Foto de Thiago Acampora Risco Malungos.     João Batista Freire

 

Senhor Ministro Mendonça Filho:

 

Um jovem não pode ser preparado só para ser mão de obra.

 

Jovem deve ser protagonista de uma sociedade.

 

Para isso ele deve aprender sobre o valor do trabalho e do usufruto da vida.

 

Jovem é aquele indivíduo que vive o dia-a-dia da realidade concreta e se projeta na possibilidade de um outro mundo, um mundo virtual, que ele deveria ajudar a arquitetar.

 

Jovem é um indivíduo que não deve, necessariamente, repetir tudo que já fizeram antes dele.

 

O jovem tem o direito de aprender a trabalhar para exercer uma profissão, mas também tem o direito de ampliar seu grau de cultura, de ter consciência de própria existência. Isso não poderá ser feito sem que ele aprenda a ter consciência de si mesmo, de sua corporeidade.

 

O jovem, que sofre mudanças corporais tão drásticas na adolescência, precisa de uma Educação Física que o encaminhe para compreender sua maneira corporal de viver no mundo.

 

O jovem não pode prescindir da Educação Física em sua formação. Com todos os seus pecados e vícios, é a Educação Física que cria o espaço lúdico, em que a vida é querida. Não temos ainda a Educação Física que queremos, mas poderemos tê-la, se não acabarem com ela.

Vamos lá:

 

a Educação Física no Ensino Médio é ruim? De modo geral, é.

 

A Matemática no Ensino Médio é ruim? De modo geral, é. A Física no Ensino Médio é ruim? De modo geral, é. Vamos acabar com tudo então? Claro que não.

 

Um governo que pretende investir em educação não sai cassando disciplinas. Procura melhorar o ensino, fazendo análises de boa qualidade.

 

Educação Física e Arte foram cassadas.

 

Foram submetidas a um impeachment.

 

Temer deu golpe também no Ensino Médio.

 

Depois da Dilma foi a Educação Física e Artes. Depois serão outras.

 

Nós, da Educação Física, além do pessoal de Artes, Sociologia e Filosofia, temos que argumentar que somos indispensáveis.

 

E temos que fazer melhor que Alexandre Frota. Dizer ao Ministro, que já que temos que tê-lo como Ministro, que ouça quem entende de educação. Se ele tiver ouvidos, diremos porque Educação Física tem que fazer parte do currículo do Ensino Médio.

Para mim a Educação Física tem um imenso valor e sei como justificar isso.

 

Tenho certeza que tenho mais a contribuir com a educação brasileira que Alexandre Frota.

 

Porém, sei que a sociedade não reconhece esse valor da Ed. Física, muito menos as administrações educacionais de governos.

 

O atual governo sabe que mexer com a Educação Física não produzirá comoção muito grande na opinião pública.

 

Portanto, não podemos lutar só pela Educação Física.

 

O alvo, em relação ao Ensino Médio, é o prejuízo dos alunos.

 

Teremos que apontar os prejuízos para os alunos e para o país, com a retirada da Educação Física.

 

Educação Física e Artes não terão problemas com a Escola Sem Partido, no Ensino Médio, porque não existirão.

 

A Base Nacional Comum Curricular vem sendo estudada há anos; gente incompetente, porque Mendonça Filho, esse reverso de Paulo Freire, gestou o novo plano em poucas semanas.

 

O Ensino Médio será sem Artes e Educação e sem nada que não seja preparar mão de obra barata para os privilegiados que terão mais privilégios que nunca no governo golpista.

 

Ou alguém acha que o golpe não foi para isso?

 

Essa mudança no Ensino Médio não é nada; aguardem o que vem por aí.

 

Quando um governo é eleito pelo povo, por pior que seja, ainda guarda algum pudor com os eleitores; quando é alçado por um golpe, não há porque ter pudor.

 

Quem sabe o #ForaTemer começa a ganhar força agora que a ficha começa a cair?

assinem a petição a seguir, não demora nada, é rapidinho. Menos de 30 segundos…

http://www.peticao24.com/educacao_fisica_no_ensino_medio

Educação Física No Ensino Médio O governo Temer quer tornar opcional as disciplinas de artes e educação física no ensino… peticao24.com

 

Comentários

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 23 de Setembro de 2016 às 10:18.

É o famoso: se passar, passou... não passou!!!!     Após divulgar versão errada de MP, MEC afirma que artes, educação física, filosofia e sociologia seguem obrigatórias no Ensino Médio Texto divulgado inicialmente apontava que disciplinas seriam eletivas, dependendo da decisão de cada escola. MEC admitiu erro durante a noite Por: Guilherme Justino e Guilherme Mazui 22/09/2016 - 17h17min | Atualizada em 23/09/2016 - 02h08min   Após divulgar versão errada de MP, MEC afirma que artes, educação física, filosofia e sociologia seguem obrigatórias no Ensino Médio @MichelTemer/Twitter/Reprodução Foto: @MichelTemer / Twitter/Reprodução   Ao anunciar, nesta quinta-feira, as mudanças no Ensino Médio, o Ministério da Educação divulgou um texto apontando que algumas velhas conhecidas dos estudantes deixariam de ser tema obrigatório ao final da educação básica. Aulas de artes, educação física, filosofia e sociologia, pelo que constava no texto da medida provisória (MP) divulgado durante a tarde, não seriam mais parte compulsória do currículo do Ensino Médio, cabendo às escolas, redes de ensino e alunos definir quais delas fariam parte dos estudos.   Leia mais: Estados podem implantar novo Ensino Médio a partir de 2017 "É um trabalho hercúleo", diz Iara Wortmann sobre mudanças no EM do RS Governo confirma Ensino Médio com currículo flexível e maior carga horária Janine Ribeiro: "Você tem de ensinar aquilo que é útil para o aluno"   O texto, porém, estava equivocado. Na versão encaminhada para publicação no Diário Oficial — que deve vir a público na sexta para então ir à apreciação do Congresso Nacional —, o texto final aponta que não está decretado o fim de nenhuma disciplina, e as 13 que atualmente constam como obrigatórias para o Ensino Médio permanecerão obrigatórias.   A confusão deu a entender que a reformulação do Ensino Médio contrariaria a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que define o ensino de artes e educação física como obrigatório em toda a educação básica, e aponta que filosofia e sociologia devem ser ministradas a todos os alunos do Ensino Médio.   — Eu assumo a responsabilidade, houve um erro que infelizmente levou a essa confusão. Não se está acabando com nada — afirmou o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Rossieli Soares, em entrevista a ZH.   Diante da repercussão, o MEC divulgou uma nota durante a noite esclarecendo que não haveria cortes em nenhuma disciplina. O secretário dá como certo que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) vai prever as mesmas disciplinas que hoje integram a grade do Ensino Médio, portanto não haveria preocupação quanto à não obrigatoriedade de algumas delas.   — Temos que fazer algumas opções, não tem jeito: é preciso diminuir algumas coisas para ter outras. Mas todos os alunos terão essas disciplinas que hoje já têm. A diferença é que eles poderão se aprofundar mais naquelas em que têm mais interesse — garantiu Soares.   Base nacional definirá currículo   Com as mudanças, o currículo poderá ser flexibilizado de acordo com os interesses do próprio aluno e das especificidades de cada rede de ensino no Brasil. Metade da carga horária, porém, será de conteúdo obrigatório, definido pela Base Nacional, que ainda não foi concluída.   A outra metade do currículo poderá ser definida pelas escolas e escolhida pelos alunos de acordo com seus interesses. Os estudantes poderão escolher focar sua trajetória escolar em qualquer uma das cinco ênfases (linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional) definidas pelo MEC, mas não deixarão de ter que frequentar as demais aulas.   * Zero Hora  

 


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