Do Blog do Leopoldo Vaz • sexta-feira, 20 de maio de 2016 às 10:03 http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2016/05/20/mais-um-olimpico-sem-tocha/      

KÁTIA RÚBIO ESCREVEU:  Mais um olímpico sem tocha. Que lamento.

 

 

China do Handebol  

 

 

Pierre de Coubertin e a Tocha Olímpica

 

Há algum tempo reflito sobre essa situação da tocha e dos conflitos que ela gerou com atletas que participaram de jogos olímpicos e foram preteridos por pessoas que jamais sequer suaram a camisa para correr 50 metros em algum treinamento. Não que eu seja contra a participação de outras pessoas, até porque o esporte tem como grande objetivo a integração entre as pessoas, mas é que soa como uma grande insensatez de quem fez as escolhas, preterir atletas que possuem legitimidade por ter ido aos Jogos Olímpicos e outros que trabalharam e implantaram o esporte em nosso estado.

Poderia citar meia dúzia de nomes, mas para isso precisaríamos de um chamamento público ao segmento esportivo e eleger um conselho de notáveis do esporte para indicar quem deveria legitimamente conduzir a tocha em nossa cidade.

Essa escolha foi injusta e infeliz, não com quem foi indicado, eles não têm nada haver com a escolha, foram chamados por pessoas que se julgam experts no assunto. Injusto com quem dedicou-se anos e anos, com horas diárias e exaustivas de treinamento visando representar a Pátria amada, idolatrada, salve, salve.

Bom, mas quem escolheu? Quem elegeu os contemplados para carregar a tocha olímpica em sua peregrinação pelo Brasil? Nos estados? Nas cidades? Os delegados dessa missão ouviram a população? A classe esportiva? Ou escolheram aleatoriamente pessoas em uma decisão meramente politiqueira como sempre fazem em um segmento que eles são completamente perdidos? Que legitimidade esses senhores que escolheram os condutores da tocha possuem para ter escolhido ou sequer ocupar o cargo que ocupam? Sabem das responsabilidades dos seus cargos, executam suas funções adequadamente ou ocupam as cadeiras e cargos como cabide de emprego e para justificar cargos e salários?

Fazer eventos que duram um final de semana para dar gostinho nas crianças e depois elas não terem onde praticar esporte mas que são feitos, na verdade, não com a intenção de contemplar crianças, revelar talentos no esporte ou oferecer uma melhor qualidade de vida, mas com a real intenção de saquear os cofres públicos com gorjetas para mercenários que não se preocupam com o bem que o esporte pode fazer e a revolução social que um programa realmente com caráter contínuo e participativo pode deixar, é de uma maldade cadavérica para com crianças e jovens carentes por esporte e por práticas sadias de qualquer evento de lazer. Uma falta de sensibilidade digna de ditadores como Hitler e Mussolini.
Não, senhores, eu não vou conduzir a tocha porque fui para rede social brigar para conduzir algo. Eu não fui colocado no esporte como aventureiro, não caí de paraquedas no meio esportivo, sou legítimo, o esporte faz parte de mim, tenho a minha história nas páginas do esporte nacional e internacional, o esporte faz parte do meu DNA, diferentemente de quem está de passagem por secretarias e se locupletando em cargos e desempenhando pessimamente a função que era para ser de técnicos, por pessoas que estudaram sobre o esporte, o lazer e atividade física, enfim, por quem entende de esporte e não por aventureiros incompetentes e péssimos gestores.

Esporte, não é o que tentam implantar na cabeça das pessoas. Programas reais e que deveriam ser contínuos são desativados e nem existem mais por erros sistemáticos de todos os governantes que passam e não olham o esporte com a importância que realmente tem. Com isso perdemos cada vez mais nossos jovens para as drogas, para os traficantes e corremos cada vez mais risco de morte ao sair de casa; nós, nossos amigos, nossos pais, filhos e a população em geral. Lamentável.
China, atleta da seleção brasileira olímpica de handebol em Atlanta – 1996.

TOCHA OLIMPICA 2016

 

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