Nossa gente – todos no mesmo pódio


Nacor Benedito Arouche, um mestre da árbitagem maranhense

O ano era 1968, ou, provavelmente, 1969. Regime militar, e era presidente da FCD (Federação Cearense de Desportos), o General da Reserva do Exército, Aldenor da Silva Maia, que tinha como auxiliares mais próximos, pessoas como Mário Degésio Cavalcante, Metom de Alencar e outros que a memória já não lembra.

No ano de 1967 fora instalado e começara a funcionar o primeiro Curso de Árbitros de Futebol, totalmente patrocinado pela FCD e ministrado pelo Professor (nos afazeres particulares) e também Árbitro atuante, Alzir Brilhante – um dos maiores entendedores das 17 regras da arbitragem em todo o Brasil.

Pois, naquele ano, três jovens cearenses faziam parte da turma de 22 que se formariam no que até hoje não é uma profissão regulamentada: José de Oliveira Ramos, este mesmo que vos escreve; Manoel Alves Araújo, também excelente Árbitro da modalidade Futsal; e José Leandro de Castro Serpa, então terceiro Sargento do Exército Brasileiro.

Esses três jovens se destacaram tanto que, logo no início da temporada seguinte (1968), ascenderam ao Quadro A de Profissionais da FCD.

Eis que, as ascendência dos três jovens estavam sendo motivada pela “renovação” imposta pelo Presidente Aldenor Maia e pela “necessidade de aposentadoria” do próprio Alzir Brilhante, José Tosto, Rolinha, Planicka e outros. Os três se juntaram aos não menos importantes e famosos Adelson Leite Julião, Gilberto Ferreira, José Felício Lopes, Francisco Monteiro, Francisco de Assis Pordeus Furtado e Lourálber Pereira Monteiro. Outros jovens da mesma turma formada, ascenderam também ao quadro profissional, mas para atuarem como Auxiliar de Linha.

Isso sem contar que, pelo alto nível da rivalidade existente entre os três considerados grandes (Ceará, Fortaleza e Ferroviário), mais os emergentes América, Calouros do Ar e Guarany de Sobral – Árbitros de outros estados, como Manoel Amaro de Lima, Clinamulte Vieira França, Sebastião Rufino, Armando Marques, Carlos Costa, Wilson Lopes de Souza, Romualdo Arpy Filho, José Assis Aragão eram com muita frequência convidados para apitar jogos decisivos do campeonato cearense.

E foi pela necessidade da renovação, que chegou para compor o quadro de profissionais que, em 1968 ou 1969 (ou teria sido em 1970), que chegou o maranhense NACOR BENEDITO AROUCHE, (fotos google) que pinçamos hoje para fazer parte da nossa série de reportagens com o nome de “Nossa gente – todos no mesmo pódio”.

Maranhense da “Baixada”, mais precisamente de São Bento, Nacor Benedito Arouche nasceu no dia 11 de julho de 1945, mas chegou em definitivo para morar em São Luís no começo da década de 60. Optou por “aprender” as 17 Regras do Futebol, tendo como “Mestre” o livro de Leopoldo Santana.

Mercê de ótimas atuações como Árbitro, Nacor Arouche tornou-se figura conhecida nos meios esportivos brasileiros, e hoje é um dos principais colaboradores da Arbitragem da Federação Maranhense de Futebol.

 

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