Nossa gente 4 – todos no mesmo pódio:
Juca Baleia
Os mais antigos certamente lembram de alguns jogadores que ajudaram a ganhar jogos, defendendo a meta. Passaríamos alguns minutos enumerando e apontando Lev Yashin, Gordon Banks, Mazurkiewicz (mais precisamente, Ladislao Mazurkiewicz Iglesias) que acabou ficando muito famoso pelo gol que defendeu sem tocar na bola, Garcia, Manga e tantos outros.
Pois, quem conheceu Manga e o viu defendendo as camisas do Sport Recife, Botafogo, Internacional e seleção brasileira, vai lembrar de fotos das mãos do goleiro pernambucano, que tinham os dez dedos quebrados e tortos em defesa dos times que vestiu a camisa.
É cultural entre nós, imaginar que goleiro precisa ter próximo de 2 metros de altura – Lunga, excelente goleiro pernambucano que defendeu o MAC, era baixinho! – para ser um bom goleiro. É cultural entre nós, a galhofa de dizer que, “goleiro é doido ou bicha”.
Pois eu conheço um que, mesmo sendo goleiro, nem é doido nem é bicha. Com certeza está pousando sentado no muro. Hoje rendemos homenagem a esse sujeito que virou lenda no futebol maranhense defendendo inclusive times como o Tupan, mas também se tornou lenda no futebol brasileiro vestindo as camisas do Sampaio Corrêa e do Maranhão Atlético Clube.
Juvenal Marinho dos Passos é o nome dessa lenda. Nascido no dia 3 de maio de 1959 – vai completar 57 anos no início do próximo mês – em São Luís do ventre de dona Euzébia Marinho dos Passos e tendo como pai José Pedro Roland dos Passos.
Para quem ainda não sabe e vê no Juca apenas aquele “gordo e ocupador de espaço”, o mais famoso goleiro maranhense (segundo Milton Neves) começou ainda menino, como atacante. De tanto fazer faltas nos zagueiros, numa necessidade foi atuar improvisado como goleiro. Ficou, tomou conta dos 7,32 metros e de lá nunca mais saiu. Defendeu primeiro o Olaria, do bairro da Cohab, que adotou para crescer e se tornar conhecido.
Defendeu a base do Sampaio Corrêa, mas jogou também no Expressinho, time que representou a Cohab por anos e utilizou o Fecurão (Estádio Ananias Silva). Defendeu ainda o Tupan, o Bacabal e o MAC, mas foi no Sampaio que atingiu o ápice da carreira e ganhou reconhecimento.
Quem vê Juca Baleia com esse corpanzil, não tem noção da figura humana que é o querido “Mão de quiabo” (só eu estou autorizado a dizer isso!). Foi presidente do Departamento Autônomo da Cohab e ajudou a alavancar o futebol do bairro. Mudou para a Cidade Operária e, mais uma vez lá estava o Juca trabalhando pelo futebol daquele conglomerado urbano.
É um dos nomes fortes que disputam o Campeonato da AABB e até atua como Técnico, orientado a meninada do Bradesco.
Como se tudo isso não fosse suficiente, Juvenal Marinho dos Passos cumpriu recentemente mandato como Presidente da AGAP/MA e atualmente é Comentarista esportivo numa emissora de São Luís.
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Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 17 de Abril de 2016 às 16:24.
JUVENAL MARINHO DOS PASSOS – JUCA BALEIA[1]
1959 nasceu em 03 de maio, em São Luis-MA, filho de José Pedro Roland dos Passos e de Euzébia Marinho dos Passos. Estudou no Colégio Josué Montello, no Sacavém; depois mudou para a Cohab e estudou no Colégio Julio de Mesquita, onde fez o primário, e começou seu percurso no futebol, montando um time na escola, e jogava como centroavante. Quando foi para o Colégio de São Luis, passou a ju9gar futebol de salão e, depois quando entrou no 2o grau no ‘Coelho Neto’, passou a jogar Handebol e Voleibol; o futebol, jogava em time do bairro da Cohab, o Olaria Atlético Clube, cujo técnico era Arias Barros. Começou como centroavante e, um dia, na falta de um goleiro, ocupou a posição, tornando-se campeão e daí, nuca mais saiu do gol. Hoje, é formado em Educação Física
1979 foi chamado para jogar no Sampaio Correia, juvenil na época, sagrando-se tricampeão maranhense, iniciando sua carreira no futebol. Do Sampaio, foi para o Expressinho (1979/82), onde jogou por três anos, sendo considerado o melhor do ano, na época, e revelação do primeiro ano; nesse periodo jogou também pelo Bacabal E.C.. 1983 foi para a equipe do MAC, onde ficou por 8 anos, sendo melhor do ano, e seleção maranhense. 1989 passa pelo Tupan. 1990/92 volta para o Sampaio, conseguindo um tricampeonato, e enfrenta os times da Seleção Carioca, Vasco da Gama, Palmeiras, jogando pela Copa do Brasil. 2001 aposenta as luvas, chegando a trabalhar como caminhoneiro. Atualmente, ganha a vida como professor de escolinha de futebol. Presidiu a AGAP-MA.
[1] PASSOS, Juvenal Marinho dos. JUVENAL MARINHO DOS PASSOS “JUCA BALEIA”, E SUA TRAJETÓRIS NO FUTEBOL MARANHENSE. São Luis: UniCEUMA/Curso de Educação Física : 2011. Trabalho de conclusão de curso de licenciatura em educação física, do UniCEUMA, como requisito para obtenção do título de licenciado em educação física. Orientador: Carlos Izone de Carvalho.
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