OS 80 ANOS DE CLAUDIO VAZ, o ALEMÃO, por leopoldo Gil Dulcio Vaz – parte IX Tweet 0comentário

                            “FOI AÍ QUE EU ENTREI…”

                                                                                    

 

Foi ai que eu entrei, fui dirigir pela primeira vez… Isso foi em 71, nós entramos no Governo, se não me engano, foi em março ou por aí; em setembro, nós tivemos o primeiro FEJ (Festival Esportivo da Juventude) Semana da Pátria, onde o Colégio São Luiz foi o primeiro campeão do FEJ, onde eu trabalhei.

[…] não tinha professor de Educação Física no Maranhão e eu queria fazer um trabalho de nível, eu tinha de pensar primeira coisa que tinha de ter, era o professor tanto para quem quisesse transferir conhecimento, então eu não tinha nada acadêmico, nada elevado nessa área aqui, só tinha professor já superado, dois que já não trabalhavam mais, Braga que era professor daqui [ETFM, hoje IF-MA] e não sei se era formado, Braga, Zé Rosa, Rinaldi Maia[i].

Aí foi que o Dimas começou, trabalhamos juntos, nós acumulávamos, nós éramos árbitros, técnicos. Tudo nós fazíamos, tanto o Dimas quanto o Laércio (de São Paulo) já me ajudou nessa época; foi o primeiro que veio para cá; o pessoal criou muito problema comigo porque eu estava enchendo de paulista. (VAZ DOS SANTOS, ENTREVISTA).

 

     Cláudio refere-se aos antigos professores, formados no inicio dos anos 40, tanto pela Escola Nacional, quanto pela Escola de Educação Física do Exército, responsáveis pela implantação do Serviço de Educação Física no Estado. Herdeiros dos métodos tradicionais de ensino da educação física, como o francês, a calistenia, em sua maioria homens, oriundos da área militar – Polícia e Exército:

Já é de quem trabalhou comigo o pessoal que tinha já não era mais da ativa […] Eurípedes; Major Júlio, todos esses foram formados na Escola de Educação Física do Exército. Eles vieram de lá, mas eu não trabalhei com eles, o Eurípedes trabalhou comigo assim, mas não tive nenhuma participação efetiva dele, ele nunca assumiu. […] na época eram os leigos, eu faziam curso de reciclagem e tal, mas dentro da área mesmo com conhecimento de nível universitário, era o Dimas, o Laércio.

 

Segundo Dimas, em 1970, atuam como professor de Educação Física, em São Luís: no Batista: Rubem Goulart tinha morrido, e Dimas assume seu cargo; no Marista: Eurípedes, Nego Júlio e Furtado; no Ateneu não tinha mais ninguém:

Nego Júlio é íntimo nosso, era Major Júlio. Júlio que inclusive participou daquela primeira demonstração que eu dei, eram os professores de lá, ele e Eurípedes, tanto que ele já me conhecia daí, tanto que depois eu vou fazer um comentário disso, e Furtadinho – Furtado já estava trabalhando aqui nessa época. (DIMAS, entrevistas).

 

Haviam outros professores, trabalhando nessa época:

Era Odinéia[ii]; Clarice[iii]; tinham muitas; Maria José[iv];… Antes dessas tem outras, Ildenê Menezes[v], na época foi Secretaria de Educação; Dinorah[vi] – e eram duas irmãs – Dinorah… – e a primeira academia que hoje é essa Academia [São Francisco] vou falar sobre isso -, Clarice Lemos; Dinorah e Celeste Pacheco[vii], elas eram irmãs – Pacheco; Graça Helluy[viii], Ah!, tinha muita gente … Luiz Aranha[ix]; nessa época eu acho que já dava aula o Rui [Guterres][x], marido de Cecília [Moreira][xi]; o Batista que era da Polícia; acho que Cavagnac[xii], tem mais gente…”

Geraldo Mendonça[xiii] se lembra de um Curso, realizado em 1967, em convênio entre os estados do Maranhão e de São Paulo, com 120 horas de duração, sendo Professor Nelson Gomes da Silva, e 25 alunos. Participaram desse curso: Ana Rosa de Souza Silva; Benedita Duailibe; Clarice Barros Rosa; Dinorah Pacheco Muniz; Elena da Conceição Pereira; Florileia Tomasia de Araújo; Felicidade Mendes de S. Nascimento; Ivete D´Aquino Castro; Ivone da Costa Reis; Julio Elias Pereira (Major Julio); Maria José Reis Maciel; Maria das Graças R. Pereira; Maria da Conceição Sá Melo; Maria da Glória Castro Fernandes; Maria de Jesus Carvalho de Brito; Maria do Rosário Silva Maia; Maria do Rosário Silva; Maria da Conceição Santos Souza; Neide Moerira da Silva; Odinéia Trompa Falcão; Pedro Ribeiro Sobrinho; Reginaldo Heluy; Sebastiana de Carvalho Pires; Sonia Maria dos Santos Resende.

Aldemir Mesquita lembra-se dos professores que atuavam na antiga Escola Técnica Federal do Maranhão – hoje, IF-MA:

Aqui na época na Escola, eu fiquei assistente do Jafe [Mendes Nunes[xiv]], de futebol de salão… Jafe, radialista, um dos maiores cronistas do Maranhão. Jafe na parte de futebol de salão, eu ficava dando assistência a ele no futebol de salão, e ficava com o handebol, depois quando ele pouco só vinha em época de seleção para treinar, eu passei a assumir definitivamente o futebol de salão. Tinha o França[xv] no vôlei que é engenheiro que também é professor de matemática; Celso Cavagnac, natação; Eldir [Campos Carvalho[xvi]], a parte de educação física; Juarez [Alves de Sousa][xvii], que também ficava com educação física, depois no ano seguinte assumiu o handebol e também dirigiu um pouco o futebol de salão; Prof. Furtado! Excelente professor Furtado pioneiro atletismo no Maranhão, professor Furtado e deixa-me ver quem mais, aqui por enquanto é só; Tenente Jeremias na natação, futsal, basquete, vôlei, Handebol… Atletismo e tinha… Vôlei, handebol, basquete, futsal, atletismo, natação, só né? E ganhamos tudo, nós éramos a decisão era 1º, 2º e 3° lugar… (MESQUITA, Aldemir Carvalho de. Entrevistas).

 

Já Laércio Elias Pereira[xviii] – da turma dos paulistas – lembra que, quando chegou, encontrou:

Quando cheguei a Simey[xix] estava de saída, ou tinha acabado de sair. Rinaldi Maia era assessor da Secretaria de Educação e treinador famoso de Futebol. O Dimas era o mestre das Escolas e do Esporte Escolar. Felicidade Capela tinha o curso de Normalista Especializada no Rio. Rinaldi tinha se formado no Rio, com uma ótima geração de treinadores de Futebol, como os Moreira.

Soube pelos professores – e depois pelo Rubinho [Rubem Teixeira Goulart Filho]– que o Rubens Goulart tinha tido um papel importante, inclusive foi quem fez o primeiro contato com o Listello (deve ter feito um dos cursos de Santos). Teve também uma turma do DED, com o Ari Façanha e um pessoal do Rio. Bom recuperar também o curso de Medicina Esportiva… José [Pinto] Rizzo Pinto esteve… Tem que puxar isso com o Cláudio Vaz e Dimas. (PEREIRA, Laércio Elias. ENTREVISTAS)[1].

SIMEY RIBEIRO BILIO – MISS JAGUAREMA 1956 – PROFESSORA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, FUNCIONÁRIA DO MEC, QUE VEIO IMPLANTAR AS PRÁTICAS ESPORTIVAS NA UFMA, AJUDANDO A CRIAR O CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

 

Cláudio lembra que, em 1971, ele estava na Coordenação de Esporte na Prefeitura de São Luís – Serviço de Educação Física – quando realizou o primeiro Festival Esportivo da Juventude – FEJ:

Aí teve o segundo FEJ, foi quando o Jaime criou o Departamento de Educação Física e Desportos e Pedro Neiva me nomeou no lugar da Mary Santos. Já foi no governo de Pedro Neiva, com Haroldo Tavares – que agora é que tu vais entender -, eu entrei primeiro na Prefeitura, Haroldo Tavares era cunhado de Pedro Neiva, irmão da mulher de Pedro Neiva, que é a mãe de Jaime Santana; então para que eu pudesse assumir o Estado, nesse tempo podia acumular; então criaram o Departamento de Educação Física e Deporto do Estado; saiu o Serviço [de Educação Física] para Departamento. Nesse tempo, na Secretaria de Cultura, o nível do Departamento era mais acima de Serviço, então para que eu fosse para o Estado foi criado o Departamento de Desporto do Estado, para que eu pudesse assumir, acabar o Serviço; então era novo o cargo e aí que eu fui para o Estado, eu acumulei Coordenador de Esporte da Prefeitura e Diretor do Departamento de Educação Física e Desporto do Estado, ligado à Secretaria de Educação, do professor Luis Rego; era o Secretario na época, professor Luís Rego, primeiro Secretário que eu trabalhei. Depois, eu trabalhei com o Magno Bacelar, que foi Secretário; e depois, com o Pedro Rocha Dantas Neto, que também foi Secretário.

Já em 72, fui nomeado Diretor do Departamento, onde foi que ficou o Departamento? Lá no Costa Rodrigues; ai eu transferi a Coordenação, acumulei no Costa Rodrigues, eu levei tudo para lá. Eu era Coordenador Diretor do Departamento de Educação Física do Estado e Presidente do Conselho Regional de Desportos.

Isso em 72, como era cargo de quem era diretor [do departamento de Educação Física], era o Presidente do C.R.D, automático; não tinha vínculo político nisso, era uma tradição de desporto ligado ao C.N.D (Conselho Nacional de Desporto), onde era [ptrsidente] o Brigadeiro Jerônimo Bastos…

Ai foi que eu fiz a minha equipe, aí foi que o Dimas entra com a parte principal, quando nós estávamos para fazer o segundo FEJ em 72; seria em setembro.

Dimas foi a Belo Horizonte, trouxe toda a informação, e o Maranhão podia participar do JEB’s em 72; ele trouxe em 71, ele foi no JEB’s em julho e trouxe….

Dimas me trouxe, eu organizei a primeira equipe com o Dimas, era do Handebol, primeira equipe que nós viajamos para o JEB’s; Ginástica Olímpica e Handebol, o Dimas; Coronel Alves[xx], Basquete; Voleibol, Graça Hiluy; Coronel Alves antes era Major, foi isso para dar coletivo que eu levei foram 52 pessoas que eu levei, não levamos atletismo, natação, não levamos nada.

Muito bem, com o que Dimas me trouxe, me presenciei muito ao DED. Aí eu já tinha uma parte ativa comigo, porque eu precisava do Dimas, não só como técnico, mas também como conselheiro, porque como eu te falei, eu não sou formado; eu sempre procurava olhar uma pessoa que tivesse um conhecimento acadêmico para poder me orientar, é uma de nossas iniciativas foi justamente essa de criar esses jogos escolares, foi o primeiro e o segundo e depois nós o transformaremos em JEM’s, o primeiro JEM’s foi em 73, sempre tenho essa dúvida; o pessoal não guarda isso, mas o primeiro FEJ foi em71, o segundo FEJ em 72, e o primeiro JEM’s em 73. Por quê? Nós participamos do JEB’s e a sigla pesava, mas por bem achamos melhor mudar para JEM’s.

Jogos Estudantis Maranhenses foi que viemos, nós já tínhamos passado o primeiro e o segundo FEJ com sucesso, com a mudança, com a formação das escolas, a conscientização, que e a primeira coisa a nascer numa escola era a força da Educação Física através dos esportes, foi a maneira que nós encontramos de valorizar o Professor de Educação Física, ele que era praticamente um esquecido dentro da área educacional, achava – se que era desnecessária a Educação Física onde não se praticava nem a Educação Física, nem os esportes, nós criamos esses jogos para provocar nos colégios essa necessidade de se formar atletas, assim como também transmitir Educação Física e valorizar o professor, porque nós não tínhamos campo de trabalho para eles,e passou a ter; esse foi o ponto marcante do nosso trabalho, que realmente hoje, o que tem, começou ai, onde nós provocamos.

Nós íamos fazer uma Escola de Educação Física particular, já tinha toda a documentação, o professor Salgado deu para mim.

Como eu sentia a necessidade de ter professores formados e o que eu trazia eram poucos em relação à necessidade que nós tínhamos, nós achamos um início para formar a Escola de Educação Física particular… (VAZ DOS SANTOS, ENTREVISTA).

 

Como informa, precisava de massa crítica para concretizar seus planos de elevar o nível da Educação Física e dos Esportes. Recorreu à importação de professores graduados, já com alguma experiência e, ao mesclá-los com ‘da terra’, teria um grupo altamente qualificado. Lino Castellani Filho[xxi], outro do grupo de paulistas que aqui chegou lembra – em artigo publicado no Blog Universidade do Futebol – daquele momento[xxii]:

Pois é… Estávamos no ano de 1976 em São Luis do Maranhão… Nós – um grupo de professores de Educação Física repleto de utopias — e ele Djalma Santos, então contratado como técnico do Sampaio Corrêa Futebol Clube, um dos grandes do futebol maranhense, ao lado do Moto Clube e do MAC (Maranhão Atlético Clube).

 Boa parte de nosso grupo trabalhava vinculado ao Departamento de Esporte do governo daquele Estado, basicamente envolvido com os afazeres de duas modalidades esportivas, o handebol e o voleibol.

 O contrato de trabalho era de 40 horas… Não deu outra: montamos um time de futebol e demos a ele o nome de… Handvô-40, homenagem ao handebol, ao voleibol e às 40 horas de trabalho – qualquer semelhança com outra expressão…

 Pois foi nesse time que Djalma Santos foi convidado a jogar e… Jogou! Se nossas conversas o assustavam às vezes (chegamos perto de comprar uma ilha, embalados pelas ideias de A.S. Neill, fundador da escola de Summerhill), a de participar do time foi recebida com o mesmo sorriso que ele estampa hoje em seu rosto…

 Duvidam? Pois aí vai a prova! O primeiro da fila é o diretor – presidente do CEV, Centro Esportivo Virtual… O último, este ponta-esquerda que vos escreve! No meio dela, Djalma Santos, junto com Viché, Sidney (ambos professores da UFMA), Gil, “Zé Pipa”, Marcão – o “véio” – e outros cuja lembrança surge enevoada em minha cabeça…

 

Para Dimas

Quando o Cláudio Vaz começou a trazer esse pessoal de fora, em 74 ou 76, Laércio, Marcão[xxiii], Biguá[xxiv], Vitché[xxv], então nessa época eu passei o Handebol praticamente para eles; então eu já vinha trabalhando em Ginástica Olímpica e passei a me dedicar mais à Ginástica Olímpica; trabalhava como professor de Educação Física – nessa época eu trabalhava muito com Natação também, principalmente em aulas particulares, em piscinas particulares – e o Laércio praticamente continuou o meu trabalho no Handebol no Maranhão, e aí eu passei a me dedicar mais à Ginástica Olímpica, à natação e às outras coisas… (DIMAS. Entrevistas).

 

Sobre a vinda desses professores – “os paulistas” – o Prof. Dr. Laércio Elias Pereira[xxvi] esclarece que, após voltar das Olimpíadas, com vários cursos de Handebol, foi convidado a dar cursos pela Brasil pela ODEFE – organização com a qual já tinha contato, através da Revista Esporte e Educação, onde escrevia uma coluna chamada Rumorismo. Houve um circuito de cursos que incluía Maceió, São Luís e Manaus:

 

Prof. Dr. Laércio Elias Pereira

 

Era 1973, e eu treinava a seleção paulista feminina que ia para os JEB’s [Jogos Estudantis Brasileiros]. Acertei com o namorado de uma das minhas atletas (que ia apitar os JEB’s) para cuidar de alguns treinos enquanto eu ia dar os cursos. Dei o curso em Maceió e, em São Luis, enquanto dava o curso, ajudava a treinar o time de handebol que ia para os JEB’s.

Deu problema no curso de Manaus e o Cláudio Vaz pediu que eu ficasse treinando o time o tempo que estaria em Manaus. Depois pediu para que eu acompanhasse a equipe nos JEB’s, em Brasília. Eu disse que não podia porque tinha compromisso com a seleção paulista. Quando voltei para São Paulo, o meu substituto tinha conseguido me substituir totalmente.

Liguei para o Cláudio Vaz e acertei a ida para Brasília. Conseguimos classificar o time para as quartas de finais, mas no dia que ia começar essa fase, o Basquete levou todos para jogar o campeonato em Fortaleza, e ficamos em oitavo.

Em setembro do mesmo ano, fui convidado, junto com o Biguá, para apitar os jogos de Handebol dos JEM’s. A final foi Maristas e Batista. Duas equipes treinadas pelo Prof. Dimas.

Voltei em janeiro de 1974, para morar no Maranhão. Resolvemos Cláudio e eu chamar o Prof. Domingos Salgado[xxvii] para montar o processo de criação do curso de Educação Física na Federação das Escolas Superiores [do Maranhão – FESM -, hoje, Universidade Estadual do Maranhão – UEMA], o que aconteceu com o empenho do secretário Magno Bacelar e o Assessor João Carlos, ainda em 1974.

Fiquei sem emprego e o Heleno Fonseca de Lima batalhou uma bolsa pelo antigo CND [Conselho Nacional de Desportos]. Fui assessor da Secretaria de Educação e, como estava demorando em andar o curso no Estado, teve a iniciativa da Profa Terezinha Rego, do ITA, para montar o curso particular, com os professores que já tínhamos arrastado para o Maranhão.

Aqui cabe um estudo mais apurado sobre quem trouxe quem, mas é bom juntar a listagem dos “paulistas”: Biguá, Viché, Horácio[xxviii] [?], Domingos Fraga Salgado, Demosthenes[xxix], Nádia Costa[xxx], Jorelza Mantovani[xxxi], Marcos Gonçalves, Sidney Zimbres[xxxii], Lino Castellani[xxxiii], José Carlos Conti[xxxiv], Zartú Giglio[xxxv], (tem um dessa turma que eu esqueci o nome), o Paschoal Bernardo[xxxvi]… O Sidney deve ter todos os nomes. (PEREIRA, Laércio Elias, Entrevistas).

 

O Prof. Sidney Zimbres esclarece a questão de quem trouxe quem, nessa época, para o Maranhão:

Isidoro, Sidney, Dimas e Zartú

… [Meu] Contato com o Maranhão foi com o Marcos [Marco Antônio Gonçalves], que me trouxe; o Marcos não terminou o curso [de Educação Física, da USP], veio embora… Quem trouxe o Marcos foi o Laércio; o Marcos ficou trabalhando aqui, ele me escreveu perguntando se eu não tinha a intenção de vir para cá, ai eu falei – me leva para dar um curso, para eu ver como é que é. Foi em 19… em outubro vim aqui, no JEM’s em 1975, eu vim para dar um curso de voleibol; dei o curso de voleibol em outubro, ai eu coordenei o voleibol nos Jogos Escolares, e ai eu fiz um contrato de três meses… Lembro-me bem disso… Para ver se ia dar certo, na época quem estava à frente do DEFER era o Carlos Alberto Pinheiro; já havia saído o Cláudio Vaz, o Governador do Estado era o Nunes Freire… O primeiro ano dele… Ai foi quando ele implantou, fez aquela reformulação do Serviço Público, criando [a função de] Técnico de Nível Superior – TNS -; foi que eu recebi o convite e eu fui contratado pela Secretaria de Educação em [19]76, entrei como TNS, técnico em nível superior, nível 3.

Então era Laércio, eu e Lino; Lino já tinha vindo para cá; o Marcos me trouxe; eu trouxe o Lino; depois eu trouxe o Zartú; ai o Marcos ainda trouxe o Júlio, que veio antes do Zé Pipa… Júlio… O sobrenome eu não lembro mais, não é difícil de pegar… Julinho ficou pouco tempo aqui e foi embora, teve um problema no pulmão até numa aula minha… Depois veio o Zé Pipa, que era José Carlos [?], que trabalhou no futebol, no Sampaio Correia, era repórter da TV Bandeirantes… Esporte… Então ai nós criamos o curso de Educação Física no ITA… (ZIMBRES, Sidney. Entrevista) [xxxvii].

 

Marcão fala sobre sua vinda para o Maranhão, de como foi o trabalho inicial, de implantar as escolinhas de esportes, trazer as pessoas para assumir os diversos cargos e funções e os primeiros jogos:

Eu, já cansado de São Paulo, e tendo trabalhado com Laércio do SESI de São Caetano e Santo André – a mesma equipe que fazia os esportes do SESI -, eu decidi sair de São Paulo, quando de um JEB’s que a gente apitou em Brasília, acho que handebol; em Brasília, e o Laércio estando por aqui em São Luís, nos convidaram para visitar; eu como já tinha intenção de sair de São Paulo não aguentava mais aquela cidade danada, acabei vindo visitar São Luís e em duas semanas como diz outro, fechei a conta e vim embora… Como eu me encontrei com o Laércio, que já estava aqui no Maranhão, em Brasília com a delegação do Maranhão.

Ele nos fez esse convite para vir para conhecer São Luís foi à época de julho, eu vim; inclusive na época eu vim com Júlio, Júlio do Gás, Julinho, não sei se tu já fizeste algum detalhe sobre o Júlio também, foi a primeira vez que nós viemos para cá; viemos de ônibus de Brasília para São Luís e aqui nós ficamos duas semanas passeando e quando eu voltei para São Paulo, já voltei com alguma coisa acertado, na época com Carlos Alberto Pinheiro Barros [xxxviii]; então, eu não vim para apitar o JEM’s, vim já para trabalhar no antigo Departamento de Educação Física (DEFER, de São Luís-Maranhão) juntamente com o diretor na época o Carlos Alberto Pinheiro de Barros …

Cláudio Vaz tinha saído para entrada de Carlos Alberto Pinheiro Barros e o governo de Nunes Freire e o Carlos Alberto; encontrei a assessoria, vamos dizer, assim de trazer elementos, que foi tendo a incumbência, vamos dizer assim, de trazer elementos que pudessem reforçar toda a equipe de trabalho e o trabalho em si… Quem estava aqui, efetivamente, era o Laércio, era Viché, Biguá, Horácio, o Júlio veio, mas volta, não veio, não ficou junto comigo; ele veio para passear junto comigo, mas voltou porque ele ainda era estudante em São Paulo, voltou para concluir o curso, também nunca concluiu, igual a Biné, seria bom detalhar isso na minha biografia, porque já diz que eu não sou formado, mas eu concluo, conclui não, fui ate o ultimo ano da escola e por ter vindo praça, eu optei por não concluir porque o trabalho aqui é muito mais importante.

Então eram somente elementos que estavam aqui, depois é que, através de Laércio, e de vir é que nós fomos trazendo todo esse pessoal, que foi Zartú, que foi Levy, que foi Júlio, que foi José Carlos Fontes, Sidney, toda a equipe se formou aqui, Demóstenes já estava. Demóstenes estava chegando à mesma época que eu… Domingos Fraga, já estava aqui também. Só que não no Departamento de Educação Física do Estado.

Aquele período eu que foi vice-campeão brasileiro, que só perdia para São Paulo, porque São Paulo dificilmente se ganha, então o Maranhão, foi vice-campeão e ninguém, quando a gente comenta isso em outros lugares, ninguém acredita, acha que isso é um sonho e o basquete feminino surgiu, o voleibol cresceu demais, todos os esportes de uma forma geral, atletismo também, ofereceu vários atletas á nível nacional, então todos os esportes cresceram de uma forma conjunta, não foi um trabalho direcionado para uma modalidade, ou para dizermos assim, enfatizar algo que a gente gostava, foi realmente é multiplicado. Eu lembro que na época não se trabalhou muito o futsal, infelizmente agora não esta nesse mesmo nível que estava na época…

Na verdade, a proposta que me fizeram para vim ao Maranhão, não tinha direcionamento nenhum. O que Laércio me propôs na oportunidade era que viesse para São Luís do Maranhão, onde já conheciam meu perfil, já conheciam o meu trabalho da época que nós estivemos juntos no SESI, conforme eu já disse – SESI São Caetano e Santo André, e lá ele era coordenador do SESI São Caetano e eu do Santo André;

Nós já nos conhecíamos e ele sabia que ele podia contar comigo em qualquer frente de trabalho. Então, é como eu administrativa essa parte esportiva em Santo André e ele acreditava que eu pudesse me assenhorear dessa função aqui em São Luís do Maranhão, ele me convidou; mas lembro bem que a gente deixou claro que a gente teria que fazer um pouco de tudo, como nós acabamos fazendo realmente e assim os outros também, assim os outros foram convidados por mim, Sidney, Zartú, Lino, eles não vieram direcionados para algum emprego, vamos dizer assim, para algum setor, eles vieram e aqui nós fomos procurando como encaixá-los em algum lugar; então apareceu como, por exemplo, o Lino, apareceu alguma coisa no Maranhão [Atlético Clube], ele foi lá como preparador físico, recém-formado, como preparador físico do MAC, mas também trabalho em outros setores, na parte administrativa do JEM’s, que a gente passava noites e noites, hoje a gente vê aí, todos os avanços que houve, no JEM’s até o boletim é feito a nível de computador, etc. e tal.

Na época a gente fazia era com mimeógrafo a álcool e dormindo debaixo da mesa, para poder o boletim ficar pronto no dia seguinte; então o Lino, nos ajudou em todos os sentidos; o Sidney também veio, a principio ficou conosco no Costa Rodrigues, com a escolinha de futebol e assim fomos todos, vindo sem um direcionamento efetivo. A gente veio para trabalhar, aonde, não sabia, onde tivesse lugar a gente ia se colocando e auxiliando e dinamizando de todas as formas, o esporte no Maranhão. (GONÇALVES, Marcos Antônio. Entrevistas).[xxxix].

 

Biguá foi um dos pioneiros, junto com o Laércio, e comenta como se deu a sua vinda para o Maranhão, e em que circunstâncias:

Laércio Elias Pereira, em 1973, dez de… Para ser preciso ele contatou comigo no dia 08 de setembro de 1973, foi contato maluco… Eu queria era aventura, eu queria conhecer, eu tinha assim paixão, loucura para conhecer, viajar, eu sempre tive. Aí Laércio virou – dia 08 de setembro, virou para mim e disse:

– “Quer ir para o Maranhão?” – Virei, “como?” –

Edivaldo “Biguá” Pereira

 

– “Vai ter os Jogos – primeiros JEM’s 73 -, e eu preciso levar uns caras para apitar, ai tu vai apitando Handebol, tu queres ir?”

Aí eu disse, “quando?” ele disse:

– “Depois de amanhã nós teremos que estar lá, não dá nem tempo de tu pensares!” Ai eu disse: “tô nessa”.

Eu nunca tinha andado de avião, nunca! Eu disse: “como é que nós vamos?” “não, o cara vai mandar passagem, tudo de avião.” “De avião!?” Porra, eu não queria nem saber quanto eu ia ganhar, se eu não ia! eu queria era andar de avião, né. Eu digo “tô no clima”, aí que é interessante… foi que eu cheguei em casa, ai eu disse para minha mãe, para minha mãe e meu pai.

– “Olha eu vou embora, vou passar 15 dias no Maranhão, lá, 15 dias”.

Eu sei que no dia 10, eu estava aqui com o Laércio, desceu eu, Laércio… Eu, Laércio, o rapaz, o professorzinho de… Milton usava uns óculos pequeninho – o nome completo dele, eu não lembro. Milton, Laércio, eu, Milton, Laércio… Uns três, nós três, ai descemos; o primeiro cara que manteve contato comigo, foi o J. Alves (José Faustino Alves, jornalista esportivo, aposentado – ver entrevistas), chegamos e lá estava J. Alves com um fusquinha da Difusora, fazendo reportagem, já dando em primeira mão, que nós tínhamos chegado, ai chegamos aqui, coincidentemente eu fazia aniversário no dia 25 de setembro e o JEM’s estavam rolando, foi a primeira demonstração de carinho do Cláudio Vaz, comigo, aí o Ginásio Costa Rodrigues lotado, lotado, lotado, ai ele parou o jogo e me deu um agasalho completo do Maranhão, me fez de presente, o ginásio inteiro cantando parabéns à você e eu, eu comecei a me agradar desde o começo, porque eu vim apitar handebol, mas de tanto eu me envolver com esporte, os caras chegavam aqui, pôr tem que colocar o Biguá, porque eu estava, eu impunha respeito, mas respeito não era imposição, eu apitava independente, eu não sabia o que falavam A ou B ou C, para mim eu estava lá apitando, colaborando com todo mundo, eu acabei apitando as 3 finais de handebol, final de basquete e final de voleibol. Eu não vim para jogar Handebol, eu vim para arbitrar o JEM’s em setembro; ai aconteceu o fato interessante, no último dia de JEM’s… nós tomamos conhecimento que iria ter o primeiro Campeonato Brasileiro de Juvenil de Handebol, até então – presta atenção -, em julho deste mesmo ano que eu cheguei. Ai é que quando o Laércio disse assim:

  • vai ter o primeiro Campeonato Brasileiro de Handebol Juvenil, vai ser em Niterói, vai ser final de novembro, em Niterói. Nós estávamos em setembro.
  • Aí, por, tu queres ficar para jogar?… Ai o Laércio disse, “você não topa ficar?
  • “Não, Laércio, eu trouxe pouca roupa, eu não trouxe nada para ficar aqui, eu não tenho nada para ficar aqui“. Ai Alemão – Cláudio Vaz -, disse, “não seja por isso, eu te dou toda roupa, te dou tudo, vamos te dar tanto por mês, te damos comida, tudo o que quiser a gente te da”.

Só que nós temos que trazer mais, só você não vai dar para segurar essa barra, porque o seguinte, em julho no JEB’s em Brasília, a Seleção Paulista foi campeão Brasileira e o Maranhão foi 18o com todos os gatos que você possa imaginar, com os Rubinhos da vida (Rubem Teixeira Goulart Filho), Gafanhoto (José de Ribamar Silva Miranda), Paulão (Paulo Roberto Tinoco da Silva), Carlos (Carlos Roberto Tinoco da Silva, irmão de Paulo) e Ermílio (Nina), todos os gatos que você possa imaginar, nós conseguimos 18o lugar.

Ai Laércio disse: “Como é que a gente faz?”- Eu disse: “Faz o seguinte, me arruma passagem e vou até São Paulo, eu vou conversar com meus pais e eu trago o Turco e Dugo – que eram meus companheiros na General Motors. Laércio disse: ” bem pensado”. O Viché (Vicente Calderoni, professor de handebol da UFMA, hoje), nessa época jogava no Juvêncio, não jogava com a gente não. Ai Laércio disse: “Legal, legal”. Ai, eu fui para São Paulo, contei a história para meu pai e minha mãe – eu vou voltar para o Maranhão -, convenci o Turco e Dugo. Ai o que acontece, o seguinte, eu vim na frente e eles ficariam de vir depois, eles estavam estudando – nós estudávamos no mesmo colégio, era no Colégio Barcelona, já nessa fase-, aí eles vieram; aí, nos fomos para o Brasileiro. Laércio, técnico; quando nós chegamos lá, para nossa belíssima surpresa, nós conseguimos o 3º lugar do Brasil. Você sai do 18º em julho, em novembro você em 3º lugar no Brasil; ficou São Paulo, Minas e Maranhão, daí que começou a força do Handebol no Maranhão; ai onde entra o Laércio, com o Viché, eu fui para …

Eu sai daqui, antes de ir para o Campeonato Brasileiro, para encontrar com os caras em Niterói, eu fui para São Paulo: “Pô precisamos arrumar um cara para trabalhar para gente, como técnico”, porque o Laércio sempre foi uma pessoa de idéias, sempre foi uma pessoa de execução, então ele nunca gostou de ser técnico de handebol, ele sempre em todo lugar que ele passou, o seguinte, ele monta uma equipe de handebol, ele vê quem é o liderzinho, quem é o cara que pode botar para frente, ele larga e vai embora; ele sempre foi de projetos; ai eu estava conversando com ele, ele disse: “P…, a gente podia trazer Viché para cá, aquele cara do Juvêncio, aquele cara sabe, conhece as coisas”;

Quando eu for agora a São Paulo, eu convido ele”.

E quando eu fui para São Paulo, para me encontrar com a Seleção lá em Niterói, ai eu falei com Viché, falei olha: “É assim, assim,… nós vamos disputar um campeonato, agora, você esta a fim de ir para o Maranhão?”; Viché vinha passando por uma serie de problemas, lá na família dele e com ele próprio também, nessa época e foi interessante ele ter saído de São Paulo, ele estava envolvido em barras pesadíssimas em São Paulo, pesadíssimas a ponto de matar, de morrer; aí surgiu exatamente o lido, ele falou – “P… eu vou”, aí ele veio comigo para Niterói; ele já começou a ajudar o Laércio na parte técnica, e de Niterói ele já veio com a delegação do Maranhão para cá e eu e Laércio fomos para São Paulo; fomos para não voltar mais, eu fui para não voltar mais, já conhecia a Tânia, com cinco dias que eu estava aqui, já eu estava namorando Tânia, mas eu tinha dito para ela…

  • “Olhe, não sou daqui, não pretendo ficar aqui”.
  • Os Biguás – Tânia, o neto, e Biguá

mas eu deixei bem claro – eu acho que por isso ate que ela gostou da minha sinceridade… acredito…” não pretendo ficar aqui, agora, se você quiser que a gente fique namorando, a gente vai namorar, agora não tem, não posso de dar esperança nenhuma, ai, quando chegou nessa época que eu fui para São Paulo. Ai já não era mais a minha praia. Ai não era, não era, nem eu tinha telefone na época na minha casa, nem Tânia tinha. Quando começamos a trocar, é… dezembro inteiro, ai veio janeiro cara não dá é mais isso para mim, ai eu já achava. Já não tinha nada haver comigo. Eu saia para conversar com meus colegas e eu achava que o papo era muito vazio, eu já não era mais aquele negocio para mim. Ai de repente Cláudio Vaz me liga, ele ligou, ele ligou, eu tinha desse meu tio que era vereador que ficava uns 400 metros da minha casa, então a pessoa ligava para lá e dizia – “Olha, fala para ele estar ai dentro de uns 10 minuto que eu ligo de novo”, né, eu lembro ate o numero do telefone ate hoje 442-6778, hoje não existe mais esse numero, ai foram me avisar e eu fui lá, esperar o telefonema dele. Ele disse,

  • “Olha, nos estamos com um projeto aqui de trabalhar firme no Handebol, estamos querendo que você venha, você vai trabalhar com as escolinhas” – e era tudo que eu queria, só que eu, eu não sei to passando por dificuldade, e ele de novo abriu, me favoreceu tudo. (In ENTREVISTA) [xl].

 

Laércio considera que foi uma espécie de catalisador, ajudando a desenvolver, a princípio, o Handebol e, depois, batalhando a vinda de muitos professores, com o apoio do Cláudio Vaz -“a gente chamava para apitar os JEM’s e, quando o professor chegava, já tinha alguma coisa”. Entrou e saiu da Escola Técnica mais de uma vez, para abrir vagas nesse processo. Na UEMA também. “Procurei colocar o Maranhão no Mapa...”. Para ele, o que garantiu o apoio – e as refregas que levaram a algum progresso – foi a grande dedicação e o sucesso das equipes de Handebol, com participação decisiva do Viché e Biguá, alem dos “professores” que ajudávamos a treinar: Lister [Carvalho Branco Leão][xli], Álvaro [Perdigão][xlii], Mangueirão [?][xliii]… (PEREIRA, Laércio Elias, Entrevistas).

Lino Castellani Filho – outro “paulista” – lembra quando começou a trabalhar no Maranhão, em 1976, trazido pelo Sidney Zimbres:

Foi através do Sidney, que tinha ido para o Maranhão antes de mim na época eu estava, eu estava trabalhando em Ribeirão Preto, no Botafogo de Ribeirão Preto, e eles estavam montando equipe de trabalho no Maranhão: o Sidney estava empolgado, de férias em Atibaia, cidade onde ele morava, os familiares moravam, onde nós nos conhecemos, enfim.

Ele fez alusão ao Maranhão, e me convidou para conhecer o Maranhão, e foi por ele então que eu fui no primeiro momento. Lá, montaram um esquema de visitas, todo ele sedutor, e eu fui totalmente seduzido pelo Maranhão. Foi em 76, começo de 76.

 

 

 

 

 

 

Eu cheguei ao Maranhão, eles fizeram uma proposta, me colocaram algumas possibilidades de trabalho, nesse jogo de sedução, em janeiro de 76; eu voltei, desvinculei os compromissos que eu tinha em Ribeirão Preto e fui para lá, definitivo em Fevereiro, Março de 76; e os meus primeiros trabalhos no Maranhão foram no MAC, Maranhão Atlético Clube, como Preparador Físico; eu dava aula no CEMA, Centro Educacional do Maranhão, em primeiro e segundo grau, e logo naquele mesmo ano eu me envolvi na construção de um projeto para Educação Física, na Educação Superior, na… hoje UEMA, naquela época FESM; não tinha curso de Educação Física, tinha o setor de prática esportiva, por conta da implementação daquele decreto, daquela lei 6251 de 75 que já apontava, para a regulamentação de 77 que veio, que veio depois, e falava da parte esportiva obrigatória; e eu, o Zartú, que trabalhamos em torno do projeto.

O Zartú era o coordenador na época, e eu tive essa associação. Eu entrei na Universidade Federal do Maranhão em 78, não era administrativo não, era um cargo técnico era… Técnico em Assuntos Educacionais, ligado a um projeto de desenvolvimento do esporte universitário vinculado a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis. O DAC era o Departamento de Assuntos Culturais da Pró-Reitoria de Extensão, mas eu estava ligado ao DAE, Departamento de Assuntos Estudantis; e depois fui para o outro departamento, de Interiorização, que me levou a desenvolver projetos coletivos de políticas públicas pelo interior do Maranhão;

Nesse meio tempo eu já fiz parte, mesmo como técnico em assuntos educacionais, do primeiro corpo docente, da criação do curso de Educação Física da UFMA; eu já assumi, de cara, a responsabilidade por duas disciplinas lá, lembro que uma delas era organização esportiva; a outra eu não sei, não lembro qual era; e todo processo de criação do curso, lá, eu me envolvi desde o primeiro momento, com o grupo; mesmo em eu formalmente na função de técnico, mas, eu, Mary, Sidney, Laércio, desenvolvemos a criação do Curso Educação Física do ITA, depois virou MENG né?; Hoje OBJETIVO, mas na época, o curso funcionou na época do ITA; tinha a Terezinha Rego, que era a dona do ITA; mas aí na época do Márcio já não tinha mais o curso, nós ficamos um pouco, e o curso cutucou o pessoal da Universidade Federal, a correr atrás do processo de criação do curso da Federal.                                                                                                                

Eu praticamente desenvolvi o projeto, mas eu, propriamente não trabalhei, eu só me envolvi no projeto, já naquela época a FESM, eu acho que foi um pouco depois da minha chegada não foi em 76 não, foi já em 77 depois do decreto 80.228, que sistematiza a questão do esporte Universitário, o que eu fiz quando eu cheguei, além do MAC, do CEMA, foi trabalhar no SESC, e foi aí o meu primeiro contato com o Dimas por que o Dimas era professor do SESC; Eu praticamente entro no lugar dele. (CASTELLANI FILHO, Lino. Entrevista)[xliv].

 

Aldemir Mesquita, professor de educação física da antiga ETFM, onde dava aulas de futebol de salão e handebol, fala da importância desses professores “estrangeiros” para o desenvolvimento do esporte em Maranhão:

Chegava uma pessoa aqui em São Luís, que praticava esporte, que treinava, chegava – eu sou professor de Basquete – começava a trabalhar … [Prof. Ronald] dava oportunidade nessa época para ele aqui no CEFET, na Escola Técnica; arranjava um contrato provisório de dois meses, três meses ele vinha treinava e nós tínhamos professor de basquete, às vezes nós tínhamos treinador de vôlei, mas ele convidava, como se fosse em vez do professor sair daqui para fazer uma especialização lá fora, seria mais difícil ele tirar uma pessoa daqui para fazer uma especialização lá fora.

Chegava um professor, um professor desse aqui em São Luís, na hora que ele chegava ele via a qualidade do rapaz ele fazia um contrato de prestação de serviço com a escola… Aconteceu com vários professores que eu conheci, inclusive era colega nosso, mas eu sempre dizia assim

– nós vamos aprender com esse pessoal, nós não temos oportunidade de sair daqui, eles estão trazendo conhecimento para nós.

Então achava como a pessoa chegava aqui era estrangeiro, era aquilo, aquilo outro, havia aquela critica muita das pessoas desinformadas às vezes falava isso, mas fui o único que defendi isso, era o conhecimento para ter uma visão melhor do esporte.

O professor [Ronald] fez muito isso, deu oportunidade dentro da Escola Técnica, nem uma vez para tomar o lugar de ninguém. (MESQUITA, Aldemir Carvalho de. Entrevistas)[xlv].

 

Cláudio – junto com Laércio, Simei, e Domingos Salgado, e a participação de Dimas – são os responsáveis pela criação dos cursos de educação física no Maranhão. Houve uma tentativa da fundação de uma Escola de Educação Física na FESM, chegando ser baixado um Decreto[xlvi], já com Magno Bacelar como Secretario de Educação. “Tínhamos um interesse de fazer uma Escola de Educação Física aqui, então trouxe Domingos Fraga Salgado para criar e Escola de Educação Física”.

Foi Domingos Salgado quem obteve toda documentação, e o curso vingou na UFMA. Mas o objetivo era para ser na Federação das Escolas Superiores do Maranhão – a antiga FESM, hoje UEMA. Chegou a ser criada uma escola, em nível de segundo grau profissionalizante, no antigo ITA, da Professora Terezinha Rego. É quando chega a Simei Bílio para implantar a prática de Educação Física na UFMA e daí que se cria o curso de Educação Física:

Eu sei que nós chegamos, avançamos, não foi concretizado, eu sei nós avançamos nesse ponto, o Salgado veio para cá fazer isso, eu trouxe ele para cá. No tempo eu tinha muita liberdade de pagar, Magno quando queria o serviço pagava do próprio bolso, não tinha o Wellington e ele me davam um cheque, hoje ele é um homem de porte limitado, na época ele era o mandão, então ele me apoiou demais. Quando o Magno assumiu eu fiquei muito forte na Secretaria.

Em 1974, pela Lei no. 3.489, de 10 de abril [xlvii], o Governo do Estado cria a Escola Superior de Educação Física do Estado do Maranhão, com o objetivo (art. 1º) de formar professores e técnicos de Educação Física e Desportos bem como desenvolver estudos e pesquisas relacionados com a sua área específica de atuação.

O curso fora criando com toda a estrutura, com coordenação, área, dotação orçamentária… Mas não foi implantado. Na mesma época, a Universidade Federal estava implantando o dela e, parece, houve um acordo em que o Estado abriria mão então de iniciar o seu curso para dar oportunidade para que a Universidade Federal abrisse o dela[xlviii].

Domingos Fraga Salgado Arquivo Jornal O Estado do Maranhão 1978

[1] PEREIRA, Lércio Elias. DEPOIMENTO ENVIADO ATRAVÉS DE CORREIO ELETRÔNICO. De: Laércio Para: Leopoldo. Assunto: respostas do questionário do Dimas. Brasília, 28 de fevereiro de 2001.

[i] RINALDI LASSALVIA LAULETA MAIA, nascido São Luís do Maranhão no dia 05 de fevereiro de 1914, filho de Vicente de Deus Saraiva Maia e de Júlia Lauleta Maia; iniciou sua carreira esportiva como crack de futebol, no América – clube formado por garotos do 2º ano do ginásio, e que praticava o “futebol com os pés descalços”. Em 1939, o jovem atleta já era jogador do Liceu Maranhense, sagrando-se bicampeão estudantil invicto, nos anos de 1941 e 1942. Apesar de jogar no Liceu, Rinaldi figurava em quadros da 1ª divisão da Federação Maranhense de Desportos – FMD -, primeiramente no Vera Cruz (o clube que nunca perdeu no primeiro tempo…), onde fez “misérias” ao lado de Sarapó, Jenipapo, Cícero, Sales, etc. Depois, figurou na equipe do Sampaio Corrêa. No “Bolívia”, Rinaldi foi elemento destacado, muito embora jogasse ao lado de um Domingão. Foi considerado “O Menino de Ouro” da “Bolívia”. Em 1941, Rinaldi começa a praticar o Basquetebol, tendo ao lado Gontran Brenha e Eurípedes Chaves e outros, defendendo as cores do Vera Cruz. Nessa época, não havia campeonatos de bola ao cesto, contudo, era público e notório que o Vera Cruz era o campeão da cidade. O grêmio do saudoso Gontran apenas tinha como adversário perigoso o quadro do “Oito de Maio”. Nas disputas de Vôlei levava sempre a pior, porém, vencia todos os encontros de bola ao cesto. O Vera Cruz era um campeão autêntico… O melhor ano do esporte para Rinaldi foi 1942. Nessa temporada o jovem atleta conquistou nada menos de três títulos sugestivos: campeão invicto de futebol pelo Sampaio Corrêa; campeão invicto de futebol, pelo Liceu Maranhense; e campeão de basquetebol, pelo Vera Cruz. Em 1943, coberto de louros, Rinaldi embarcou para o Rio de Janeiro, a fim de cursar a Escola Nacional de Educação Física. Na Cidade Maravilhosa, o filho de Vicente de Deus Saraiva Maia conseguiu seu objetivo, formando-se como Professor de Educação Física. Voltou a São Luís em 1945. Muita gente julgou que Rinaldi ainda fosse um crack da esfera. Contudo, mero engano! O jovem atleta apenas apareceu em campo, no dia de seu desembarque, para satisfazer o pedido de amigos, mas fez ver que havia abandonado o futebol em definitivo. Seu esporte predileto passa a ser a bola ao cesto. Em 1946, Rinaldi figurava na equipe de basquetebol do Moto, sagrando-se campeão do “Torneio Moto Clube”. Quando da visita do “five” rubro-negro a Belém, Rinaldi teve oportunidade de brilhar na capital guajarina e colaborou naquela magnífica campanha dos motenses. Em 1947, Rinaldi tomou outra decisão. Deixou o Moto Clube e tratou de reorganizar o Vera Cruz, seu antigo clube. O seu sonho foi realizado, uma vez que o Vera reapareceu e hoje figura na liderança do campeonato de basquetebol da cidade. E Rinaldi é figura destacada no grêmio cruzmaltense. Atua na guarda, onde se vem destacando, juntamente com o professor Luiz Braga, outra grande figura do basquete maranhense. Cabe ressaltar que o Vera Cruz foi campeão naquele ano. (O Esporte, São Luís, 25 de outubro de 1947, p. 2.).

[ii] ODINÉIA

[iii] CLARICE LEMOS

[iv] MARIA JOSÉ

[v] ILDENÊ MENEZES

[vi] DINORAH PACHECO

[vii] CELESTE PACHECO

[viii]GRAÇA HELUY – foi professora do Colégio Santa Teresa e da Divisão de Educação Física do Município de São Luís; em 1980, junto com Celeste Muniz, abriu a Academia de Ginástica São Francisco – uma das primeiras do Estado, e hoje, sob a direção de sua filha, Carolina, também professora de Educação Física -. Ainda adolescente, envolveu-se com o esporte, o Voleibol em especial; fez o Curso Normal, no Instituto de Educação, onde teve como professoras Ildenê Menezes e Celeste Muniz; participou dos Jogos da Primavera, disputados no Casino Maranhense (décadas de 50/60); quando terminou a Escola Normal, foi para Pernambuco, fazer o Curso de Suficiência em Educação Física, na Escola Superior do Recife; na volta, assumiu o lugar de Mary Santos, como professora de Educação Física do Santa Teresa; na primeira participação do Maranhão nos JEB’s, Graça, junto com o Coronel Alves, dirigiu a seleção de voleibol feminino; criou os Jogos Interclasses do Santa Teresa; implantou outras modalidades , criando escolinhas, quando assumiu a Coordenação de Educação Física e Esportes do colégio; paralelamente, trabalhava na Divisão de Educação Física do Município, como professora, chegando a assumir a direção daquela Divisão; criou os Jogos Infantis do Município, com a participação, inclusive, de escolas da zona rural. Em abril de 1980, afastou-se do Santa Teresa e do Município, dedicando-se apenas à sua academia de ginástica, desde então. In BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda você. Professora Graça Helluy. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 07 de dezembro de 1998, Segunda-feira, p. 4. Esportes.

[ix] LUIS ARANHA – foi Secretário do Liceu Maranhense, grande incentivador da educação física e esportes.

[x] RUI GUTERRES – professor de educação física

[xi] CECILIA MOREIRA – professora de Educação Física da UFMA; foi Secretária de Estado de Desportos e Lazer

[xii] CELSO BALATA CAVAGNAC, em 1969, já era professor de natação da Escola Técnica Federal do Maranhão – hoje, IF-MA -, por onde se aposentou; morou em Imperatriz, onde exercia comércio; já falecido.

[xiii] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. HANDEBOL NO MARANHÃO. In Blog do Leopoldo Vaz. http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2013/08/27/handebol-no-maranhao-novos-achados/; ver também ATLAS DO HANDEBOL NO MARANHÃO, disponível em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2013/06/17/atlas-do-esporte-no-maranhao-handebol-2/ ; disponível em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/

[xiv] JAFFE MENDES NUNES trabalhou como Professor de Educação Física na então ETFM, onde era funcionário; radiaista, foi um dos grandes incentivadores do Futebol de Salão (Futsal).

[xv] FRANÇA – professor de voleibol da ETFM – hoje IF-MA -; ex-aluno, foi um dos destaques do esporte estudantil nos anos 60; na década de 70 atuou como professor de Voleibol.

[xvi] ELDIR CAMPOS CARVALHO – professor de educação física, ex-oficial do Exército, foi coordenador de educação física do IF-MA por muitos anos.

[xvii]JUAREZ ALVES DE SOUSA – ex-sargento de educação física do Exército Brasileiro; ao se reformar, passou para o quadro de professores do IF-MA; onde foi técnico de Atletismo e Handebol; aposentado.

[xviii] LAÉRCIO ELIAS PEREIRA: Doutor em Educação Física; Professor da Universidade Católica de Brasília, onde dirige o Laboratório de Informação e Multimídia em EF-LIMEFE; Coordenador do Projeto Centro Esportivo Virtual Unicamp/UCB; em suas próprias palavras, nascido há mais de meio século (11 de outubro de 1948) em São Caetano do Sul – SP, onde se formou e trabalhou como metalúrgico como quase todo mundo lá; veio para a vida a passeio – e não em viagem de negócios. Cursou Educação Física na USP [Faculdade de Educação Física da Universidade de São Paulo – FEF/USP], depois de um vestibular em Sociologia. Passou por várias universidades (São Caetano, Maranhão, Paraíba, Mossoró, Minas Gerais) e foi assessor da SEED-MEC. Atualmente é professor da Universidade Católica de Brasília, onde dirige o Laboratório de Informação e Multimídia em EF-LIMEFE, é pesquisador associado da Escola do Futuro – USP, coordena o Centro Esportivo Virtual no NIB–Unicamp e é Coordenador de Projetos Especiais da ESEF de Muzambinho ESEF. Gostou de ter escrito a “Parábola da Aula Final”, ter sido secretário da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SEC/MA e presidente do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte – CBCE. Fez doutorado na UNICAMP (a tese foi o CEV), é membro do Conselho Federal de Educação Física e goleiro de futebol de salão do Antigamente Futebol Clube há 30 anos. Para saber mais, acesse http://www.cev.org.br/grcev/laercio.

[xix] Refere-se à Simey Ribeiro Billo, maranhense – inclusive tinha sido Miss Maranhão anteriormente -, professora de Educação Física.

[xx] CARLOS ALBERTO FERREIRA ALVES – militar, Voleibol. Nasceu em 1928. Em 1945, jogava Basquetebol pelo Liceu Maranhense. Conhecido, nos meios esportivos do Maranhão, como Tenente Alves, por toda uma geração de esportistas, de Basquetebol, de Voleibol, e de alunos de vários cursos de Educação Física que ministrou. 1946 – jogava pelo Moto Clube de São Luís. Cursou a Escola preparatória de Cadetes, em Fortaleza, por onde jogava Basquetebol e Futebol de Salão; foi para a Academia Militar das Agulhas Negras e lá também se destacou no Basquetebol. 1953 estava de volta ao Rio de Janeiro, como 2º Tenente; 1955 retorna à São Luís, formando ao lado de Rubem Goulart, Rinaldi Maia, Carlos Vasconcelos e Ronald Carvalho um dos melhores times de Basquetebol do Maranhão; foi um dos fundadores da Federação Maranhense; foi presidente da Federação Maranhense de Desportos – FMD; 1968 – administrador do Ginásio Costa Rodrigues, a convite do Secretário de Educação, Cabral Marques; o então Major Alves deva aulas de Basquetebol, Handebol, Voleibol, ao lado de Dimas, Rinaldi Maia e Vanilde Leão. Foi Diretor de Esportes do SESC até 1972, ano em que foi técnico de Voleibol – masculino e feminino – e Basquetebol – masculino – da seleção que participou dos JEB’s de Maceió – na primeira participação do Maranhão. Fonte: BIGUÁ, Tânia; BIGUÁ, Edivaldo Pereira. Onde anda você ? Alves – atleta e técnico. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 17 de novembro de 1997, Segunda-feira, p. 4. Caderno de Esportes.

[xxi] Lino Castellani Filho é docente da Faculdade de Educação Física da Unicamp; pesquisador-líder do “Observatório do Esporte” – Observatório de Políticas de Educação Física, Esporte e Lazer – CNPq/Unicamp e coordenador do Grupo de Trabalho Temático “Políticas Públicas” – CBCE. Foi presidente do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, CBCE (1999/01 – 2001/03); secretário nacional de Desenvolvimento do Esporte e do Lazer – SNDEL, do Ministério do Esporte (2003/06). Autor e coautor de vários livros. Foi professor da UFMA

[xxii] CASTELLANI FILHO, Lino. DJALMA SANTOS 8.0… NÓS JOGAMOS COM ELE! em http://www.universidadedofutebol.com.br/Jornal/Colunas. publicado em BLOG DO LEOPOLDO VAZ, disponível em in http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/?s=djalma+santos

[xxiii] MARCÃO, como é conhecido MARCOS ANTONIO DA SILVA GONÇALVES – embora não tenha concluído seu curso de Educação Física, na EEF/USP, foi trazido pelo Laércio devido à sua experiência como administrador esportivo – função que exercia no SESI de Santo André, em São Paulo; atleta excepcional, era da mesma turma do Laércio, e teve importância muito grande na organização dos primeiros Jogos Escolares. Após um período em São Luís – cerca de cinco anos -, retornou para São Paulo, andou pela África, e atualmente, mora em São Luís, onde é vice-presidente e secretário da Federação de Desportos Escolares, recém fundada.

[xxiv] BIGUÁ, como é conhecido EDIVALDO PEREIRA – foi um dos atletas trazidos para jogar Handebol pelo Maranhão; trabalhou como técnico, como professor de educação física, jogador de futebol de salão, de voleibol; jornalista … casado com Tânia, atleta de voleibol, hoje, professora de Educação Física e Jornalista, mantêm uma coluna em jornal local, onde traçam as memórias do esporte maranhense.

[xxv] VICHÉ, como é conhecido VICENTE CALDERONI NETO – outro atleta trazido à época para jogar pelo Maranhão. Trabalhou como técnico de Handebol e professor de educação física. Formou-se em Educação Física pela UFMA. Casado com Fátima Calderoni, sua ex-atleta, hoje, médica, uma das lendas do handebol feminino do Maranhão.

[xxvi] DEPOIMENTO ENVIADO ATRAVÉS DE CORREIO ELETRÔNICO. De: Laércio Para: Leopoldo Assunto: respostas do questionário do Dimas Brasília, 28 de fevereiro de 2001.

[xxvii] DOMINGOS FRAGA SALGADO foi um professor de Educação Física da UFMA; trabalhou no MEC, na África. Seu genro, Enzo Ferraz, médico ortopedista, atua em Medicina Esportiva, no Maranhão.

[xxviii] Horácio – um dos ‘paulista’, trazidos pelo Laércio, na época (75/76) para implantar as escolinhas de esportes da época de Claudio Vaz; pçermamneceu dois ou três anos em São Luis.

[xxix] DEMOSTHENES MONTOVANI foi professor de judô, da UFMA; aposentado.

[xxx] NÁDIA COSTA foi professora da UFMA, mulher do Laércio Elias Pereira (hoje, estão separados); atualmente, mora na França, onde se dedica a criar cabras e a fabricar queijos, e trabalha com Biodança.

[xxxi] JORELZA MANTOVANI era casada com Demósthenes Mantovani, à época. Voltou para sua cidade natal, Ponta Grossa, no Paraná.

[xxxii] SIDNEY FORGHIERI ZIMBRES, professor de educação física na UFMA, hoje aposentado; foi um dos fundadores do Curso de Educação Física. Ver dados biográficos nos anexos, entrevista

[xxxiii] LINO CASTELLANI FILHO, doutor em educação física, hoje é professor da FEF/UNICAMP; sua tese de mestrado, em Educação – PUC-SP – sobre a história da educação física, tornou-se um marco de referência para os estudos da educação física no Brasil. Lino era técnico em assuntos educacionais na UFMA, ligado ao Departamento de Assuntos Culturais, e dava aulas no curso de Educação Física. Quando saiu para o Mestrado, após a volta, foi impedido de dar aulas, o que ocasionou sua saída da UFMA, sendo contratado pela Unicamp. Ver dados biográficos nos anexos – Entrevistas

[xxxiv] JOSÉ CARLOS CONTI

[xxxv] ZARTÚ GIGLIO CAVALCANTE, professor de Voleibol, Doutor

[xxxvi] PASCHOAL BERNARDO – professor de educação física da UFMA

[xxxvii] ZIMBRES, Sidney Forguieri. Entrevista realizada com o professor Sidney Forghieri Zimbres, na residência do entrevistador, à Rua Titânia n.º 88, Recanto dos Vinhais, no dia 24 de março de 2001, iniciando às 8:30 horas.

[xxxviii] CARLOS ALBERTO PINHEIRO BARROS economista, dirigiu a Coordenação de Educação Física e Desportos, depois Departamento de Educação Física, Esportes e Recreação, em substituição à Cláudio Vaz.

[xxxix] GONÇALVES, Marco Antonio da Silva. Entrevista com o professor, Marcos Antônio da Silva Gonçalves, realizada no Estádio Nhozinho Santos, 09:35. 2001

[xl] Entrevista com Edivaldo Pereira Biguá, realizada na Sede da Federação Maranhense de Voleibol, no Ginásio Costa Rodrigues, no dia 04 de julho de 2001 com inicio às 10:07hs.

[xli] LISTER CARVALHO BRANCO LEÃO, professor de Educação Física do CEMA/TVE, do Município e da FUNDEL, onde coordena o setor de esportes; atuou por muitos anos no handebol, e ultimamente, vem atuando com o Futebol de Bairros, organizando os campeonatos da fundação do Município; foi coordenador de desportos da SEDEL.

[xlii] ÁLVARO PERDIGÃO, ex-atleta de Handebol, passou a atuar como técnico, função que exerce até hoje, tanto no Estado como no Município e em diversas escolas particulares.

[xliii] MANGUEIRÃO, como é conhecido JOSÉ HENRIQUE AZEVEDO, ex-atleta de Handebol, passou a atuar como técnico, função que exerce até hoje, tendo conquistado vários títulos, tanto nos JEM’s, como técnico da seleção estadual.

[xliv] Entrevista realizada com o professor Doutor Lino Castellani Filho, realizada no dia 06 de abril de 2001, inicio às 18:06 horas, hotel Ouro Verde, em Maringá, Paraná.

[xlv] ENTREVISTA REALIZADA NO DIA 27/06/2001. LOCAL: CENTRO FEDERAL TECNOLOGICO – CEFET, NO PÁTIO ESPORTIVO COM O PROFESSOR ALDEMIR CARVALHO DE MESQUITA.

[xlvi] Lei no. 3.489, de 10 de abril de 1974. Cria a Escola Superior de Educação Física do Estado do Maranhão e dá outras providências. DIÁRIO OFICIAL, São Luís, Sexta-feira, 10 de maio de 1974, ano LXVII, no. 88, p. 1

[xlvii] Lei no. 3.489, de 10 de abril de 1974. Cria a Escola Superior de Educação Física do Estado do Maranhão e dá outras providências. DIÁRIO OFICIAL, São Luís, Sexta-feira, 10 de maio de 1974, ano LXVII, no. 88, p. 1

[xlviii] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. MEMÓRIA ORAL DOS ESPORTES, DA EDUCAÇÃO FÍSICA E DO LAZER MARANHENSE – 1940/1990. 2009. Volume III da Coleção Memória(s) do Esporte, Lazer, e Educação Física – Apontamentos para sua História no Maranhão (inédito)

  1. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ARAUJO, Denise Martins. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araujo) e a Educação Física maranhense: uma biografia (autorizada). São Luis: EPP, 2014..

 

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