Os grandes nomes dos JEM´s
Grandes nomes dos jogos escolares, como Carlos Tinoco, Paulão, Gilmário Pinheiro, o Gil, se destacaram como atletas pelo Colégio Marista. Logo depois vieram Biguá e Dimas, que trabalharam como colaboradores no Handebol e Ginástica respectivamente.

Tenho acompanhado as noticias sobre os JEMs em algumas mídias da cidade - impressa - com os seus boletins especiais.

Deparei-me com a nota acima e acredito que tenha havido uma inversão. Primeiro, Dimas e Ginástica - Dimas já era professor - desde 1952, quando terminou a Escola de Educação Física do Exército; voltou para São Luis na década de 50, começando sua carreira de professor, fora do Exército. No final dos anos 60 e inicio dos 70 envolveu-se com os esportes e o ressurgimento dos jogos escolares, junto com Cláudio Vaz.

Paulo e Carlos nessa época, eram estudantes e atletas… alunos de Dimas, quem lhes deu as primeiras  oportunidades, junto com o Prof. Geraldo Mendonça, a atuar como professor. Depois, foram cursar educação física… São, portanto, ‘filhos’ de Dimas…

Quanto à Biguá, chegou por aqui como árbitro, ficou como atleta, e não mais retornou a São Paulo… Na mesma época em que Carlos e Paulo… logo, foram contemporâneos… não vieram antes de Biguá…

Gil veio depois, também como atleta do Volei - embora um grande atleta, tinha um grande defeito: ao cortar, fechava os olhos e não sabia para onde a bola estava indo… depois de fazer carreira aqui, como atleta, foi (acho que) para Rondonia (ou seria Roraima?) onde fez carreira como técnico. Retornou à alguns anos ao Maranhão, já como técnico e gestor do esporte. Contemporâneos Carlos, Paulo, Biguá e Gil, como atletas…

Conto, o que ví e vivi…

1972 o Basquetebol a nível maior, era o juvenil; para o Campeonato Brasileiro de Juvenil, Dimas foi chamado para ser o técnico da Seleção Maranhense que ia para Brasília disputar o Campeonato Brasileiro “o Basquetebol era de juvenil, então eram aqueles meninos daquela época que jogavam tudo, jogavam volei, jogavam futebol, jogavam basquetebol, que era aqueles mesmos, era Gafanhoto, Paulão, Carlos, Phil, esses eram tudo… os Ninas. Então eu fui para Brasília, como técnico com esse pessoal…”; a equipe era formada por Paulo e Carlos Tinoco; Hermílio e Zeca Nina; Olivar e Álvaro Leite; e contava ainda com Zé Costa, Luis Fernando, Phil, Raul Goulart, Albino Lindoso (cunhado dos Ninas).

- A ETFM conquista o campeonato de basquete dos FEJ

1974 A ETFM conquista o Vice-campeonato Brasileiro de Basquetebol, nos JEBEM, disputados em Natal, com Gafanhoto, Hermilio, Paulão, Pintinho, Zé Costa, Albino, Paul Goulart, Carlos Tinoco, Felipe;  e o campeonato maranhense, dos FEJ- JEBs – São Paulo – campeão do torneio consolação – 9º. Lugar no geral;- Campeonato Brasileiro Juvenil – Natal-RN – 6º. Colocado Hermílio Nina é convocado para a Seleção Brasileira Juvenil

1975 A ETFM conquista o campeonato brasileiro de Basquete, dos IV JEBEM, disputados em Campos-RJ, com Hermilio, Gafanhoto, Paulão, Albino, Binga, Pintinho, Felipe, Marcio Tanajura, Nogueira, Elinaldo, Beleleu, Zé Costa;

DÉCADA DE 80 - [após as décadas de 50 a 60, da geração de 53; e a década de 70, da geração JEMs e da geração de ouro da ETFM] destacam-se as equipes do colégio Meng – dirigida por Carlos Tinoco (Murilo, Leandro, Fernando, Eduardo, Zé Paulo, Chiquinho, Jovino, Celso, Mariano, etc), pela equipe da ETFM/CEFET-MA, dirigida por Reinaldo Conceição da Cruz – Beleleu –(Gersão, Gersinho, Espirro, Negão, etc); e Dom Bosco;- Carlos Tinoco ressalta que neste período pós-geração de ouro da ETFM, apenas as duas equipes – Meng (dirigida por Carlos e depois o Dom Bosco)  e ETFM (dirigida por Beleleu) – se destacaram; depois disso, as gerações masculinas passaram por um grande hiato de resultados expressivos, talvez por falta de investimentos por parte das equipes – escolares ou federadas – e, principalmente, pela parada prematura dos componentes das gerações de ouro – 50/60 e 70 – ocasionando uma falta de “espelho” as gerações posteriores – entre-safra?.

PERÍODO DE 1969 A 1971- Pedro Neiva de Santana assume o Governo do Estado do Maranhão; seu filho, Jaime Manoel Tavares Neiva de Santana – Jaime Santana – é destacado desportista, [da Geração de 53], atleta de basquetebol e voleibol;- Cláudio Vaz dos Santos – [o Cláudio Alemão, líder da Geração de 53] – assume o Departamento de Educação Física, Eesportos e Recreação - DEFER -, [a convite de Jaime de Santana, então secretário de governo de seu pai, Governador do Estado];

- José Alberto Belfort de Moraes Rego [Geografia] assume a presidência da Federação Maranhense de Basquetebol;

- Joaquim Itapary [outro jovem da Geração de 53] assume a Superintendência de Desenvolvimento do Maranhão – SUDEMA;

- chega ao Maranhão o técnico Francisco Cunha – o Chico Mineiro, com uma história vendedora no basquetebol nordestino – trazido pelo Governo, através da SUDEMA, para dirigir a Seleção Maranhense Adulta Masculina, que iria disputar o Campeonato Brasileiro da categoria, em Porto Alegre-RS; Chico traz junto jogadores oriundos do basquetebol paraense: Nelson Maves, Pelé, Cabeça [mais tarde, vai ser diretor da ETFPa] e Cláudio Dias; que juntos com os maranhenses vão representar o Estado no Campeonato Brasileiro Adulto; dentre outros, enfrentaram o quinteto paulista formado pela geração bicampeã mundial, Wlamir, Amaury, Rosa Branca, Sucar, Ubiratan,etc.;

- Chico Cunha também dirige a Seleção Juvenil, no Campeonato da categoria realizado na Bahia – Gafanhoto, Hermínio, Ricardo Murad, Elisaldo, Moura, Zena Nina, Zé Costa…;

- chegam ao Maranhão os irmãos Paulo e Carlos Tinoco, vindos do Pará; o pai, oficial da Aeronáutica, fora transferido para São Luís, vindo assumir a Secretaria de Segurança Pública e o Departamento Estadual de Trânsito,no final do Governo Sarney; os irmãos eram atletas de voleibol e basquetebol, além de praticarem outras modalidades – natação, atletismo, judô, tênis de mesa;- chega ao Maranhão o cearense Dirceu Costa Lima, oficial do Exército, que passa a dirigir as seleções maranhenses masculinas de basquetyebol, além de jogar pela mesma na categoria adulta;

- o Prof. Dimas – Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo - assiste aos Jogos Escolares Brasileiros – JEBs – de Belo Horizonte, convidado pelo também maranhense Ary Façanha de Sá; ao voltar de Belo Horizonte, apresenta seu relatório ao então recém nomeado diretor do DEFER, Cláudio Vaz dos Santos; desses Jogos, Dimas voilta apaixonado pelo Handebol e pela Ginástica Olímpica, e é considerado seu introdutor e maior incentivador no Estado;

Período de 1971 a 1973- começa uma nova fase do esporte maranhense; é criada a Coordenação de Desportos, sob o comando de Cláudio Vaz dos Santos; são criadas as “Escolinhas de Esportes” no Ginásio Costa Rodrigues [iniciativa de Cláudio Vaz dos Santos, assessorado por Dimas]; eram professores dessas escolinhas, além de Dimas (Ginástica Olímpica e Handebol); Cel. Alves (Voleibol e Basquetebol); Prof. Rinaldi Maia (Basquetebol e Futebol); Profa. Dagmar (Basquetebol); Profa. Zezé;

- é realizado o I FEJ – Festival Esportivo da Juventude -, em São Luís [a partir do terceiro, e por analogia com os JEBs, muda o nome para Jogos Escolares Maranhenses – JEMs]; os FEJ tiveram duas edições,com o Colégio de São Luís como campeão geral; dentre outras modalidades, foi campeão de voleibol e basquetebol, tendo os irmãos Tinoco (Paulo e Carlos) e os irmãos Leite como atletas em várias modalidades, além das duas;

- chega ao Maranhão Dagberto Taranto, carioca de Olaria, subúrbio do Rio de Janeiro, onde dirigia o time do mesmo nome; junto o técnico Heleno, que dirigiu a Seleção Maranhense juvenil no Campeonato Brasileiro da categoria, realizado em Fortaleza-CE;

- O Maranhão vai participar pela primeira vez dos Jogos Escolares Brasileiros – JEBs -, realizados em Maceió-AL, no mês de julho;

- a Seleção Maranhense Feminina é formada por alunas provenientes das Escolinhas da modalidade, dirigidas pelos Professores Cel. Alves e Dagmar; essa seleção foi dirigida por Sérgio Schicchet, paranaense chegado ao Maranhão para trabalhar com Basquetebol; dirigiu a seleção maranhense no Campeonato Brasileiro realizado em Maringá-PR e no JEB´s de Brasília, em 1973; essas seleções contaram com: Ivone, Telma, Fátima, Rosangela, Venina, Rosa, Cleuse, Fátima Diniz, Lúcia Pereira;

- esse ano (73) foi o último de Carlos Tinoco como atleta; a partir do ano seguinte passa a dirigir as seleções de basquetebol femininas do Estado;

- forma-se pelas mãos do Prof.  Luis Gonzaga Braga, da Escola Técnica Federal do Maranhão – ETFM, hoje CEFET-MA – [um dos criadores dos JEBEI e JEBEM] a melhor equipe de Basquetebol Masculino estudantil que o Maranhão já teve: Gafanhoto; Binga; Carlos Tinoco; Paulo Tinoco; Hermínio Nina; Raul Goulart; Albino; Elinaldo Baldez; Elinaldo Magrão; Nogueira; Sultão; Zé Costa, dentre outros; essa equipe foi dirigida, em 74, nos Jogos Brasileiros do Ensino Médio [JEBEM – Natal-RN] por Dirceu Lima, e sagraram-se vice-campeões brasileiros; em 75, dirigida por Sérgio Schicchet, nos jogos de Campos-RJ foram campeões brasileiros, em uma final eletrizante contra a equipe de São Paulo, que tinha em sua equipe jogadores da seleção brasileira das categorias afins; esta equipe, montada em 73, ficou invicta regionalmente durante quatro anos, dirigida pelo Prof. Furtado.

1974 EM DIANTE

Paulo Roberto Tinoco Silva 

- o Basquetebol feminino pode ser dividido em dois períodos bem distintos; o primeiro, o da iniciação, das escolinhas e das primeiras seleções que começam a disputar fora do estado [período anterior, 1969 a 1973];

em 1974, Paulo Tinoco assume as equipes femininas, e dá uma nova dimensão à categoria, tratando de expandir os locais de prática [para além das escolinhas do Costa Rodrigues], ao mesmo tempo em que procura aumentar o número de técnicos em atuação; começa a convidar jovens estudantes de diversos colégios que se destacam por seu biótipo e “jeito” (olhômetro) que andavam pela Rua Grande – verdadeira passarela dos estudantes, da época, como os shoppings centers de hoje – alunas do Santa Teresa, Maristas, Liceu, São Luís, Rosa castro, Zoe Cerveira, etc., e mesmo de colégios mais afatastados - – Batista, São Vicente, CEMA, Gonçalves Dias, etc.-, sempre davam um jeito de comparecer à passarela da Rua Grande; da geração anterior, menos de 10% foi aproveitada; e a partir daí passou a ser formada a base da primeira das gerações que viriam a seguir;

- quanto aos técnicos; Paulo fazia uma clínica com duração de 30 dias de iniciação/massificação em determinado colégio e convidava um atleta e/ou ex-atleta para continuar o trabalho como assistente [seguindo os exemplos da Ginástica Olímpica (Dimas) e do Handebol (Laércio)]; à época, dirigia as equipes do Colégio dos Maristas; foi assim como a equipe do Santa Teresa (Hermílio Nina); Rosa Castro (Antonio Carioca); São Vicente (Alfinete e Tentativa); no Liceu, nãolembra quem ficou;

- dessa forma, aumentou o número de praticantes e técnicos, massificando a modalidade e daí surgiram os talentos, naturalmente; essas atletas que se destacam, eram convocadas para as seleções permanentes, da modalidade, com treinamento o ano todo no Ginásio Costa Rodrigues, dirigidospor Paulo e alguns assistentes;- depois dos Maristas, Paulo foi para o Meng, levando Josemar Prazeres como assistente;no Batista, seus assistentes foram Mauricio, no Masculino (filho de Dimas) e Betinho, no Feminino, sendo os dois efetivados como técnicos, com a ida de Paulo Tinoco para a Seleção Brasileira (Mundial da Coréia, 1979) e para a Prudentina, de São Paulo;

- João de Sousa Bezerra foi seu melhor assistente, destacando-se como técnico do Liceu Maranhense e dos Maristas, quando efetivado. 

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