Política e futebol – sempre antagônicos
Política, que muitos consideram uma ciência (como algo tão desmoralizado pode ser ciência, para nós, brasileiros?), é, com certeza, a outra linha férrea por onde pouco andam os trens – a Ferrovia Norte-Sul, por exemplo, parece ser propriedade particular de alguém, pois só se sabe alguma coisa a respeito, quando sopram os ventos bons ou maus.
Futebol e política, são as duas linhas de trens. Nunca se encontrarão, embora estejam ali, por milhares de quilômetros, uma ao lado da outra. Os políticos usam o futebol para galgar objetivos. Só isso.
Vejam que coisa hilária: a FIFA, comandante maior do futebol mundial, todo ano realiza uma premiação para os melhores do ano. Melhor isso e melhor aquilo. No ocaso do campeonato espanhol de 2015, Neymar marcou um gol antológico. Uma verdadeira obra de arte, que qualquer um teria orgulho em assinar. Como a FIFA já havia escolhido os gols mais bonitos para aquele ano, a obra prima do brasileiro sequer foi relacionada. Neste ano de 2016 ela foi lembrada.
Nos últimos cinco anos, ninguém no mundo fez um gol mais bonito que aquele de Neymar. E aí, agindo politicamente e sem qualquer justificativa, a FIFA elimina Neymar e inclui na relação dos três gols mais bonitos, o do meia corintiano Marlone. Política e politicagem das mais reles. E nem se trata de “questão de opinião pessoal”.
Ora, Marlone, jogador brasileiro, fez o tal gol jogando pelo Corínthians numa competição intercontinental. Portanto não poderia ser indicado entre os melhores do campeonato brasileiro de 2016. O escolhido foi o gol marcado por Camilo, do meu Glorioso Botafogo de Futebol e Regatas.
E aí é que entra a decisão política. O jogo Vasco x Ceará foi decisivo para o acesso do alvinegro da Colina para a elite do campeonato brasileiro, e quiseram marcar na lembrança aquele fato.
Não aconteceu este ano no Brasil, um gol mais bonito, mais “arte” do que o gol do Ceará, marcado por Eduardo, no jogo que confirmou a subida do Vascão.
Mais uma vez, e agora não por políticos, o futebol foi “usado” para satisfazer interesses alheios a ele.
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