Para começar nossos estudos iniciaremos por aquilo que está na origem de toda a motricidade.

 

A gestação humana, o tempo de alguns meses em que vivemos no ventre materno. Se queremos compreender, um pouco que seja, o ser humano, precisamos fazê-lo do ponto de vista dos humanos, embora comparações com outras criaturas vivas possam ser úteis. Observemos que a gestação humana é muito peculiar, e bastante diferente daquela que observamos em outras criaturas.

 

A começar pelo fato de que a mãe humana, quando da gestação do bebê, passa boa parte de seu tempo em pé. Somos bípedes, portanto, sofremos a ação da gravidade como se todas as nossas coisas fossem empurradas para baixo. Isso ocorre também com o bebê humano; durante meses, é como se o bebê fosse empurrado, pressionado para sair do ventre da mãe.

 

Para aumentar esse mistério, trata-se de um feto desproporcional ao tamanho da mãe. Pode pesar entre 3 e 4 quilos, quando a mãe pesa por volta de 55 a 65 quilos mais ou menos. Ora, se compararmos isso à gravidez de outros animais, veremos que os fetos são muito pequenos em relação ao tamanho da mãe. Imaginem que, depois de nove meses, esse enorme feto empurrado pela gravidade torna impossível mantê-lo mais tempo no ventre.

 

O resultado é que ele nasce como se o fizesse antes do tempo, como se todos os bebês humanos fossem precoces. Nasce com cara de quem ainda não deveria ter nascido. Mas, como a natureza tem a mesma receita para todas as criaturas, esse nascer antes do tempo tem um sentido.

 

É importante que isso aconteça, e vamos compreender o porquê disso mais adiante, quando observarmos os primeiros movimentos da criança.

 

Vamos estudar sem pressa.

 

Na próxima postagem falaremos sobre o nascimento peculiar do ser humano e dos primeiros movimentos e sensações. Procurem refletir com paciência e fazer os comentários que julgarem necessários, sem medo, sem censuras. Todos os comentários serão acolhidos com carinho e gratidão.

 

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