Prática de escravatura e ruína institucional por Jorge Bento
O Presidente do CRUP não acha mal! Pudera, o CRUP é como o órgão da Concertação Social! Desde o consulado de Sócrates, tem servido para coadjuvar os governos na implementação de infames políticas neoliberais.
O RJIES legalizou a captura da Universidade pelo neoliberalismo e o roubo de direitos essenciais. Os reitores, designados à margem da comunidade académica, são ufanos Reis-Sóis, brilhantes no manejo da cartilha e novilíngua mercadológica. A propaganda, com o seu cortejo de galas e festas de ‘empreendedorismos’ para tudo e para nada, vem dissimulando a queda no abismo. Quem vir de fora, parece a corte de Luís XIV! Por dentro, é o caminho para o desastre.
É duro assistir à degradação de uma instituição que deveria ser referência de dignidade, de defesa e observância de superiores princípios e valores humanos. A Universidade, idealizada como entidade da cidadania plena, para albergar, promover e alargar a elite intelectual, espiritual, cultural e moral da nação, tem sido intencional e paulatinamente transformada em linha de montagem de escravos, de fiéis serviçais, de gente acuada, apavorada e cheia de medo de ficar sem as poucas migalhas que caem da mesa. É este tipo de quadros que lhe vai dar forma no futuro!
A maioria destes docentes precários entrega-se inteiramente às instituições, recebe um salário miserável e está sujeita a ser despedida a qualquer momento. E há ainda estudantes de doutoramento que são explorados até ao tutano: lecionam sem receber um cêntimo! Nalgumas áreas a lecionação é, não raras vezes, garantida por eles.
Muitos ‘responsáveis’ encolhem os ombros e até aplaudem a situação, revelando o grau da sua irresponsabilidade institucional, cívica e social. A coragem para denunciar o mal sempre foi limitada. A desfaçatez para o praticar e a cobardia para o consentir não têm limites.
Professores a tempo parcial nas universidades já são quase um terço Número de docentes com este tipo de contrato aumentou 15% em cinco anos e a austeridade é uma das causas. Instituições dizem que a prática pode ter… publico.pt|Por Samuel Silva
Isso, em Portugal… aqui, na UEMA, os ‘boias-frias’ são a grande maioria… algumas unidades, do quadro, só o coordenador/diretor e uns poucos administrativos, nem mesmo os ‘da limpeza’ são do quadro… e querem ‘fazer’ universidades… sem quadro de pessoal… verdadeiros bóias-frias, com salário abaixo do professor normalista mas, exige-se deles, mestrado e doutorado… R$ 1.400 por mes, para 20 mhoras de efetivo trabalho em sala de aula, além das despesas de deslocamentos e estadia nas diversas unidades, inclusive tendo de atender as vezes ate tres unidades, em cidades distantes umas das outras. Sei de que falo!!! já fui boia-fria da UEMA!!!
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