O MELHOR FUTEBOL DO MUNDO É AQUI!, por Hamilton Raposo 0comentário

Hamilton Raposo

HISTÓRIAS DE SÃO LUÍS
O MELHOR FUTEBOL DO MUNDO É AQUI!
Nunca escondi a minha paixão pelo futebol e esta paixão levou-me a ver grandes jogadores e times de futebol. Confesso que nenhum destes era “galáctico” e nenhum desses times era o Barcelona de Messi, Real Madri de Cristiano Ronaldo ou Bayer de Lewandowski. Nenhum foi treinado por Pepe Gardiola, Mourinho, Tite ou Murici Ramalho. Tínhamos os nossos craques e os nossos “professores”.


Estes sensacionais times e jogadores eram daqui mesmo, da cidade de São Luís, e disputavam o aguerrido e competitivo Campeonato Maranhense de Futebol disputado no Colosso da Praça Catulo da Paixão Cearense, o Estádio Municipal Nhozinho Santos, o nosso Camp Nou.


Por aqui não existia Josefh Blatte, José Maria Marin, Del Nero ou Platini, por aqui existia o Major Pereira dos Santos, Antônio Bento Cantanhede Farias, Emílio Biló Murad e Nicolau Dualibe Neto o nosso “velho guerreiro”. Aqui não se precisaria de Tite ou de Murici Ramalho, tínhamos Marçal Tolentino Serra, Nelson Gama, Bero, Rinaldi Maia e tantos outros capazes de ensinar Pepe Guardiola a não depender somente do famoso “toque-toque”.


Nossos craques iam além da perfeição. O meio de campo do Moto Clube formado por Gojoba e Ananias era Fantástico e o ataque formado por Garrinchinha, Pelezinho, Zezico e Nabor destruiria hoje qualquer esquema defensivo da seleção alemã campeã de 2014. O Maranhão Atlético Clube cunhou a fama de “demolidor de cartazes” com um time inigualável formado por: Lunga, Neguinho, Clécio e Vareta; Zuza e Barrão; Valdeci, Wilson, Croinha e Alencar. Desbancava qualquer time com fama de campeão.


No início da década de 1960, o Sampaio Correa tinha o melhor time que vi jogar e que me fez torcer pela Bolívia Querida: Dadá, Damasceno, Decadela, Vadinho e Bero; Chico e Peu; Antônio, Antoninho, Jarbas e Sabará. Fernando um dos maiores artilheiros do Sampaio se despedia e deixava saudades.


Por aqui tivemos excelentes goleiros e tenho certeza que os admiradores de Rogério Ceni, Fernando Pras ou de Cássio, se tivessem visto Bacabal, Zé Raimunda, Da Silva, Paulo Figueiredo ou Vila Nova jogar mudariam de ideia e de conceito.


Quando se fala em “meninos da vila” em alusão ao Santos Futebol Clube e sua capacidade de produzir craques de futebol é porque não conheceram a “Vila Famosa”, o Bairro do Anil, o maior “celeiro de craques”, e de lá saíram Santana e Carlos Alberto, os melhores e mais elegantes de jogadores de futebol, comparáveis somente com Falcão e Carpegeane, e nada mais!
Em 1970 o Sampaio Correa foi Campeão Brasileiro pela primeira vez com um time formado por: Jurandir, Célio Rodrigues, Neguinho, Clécio e Valdeci Lima; Gojoba e Edmilson Leite; Lima, Djalma, Pelezinho e Jaldemir. Um time sensacional!


E quem viu Djalma Campos jogar vai achar estranho tanto confete jogado a Neymar. Djalma Campos foi o mais perfeito, exímio driblador e excelente finalizador, levou o Sampaio Correa a grandes conquistas. O viril zagueiro Rosclin Serra tinha qualidade técnica suficiente para está na seleção brasileira e impedir a goleada imposta pela medíocre seleção alemã. Os zagueiros Walfredo e Omena do Sampaio, Alzimar e Alvim da Guia do Moto Clube ou Sansão e Luís Carlos do Maranhão são muitos superiores a Thiago Silva e David Luís.


Quando se fala na crise de centroavantes no Brasil, lamento a nossa falta de sorte em termos apenas o Fred como especialista no assunto, por aqui tivemos os dois melhores centroavantes de todos os tempos, o excepcional Cabecinha e o sensacional Hamilton, e se tivessem em atividades seriam titulares absolutos da seleção brasileira. Talvez o Cabecinha fizesse uma exigência para jogar na seleção, a convocação do endiabrado ponta esquerda Bimbinha, seu companheiro de ataque no Sampaio Correa.


E não se iluda em qualidade de transmissão de jogos com Galvão Bueno, PVC, Casagrande, Milton Neves e tantos outros que nem de longe se comparam com Japhet Mendes Nunes, Canarinho, Jota Alves, Guioberto Alves, Jairo Rodrigues, Fontenele e Fernando Sousa “o homem que mais acerta no futebol”.


São histórias de São Luís!

 

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