LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ,
do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão
Hoje está sendo realizado o 21º Jogos dos Amigos, evento esportivo que vem ocorrendo ao longo dos anos reunindo atletas hoje veteranos que começaram sua vida esportiva por volta do ano de 1953 – daí a denominação que tenho usado de “Geração de 53”, em analogia às diversas gerações de jovens que, vem por outra, brotam nestas terras gonçalvinas. Ao contrário das gerações precedentes, ligadas mais à literatura, esta estava ligada ao esporte.
Todos os envolvidos naquele movimento – em continuidade ao iniciado na década de 1940 – a Geração dos Erres – declaram ser o agente catalisador Cláudio Alemão, como é conhecido Cláudio Antônio Vaz dos Santos (24/12/1935), filho de Antônio Rodrigues da Costa Santos e Maria José Raposo Vaz dos Santos. Mas quem reune os seus pares é Mauro Fecury…
Cláudio começou seus estudos no Jardim de Infância Antônio Lobo ao lado da Igreja do Santo Antônio, tendo sua mãe como professora; lá estudou dos quatro até os seis anos de idade, se transferindo para o Colégio São Luís Gonzaga, da Professora Zuleide Bogéa, que ficava na Rua do Sol. Daí foi para o Marista (Ceará?), e em 1952 está no de São Luis, nesse tempo funcionando no Palácio do Bispo, na avenida Dom Pedro II; naquela época havia exame de admissão para o 4º primário.
Ao chegar ao Marista, já era praticante de futebol e de espiribol; naquela escola teve contato com o irmão Manuel, considerado diretor de esportes; ao olhar para Cláudio – loiro – passou a chamá-lo de Alemão – Cláudio Alemão. Anos mais tarde, já dirigente esportivo, o jornalista Herbert Fontenelle passou a tratá-lo de Cláudio Vaz, o Alemão.
Cláudio Alemão começa a se envolver com os esportes no Colégio dos Irmãos Maristas, ainda no Ceará. Em 1952 é transferido para o Colégio de São Luís. Cláudio informa que nessa época não tinha professores de educação física, muito embora o Coronel Eurípedes Bezerra afirmasse que fora Professor de Educação Física nos Maristas, quando retornou em 1943 de seu curso de Sargento Monitor de Educação Física, feito na Escola de Educação Física do Exército. Euripão depois chama outros colegas daquele curso para trabalhar nos Maristas, como Nego Júlio, como era conhecido o Major Júlio; depois juntou-se a eles o Professor Manoel Furtado.
Na época em que o colégio funcionava no Palácio do Bispo hoje, na Pedro II, ao lado da Catedral – onde hoje é um hotel, não havia professor de Educação Física; se praticava esportes, comandado sempre pelos irmãos Maristas: o futebol de campo e o espiribol; o Basquete, o Volei não existia também – muito embora na década de 30 houvera uma equipe muito famosa na cidade, comandada pelo irmão Dourado; a prática maior era o futebol de campo, num campinho de futebol, em que se pagava 500 réis para o Colégio Marista para participar; depois do almoço os alunos arregaçavam as calças antes de começar as aulas, e praticavam esporte de 12:30 até às 13:30h.
Lembrando que antigamente funcionava, ali por perto, atrás do Palácio, o Campo do Onze Maranhense, construído por volta de 1910, por Gentil Silva; depois houve a quadra de tênis dos ingleses… Em suas rememorações, Cláudio Alemão lembra de uma quadra, onde praticava Basquete, jogando pelo “8 de Maio”, em uma quadra por trás do Cassino Maranhense; ali era um matagal.
O GREMIO “8 DE MAIO”, foi fundado em 1932 por estudantes do Liceu Maranhense, liderados por Tarcísio Tupinambá Gomes. Como entidade representativa dos estudantes junto à direção do Liceu, foi um fracasso, por falta de interesse da rapaziada, que só queria se divertir. Mas os outros fundadores, dentre eles Paulino Rodrigues De Carvalho Neto e Dílio Carvalho Lima resolveram levar o Grêmio para o esporte, com o intuito de jogar Voleibol, pois as opções de esportes para os jovens da época eram, além do futebol, o voleibol. O pessoal do “8 de Maio” também se envolvia com o Basquetebol. Numa segunda fase, já como equipe esportiva, o “8 de Maio” foi comandado por Rubem Goulart, era o time dos “ erres”: Rubem, Ronald, Raul Guterres; praticava o Paulinho Carvalho, Zeca Carvalho, e foi onde Cláudio começou a praticar vôlei e basquete.
Essa quadra do 8 de Maio, ficava nos fundos do Casino Maranhense hoje. Ainda garoto, Alemão era pegador de bola, pois quando a bola caia no campinho ao lado, eles diziam: – Alemão; ele olhava para o lado e ia buscar. Era o garoto de fazer tudo o que eles praticavam, era o mascote.
Cláudio Vaz dos Santos – o Cláudio Alemão, “da Geração de 53” - em entrevista ao Autor, disse ser praticante de Boxe, também; e discorre de como foi o reinicio do Boxe, nos anos 50: Boxe, eu tive oportunidade qualquer coisa que eu fale, eu sempre tive, eu fiquei conhecido, tem um livro do Benedito Buzar é política e politicagem, Pedro Neiva foi um homem, trabalhei com o Pedro Neiva, no Governo dele eu e o Buzar (o Escritor Benedito Buzar) e eu tive a felicidade quando era garoto; Lupercino [Almeida] era um lutador de boxe do Maranhão e eu era, sempre fui entusiasmo pela prática do esporte, eu acordava cedo, eu ia para a Beira-Mar, onde eu morava, caminhar, correr, tudo o que eu conheci, o Lupercino, que era um lutador de boxe e eu tive a felicidade, na época, de ser a primeira pessoa a aprender a técnica do boxe aprender a bater : ponta de queixo, coração, fígado, baço, estômago, supercílio, aquilo tudo ele me ensinou os movimentos. Eu ainda era garoto, esse tempo foi em 1945, tu falou em boxe, eu tive que ir lá, eu aprendi uma técnica que nessa época ninguém tinha a briga aqui era de cabeça naquele tempo a briga era um negócio saudável quando se decidia alguma rivalidade era uma coisa saudável, amanhã estava tudo bem, era uma briga sem nenhuma maldade e o que aconteceu Lupecínio me ensinou a bater, eu transformei essa técnica futuramente numa defesa que eu fui ter e foi como é que vai …. Olha o atleta aí e foi aí que veio quando nós fizemos a (???) do Oton Mondego foi o primeiro professor da escolinha que nós tínhamos de boxe no Maranhão, Professor Oton Mondego, que depois foi assassinado por Hiluy, (José de Ribamar Hiluy, Juiz de Direito), que teve um problema com ele.
O adolescente Cláudio se envolvia com aqueles jovens – alguns já professores, inclusive Rubem Goulart já retornara do Rio de Janeiro formado em Educação Física e começava sua carreira profissional; Cláudio, na ausência de algum outro jogador, era chamado para completar o time, nos diversos esportes que praticavam notadamente o Basquete e o Voleibol.
Quando Cláudio chegou ao Colégio Marista de São Luís, começou a praticar Atletismo, numa pista improvisada no Estádio do Santa Isabel: corridas, lançamento de peso, lançamento de dardo e lançamento de disco; teve nessa época um filme, Homem de Ferro, com Burt Lancaster, que fazia tudo quanto era esporte; Burt Lancaster fazia o papel de Jim Thorpe, índio americano que foi campeão do decatlo e pentatlo na mesma olimpíada; e ele praticava as demais modalidades… faziam naquela época atletismo sem nenhuma orientação, apenas com intuição, praticando o atletismo puro. Anos depois, já dirigente, trouxe professor Zé Teles da Conceição, campeão brasileiro, que reciclou os professores.
Naquela época, início dos anos 50, passava no Cine Éden, antes da sessão de cinema, passava um noticiário, com filmes sobre esportes e geralmente passava sobre basquete, com os Globen Trotters.
Jogava-se também uma mistura de basquete e futebol americano, introduzido pelo Professor Zé Rosa, do Liceu – uma espécie de basquete, tipo futebol americano, onde você saia correndo com uma bola e encestava. Logo depois, por volta de 1956, Cláudio passa a jogar futebol americano, já no quartel, em aulas dadas pelo Tenente Nélio, que era o orientador, formado pela Escola de Educação Física do Exército; Aqueles jovens, agora com seus 18 anos de idade, integrantes do NPOR – Núcleo Preparatório dos Oficiais da Reserva – começam a receber um conhecimento mais aprofundado sobre preparação física e práticas esportivas.
Voltando a 1952, eram disputados os Jogos Olímpicos Secundaristas, organizado pelo jornalista Mario Frias, disputando-se Basquetebol, Voleibol, Futebol de Campo, Atletismo e Natação.
“No Maranhão, a prática do tênis também foi (re)iniciada pelos ingleses, entre os anos de 1955 e 1960. Eles trabalhavam na antiga Agência Telegráfica dos Correios, em São Luís. O Clube Jaguarema, no bairro do Anil, que atualmente está em estado de abandono, foi um dos primeiros locais onde partidas de tênis começaram a ser disputadas.”
No ano de 1953, Cláudio Alemão, junto com outros atletas da época, de várias escolas, funda a equipe dos “Milionários”, que faz história no esporte maranhense, especialmente no Basquetebol, por mais de 20 anos; a equipe era formada por Gedeão Matos, os irmãos Mauro e Miguel Fecury, Aziz Tajra, Raimundinho Sá, Poé, Denizar, Canhotinho, Fabiano Vieira da Silva, Cleon Furtado, Jaime Santana, os irmãos Zé Reinaldo e Silvinho Tavares, Wilson Bello, Sá Valle, Joaquim Itapary, Henrique Moreira Lima, Márcio Viana Pereira; com a extinção d´ “Os Milionários”, fundam o “Cometas”, que além de basquete e vôlei, participam dos jogos de Futebol de Salão: “O Milionários… nós fomos participar de volei e basquetebol, sábado à tarde no Colégio São Luís, e na quadra coberta que tinha no Liceu, onde jogava o Milionário, o Colégio São Luiz, jogava 08 de Maio; nós jogávamos na quadra do Colégio São Luiz,… assim que nós jogávamos à tarde e jogávamos o Campeonato Maranhense de Basquete, já no Santa Isabel, que era a única quadra iluminada que tinha em São Luís; … era os Milionários e era um contra-senso; não tínhamos um tostão, mas como tinha aquele time os Milionários, e nós tivemos a idéia de fazer nossa equipagem, nós saímos da Praia Grande, pedindo dinheiro no comércio da Praia Grande. Na rua Portugal, a gente chegava e vendia os nossos ingressos, mandava fazer ingresso de jogo, quando dinheiro arrecadava, mandava fazer nossa equipagem de jogo..”
É organizado um Campeonato Juvenil de Basquetebol com as equipes do Moto Clube formado por Cândido, Dilson Lago, Roberto Oliveira, João Botão, Paraibano, Benjamim, Coqueiro, e Bandeira; só perderam para “Os Milionários”, que contava com Mauro e Miguel Fecury, Alcy, Poé (Palmério César Maciel de Campos); Canhotinho (João Carlos de Sousa Martins). Quando os dois times se enfrentavam, era uma verdadeira guerra entre Mauro Fecury (14 anos, 1,84 metros de altura), dos Milionários e Dilson Lago, (15 anos, 1,84 m), do Moto Clube. Os campeonatos eram disputados em uma quadra de cimento, do Moto, no Estádio Santa Isabel; usavam uma bola de couro. Nesses jogos, havia grande afluência de público. Em 1955 houve uma primeira convocação de uma seleção juvenil, para a disputa de um Campeonato Brasileiro, em Guaratinguetá – SP. Foram chamados os cinco titulares do Moto e os cinco do Milionários – Cândido fora dispensado. Ao retornarem – sem um resultado expressivo – os atletas foram defender seus colégios, nos Jogos Intercolegiais. Cândido foi conduzido à condição de titular do Liceu, ao lado de Nonato Cassas; Ney Belo; Rogério; e César Bragança. “Os Milionários” foram os campeões juvenis desse ano, com Januário de Sillos Oliveira Goulart, Williame, Canhotinho, Murica, Bita, Edeir, Ney Bello, Mário Brazuca, Aziz Tajra.
Ronald da Silva Carvalho, junto com Rubem Goulart, Rinaldi Maia, Carlos Vasconcelos e Tenente Alves fundam uma associação para reerguer o Basquetebol; essa associação foi a semente para a criação da Federação Maranhense.
Campeonato Brasileiro de Basquetebol Juvenil de 1956 – Dimas lembra de outros clubes famosos e seus atletas: “Nessa mesma época eu jogava Basquetebol pelo Moto Clube; Quando eu retornei, passei a jogar Basquetebol, pelo Moto Clube, no [Campo do] Santa Isabel, tanto que ai nós fomos disputar um campeonato em 54 …55 e em 56 eu fui seleção maranhense para disputar o Brasileiro em Recife, eu, Rubem Goulart; Antônio Bento; Vieirão, Major Vieira; Bebeto [Carlos Alberto Barateiro da Costa], também da Policia; Willame Najas, filho Titico. “Nessa época, Mauro Fecury era Juvenil, quando eu jogava basquetebol, depois ele já teve um destaque muito grande e ele, Miguel Fecury - o irmão dele -, eles, pode se dizer, que foram os meus juvenis, os aspirantes…”nós disputamos o campeonato – era Moto Clube, o time que eu jogava -, era o Vera Cruz, o Oito de Maio – que era de Rubem Goulart -, o General Severiano [Sampaio], que era do Exército; Tiradentes, que era o time Militar [Polícia Militar], e os Milionários, dos jovens – Alemão [Cláudio Vaz] e Poé, esta turma nova, Jesus Itapary, esta turma…. do Liceu, do São Luís, basicamente, o Liceu, São Luís e Maristas.., foi essa turma que nos acompanhou, que acompanhou os adultos que já jogavam, que era Os Milionários..”.
No ano de 1953 é fundado o Clube Recreativo Jaguarema; e construída sua piscina. No final dos anos 40, início dos anos 50 eram realizadas as primeiras provas de natação que se tem notícia em São Luís, num tanque que abastecia a Fábrica Santa Isabel; esse tanque, medindo 30 m de comprimento, por 10 m. de largura e três de fundo, servia como piscina; Gedeão Pereira de Matos, em suas memórias, afirma que, acostumado com as travessias da baia de São José, nadar em provas de 30, 60, ou 90 metros, era fácil; Gedeão destacou-se na natação nesta época. Dimas é considerado como o primeiro professor de natação, e dava suas aulas duas piscinas que existiam à época (1953/54); uma, na Rua Grande, em casa de Domingos Mendes; e a outra, do Sr. Almir Moraes Corrêa, no Apeadouro. Os jovens da “geração de 53” deixaram de praticar a natação na casa de Domingos Mendes e passaram a nadar na do Jaguarema.
O Futebol de Salão – FUTSAL – aparece oficialmente em 1955; muito embora alguns ex-atletas, em seus tempos de colegiais, informem em suas memórias de que foi na década de 40 que o Futebol de Salão teve início em São Luís, na realidade jogava-se com bola de futebol, nos pátios dos colégios, pois somente em 1955 que foi introduzido, seguindo-se as regras e com material oficial, professor de física do Liceu Maranhense Pedro Lopes dos Santos, quando fundou a equipe do Próton, primeira equipe formada por alunos daquele estabelecimento de ensino – e também a do Elétron, (segunda equipe?). O Prof. Pedro trouxe a primeira bola e as regras da modalidade. Jogavam no Próton, além de Januário Goulart, como atacante, Rogério Baima, Chico Tetê, Rui, Nonato Cassas, Ernani Cantanhede. No primeiro jogo interestadual – disputado na quadra do Liceu -, contra o América, de Fortaleza (CE), houve empate de 2 x 2.
O que é confirmado por Januário Goulart, por Nilson Ferreira Santiago: O Prof.Pedro fundou o Próton, formado inicialmente por Chico Tetê, Ernani Coutinho, Nonato Cassas, e Rogério Baima. Nessa época, aqueles que se descobria que não podiam jogar futebol de campo, iam para a quadra, jogar salão. Logo, surgiram outras equipes. Os irmãos Ferdinand (Ferdic) Carvalho e Constâncio Carvalho Neto fundaram a Sociedade Esportiva Sparta; além dos dois, jogavam ainda Nilson, os irmãos Bira e Juca Abreu, Airton, Paulinho, Nervalzinho, Paru (Miguel Arcanjo Vale dos Santos), Milson Cordeiro, Ruibasco (Ribasco), Inésio e Roberto Babão. Mais grupos foram surgindo, como o Saturno (de Samuel Gobel, Zequinha Goulart, e Heitor Heluy), e Nilson passou a jogar nele, ao lado de César Bragança, Januário Almeida, Márcio Viana Pereira, Hamilton, tendo como técnico o Capitão Medeiros.
Nilson nasceu em 1940, e era filho de Nerval Lebre Santiago, secretário do Liceu por 42 anos; foi um dos fundadores do Sparta, time que marcou época. Nilson, daquele grupo que estudava no Liceu, viu nascer o futsal.
Outro, foi João Pinheiro Cunha – o Manga – craque dessa mesma época; para ele, daquele grupo que jogava futebol, o único selecionado foi Nonato Cassas. Desse primeiro grupo, a primeira formação do Próton, além de Cassas, figuravam Rogério Bayma (goleiro), Chico Tetê, Ruy Poxo, Ernani Catinga. Quando entrou para o Liceu Maranhense teve contato com o pessoal das peladas, jogadas na hora do recreio e após as aulas (1954): Vilenô, Nonato e Elias Cassas, Nonato Sabock, Guilherme Saldanha, Mota, Januário Goulart, Silvinho Goulart, José Reinado Tavares, César Bragança, Nerval e Nilson Santiago, Milson Cordeiro, e outros.
Joacy Fonseca Gomes – outro que escreveu o nome nos anais do Futsal Maranhense, nascido em Cururupu em 12 de junho de 1938. Em 1953, então com 15 anos, veio para São Luís, onde fez o ginásio e o científico no Liceu Maranhense, destacando-se no futebol, indo jogar no Flamengo do Monte Castelo. Em 1958, estava disputando o campeonato de Futebol de Salão, em uma competição organizada pela Liga que havia sido fundada por João Rosa Filho e o jornalista Jaffé Mendes Nunes; jogava pelo T8 (Tê Oito). Os clubes de futsal que se destacam eram: Spartakus (Nilson Santiago, Ribarco e Paru); Graça Aranha (Albino Travincas, Canhoteiro, Wallace e Jafer); Santelmo (Cleon Furtado, Poé, Mozart, Biné, Murilo Gago); Rio Negro; Vitex (Enemêr, Luís Portela, Walber, e Vavá); Drible (dos irmãos Saldanha, Zé Augusto Lamar, Manteiga, Mota); SAELTIPA (a companhia de água); e América; depois, vieram Próton, Saturno, Cometas, Flamengo do Monte Castelo. Os jogos eram disputados nas quadras do Lítero e do Casino. Havia uma rivalidade muito grande entre as equipes de Futebol de Salão do Liceu (Marinaldo, Guilherme Saldanha, Josenil Souza, e Jacy) e Atheneu (Mota e companheiros); havia o grupo do Colégio São Luís (Biné, Chedão, Jaime Tavares) e dos Maristas (Garrincha, e os irmãos Nonato e Cury Baldez).
Outro que se destaca é Luís Carlos Motta, nascido em 1941, é considerado, até hoje, um “mestre do futsal”. Estudante do Colégio Ateneu de 1952 a 1956 (ganhou uma bolsa de estudos, pela sua habilidade com a bola), passou para o Liceu Maranhense, foi sete vezes campeão do Campeonato Maranhense de Estudantes – tetra pelo Ateneu, e tri pelo Liceu. Sua habilidade técnica como pivô valeu um convite para ingressar no Drible (1959), time dos irmãos Saldanha, recém inaugurado (1958). Em 1961, deixa o Drible e passa para o Santelmo, sagrando-se campeão naquele ano; retorna ao Drible (1962), após uma temporada, conquistando diversos títulos, como o de campeão invicto do Torneio Carneiro Belfort (62); do Torneio do Jaguarema (63); além dos Torneios Major Mota e do “3º aniversário do Elmo” (65). Pelo Drible, foi ainda, hepta-campeão – 66 a 72 -, ano em que o Drible encerrou suas atividades. Motta, em 1974, abandona os esportes, devido a um acidente – foi atropelado por um ônibus.
Palmério César Maciel de Campos – Poé - Nasceu em Guimarães, no ano de 1938. Aos 16 anos (54) a família transferiu-se para São Luís, onde fez contato com o esporte. Jogou Futebol de Campo, Futebol de Praia, depois Futsal e Basquete, sempre se destacando como craque de bola… 1957 – passa a jogar futsal pelo Santelmo – recém-criado -, convidado por Cleon Furtado e João Rosa e que contava, ainda, com Raul Guterrez, Murilo Gago, Biné (Benedito Moraes Ribeiro), Mouzart (de Sá Tavares), Ivaldo. Com esse time, foram campeões de 1958 e 1959. A final do campeonato desse ano, foi entre o Santelmo e o Próton, decidida em melhor de cinco pontos; a primeira partida, disputada no Casino, o Próton venceu por 5 x 2; o segundo jogo, na AABB (sede da Rua Grande, depois vendida aos Maristas), o Santelmo saiu vencedor, por 3 x 0; e a terceira partida, também no Casino, empate em 2 x 2; e a quarta e última, disputada no Lítero, 5 x 1, para o Santelmo.- 1960 – estava no Próton, convidado pelo Prof. Pedro Santos, jogando ao lado dos irmãos Cassas, Coronel Vieira, Cadico, Canhotinho, César Bragança. O Santelmo conquistou o tetra-campeonato – 58, 59, 60, e 61. 1962 – Santelmo e o Próton foram extintos, fundando-se o Cometas, formando uma verdadeira seleção: Poé, Lobão, Enemê (goleiro) Dunga, Nonato e Elias Cassas, Coronel Márcio (Matos Viana Pereira), Luisinho, Canhotinho, César Bragança, Murilo Matos, e Vavá. Essa formação jogou de 62 a 66 sem conquistar nenhum título … No final de 66, deixa de jogar futsal. Os times da época eram bons demais: Graça Aranha, Atenas, Drible, Sampaio… Segundo Poé, o futsal viveu duas fases; a primeira, foi da espontaneidade, onde tudo era nativo, não existindo tática, só técnica; a segunda, iniciou depois que o time cearense Francisco Lerda passou por aqui e ensinou tática. Juntaram técnica e tática. 1955 -Surge a Sociedade Esportiva Sparta, dos irmãos Ferdinand (Ferdic) e Constâncio Carvalho; jogavam ainda: os irmãos Nilson e Nervalzinho Santiago, os irmãos Bira e João Abreu, Paulista, Piauí (Miguel Arcanjo Vale dos Santos), Milson Cordeiro, Enésio, Roberto Babão. 1955 – Saturno, de Samuel Gobel, Zequinha Goulart e Heitor Heluy, contou com Nilson Ferreira, César Bragança, Januário, Almeida, Marcio Viana Pereira, Hamilton, e o técnico era o capitão Medeiros.
Em 1955, surge a Sociedade Esportiva Sparta, dos irmãos Ferdinand (Ferdic) e Constâncio Carvalho; jogavam ainda: os irmãos Nilson e Nervalzinho Santiago, os irmãos Bira e João Abreu, Paulista, Piauí (Miguel Arcanjo Vale dos Santos), Milson Cordeiro, Enésio, Roberto Babão. O Saturno, de Samuel Gobel, Zequinha Goulart e Heitor Heluy, contou com Nilson Ferreira, César Bragança, Januário, Almeida, Marcio Viana Pereira, Hamilton, e o técnico era o capitão Medeiros. Em 1957 – é fundado o Santelmo, de convidado por Cleon Furtado e João Rosa e que contava, ainda, com Raul Guterrez, Murilo Gago, Biné (Benedito Moraes Ribeiro), Mouzart (de Sá Tavares), Ivaldo. Com esse time, foram campeões de 1958 e 1959
CLÁUDIO ANTÔNIO VAZ DOS SANTOS, o Cláudio “Alemão” – esportista – Nasceu em São Luís, no dia 24 de dezembro de 1935. Décadas de 1950/60 – Foi atleta de Basquetebol, Voleibol, Futebol de Campo e de Salão, Atletismo e Natação. Pertenceu àquela famosa “Geração de 53″, do esporte maranhense, atuante nas décadas de 50 e 60. Faziam parte desse grupo: José Reinaldo Tavares (atual Governador do Estado), Alim Maluf (Secretário de Esportes e Lazer); Mauro de Alencar Fecury (ex-prefeito de São Luis, deputado federal, hoje, suplente de Senador); Raul Guterres; Janjão Vaz dos Santos, Cel. PM Bebeto Barateiro de Costa; Por iniciativa de Mauro Fecury, esses atletas ainda hoje se reúnem, no mês de dezembro, para os Jogos dos Amigos, para relembrar o passado de atletas, disputando várias modalidades, junto com os “jovens” das gerações que o precederam.
CANDIDO AUGUSTO MEDEIROS – Basquetebol – Aluno do Liceu Maranhense – ingressou aos 12 anos, no ginásio -Fanático por Basquetebol, após ver no cinema – Éden – os jogos dos Globen-Trotters (time americano do Harlen, bairro da cidade de Nova Iorque, que se exibia pelo mundo) e, ao que parece, serviu de inspiração para muitos daqueles jovens que se iniciavam no esporte, em especial, o Basquete, naquelas décadas de 50-60: “… nas aulas de educação física do professor Zé Rosa era dado um jogo que tinha muito de basquete e futebol americano. O aluno pegava a bola e, sem batê-la no chão, corria em direção ao aro de basquete e arremessava, tentando encestá-la. Eu, no entanto, já queria jogar de verdade, segundo as regras oficiais do Basquetebol…”.
CAUBY DA COSTA CELESTINO - 1938 – natural de São Luís, tendo nascido em 25 de novembro, filho de Bruno Sereno Celestino e Joaquina Francisca da Rocha Celestino; Década de 50 – jogador de Futebol de Salão (Futsal), começou sua carreira esportiva na Quinta do Macacão (atual sede da CAEMA), num campo ao lado da fábrica da Albertina; faziam parte do grupo Feijão, Tibico, Zé Coió, Neguinho, os irmãos Fifi e Antonio Carlos, e Valdecy; da Quinta do macacão passou para o Santos Futebol Clube, dirigido por Jaffé Mendes Nunes, radialista e professor de futebol de salão da ETFM; nessa época, jogava ao lado de Decadela, Tácito, Cadico, Baralhada, Sapo, Parú, Canhotinho, os irmãos Mauro e Miguel Fecury.
CONSTÂNCIO CARVALHO NETO (1939 – nasce em 03 de maio) e seu irmão JOSÉ FERDINAND CHAVES CARVALHO – FERDIC (1940 – nasce em 08 de abril) – em 1955 os irmãos Carvalho fundam a Sociedade Esportiva Sparta, ao lado de Nilson Santiago e Juca Abreu; como toda equipe daquela geração de esportistas da década de 1950,começaram jogando futebol de meia na rua, ou nos pátios dos colégios (estudavam no Liceu Maranhense), quando surgiu o Futebol de Salão (1955), trazido pelo prof. Pedro Santos; dentre os gazeteiros doidos por bola, destacavam-se, além dos irmãos Constantino e Ferdic, os irmãos Nilson e Nervalzinho Santiago (filhos do secretário do Liceu, Nerval Lebre Santiago), Juca Abreu, Januário, José Reinaldo Tavares, Xuxuca, Negão, César Bragança, malheiros,macieira, Canhotinho, etc.; passaram pelo Sparta: Parú, Milson Cordeiro, Enésio, AntonioCoxinho, Nonato Santos, Bira, Roberto babão, Guilherme Saldanha, Paulista, 1959 – o Sparta encerra suas atividades.
FABIANO VIEIRA DA SILVA – Basquetebol, jornalista – 1944 – nascimento de Fabiano, filho de Raimundo Vieira da Silva – (os irmãos Vieira da Silva: Fabiano, Marco Antônio e Paulo, filhos de Raimundinho). Fabiano – e seus irmãos – cresceu vendo o pai e os amigos praticando esportes: Rubem Goulart, Coronel Bebeto, Raul Guterres, Ronald Carvalho, no campo do Moto Clube. Quando foi para o Liceu, ainda garoto, já praticava o esporte, participando de peladas, porém sem qualquer tipo de treinamento específico. Em 1958 – Participou das Olimpíadas Estudantis, ao lado de Nega Fulô, Sá Valle, Salim Lauande, Jaime Tavares. 1959 – foi para o Marista, jogando ao lado de Nonato e Elias Cassas e do irmão Marco Antônio.
JOACY FONSECA GOMES - que jogava no Flamengo do Monte Castelo, disoutou o campeonato de Futebol de Salão, em uma competição organizada pela Liga que havia sido fundada por João Rosa Filho e o jornalista Jaffé Mendes Nunes (1958); jogou pelo T8 (Tê Oito), contra. Spartakus; Graça Aranha; Santelmo; Rio Negro; Vitex; Drible; SAELTIPA; e América; depois, vieram Próton, Saturno, Cometas, Flamengo do Monte Castelo. Jogando pelo Liceu, Manga foi campeão nas Olimpíadas Estudantis, e havia uma rivalidade muito grande entre as equipes de futebol de campo do Liceu e a Escola Técnica; no Salão, o duelo ficava por conta do Liceu e Atheneu, havia o grupo do Colégio São Luís e dos Maristas.
JOÃO PINHEIRO CUNHA - em 1954 sonhava em entrar para o Liceu Maranhense; lá, teve contato com o pessoal da pelada, jogada na hora do recreio e após as aulas: Vilenô, Nonato e Elias Cassas, Nonato Sabock, Guilherme Saldanha, Mota, Januário Goulart, Silvinho Goulart, José Reinado Tavares, César Bragança, Nerval e Nilson Santiago, Milson Cordeiro, e outros. Viram nascer o primeiro time de futebol de salão do estado, em 1955 quando o prof. Pedro Lopes dos Santos, de Física, em uma de suas viagens ao sul do país, acabou se apaixonando pela modalidade e trouxe para São Luís uma bola e um livro de regras; selecionou uma equipe dentre os peladeiros da escola e fundou o Próton. Daquele grupo que jogava futebol, o único selecionado foi Nonato Cassas. Desse primeiro grupo, a primeira formação do Próton, além de Cassas, figuravam Rogério Bayma (goleiro), Chico Tetê, Ruy Poxo, Ernani Catinga João Cunha, como calouro, não tinha escolha – ia para o gol – e acabou gostando da posição, passando a disputar as Olimpíadas Intercolegiais pelo Liceu, como goleiro da equipe de Futsal. Nessa época, os goleiros tinham seus apelidos – Jesus Itapary (do Saturno e Cometas) era o Diabo Loiro; José Augusto Lamar (Drible), era o Pangaré; Dilson (do Próton, depois Saturno e Cometas), Guabirú; João Cunha ficou sendo o João Boi e, depois, Manga. Biné Moraes – outro monstro sagrado do Futsal de antanho – o levou para o Saturno. 1960 – o grupo era formado por, além de Manga e Biné, Benito Neiva, os irmãos Nonato e Elias Cassas, Cláudio Alemão, Poé, Tenente Vieira, Samuel Gobel, Jesus Itapary. No ano seguinte, o Saturno foi vice-campeão, perdendo a final – por 2 x 1 – para o Athenas, de Ribarco, Cauby, Gracco Bolivar, Jaiminho e Silvinho Tavares; o jogo aconteceu no Casino Maranhense e foi o último da existência do Saturno. 1962 - o grupo que defendia o Saturno reapareceu no recém-criado Cometas.
LUIS CARLOS MOTTA – é considerado, até hoje, um “mestre do futsal”; no período de 1952 a1956 estudava no Colégio Ateneu (ganhou uma bolsa de estudos, pela sua habilidade com a bola), passou para o Liceu Maranhense, foi sete vezes campeão do Campeonato Maranhense de Estudantes – tetra pelo Ateneu, e tri pelo Liceu. Em 1959 , pela sua habilidade técnica como pivô valeu um convite para ingressar no Drible, time dos irmãos Saldanha, recém inaugurado (1958). Em 1961 deixa o Drible e passa para o Santelmo, sagrando-se campeão naquele ano; 1962 retorna ao Drible, após uma temporada, conquistando diversos títulos, como o de campeão invicto do Torneio Carneiro Belfort (62); 1963 – campeão do do Torneio do Jaguarema 1965 – campeão dos Torneios Major Mota e do “3º aniversário do Elmo” 1966 a 1972 – Pelo Drible, foi ainda, hepta-campeão – 66 a 72 -, ano em que o Drible encerrou suas atividades. 1974 – Motta abandona os esportes, devido a um acidente – foi atropelado por um ônibus.
LUIZ SOARES DE SOUSA, o “canhão da Vila Beira-Mar”. Jogava como ala esquerda, iniciando-se no esporte jogando futebol, junto com os irmãos Inácio e João Carlos, na rua da Saavedra e na crôa formada na Beira-Mar. 1954 – com 13 anos, entra no Liceu Maranhense, e passou a jogar pelo Próton, time da escola fundado pelo Prof. Pedro Santos. Havia ainda o Elétron, formado também por alunos do Liceu, bons de bola também, mas que não foram aproveitados; servia de “sparring’ para o time principal. Após o Próton, onde só jogou uma temporada, ingressou no Rio Negro, time de Rodolfo Rosa (irmão de João Rosa Filho, também filho de João Rosa); jogavam: Esmagado (Osmario de Ribamar Raposo); Cabeça (João Carlos Soares de Sousa, irmão de Luizinho); Pula-Pula, dentre outros. O Rio Negro – como tantas outras equipes de então, teve vida curta, como também o Vitex, fundado pelo Dr. Vazquez (hoje, dono do Colégio Girassol). Ao sair do Rio Negro, Luizinho vai para o Saturno, de grego Samuel Gobel. 1960 – passa a jogar pela equipe do 24º BC, pois se alistara para servir ao Exército. O treinador era o major Medeiros.
NILSON FERREIRA SANTIAGO - filho de Nerval Lebre Santiago, secretário do Liceu por 42 anos. Foi incentivado pelo pai a praticar futebol e acabou no futsal de salão. Um dos fundadores do Sparta, time que marcou época. Jogava futebol – de rua – quando fundou, junto com o Irmão Nerval Filho, Bogéa, Caracol, Monteiro, Zé Diniz, Daniel, Índio, Quebrado e outros, a Sociedade Esportiva União. Jogou também Basquete, pelo Cisne Branco, de José Gonçalves da Silva, o Zéquinha, treinador do MAC e árbitro; após a desativação do time, ainda jogou pelo Moto Clube. Estava naquele grupo, em 1955, que estudava no Liceu e viu nascer o futsal, trazido pelo professor de Física, Pedro Lopes dos Santos, que fundou o Próton, formado inicialmente por Chico Tetê, Ernani Coutinho, Nonato Cassas, e Rogério Baima. Nessa época, aqueles que se descobriam que não podiam jogar futebol de campo, iam para a quadra, jogar salão. Logo, surgiram outras equipes. Os irmãos Ferdinand (Ferdic) Carvalho e Constâncio Carvalho Neto fundaram a Sociedade Esportiva Sparta; além dos dois, jogavam ainda Nilson, os irmãos Bira e Juca Abreu, Airton, Paulinho, Nervalzinho, Paru (Miguel Arcanjo Vale dos Santos), Milson Cordeiro, Ruibasco (Ribasco), Inésio e Roberto Babão. Mais grupos foram surgindo, como o Saturno (de Samuel Goberl, Zequinha Goulart, e Heitor Heluy), e Nilson passou a jogar nele, ao lado de César Bragança, Januário Almeida, Márcio Viana Pereira, Hamilton, tendo como técnico o Capitão Medeiros.
PALMÉRIO CESAR MACIEL DE CAMPOS – POÉ – Em 1954, com 16 anos, a família transferiu-se para São Luís, onde fez contato com o esporte. Jogou Futebol de Campo, Futebol de Praia, depois Futsal e Basquete, sempre se destacando como craque de bola; 1957 – passa a jogar futsal pelo Santelmo – recém-criado -, convidado por Cleon Furtado e João Rosa e que contava, ainda, com Raul Guterrez, Murilo Gago, Biné (Benedito Moraes Ribeiro), Mouzart (de Sá Tavares), Ivaldo. Com esse time, foram campeões de 1958 e 1959. A final do campeonato desse ano, foi entre o Santelmo e o Próton, decidida em melhor de cinco pontos; a primeira partida, disputada no casino, o Próton venceu por 5 x 2; o segundo jogo, na AABB (sede da Rua Grande, depois vendida aos Maristas), o Santelmo saiu vencedor, por 3 x 0; e a terceira partida, também no Casino, empate em 2 x 2; e a Quarta e última, disputada no Lítero, 5 x 1, para o Santelmo. 1960 – estava no Próton, convidado pelo Prof. Pedro Santos, jogando ao lado dos irmãos Cassas, Coronel Vieira, Cadico, Canhotinho, César Bragança. O Santelmo conquistou o terra-campeonato – 58, 59, 60, e 61 -.
ROBERTO JOSÉ DE OLIVEIRA – em 1946, aos oito anos, muda-se com a família para São Luís, vindo residir na Rua dos Afogados; como todo jovem da época, dedica-se ao futebol de meia, jogado na rua; nos anos 50, funda o Brasil Futebol Clube, ao lado de Aziz Tajra, Reinado Bandeira, José Reinaldo Tavares, Coronel Vieira, e outros; o time foi fundado para disputar um torneio de bairro, no campo do Santa Isabel; outra equipe fundada na mesma época foi o Maguary, para disputar os torneios de Basquete; em 195(2?) está no Maristas, onde disputava além de futebol de campo, basquete, atletismo – era velocista, disputando as provas de 100, 200 e revezamento 4×100 metros; mais tarde passa a disputar também o futebol de salão; 1955 – fez parte da seleção maranhense que disputou o Juvenil de Basquete, em Guaratinguertá-SP; a equipe era formada pelos irmãos Mauro e Miguel Fecury, Alcir Zeni, Denizar Almeida, Jesus Itapary, Poé, Canhotinho, Dílson , João Botão, além de Roberto Babão; o técnico era o capitão Carlos Alberto Alves; ao retornar de Guaratinguetá, passa a jogar Basquete pelo Moto Clube, que já contava com Reinaldo Bandeira, Dílson Guabirú, Candido, Aziz Tajra, João Botão; 1956 – convidado para a seleção maranhense de futebol amador jogava pelo Santos, de Jaffé Mendes Nunes, ao lado de, dentre outros, Nonato Cassas, Canhotinho, Biné Moraes, etc.; no Futebol de Salão, jogou pelo Sparta, sendo campeão ao lado de Cafetão, Milson Cordeiro, Inésio, Parú, Milson Coutinho, Constancio, Ferdic; 1963 – já no Rio de Janeiro, foi campeão carioca de futsal no campeonato dos industriários, pela Coca-Cola; 1967 – campeão brasileiro de futsal dos industriários, pela Good-Year
SÉRGIO PATELO SALDANHA – Chedão, Shedão, Xedão - 1956 funda o Guanabara, junto com o irmão Roberto e os amigos Mauricio, seu Riba, Costa, Jayrom Guimarães, Klauss e Herberth Pflüger, Zé Roberto e Zé Augusto Lamar, Manteiga (José Antonio Ferreira e Silva), Nascimento e Tobias; para jogar futebol de campo na várzea; em maio de 1957 o Guanabara muda o nome para Drible; Klauss Pflüger, um dos jogadores, representava essa marca de material esportivo em São Luís e doou uma equipagem para a equipe, com a condição de divulgar a marca; surge a mais emblemática equipe de futebol de salão do Maranhão, que sobreviveu até 1972; a formação- só de fundadores, era: Pangaré, Chedão e Schalcer, Manteiga e Guilherme; Roberto era reserva; mais tarde, juntaram-se Mota, Luisinho e Lobão (José de Ribamar Lobão Filho); o maior adversário do Drible foi o Cometas, derrotado na conquista do primeiro título, em 1966.
CLUBE RECREATIVO JAGUAREMA – 1953 – fundado em 03 de fevereiro, pelo médico pediatra Orlando Araújo, com o objetivo de lazer, esporte, divertimento e um local para congregar pessoas da sociedade maranhense. Orlando, e os amigos, estavam cansados de praticar o voleibol na praia.
GRAÇA ARANHA ESPORTE CLUBE – 1952 – fundado pelos irmãos Andrade, com a primeira sede localizada na Rua Graça Aranha, em casa de Mero Preto. Seu primeiro presidente foi Manoel Andrade. 1954, Manoel Andrade deixa o clube, assumindo o cargo Joaquim Casanovas Anglada. Nesse mesmo ano, convidou Albino Travincas (nascido em São Luís, em 1º de novembro de 1924) para dirigir o GAEC, função que exerce até sua morte. Na corrida rústica, o destaque era Reinaldo Pinto Carneiro, que conquistou vários títulos e representou o Maranhão na tradicional Corrida de São Silvestre – organizada, as eliminatórias, pelos jornalista Nonato Masson e depois, por Dejard Ramos Martins.
GREMIO “8 DE MAIO” 1931 – data de sua fundação – Histórico: fundado estudantes do Liceu Maranhense, liderados por Tarcísio Tupinambá Gomes. Como entidade representativa dos estudantes junto à direção do Liceu, foi um fracasso, por falta de interesse da rapaziada, que só queria se divertir. Mas os outros fundadores, dentre eles Paulino Rodrigues de Carvalho Neto e Dílio Carvalho Lima resolveram levar o Grêmio para o esporte, com o intuito de jogar Voleibol, pois as opções de esportes para os jovens da época eram, além do futebol, o voleibol. O pessoal do “8 de Maio” também se envolvia com o Basquetebol. 1938 – O grupo representou o Maranhão em um Campeonato Brasileiro de Basquete disputado em Belém do Pará; viajaram de navio. 1942 – Paulino largou tudo em 1942, deixando o Grêmio “8 de Maio” para a nova geração, liderada por Rubem Goulart e Zé Rosa…
OS JOGOS DAS DÉCADAS DE 1950-60: Carlos Vasconcelos x Mary Santos
Nas lembranças de Dimas, lá pelos anos de 1955/56, o Maranhão tinha um Basquete muito bom, com Rubem Goulart, Ronald Carvalho, Fabiano Vieira da Silva, Cláudio Alemão, aquele pessoal do “Oito de Maio”, dos “Milionários”, mas só adulto, a nível de colégio mesmo, não tinha nada, só de adulto, porque vinham terminado o Colégio e continuaram em faculdade, em clubes, em quartéis; muitos serviram o Exército – eram as experiências vindas de fora, não era como hoje que os esportes do Maranhão vem tudo do colégio -, naquela época não, está o inverso hoje… (DIMAS, entrevistas).
Em meados da década de 1950, o Dr. Carlos Vasconcelos, então delegado do MEC no Maranhão, especializado em Educação Física, começa a promover os “Jogos Intercolegiais” – 1956. Nas lembranças do Prof. Emílio, durante esses jogos, é que o Batista conquistou seu primeiro título – em voleibol -; esses Jogos eram disputado no Cassino Maranhense. O Prof. Emílio lembra de um resultado em Basquete – cujo professor era Rubens Goulart – 1x 0 -, perdido para o Colégio de São Luís.
1949 – A Federação Acadêmica Maranhense de Esportes – FAME – é fundada em 04 de julho, por Ronald da Silva Carvalho, seu primeiro presidente. Seu segundo presidente foi José Antonio Almeida e Silva (Anjinho). 1950 – Participação do Maranhão nos Jogos Universitários realizados em Recife – PE; essa participação foi irregular, devido à FAME não estar regularizada junto à CBDU. 1951 – Ronald da Silva Carvalho, acadêmico de Direito e diretor de esportes do Diretório dos Estudantes, funda a Associação Atlética da Faculdade de Direito da UFMA, a fim de regularizar e legalizar a Federação Acadêmica de Esportes – FAME – junto à CBDU; funda, ainda, as Atléticas dos cursos de Odontologia e Farmácia, ligando-os à FAME. Naquela época, os atletas eram polivalentes e competiam em mais de uma modalidade, a exemplo de Mauro Bezerra (sic), Nelson Fontinha, Evandro Bessa, Carlos Guterres, Lino Castelo Branco, Alim Maluf, e muitos outros; 1952 – Participação nos JUB´s de Belo Horizonte; 1955 – São realizados os Jogos Universitários do Norte e Nordeste, em São Luís, com a participação dos estados do CE, PI, PA, AM, além do MA, sendo disputadas as modalidades de Voleibol, Basquetebol e Atletismo;
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