ganham de forma escusa para elogiar.

Desde mil novecentos e não sei quanto, quando aqui cheguei, escuto todos os secretários de Esporte do Estado prometerem mudar a situação do Castelão. Oferecer dependências para localização de federações. Tudo mentira. Coisa de políticos. Ali realmente funcionam duas federações – Atletismo e Natação – mas em prédios distantes do Castelão.

Aliás, a Natação nem está mais funcionando num quartinho debaixo das arquibancadas da piscina, onde não existe água nem banheiros decentes para as necessidades fisiológicas. Você quer conhecer a área do Barreto? Pois de disponha a fazer o seu “jogging” todos os dias por ali. Pois, a habitação daquilo aqui requer principalmente competência e vontade para fazer.

Mas os políticos que assumem aquilo ali só se preocupam com “verba”, com licitações. Por que seria isso? Para garantir a “habitação” daquela área, tem-se primeiro, que pensar exclusivamente no combate às drogas e na criação de um sistema de segurança que, psicologicamente, garanta às pessoas que ali moram e aqueles que para ali se dirigem para trabalhar nas tais federações, um mínimo de conforto e segurança, além da criação de linhas de ônibus (sem assaltos – o que na área é praticamente impossível!)

Mas, o futebol, claro, é assunto apaixonante. Realmente conselheiros de clubes apostam no quanto pior melhor, porque nasce a partir daí a necessidade do Salvador da Pátria. E aí eles aparecem entre as nuvens, com halo purificado e são, sempre, endeusados pelos profissionais mesquinhos da comunicação. É cultural. Fazer o quê?

Outro aspecto: qualquer melhoramento que se faz necesário fazer no campo de jogo, existe a cultura provinciana de que “basta colocar duas carradas de terra preta”, como se essa terra foi milagrosa. Ninguém se preocupa em reparar a drenagem, em combater as ervas daninhas e outros males. Assim, não tenha dúvida que, em breve, o Nhozinho Santos será um “elefante branco” para o futebol, porque vai chegar o dia em que o torcedor não terá mais motivação nenhuma para os jogos.

E veja a cultura, a idiotice de dirigentes que, ao que parece, nunca frequentaram uma escola: num momento periclitante, de expectativa para revalorização do futebol, para surgimento e adoção de novos conceitos de valorização, esses dirigentes estão fazendo promessas para a reedição de um projeto imbecil como o tal Nota na Mão.

E por que imbecil? Ora, porque são muitas as pessoas que, entristecidas com a situação do futebol maranhense, assinaram pacotes de Sky e outros canais. Agora, com o Nota na Mão, muitos “PERDERÃO O HÁBITO DE PAGAR INGRESSOS” para assistir aos jogos. Basta comprar xis valores de xis mercadorias e trocar a nota pelo ingresso. Isso pode garantir uma renda antecipada para os clubes, ooooppppps – para os dirigentes! – mas forma uma nova concepção de “pagar ingressos”.

E, finalmente, realmente não se pode pensar em estrutura onde não existe quem a crie e quem a movimente. Abraços.


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