O Sampaio caiu – mas já inicia a reconstrução da volta José De Oliveira Ramos

Provocado pelo companheiro Joel Jacinto no dia seguinte após o primeiro resultado, dei minha humilde opinião. Disse naquele momento que, as melhor coisa que a direção poderia fazer era tentar manter o clube e o time nas disputas da Série B, por pelo menos mais uns dois anos. O futebol maranhense “ainda” não tem estrutura nem competência para ascender e permanecer na Série A.
Falei em “planejamento” e, não mais que repente, alguns “babões” – que todos sabem como vivem e o que fazem, caíram de porrete neste pobre coitado.
Nunca escondi (nem mesmo quando atuava diariamente na crônica esportiva maranhense) que sou torcedor do MAC (Maranhão Atlético Clube) e tampouco escondi que nada tenho contra o Sampaio Corrêa ou contra o Moto. Também nunca escondi que não tenho nenhuma simpatia pelo atual presidente do Sampaio Corrêa, embora ele nunca me tenha feito qualquer mal, e sequer nos conheçamos. Acredito que nenhum sente falta de conhecer o outro. Mas, sinceramente, isso não me dá o direito de me posicionar contra a “Bolívia Querida”. Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa.
Profissionalmente, tenho o “direito” de criticar ou elogiar qualquer clube ou qualquer atuação dentro de campo de quem quer que seja. Sou Jornalista profissional e, desde que mantenha o respeito e os limites, me responsabilizando pelo que escrevo, posso sim, criticar.
Nunca falei e jamais falarei das coisas e decisões internas do clube, porque elas não me dizem respeito. E pouco me importa se o atual presidente é centralizador. Pelo que ouço dizer, é ele quem tudo paga – e por que diabos teria que delegar poderes a outrem?
Neste 2016, a falta de um planejamento correto e dentro das possibilidades, acabou levando a culminância negativa para dentro do campo. Os resultados foram o que todos viram.
Gosto de citar exemplos (bons ou ruins) e um bom exemplo e de exercício de paciência é o Ceará Sporting Club de 2015. Ficou por toda a competição na zona de rebaixamento e só conseguiu sair de lá nas duas últimas rodadas. Neste ano de 2016, com estrutura e planejamento de time da Série A, foi montado um elenco (vou repetir: ELENCO) não apenas para subir para a Série A. Foi montado um elenco para ser campeão. E, com certeza, dificilmente o Ceará terminará as disputas na zona de acesso.
Quem escalar o time do Ceará, com certeza não encontrará um único “cearense” na formação titular. E isso pesa. É importante e tem significado positivo para a torcida.
No caso do Sampaio Corrêa existe alguma semelhança. Dos 38 jogos, 19 são disputados em casa. No Castelão e sob os olhares da fanática torcida. Se um clube ganha os 19 jogos disputados em seus domínios, somará pelo menos 57 pontos. E, com 57 pontos nenhum clube cai em nenhuma série dos campeonatos brasileiros. E aí, para ganhar em casa, o jogador de casa é muito importante. Ele sabe a importância da vitória dentro de casa e sabe, também, o valor que a torcida dá a isso.
Podem falar o que quiserem contra a CBF. Mas, assim como o diabo não é ruim para todos, na CBF também tem gente boa que gosta do futebol e respeita as formas de dirigir os clubes dos nossos estados. E é exatamente por isso que as disputas dos campeonatos das quatro séries acontecem sempre no segundo semestre do ano.
Não é por acaso que a CBF faz isso. Ela faz isso para oportunizar que, no primeiro semestre, os clubes se preparem nas competições estaduais e regionais para a montagem dos elencos para os campeonatos nacionais.
O Sampaio Corrêa fez isso? Fez quase tudo de afogadilho e, depois, ficou jogando a responsabilidade para os treinadores.
Observou alguém e contratou alguém no campeonato estadual ou na Copa do Nordeste? Certamente dirão que contratou Rodrigo Ramos. Acrescentou alguma coisa?
Fez uma regular Copa São Paulo. Aproveitou alguém? Se não aproveitou, que diabos de trabalho é esse que está sendo feito na base?
Depois da queda consumada matematicamente, o Senhor Presidente tem se pronunciado e assumido a debacle (ainda bem!) e, se for menos prepotente, poderá retomar o caminho de volta para a Série B. E continuar trabalhando para permanecer por lá por três ou quatro anos. É melhor permanecer na Série B, que subir para a Série A e cair desmoralizado no ano seguinte.

 

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