Teatro n’Água
“LENDAS DO MARANHÃO”
por
Leopoldo Gil Dulcio Vaz
Beto Bittencourt
A Jomar Moraes
1. narrador – velho de barbas e cabelos longos, branco, vestido com um traje branco (tipo monge beneditino, com o capuz sobre a cabeça)
– aproxima-se do púlpito, em passos lentos, carregando um grande livro. Cabeça encoberta e baixa, sem deixar ver o rosto: deposita o livro e começa a narração
2 – começa a narrar a lenda de D. Sebastião.
– Preparativos dos soldados e dos navios para atravessar o mar e a travessia
– desembarque em África
soldados se dirigem para o local da batalha, onde os mouros já esperam -encontro com os mouros
os dois exércitos acampam (sentam) frente a frente, aguardando a hora da batalha
ao surgir do dia, o Rei e o Califa se colocam de pé, frente a frente e conclamam seus soldados
as duas tropas travam a batalha, caindo um a um metade dos soldados portugueses
abre-se um claro, e o Rei e o Califa duelam
o Califa atinge D. Sebastião
(as Filhas da Lua entram em cena, e cobrem D. Sebastião com um imenso pano branco, que é agitado, lembrando os movimentos das dunas sob a ação dos ventos – dunas do deserto africano … )
os soldados portugueses baixam a cabeça e se retiram para seus navios, carregando os feridos e mortos e voltam a Portugal
D. Sebastião entra em um navio, acompanhado por um soldado, e se dirige para o outro lado
– D. Sebastião sozinho, com o soldado, atravessa o mar-oceano vindo dar nas costas do Maranhão
– Filhas da Lua dançando, com o pano branco, agitando-o como se fosse os movimentos das dunas dos Lençóis, quando o navio chega ao Maranhão:
– o Rei, ao desembarcar em terra, se transforma em um Touro, e desaparece nas dunas, sob o olhar das dançarinas,
– (o Touro permanece sob o pano branco enquanto as dançarinas executam o tambor de mina)
o Touro sai debaixo do pano e desaparece
encerra ……
Manguda
– UM HABITANTE DE SÃO LUÍS COMENTA:
Sousândrade, caminhando pelas ruas, a resmungar
– Sousândrade e comerciantes conversando, em uma roda
Sousândrade
– Sousândrade – do alto, olhando para o mar e gritando
– um negro sendo vestido com a pele da manguda
– MANGUDA A CORRER E A ASSUSTAR AS PESSOAS enquanto isso, um escaler se aproxima e escravos começam a descarregar caixas e fardos com o contrabando
–
ANA JANSEN
– Ana açoitando os escravos
– Ana sentada em uma cadeira e um rico senhor entra puxando uma escrava pelos cabelos e oferecendo a Donana
– escrava jogando-se aos pés do senhor, chorando, e agarrando-se às botas
Donana dirigindo-se ao fazendeiro e apontando para a escrava deitada no chão, com a cabeça apoiada nas botas do fazendeiro
– escrivão entra na sala, senta-se com o livro no colo, o abre e começa a escrever:
Donana, falando para a escrava
– carruagem percorrendo as ruas
LENDA DA SERPENTE
– ressurge o Touro Encantado, já sem a estrela na testa e D. Sebastião a seu lado, conduzindo a serpente
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NARRADOR –
SÃO LUÍS DO MARANHÃO FOI ELEVADA À PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE.
A VIVA ÁGUA, DESDE O ANO PASSADO, QUANDO CONTOU A HISTÓRIA DA OCUPAÇÃO DE NOSSA ILHA ENCANTADA, INTEGRA-SE AO ESFORÇO DE RESGATAR NOSSAS TRADIÇÕES.
NOSSO TEATRO N´ÁGUA APRESENTA
“ LENDAS DO MARANHÃO “ –
E APROVEITA A OPORTUNIDADE PARA HOMENAGEAR UMA DAS MAIS DESTACADAS FIGURAS DE NOSSO RICO PATRIMÔNIO CULTURAL:
O ACADÊMICO JOMAR MORAES.
AUTOR CONSAGRADO, PROFESSOR EMÉRITO, ADVOGADO BRILHANTE, CRÍTICO LITERÁRIO, CONHECE COMO POUCOS NOSSA SÃO LUÍS, SUAS LENDAS, SEUS COSTUMES.
FOI EM SEU LIVRO, GUIA DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO, QUE BUSCAMOS INSPIRAÇÃO:
PROFESSOR JOMAR, NOSSAS HOMENAGENS, NOSSO MUITO OBRIGADO.
NARRADOR
– ESTE É O LIVRO DA VIDA. NELE TOMAMOS CONHECIMENTO DOS ACONTECIMENTOS PASSADOS.
– VAMOS NARRAR AS LENDAS DO MARANHÃO – AS LENDAS DE NOSSA ILHA ENCANTADA
– HÁ MUITOS ANOS ATRAS, HAVIA EM PORTUGAL UM REI CHAMADO SEBASTIÃO.
ELE SONHAVA EM SER UM GRANDE CAVALEIRO, E COMBATER OS MOUROS NAS CRUZADAS.
MAS AS CRUZADAS JÁ NÃO MAIS HAVIAM.
A PENÍNSULA IBÉRICA – PORTUGAL E ESPANHA – JÁ ESTAVAM LIVRES DO JULGO MUÇULMANO.
SEBASTIÃO SONHAVA EM CONQUISTAR NOVAS TERRAS PARA A IGREJA E PARA A RELIGIÃO CATÓLICA.
CONVENCE AO PAPA DE INVADIR A ÁFRICA E EXPULSAR OS MOUROS PARA MAIS ALÉM. SEBASTIÃO TEM SUA CRUZADA. E PARTE PARA A ÁFRICA, ATRAVESSANDO O MAR
NARRADOR – VAI COMBATER AOS INFIÉIS. VAI DUELAR CONTRA OS MOUROS
NARRADOR – SEBASTIÃO, REI DE PORTUGAL, DESEMBARCA NO NORTE DA ÁFRICA, EM ARCILA E AVANÇA POR TERRA ATÉ O LOCAL DA BATALHA.
OS PORTUGUESES, GRANDES NAVEGADORES, DEIXAM AS ONDAS DO MAR PARA ENFRENTAR AS ONDAS DE AREIA, O DESERTO AFRICANO
ACAMPAM EM ALCÁCER QUIBIR
NARRADOR – AS TROPAS PORTUGUESAS SÃO COLOCADAS À VISTA DOS ADVERSÁRIOS
OS MOUROS FORMAM UM EXÉRCITO DE – 30 MIL HOMENS E 40 MIL GINETES A BATALHA TEM INÍCIO….
D. SEBASTIÃO: – EM NOME DA SANTA AMADA IGREJA CATÓLICA POR CRISTO PELO PAPA POR VOSSO REI, VAMOS À BATALHA ! MORTE AOS INFIÉIS!!!!
CALIFA: POR ALÁ, MORTE AOS INFIÉIS !!!!
NARRADOR: – D. SEBASTIÃO MORRE …
OS PORTUGUESES NÃO ACHAM O CORPO DE SEU SOBERANO …
NARRADOR: – D. SEBASTIÃO ESTARÁ EM PODER DOS ÁRABES ???? NARRADOR: – PARTE DA NAÇÃO PORTUGUESA TEM ESPERANÇA QUE O REI SE SALVARA, PASSANDO A VIVER OCULTO E PENITENTE
– OUTROS, ACREDITAM QUE TENHAM CAÍDO EM PODER DOS MOUROS E AGUARDAM O PEDIDO DE RESGATE.
NARRADOR: – O REI TERIA ESCAPADO AOS MOUROS ???
TERIA CONSEGUINDO UM NAVIO E A CAMINHO DE SUA AMADA PORTUGAL, SE PERDIDO NO MAR-OCEANO, E SE DIRIGIDO PARA AS COSTAS MARANHENSES ???????
NARRADOR – NESTA ILHA TEM UM MISTÉRIO …
NARRADOR: – NO DIA 24 DE JUNHO, DIA DE SÃO JOÃO, À MEIA-NOITE APARECE NAS PRAIAS DA ILHA DOS LENÇÓIS UM TOURO NEGRO, DEITANDO FOGO PELAS NARINAS E COM UMA ESTRELA ALVINENTE À TESTA
– É D. SEBASTIÃO ENCANTADO
NARRADOR: – EM CIMA DAQUELE MORRO EU VÍ RAIOS DE SOL EM CIMA DAQUELE MORRO É O REI DO LENÇOL
NARRADOR:
– QUEM NÃO OUVIU FALAR DE SOUSÂNDRADE ????
JOAQUIM DE SOUSA ANDRADE FOI UM RICO FAZENDEIRO QUE NÃO ACREDITAVA NA ESCRAVIDÃO.
POETA FAMOSO, ESCREVEU O “GUESA ERRANTE” – UM POEMA MODERNO, ESCRITO CINQUENTA ANOS ANTES DA SEMANA DE 22.
ABOLICIONISTA, LIBERTOU SEUS ESCRAVOS ANTES DA ABOLIÇÃO.
POPULAR: – UM ESCÂNDALO, COMO UM GENTIL HOMEM PODE VIVER SEM ESCRAVOS ??
NARRADOR:
SOUSÂNDRADE VENDE SUAS TERRAS, EM ALCÂNTARA E PARTE PARA UMA LONGA VIAGEM AO REDOR DO MUNDO, VIVENDO LONGO TEMPO NOS ESTADOS UNIDOS.
AO RETORNAR AO MARANHÃO, LUTA PELA REPÚBLICA.
FOI NOSSO PRIMEIRO PREFEITO.
JÁ VELHO, SEM RECURSOS, PERAMBULA PELAS RUAS A RESMUNGAR:
SOUSÂNDRADE: – ESTOU A COMER PEDRAS !
NARRADOR: -SEM RECURSOS PARA VIVER, SOUSÂNDRADE VINHA VENDENDO AS PEDRAS DO MURO DE SUA CASA PARA COMPRAR COMIDA. DAÍ DIZER A QUEM ECONTRAVA E PERGUNTAVA COMO ÍA, RESPONDER:
SOUSÂNDRADE: – ESTOU A COMER PEDRAS !!!!
NARRADOR: – MAS SOUSÂNDRADE TINHA UMA QUINTA (UMA ESPÉCIE DE SITIO)
– A QUINTA DA VITÓRIA (ONDE HOJE É A SOAMAR, NA BEIRA-MAR) – E LÁ ERA FÁCIL DE SE CHEGAR POR MAR…
ALGUNS RICOS COMERCIANTES, JÁ NAQUELA ÉPOCA, PARA ENGANAR O GOVERNO E NÃO PAGAR IMPOSTOS, OFERECEM A SOUSÂNDRADE A OPORTUNIDADE DE GANHAR ALGUM DINHEIRO :
– QUEREM USAR A SUA QUINTA PARA RECEBER SEUS CONTRABANDOS
– SOUSÂNDRADE CONCORDA
-MAS COMO AFASTAR O POVO, QUE CIRCULAVA PELO GENIPAPEIRO E PODERIA VER O DESEMBARQUE PROIBIDO ?????
ENTÃO SOUSÂNDRADE TEM UMA IDÉIA
SOUSÂNDRADE: – VOU CRIAR UM MONSTRO, PARA ASSUSTAR AS PESSOAS
SOUSÂNDRADE: – NAVIO AO LARGO – É HORA DO MONSTRO APARECER
SOUSÂNDRADE – JOÃO, SOLTA O MONSTRO
NARRADOR: – NAS NOITES SEM LUA, ALI NO GENIPAPEIRO UM MONSTRO RONDA AS CASAS
– É A MANGUDA
-(DESCRIÇÃO DA MANGUDA)
– CUIDADO, NÃO SAIAM À NOITE, QUE A MANGUDA PODE TE COMER
NARRADOR: – HAVIA NO MARANHÃO UMA RICA SENHORA QUE A TODOS ASSUSTAVA
– POR SER RICA, POR SER VIÚVA, POR COMANDAR OS NEGÓCIOS DE SUA FAMÍLIA
– E ISSO OS RICOS COMERCIANTES PORTUGUES NÃO PODIAM ADMITIR
– COMO PODERIA UMA MULHER CUIDAR DOS NEGÓCIOS ????
– COMO PODERIA UMA MULHER MANDAR NA POLÍTICA ?????
– SERÁ QUE QUERIA SER RAINHA ????
-ANA JANSEN, A RAINHA DO MARANHÃO
– SEUS INIMIGOS DIZIAM SER ELA MUITO MÁ
– TINHA MUITOS ESCRAVOS, PARA TRABALHAR EM SUAS FAZENDAS
– DIZEM QUE OS MANDAVA AÇOITAR POR QUALQUER COISA
– DIZEM QUE OS MANDAVA MATAR POR PURA MALDADE DIZEM…. DIZEM … DIZEM
FAZENDEIRO: – DONANA, TRAGO AQUI ESTA NEGRINHA, QUE É MUITO PREGUIÇOSA E NÃO GOSTA DE TRABALHAR – QUERO VENDER A VOSMICE
ESCRAVA – NÃO MEU AMO, PARA DONANA NÃO, POIS ELA É MÁ E PODE MANDAR ME MATAR, PELO AMOR DE DEUS, PARA DONANA JANSEN NÃO. FAÇO TUDO O QUE MEU AMO MANDAR
DONANA: – POR QUE QUER ME VENDER ESSA ESCRAVA ????
FAZENDEIRO: – POR QUE É PREGUIÇOSA. E EU DISSE QUE SE ELA NÃO SE EMENDASSE, EU A VENDERIA PARA A RAINHA DO MARANHÃO E ASSIM ELA IA VER O QUE ERA SOFRER
DONANA: – QUANTO QUER
FAZENDEIRO: – COMO É PARA A SENHORA, A METADE DO PREÇO.
NARRADOR: – MAS O SENHOR NÃO QUERIA VENDER A ESCRAVA, QUERIA APENAS ASSUTÁ-LA, AMEAÇANDO-A VENDER A DONANA, QUE TINHA FAMA DE MULHER MÁ, QUE MALTRAVA SEUS ESCRAVOS E COSTUMAVA MATÁ-LOS. NA VERDADE, QUERIA USAR A FAMA DE DONANA PARA OBRIGAR A ESCRAVA AOS SEUS CAPRICHOS.
– ANA JANSEN, PERCEBENDO AS INTENÇÕES DO SENHOR, CONCORDA EM COMPRAR A ESCRAVA E MANDA CHAMAR O ESCRIVÃO…
– ESTÁ BEM, EU LHE COMPRO A ESCRAVA, PELA METADE DO PREÇO. TOME AQUI SEU DINHEIRO E MANDE VIR O ESCRIVÃO
DONANA: – ANOTA AÍ, QUE EU ESTOU COMPRANDO ESSA ESCRAVA – E ANOTA AÍ TAMBÉM QUE A PARTIR DE HOJE ELA É LIVRE….
– PRONTO, MINHA FILHA, A PARTIR DE HOJE VOCE É LIVRE. E DIGA POR AÍ, QUANDO OUVIRES ALGUÉM DIZER QUE DONANA É MÁ, QUE É MENTIRA, POIS ELA LHE DEU A LIBERDADE…
NARRADOR: – DIZEM QUE AO MORRER, ANA JANSEN FOI AMALDIÇOADA POR SUAS MALDADADES E CONDENADA A VIVER ETERNAMENTE, COMO UM FANTASMA, A RONDAR AS RUAS DE SÃO LUIS, NAS NOITES SEM LUA
– ATÉ HOJE, SE PODE OUVIR SUA CARRUAGEM A CORRER PELA CIDADE, ASSUSTANDO A TODOS AQUELES QUE SE ATREVEM A SAIR À NOITE
NARRADOR:
– CONTAM OS MAIS ANTIGOS QUE AO REDOR DA ILHA DE SÃO LUÍS HAVERIA UMA SERPENTE DESCOMUNAL SEMPRE A CRESCER, ATÉ QUE UM DIA A CAUDA ALCANCE A CABEÇA. – – NESSE DIA, REUNINDO TODAS AS SUAS FORÇAS, E EM UM GRANDE ABRAÇO NA NOSSA ILHA ENCANTADA, A FARIA DESAPARECER NO OCEANO … – – DIZEM OS MAIS ANTIGOS QUE A CABEÇA DESSA SERPENTE ESTARIA NA FONTE DO RIBEIRÃO, A ESPREITAR, COM A SUA LÍNGUA MUITO VERMELHA SAINDO DO MEIO DOS DENTES, POR ENTRE AS GRADES – – SUA CAUDA, ESTARIA NA IGREJA DE SÃO PANTALEÃO – – SUA BARRIGA, NA IGREJA DO CARMO
– UM DIA A SERPENTE DESPERTARÁ, E DARÁ SEU ABRAÇO EM TODOS NÓS…
– E ESSE DIA SERÁ AQUELE EM QUE TODOS OS MANGUESAIS ESTIVEREM DESTRUÍDOS, PELA COBIÇA DOS HOMENS, E OS CARANGUEIJOS E PEIXES NÃO TENHAM MAIS ONDE SE REPRODUZIR,
– E ESSE DIA SERÁ AQUELE EM QUE AS DUNAS ESTIVEREM OCUPADAS PELAS CASAS DOS HOMENS, E O VENTO NÃO POSSA MAIS DANÇAR ENTRE ELAS, MUDANDO-AS AO SEU BEL PRAZER
– E ESSE DIA SERÁ AQUELE EM QUE A COBIÇA DOS HOMENS DESTRUIREM NOSSO RICO PATRIMÔNIO COLONIAL PORTUGUES,
– QUANDO NOSSOS AZULEJOS FOREM ROUBADOS, (PARA SERVIREM DE SOUVINIR PARA OS TURISTAS … ) – – ENTÃO SÃO LUÍS JÁ NÃO SERÁ MAIS A NOSSA SÃO LUÍS, – – QUANDO JÁ NÃO PUDERMOS, COM O LIVRO DO “TIO JOMAR” À MÃO, COMO NOSSO GUIA, PERCORRER SUAS RUAS, – – PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE…
– A SERPENTE SERÁ, ENTÃO, BEM VINDA, POIS NÃO TEREMOS MAIS A NOSSA SÃO LUÍS…..
– O TOURO ENCANTADO, FERIDO NA TESTA, REAPARECERÁ…
– E D. SEBASTIÃO DESENCANTARÁ, EMERGINDO, GLORIOSO, DO OCEANO, COM SUA CORTE, E COM SEUS EXÉRCITOS, TOMBADOS EM ALCACÉR QUIBIR
– E O MAREMOTO PRODUZIDO FARÁ DESAPARECER A CIDADE DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO
– PROTEJAM O NOSSO PATRIMÔNIO …
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