O Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), com apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), realizará, na próxima terça-feira (6), a mesa-redonda “Fundação de São Luís: 404 ou 400 anos?”. O evento é uma homenagem ao aniversário de São Luís e discutirá se a capital maranhense foi fundada por franceses ou portugueses, tema que divide pesquisadores e historiadores.

 

 

A principal tese é da fundação francesa, considerada a versão oficial, que começou a circular no começo do século XX, a partir de estudos do professor e historiador José Ribeiro do Amaral.     Ele atribuiu a fundação à expedição liderada pelo fidalgo francês, Daniel de La Touche, que tinha a intenção de explorar o Novo Mundo. Ao chegar à cidade, em 1612, os franceses participaram de uma missa  celebrada por padres capuchinos e, em seguida, construíram um forte na cidade, hoje localizado no Palácio dos Leões, sede do Poder Executivo Estadual.     A outra tese, a da fundação portuguesa, afirma que a construção da cidade ocorreu após a expulsão dos franceses e índios, em 1614, na Batalha de Guaxenduba, comandada por Jerônimo Albuquerque Maranhão. Em 1616, é iniciada a colonização portuguesa, quando a cidade teria sido fundada por Jerônimo de Albuquerque Maranhão, por ordem da Corte de Madri.     Segundo o presidente do IHGM e diretor de Cultura do Sinproesemma, Euges Lima, essa controvérsia deverá agitar os debates na próxima terça, 6, a partir das 14h, no Auditório do IHGM, localizado na Rua de Santa Rita, 230, Centro, próximo às Lojas Americanas.       O evento contará ainda com a participação especial do 9º neto de Jerônimo de Albuquerque, Paulo de Albuquerque Maranhão. Também haverá a inauguração do acervo do professor José Caldeira e o relançamento do livro Dois estudos: Os discursos de Japi-Açu e Momboré-Uaçu e Vadiagem no Maranhão, 1800 – 1850, obra também do professor José Caldeira.    

 

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