Ao abrir os jornais de hoje, numa coluna denominada “Esporte na Segunda”, ao ler que os dois maiores (sic) times (e não clubes…) de futebol profissional (será?) haviam sido eliminados do 1o turno, pensei: “Esporte de Segunda”…
Creio que o jornalista responsável pelo esporte no dito jornal deveria repensar o título de sua coluna, pois só trata de futebol, e do profissional (sic).
Pensava em escrever algo, mas o meu bom José de Oliveira Ramos se adiantou e, ao abrir a correspondencia matinal, lá estava seu comentário – como sempre, lúcido!!! Vamos ao textículo:
Isso pode dar bode!
Quatro jogos realizados no fim de semana encerraram a fase classificatória do primeiro turno do Campeonato Maranhense de Futebol. Ao final, os dois times (com certeza não são clubes) mais populares do Estado, por pura incompetência técnica, estarão fora das duas fases seguintes para que seja conhecido o campeão do turno.
No sábado, Moto e MAC jogaram em São Luís, promovendo a reabertura do estádio Nhozinho Santos, sem uso há muito tempo. Três gols relâmpago decidiram o jogo. O Quadricolor (também conhecido como “Bode Gregório”) abriu o marcador através do pindareense Gabriel. Três minutos depois, Paquetá empatou para o Moto. Mas tudo ficou decidido quando Naô acertou um belo chute de fora da área e recolocou o time maqueano mais uma vez na frente no placar.
A vitória atleticana foi confirmada ao final do jogo e, junto, veio também a classificação para as semifinais, confirmando o início da montagem do time que está sendo preparado para as disputas do Campeonato Brasileiro da Série D. Em Barra do Corda, o Cordino derrotou o Americano e também confirmou a classificação para as semifinais.
Na tarde de hoje (domingo) a rodada foi concluída com mais dois jogos. No estádio Castelão, mais uma vez realizando apresentação aquém das suas reais possibilidades, o Sampaio Corrêa não passou de um empate (1 a 1) diante do Imperatriz e desperdiçou a chance de classificação. No estádio Dário Santos, em São José de Ribamar, o São José recebeu o Santa Quitéria e, depois de estar vencendo por 2 a 0, permitiu o empate em 2 a 2. Com esse placar, conseguiu se classificar para a próxima etapa da competição estadual.
INCOMPETÊNCIA – Demonstrando total incompetência e desalinhamento nas suas diretrizes, os dois times de maiores torcidas do Estado não souberam realizar um planejamento na tentativa de aproveitar duas competições do calendário oficial (Copa do Brasil e Copa do Nordeste) e ainda causaram decepção aos seus torcedores, aos serem eliminados, também, da competição estadual.
Ao final da primeira quinzena do terceiro mês do ano, os dois times já trocaram de Treinador, numa tentativa de blindar os dirigentes responsáveis pelas contratações equivocadas para formação do elenco. A cada contratação a evidência de mais um erro cometido. Agora só lhes resta esperar o início do segundo turno do Campeonato Estadual e o prosseguimento do encaminhamento da montagem do time para as disputas da Série C. Não se vê na linha do horizonte, nenhuma possibilidade de acerto no futuro.
INTERIOR PREDOMINA – Disputado por oito times em dois turnos, o Campeonato Maranhense está apresentando neste ano de 2017, um regulamento estranho e capenga. Em vez de repetir as disputas dos anos anteriores, já se permite perceber que apenas um time será rebaixado (e, pelo que está desenhado, esse time será o Americano).
Mas, o detalhe que chamou atenção na disputa deste primeiro turno, foi o fato de que, entre os oito disputantes, 5 são originariamente do Interior do Estado (Imperatriz, Cordino, São José, Santa Quitéria e Americano) e apenas 3 da Capital. O Americano, embora “mande” seus jogos em São Luís, é originariamente de Bacabal. O São José, com domicílio em São José de Ribamar, também é considerado time interiorano (Região Metropolitana de São Luís).
O detalhe se torna mais importante, quando se olha que, entre os quatro (Cordino, Maranhão, Imperatriz e São José) classificados para as semifinais do Estadual, três (Imperatriz, Cordino e São José) são do Interior do Estado.
Os quatro semifinalistas estão no mesmo nível técnico, embora Imperatriz e MAC sejam considerados times “grandes”. O MAC, único time da capital, vai enfrentar o Imperatriz em Imperatriz, em jogo único para ser conhecido um finalista; o Cordino vai receber o São José em Barra do Corda.
A tarefa mais complicada será a do MAC. Terá que lutar por uma vitória em Imperatriz para chegar à final. Se o Cordino derrotar o São José, em Barra do Corda, o MAC terá que enfrentar o Cordino, mais uma vez fora dos seus domínios, em Barra do Corda na decisão do primeiro turno. (JOR).
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