“Me chamam de veado”, desabafa Caio Bonfim após 4º lugar na marcha atlética 0comentário

A falta de educação esportiva – responsabilidade de nossos professores de educação física, mormente nesses dias sombrios, em que as aulas são ministradas apenas em teoria, e uma vez por semana – e ainda, num período curto de tempo em que tivemos diversos eventos – megaeventos, diga-se – esportivos acontecendo – culminando com os JJOO…

Ao se tratar do esporte-rei, não se justifica a falta de conhecimento – e digo, também dos professores!!! a sua maioria, oriundos do mundo esportivo, em que se dedicaram apenas a uma modalidade, e, se tornando professor de educação física e esportiva, se dedicam apenas a ensinar a modalidade de que foram atletas, e olhe lá!!!

Aqui, no Maranhão, já tivemos excelentes marchadores… houve uma geração de atletas, participantes dos Jogos Escolares, que se dedicaram à Marcha Atlética; devido à esse comportamento de ignorancia e analfabetismo esportivo, os jovens não mais se dedicaram à modalidade.

Fumaça, nosso ultimo grande marchador, após abandonar as competições como atleta, passou a se dedicar à arbitragem. Neste momento, estava lá, na arbitragem dos Jogos Rio 2016.

Somos todos olimpicos… ou não?

 

“Me chamam de veado”, desabafa Caio Bonfim após 4º lugar na marcha atlética  Adriano Wilkson

Do UOL, no Rio de Janeiro – http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2016/08/12/nao-teve-um-dia-que-nao-me-xingaram-de-veado-desabafa-caio-bonfim.htm

Caio Bonfim surpreendeu o mundo do atletismo nesta sexta-feira (12) ao chegar na quarta colocação da marcha atlética masculina. A cinco segundos de estar no pódio, o brasileiro celebrou o grande desempenho e desabafou contra as críticas descabidas que recebeu.

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Na marcha atlética, o participante precisa se movimentar o mais rápido possível, mas não pode correr. Ou seja, a todo momento, pelo menos um de seus pés precisa tocar o solo. O atleta, para cumprir a regra, acaba fazendo um movimento semelhante a uma “rebolada”, o que leva aos xingamentos homofóbicos.

“Hoje em Sobradinho (DF) eu recebo muito mais incentivo, mas ainda ouço xingamentos. Eu não devo nada a Brasília, ao Brasil, nada, porque eu não tive apoio. Mas quando eu chego em casa minha família me dá apoio e eu continuo pela minha família.”

Caio, que já tinha participado de Londres-2012 e ficou em sexto lugar no último mundial, fechou a prova em 1:19:42, apenas cinco segundos atrás do australiano Dane Bird-Smith (que levou o bronze) e 28 atrás do campeão Zhen Wang (CHI).

“Dei tudo, fiz a melhor volta da minha vida”, disse ele ao ser questionado sobre se estava satisfeito com seu desempenho. “Quando você consegue dar tudo, você sai com o copo cheio, de alegria, esperança. O capitalismo vende a medalha e todo mundo quer a medalha, mas ser o quarto lugar num esporte que não é o mais popular é fantástico.”

Caio Bonfim fez uma segunda metade de prova muito forte, saindo do 22º lugar para se consolidar na quarta posição a partir do quilômetro 16.

Troca do futebol pelo atletismo

Vindo de uma família de atletas, Caio tem história longa com o esporte, mas já houve época em que corria atrás da bola.

Ele já chegou a atuar nas categorias de base do Brasiliense, clube de sua terra natal, o Distrito Federal. A experiência não foi longe, e ele preferiu a marcha atlética.

“A marcha é um esporte lindo, o mais charmoso do atletismo. Eu joguei futebol por 10 anos e troquei o esporte mais popular do país pelo menos popular. Nasci em Brasília que é o pior lugar pra jogar futebol”, brincou ele.

 

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