PRECURSORES DA GINÁSTICA NO MARANHÃO – E NÃO FOI DIMAS… NEM DILMA!!!

“DILMA BEZERRAS – PIONEIRA DA GINÁSTICA NO MARANHÃO – ANOS 1970″

 

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2014/09/28/dilma-bezerras-pioneira-da-ginastica-no-maranhao-anos-1970-mas-quem-e-dilma-bezerras/

 

Publicado hoje em O ESTADO DO MARANHÃO – São Luis, 28 de setembro de 2014 – Domingo, pg. 3 – PERFIL, sob o título “Essa empolgação que trago está no sangue“, reportagem de Andressa Valadares, da equipe de O Estado.

Trata da biografia de LIANE BEZERRA MELO TEIXEIRA, identificada como “educadora física” e presidente da FEMAG – Federação Maranhense de Ginástica. Primeiro equivoco: não existe ‘educador físico’, e sim, Professor de Educação Física, no caso da entrevista, haja vista que se graduou na UFMA, em Licenciatura em Educação Física; portanto, professora… Ou poderia ser identificada como “Profissional de Educação Física”, que é a profissão regulamentada, de quem trabalha com esportes – no caso da entrevistada. Por favor, senhores repórteres, corrijam, quando se referirem a quem atua na área da educação física e dos esportes – se ‘educador físico’, então ‘educador português’, quem dá aulas de língua portuguesa; ou ‘educador matemático’, quem dá aulas de matemática, ou…

Como subtítulo consta:

 

Sobrinha-neta de Dilma Bezerras, que foi quem primeiro começou com a ginástica no Maranhão, em 1970, Liane Bezerra Melo Teixeira, presidente da Federação Maranhense de Ginástica, tem a trajetória marcada pela luta da valorização do esporte.

 

Após traçar a trajetória de vida, e profissional, dessa competente Professora de Educação Física, que atua como Técnica de Ginástica Rítmica – portanto, profissional de educação física!!! – em dado momento – transcrevo:

 

[…] No sangue, ela carrega a determinação e a persistência de seu tio-avô, Dilma Bezerras, que foi quem primeiro começou com a ginástica no  Maranhão, em 1970, que buscou qualificação e não se deixou abater pelas dificuldades, na época bem maior que as de hoje.

 

Prossegue:

 

Eu acho que essa empolgação que trago é muito dele, está no sangue. Ele foi guerreiro 10 vezes mais do que a gente está sendo. Ele chegou aqui com conhecimentos novos, viu muitas novidades e colocou na cabeça que queria implantar a semente do esporte no Maranhão. Quando ele começou, ele não tinha nada. Ele veio e começou do nada e procurou confeccionar, fez uma barra de cano d´água, a mesa de salto, que era chamada de cavalo antigamente, ele fez de tronco de cajueiro e assim ele começou a ginástica do Maranhão, conta.

 

Não estaria a entrevistada se referindo a Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo??? mais conhecido como Professor Dimas???

Tenho pesquisado sobre a memória/história do esporte no/do Maranhão desde a década de 1980. Nunca ouvira falar de “Dilma Bezerras”!!!

Transcrevo uma entrevista com o Prof. Raimundo Aprígio – Raimundão – realizada em 31/08/2001, sobre a trajetória de vida de Dimas:

 

Leopoldo– É… Dimas contou que… as dificuldades eram enormes, principalmente com respeito a material, e teu pai tinha uma carpintaria, ele faleceu deixou esse material todo com você, e quando havia uma necessidade, por exemplo, de um… de um… de consertar algum equipamento, ou mesmo de fabricar o equipamento, você que era o responsável por isso, por que você já tinha essa habilidade em carpintaria também?

Raimundão – É, eu acompanhei o meu pai em varias situações de trabalho e com isso eu ganhei um pouco de experiência nessa área então é… na ginástica olímpica nós tínhamos muita dificuldade em… em ter aparelhos, então a gente fez uma montagem de aparelhos, usando a estrutura de madeiras, né, e nós fabricamos aqui umas argolas, fabricamos umas paralelas, principalmente masculina, principalmente do sexo masculino, a alem disso quando qualquer material quebrava, e sendo de madeira, eu consertava, nós comprávamos materiais, fazíamos substituição, pequenos reparos, e assim a gente levou a ginástica mais ou menos por vários anos. né. ..nós só (tose), só tivemos a uma primeira, assim, digamos assim uma aparelhagem oficial de ginástica olímpica, mais ou menos por volta de 1980, 81, 82 por ai.

Leopoldo – Você então começou na ginástica olímpica ainda lá no Costa Rodrigues?

Raimundão – Eu comecei a ginástica olímpica no costa Rodrigues, numa barra bem rudimentar né, e…

Leopoldo – Construída pelo Dimas!

Raimundão– Construída pelo Dimas, uma paralela também, construída pelo Dimas e, nós conseguimos desenvolver bastante esse trabalho, né, mesmo com essa aparelhagem ruim nós conseguimos desenvolver bem esse trabalho; eu viajei para o JEB’s e logo após a é… eu viajei para o JEB’s em 1977 ou 78, e quando chegou em 79, o Dimas levou uma equipe de ginástica, e essa equipe se apresentou muito bem; nós conseguimos uma ótima colocação, daí porque o Governo Federal, achando que o Maranhão poderia ser um polo de ginástica olímpica, resolveu investir na ginástica olímpica, é… no caso ai, construindo essa praça esportiva que a gente tem aqui na Av. Kennedy, especificamente para a área de ginástica olímpica.”

 

A trajetória de Dimas é a mesma dessa “Dilma”… Será a mesma pessoal???

Em “INDÍCIOS DA GINÁSTICA (COM APARELHOS) NO MARANHÃO”, de LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ, artigo que estou escrevendo, ainda, trago que desde o século XVIII, encontram-se propostas precursoras de um tipo de Educação Física que se tornaria em modelo pedagógico para os séculos seguintes: a gymnastica, constituída como um conjunto de exercícios organizados com o objetivo de cuidar do corpo (Finocchio, 2013) [1]. Mais: No Maranhão, “O primeiro registro encontrado onde aparece a palavra “ginástica” data de 1841, conforme anúncio no “JORNAL MARANHENSE” sob o título de:

 

THEATRO PUBLICO – “Prepara-se para Domingo, 21 do corrente huma representação de Gimnástica que será executada por Mr. Valli Hércules Francez, mestre da mesma arte de escola do Coronel Amoroz em Paris; e primeiro modelo da academia Imperial de Bellas Artes do Rio de Janeiro, que terá a honra de apresentar se pela primeira vez diante d’este Ilustrado público, a quem também dirige agradar como já tem feito nos principais Theatros de Europa , e deste Império.

Mr. Valli há contractado o Theatro União, para dar sua função, junto com Mr. Henrique, e tem preparado para este dia um espetáculo extraordinário que será composto pela seguinte maneira: –      Exercícios de forças, Agilidade e posições Acadêmicas –      Exercícios no ar e muitas abelidades sobre colunnas assim como admiraveis sortes nas cordas “Nos intervalos de Mr. Valli, se apresentará Mr. Henrique, para executar alguns exercícios de fizica, em quanto Mr. Valli descansa.

 

Novo anuncio é publicado em 16 de novembro daquele ano de 1841, sob o mesmo título, em que eram anunciadas as novas atrações do programa a ser apresentado:

 

Theatro Publico  – Domingo 21 do corrente 1841, 1ª apresentação gimnastica dirigida por Mr. Valli, Herculez Francez, que tem a distinta honra de apresentar-se diante deste ilustre publico para executar seis noites de divertimentos:

1ª noite – exercícios gimnasticos, malabares, fizica 2ª dita – grande roda gyratoria 3ª dita – jogos hydraulicos como existem em Europa 4ª dita – a grande luta dos dois gladiadores.

 

Ainda nesse mesmo ano, aparecem anúncios de aulas de esgrima:

 

Annuncios Diversos – Manoel Dias de Pena, se dispõe a encinar com toda a prefeição o jogo de espada, e assim roga a todos os Snrs. que quizerem aprender esta Arte, tão útil a mocidade, se diriga a esta Typographia que se dirá aonde mora o annunciante.

 

Ao mesmo tempo, e logo abaixo deste, outro anunciando a venda de espadas:

Vendem – Antonio Joaquim d’Araújo Guimarães & Sobrinhos tem para vender… espadas com copos dourados…. (in JORNAL MARANHENSE,, São Luís, n. 49, Sexta-feira, 31 de dezembro de1841).

O Prof. Antônio Joaquim Gomes Braga, diretor do Colégio de Nossa Senhora da Conceição, localizado Rua do Desterro, ao apresentar o Plano de Estudos para o ano de 1842, informa que as aulas de “Dansa e Muzica para os internos serão pagas à parte”. (in JORNAL MARANHENSE, 1º de outubro de 1841). Em 1843, outro colégio particular anuncia em seus planos de estudos as aulas de dança para seus alunos, aberta à comunidade:

 

 AULA DE DANÇA, começará em Novembro próximo a ter exercícios no Colégio de N. S. dos Remédios na rua do Caju em os dias feriados, isto é, duas vezes por semana das 9 as 11 horas da manhã. Os que já frequentam outras aulas do Colégio são admitidos mediante o premio de 3:000 rs. mensais; porém os que não estão neste caso concorrerá com 4:000 reis.  Também haverá outra aula, que principiará com a noite na 3ª e 6ª feiras para as pessoas que não podem ir de dia, os quais farão despesa de 5:000 reis. Nestes serão ensinadas as danças nacionais e estrangeiras, tanto simples, como dobradas, e etc.  O diretor do Collégio está convencido de que os pais de familias tendo no seu devido apreço esta prenda não deixarão de promover, que ele não falte a educação de seus filhos: muito principalmente não alterando esta aula no Colégio a introdução dos meninos, por ser somente nos feriados.  Collegio de N. S. dos Remédios, 24 de outubro de 1843. (A REVISTA, n. 207, Quarta-feira 8 de novembro de 1843)

 

Desde 1844, quando foi fundado o primeiro colégio destinado exclusivamente às moças, em São Luís, as atividades físicas faziam parte do currículo:

 

… não somente sobre as disciplinas escolares com também sobre o preparo physico, artístico e moral das alumnas. Às quintas-feiras, as meninas internas participavam de refeições, como se fossem banquetes de cerimônia, para que se habituassem ‘a estar bem á mesa e saber como se deveriam servir as pessoas de distinção’. Uma vez por semana, à noite, havia aula de dança sob a rigorosa etiqueta da época, depois de uma hora de arte, na qual ouviam bôa música e aprendiam a declamar. (Abranches, 1941, p. 113-114).

 

Esse colégio – o “Collegio das Abranches”, como era conhecido o Collégio N. S. das Glória -, foi fundado por D. Marta (Martinha) Alonso Veado Alvarez de Castro Abranches – educadora espanhola nascida nas Astúrias provavelmente por volta de 1800 (JANOTTI, 1996) –, e pela sua filha D. Amância Leonor de Castro Abranches, e tinha, ainda, como professora, D. Emília Pinto Magalhães Branco, mãe dos escritores Aluizio, Artur e Américo de Azevedo. Mas a primeira aula de dança de que se tem notícia data de 1829, como se vê de anúncio publicado em “O FAROL”:

Carlos Carmini, de nação italiana, recentemente chegado a esta cidade, faz saber aos ilustres habitantes da mesma que ensina tôda e qualquer dança, segundo o gosto moderno, tanto em sua casa (que ao presente é na rua da Palma, no. 10), como também pelas particulares para que seja chamado; prestando-se ao ensino das ditas danças, tanto a pessoas grandes como para meninos… (In “O FAROL MARANHENSE”, 25 de agosto de 1829, citado por VIVEIROS, 1954, p. 376).

 

Os banhos de mar também faziam parte dos costumes da época, conforme se depreende deste anúncio:

 

BANHO – Público – na praia do Caju, em que um grande banheiro e seguro, a todas as marés a 40 rs por pessoa trata-se com Jozé Ferreira do Valle no mesmo lugar casa no. 1. (CORREIO D’ANNUNCIOS, Ano I, n. 3, Segunda-feira, 03 de fevereiro de 1851)

 

Cabe lembrar que Antônio Francisco Gomes, em 1852, propunha além da ginástica, os exercícios de natação, esgrima, dança, jogo de malha e jogo da pella para ambos os sexos (CUNHA JÚNIOR, 1998, p. 152).

Desde 1861 já se tinha, no Maranhão, a cadeira de Ginástica, conforme se depreende desse anúncio do Instituto de Humanidades:

Ao que indicam as notícias publicadas em nossos periódicos – 180 referencias apenas no A Pacotilha – o Sr. Alfredo Bandeira Hall lecionava inglês (1861), tendo inclusive publicado uma gramática adotada pelo Lyceo Maranhense, e exerceu a função de Inspetor de Ensino, atuando em vários exames da 2ª Freguesia. Antes, no ano de 1860, aparecia como agente de leiloes na cidade, conforme anúncios em O Publicador Maranhense. Remédios para bexigas, importados da Inglaterra por Alfredo Bandeira Hall também estavam à disposição do público, em algumas farmácias da capital (1883).

No guia de profissionais, do Almanaque do Maranhão, aparece como Professor de Esgrima e ginástica:

No “O Observador”, edição de 25 de abril de 1853, o Inspetor da Instrução Pública publica seu relatório, na parte em que trata das escolas particulares de primeiras letras e médio da capital, constata que nos dois colégios existentes não havia aula de Ginástica: Deve-se lembrar de que na legislação de ensino da época, já constava o de ginástica, dentro do núcleo das Belas Artes.

Em 1869, é anunciada a criação de um novo colégio – o Collégio da Imaculada Conceição -, sendo seus diretores os Padres Theodoro Antonio Pereira de Castro; Raymundo Alves de France; e Raymundo Purificação dos Santos Lemos. Internato para alunos de menor idade seria aberto em 07 de janeiro de 1870. Do anúncio constava o programa do colégio, condições de admissão dos alunos, o enxoval necessário, e era apresentado o Plano de Estudos tanto do 1º grau como do 2º grau, da instrução primária; o da instrução secundária; e da instrução religiosa. No que se referia às Bellas Artes – desenho, música vocal e instrumental, gymnástica, etc., mediante ajustes particulares com os senhores encarregados dos alunos. O novo colégio situava-se na Quinta da Olinda, no Caminho Grande, fora do centro da cidade, e possuía água corrente, tanque para banhos, árvores frutíferas, jardim, bosque e lugar de recreação. (A ACTUALIDADE n. 28, 28 de dezembro de 1869).

Considerando-se sob o aspecto de quem começou a praticar exercícios com pesos, podemos afirmar que o pioneiro foi JOÃO DUNSHEE DE ABRANCHES MOURA, ainda no século passado.

O autor de “O Captiveiro“, de “A esfinge do Grajaú“, “A setembrada”,nasceu na estreita Rua do Sol, 141, situado entre a Rua do Ribeirão e o Beco do Teatro, a 2 de setembro de 1867, como informa Gaspar (1993, p.12) [10]. Nos livros de memórias desse festejado historiador, advogado, polemista, sociólogo, crítico, romancista, poeta, jornalista, parlamentar e internacionalista maranhense, relata-nos que o “Club dos Mortos” – proposto por Raymundo Frazão Cantanhende -, reunia-se no porão da casa dos Abranches, no início da Rua dos Remédios: E como não era assoalhado nem revestido de ladrilhos, os meus paes alli instalaram apparelhos de gymnastica e de força para exercícios physicos. (Abranches, 1941, p. 187). Relata, ainda, que os membros desse clube abolicionista, juntando o útil ao agradável:

 

[…] não raras noites, esse grupo juvenil de improvisados athletas e plumitivos patriotas acabava esquecendo os seus planos de conjuração e ia dansar na casa do Commandante Travassos […] (Abranches, 1941, p. 188).

 

No Publicador Maranhense, de 5 de dezembro de 1879 anunciava-se as aulas do colégio espanhol, que iniciara suas atividades já em 1848; incluída entre as matérias, a ginástica: Aluísio Azevedo, tanto em “O Mulato” – publicado em 1880 -, como em uma crônica publicada em 10.12.1880, propõe uma educação positivista para as mulheres maranhenses:

 

[…] é dar à mulher uma educação sólida e moderna, é dar à mulher essa bela educação positivista… é preciso educá-la física e moralmente… dar-lhe uma boa ginástica e uma alimentação conveniente[…] (Mérien, 1988, p. 166-167.

 

Alguns amigos de Aluísio, a fim de ‘incentivar’ a leitura de seu romance, publicado sob a forma de folhetim nos jornais de São Luís, passam a escrever aos jornais, fazendo-se passar por jovens senhoritas. Uma dessas cartas, publicadas em Pacotilha, edição de 9 de junho de 1881, em que “Julia” escreve à “Antonieta”: A Ginástica, especialmente a que fazia uso de aparelhos, se prestava para espetáculos circenses, como já vimos em anúncios do princípio do século. No jornal O Apreciável, edição de 1876 se comentava o espetáculo de ginástica dado pelos ginastas portugueses Pena e Bastos.

Nos anos 1880, pelo menos três companhias circenses visitavam São Luis, com apresentações de ginástica, o mesmo acontecendo na década seguinte, como em 1890, em que o cidadão Candido de Sá Pereira solicitava o Teatro de São Luis para três apresentações de Ginástica, sendo lhe deferido o pedido e ser aviso o administrado do Teatro (A República, expediente de 12 de abril de 1890).

O Dr. Gouveia Filho, na edição de A Pacotilha, jornal da tarde, de 24 de abril de 1886 trazia um artigo, numa coluna ‘Litteratura”, com o título “Educação Physica”, onde afirma que essa palavra não tinha significação entre nós: Em outro artigo, em edição seguinte, também é ressaltado – desta vez por Ramalho Urtigão – a ginástica como parte do processo educacional:

O vice governador Carlos Peixoto (in A Cruzada, 28 de outubro de 1891), em telegrama ao Ministro da Instrução Pública, relata a situação do Liceu Maranhense e as dificuldades do curso preparatório. Fala das cadeiras e da falta de professores. O Ministro diz que a oferta de disciplinas deve obedecer a legislação vigente, caso contrário não serão reconhecidos os estudos. Falava da cadeira de gymnástica…

Pouco antes era publicada poesia, nesse mesmo jornal – A Cruzada, em agradecimento, ao Grande Tenor que se despedia da terra; lá é colocado que, além de canto e musica, era também professor de Esgrima e Ginástica:

No Almanaque administrativo de 1896 constava no quadro de docentes tanto do Liceu Maranhense como da Escola Normal, o professor João da Mata Lopes como titular da cadeira de Ginástica. Em 1910, requer a aposentadoria, por ser professor vitalício (Correio da Tarde, 30 de agosto de 1910).

Djard MARTINS (1989) em seu já clássico “Esporte, um mergulho no tempo” traz Miguel Hoerhann como o primeiro professor de Educação Física, atuando na Escola Normal, Escola Modelo, Liceu Maranhense, Instituto Rosa Nina, nas escolas estaduais e até nas municipais, estimulando a prática da cultura física: “E para coroar de êxito esse idealismo, esteve à frente da fundação do Club Ginástico Maranhense…” (MARTINS, 1989).

É o próprio Miguel quem confirma essa condição[13], em nota publicada no jornal “O Paiz” em 21 de novembro de 1909, no Rio de Janeiro:

 

‘EDUCAÇÃO PHYSICA CARTÃO COMEMORATIVO DE 20 ANOS DE TRABALHO NO BRASIL

Mens sana in corpore sano;// vita non este vivere;// sede vivere  

Miguel Hoerhann, capitão-tenente honorário da armada nacional, professor de educação física da Escola Naval, Colégio Militar, Externato Aquino, e professor de ginástica e esgrima do Automóvel Club do Brasil – Ex-professor dos colégios Brasileiro-Alemão, Abílio Rouanet, João de Deus, Instituto Benjamin Constant, e Instituto Nacional de Surdos Mudos, no Rio de Janeiro. Ex-professor dos colégios São Vicente de Paulo, Notre Dame de Sion, Ginásio Fluminense e Escola Normal Livre; sócio-fundador e 1º. Turnwart do Turnerein Petrópolis, em Petrópolis. Ex-professor da Escola Normal e grupos escolares Menezes Vieira e Barão de Macaúbas e do colégio Abílio, em Niterói.

Ex-diretor do serviço de Educação Física; ex-professor da Escola Normal, escola modelo Benedito Leite; Instituto Rosa Nina, Liceu Maranhense, e escolas estaduais e municipais; fundador e 1º presidente e 1º diretor dos exercícios do Club Ginástico Maranhense; em S. Luis do Maranhão.  

Ex-professor do Ginásio São Bento e ex-secretário do I. e R.  Consulado da Áustria e Hungria, em São Paulo. 20 anos de devotado trabalho no Brasil (de 24 até 44 anos de idade, desde 1889 a 1909).  Ex-Instrutor da  imperial e real marinha de guerra da Áustria, condecorado com a medalha militar de bronze, conferida por sua imperial e real majestade apostólica Francisco Jose I, Imperador da Áustria-Hungria (desde 15 até 23 anos de idade, 1880-1888).  

AOS MEUS DISCIPULOS

Caros discípulos! Vivamente me tenho lembrado de vós! Recordando, um por um, os numerosos estabelecimentos de ensino, desde o sul até o extremo norte, de nossa vasta e grande Republica, onde, cônscio de minha nobre e útil missão, sempre lecionei com ardor, vos vi, na imaginação, todos reunidos formando legiões de muitos e muitos milhares.  Estas reminiscências decorrem do inicio de minha carreira, abrangendo todos os fatos que se passaram, ate a presente data da minha vida de professor neste belo pais.  E – folgo em dizê-lo – causaram-me uma grande e indescritível alegria: o supremo tribunal que temos no nosso intimo, o tribunal da consciência, aprovou os meus atos.  Na verdade, a mais alta felicidade e alegria residem no intimo, na consciência perfeitamente tranquila e na certeza de havermos, digna e devotadamente,  cumprido os nossos deveres.  Do trabalho provem os mais altos gozos da vida! e este sentimento de felicidade e alegria me impeliu a expandir-me, publicando o presente.  Eis porque vos incito a prosseguirdes vossa nobre obra de regeneração de vós mesmos -: Tão preciosos bens, como a saúde e o vigor físico, só se conseguem – bem o sabeis – pelo esforço próprio.  Muitos de vós já sois pais e mães de família. A uns e outros aconselho, pois: “Cuida da educação física e moral dos vossos filhos”.  A humanidade esta ilustrando uma área inteiramente nova; importantes e formidáveis  cometimentos nos aguardam num futuro bem próximo; e para resistir, para vencer, se faz necessária uma geração sadia e forte: – no físico, e principalmente no caráter. Tão preciosas qualidades são indispensáveis, não só ao vosso bem estar e felicidades pessoais, como ao serviço da família, da pátria e da humanidade.  Desejando-vos longa e bem preenchida existência, vos saúdo cordial e efusivamente.  Em 21 de novembro de 1909  Miguel Hoerhann   3, Rua Pedro Domingues, Encantado, Rio (grifos nossos)   Como consta de sua declaração, Miguel foi Instrutor da  Imperial e Real Marinha de Guerra da Áustria de 1880 a 1888 – dos 15 até 23 anos de idade. Desde o ano de 1894 em Petrópolis, em 1898 estava exibindo-se como esgrimista, em “desafios”, conforme anúncios publicados no jornal “Gazeta de Petrópolis”.

 

Observa-se que atuou como professor de esgrima, ginástica, e natação em Petrópolis, [15] depois em Niterói, antes de vir para o Maranhão. Deu aulas particulares, e em escolas particulares, antes do ingresso em escolas públicas, naquelas duas cidades: Além de aulas de ginástica, ensinava também esgrima, como parte do currículo. Nas férias, aos alunos internos, se ofereciam essas atividades, inclusive o curso de esgrima era pago à parte, conforme se depreende de anuncio de inicio das aulas do ano de 1896.

Na edição de 26 de março de 1896, e seguintes, aparece colaboração de Miguel Hoerhann, discutindo a importância da ginástica médica. Em janeiro de 1901, em que é publicado o Decreto de seu ingresso na Guarda Nacional com o posto de capitão, aparece sua eleição para a diretoria do Clube Alemão:

Na Gazeta de Petrópolis, edição de 15 de setembro de 1903, informa-se que Miguel Hoerhann estava em São Luis, nomeado que fora Diretor da Educação Physica, conforme a edição 204 de “A Pacotilha”, da capital do Maranhão.

No dia 04 de junho de 1903 aparece anuncio n´A Pacotilha em que Miguel Hoerhann, como já fizera em Petrópolis e Niterói, oferece seus serviços como professor particular de ginástica: Logo no dia 05/06, anuncia o inicio das aulas; e a 30 de junho, outro aviso, convocando os alunos inscritos:

No mês de agosto novo anuncio em A Pacotilha, do dia 31, já assinado como Diretor da Divisão de Educação Física do Maranhão, sobre a realização de um concurso poético, tendo por tema a Ginástica. Verifica-se que se referia ao Turnen, haja vista a citação dos “4 Fs”, como a divisa da ginástica:

 

Abre-se aos cultores das musas uma produção poética, em que entrem as palavras que constituem a divisa da gymnastica: FIRMA, FORTE, FRANCO, FIEL, e que tenha por tema a glorificação da abnegação, do trabalho perseverante e nobre, do vigor do espírito como consequência dos exercícios physicos […]”

 

Convocam-se os sócios do Clube Ginástico Maranhense. Nota-se o símbolo dos “4 Fs”. O anuncio se repete nos meses seguintes, sendo que a 26 de setembro aparece um poema exaltando a ginástica, de autor anônimo. Conforme a redação, não querendo participar do concurso, mesmo assim faz seu poema.

A primeira referencia que se tem desse professor de educação física – Miguel Hoherann – é de um diploma dado a diversas autoridades e intelectuais, dentre os quais a Fran Paxeco, Cônsul Honorário de Portugal no Maranhão; consta ‘aos propugnadores da educação physica’ e está assinada por Miguel Hoerhann, Diretor da Educação Physica, e foi passado em 18 de maio de 1904. O que nos chama atenção, são elementos icnográficos que aparecem no Diploma: na bandeira com as cores nacionais (verde e amarela) onde está impresso os “4Fs”, traduzidos na parte de baixo, esquerda, do referido diploma como ‘Firme, Forte, Franco, Fiel”:

Mazo e Gaya (2006), ao estudar as associações esportivas de Porto Alegre-RS trazem que nas bandeiras adotadas por essas associações sempre havia a inscrição dos quatro “efes” posicionados no formato quadrangular: frish, fromm, frölink e frei, que significavam, respectivamente: saudável, devoto, alegre e livre. Os “efes” também eram encontrados em todas as bandeiras desportivas da Alemanha.

Em Porto Alegre a bandeira da Turnerbund reproduziu o símbolo dos “efes”, além da simbologia da insígnia com as datas históricas do turnen. Afirmam que a adoção de símbolos e exaltação dos heróis alemães aparecia nos uniformes da Turnerbund, símbolos que identificavam a pátria de origem. (Mazo e Gaya, 2006).

Traz ainda imagens de ginástica sendo executadas em diversos aparelhos, em claras referencias ao turnen. Turnen é constituído pela ginástica (Geräteturnen mais tarde Kunstturnen – ginástica artística), pelos jogos, pelas caminhadas, pelo teatro, pelo coral. De maneira que não existe um vocábulo que consiga traduzir com fidelidade o sentido de Turnen para o português; Tesche ao utilizar o vocábulo “ginástica”, em seus estudos, se refere ao Turnen.

Como já observou Leomar Tesche (1996, 2002) não existe um vocábulo que consiga traduzir com fidelidade o sentido de Turnen para o português. Fazer ginástica seria uma tradução para Turnen, ou seja, um conjunto de exercícios corporais realizados no solo ou com auxílio de aparelhos e aplicados com objetivos educativos, competitivos, artísticos, etc. Para efeito de esclarecimento, turnen, Turn e Turner é um radical alemão que também está presente em várias línguas germânicas, tanto em línguas desaparecidas quanto em vivas, em todas elas significa torcer, virar, voltear, dirigir, mover, fazer grande movimento. Tesche utiliza, em seu trabalho, os vocábulos Turnen e Ginástica como sinônimos.

Para Mazo e Mühellen (2013) o Turnen é uma expressão do idioma alemão traduzido como “ginástica” por Tesche (2011), mas que além da ginástica com aparelhos (atual ginástica artística) englobava a corrida, jogos, esgrima, entre outras práticas.

O então presidente da Província – Bendito Leite (governador do Maranhão, de 1 de março de 1906 a 25 de maio de 1908) – ante o espetáculo proporcionado lamentou não poder manter nas escolas públicas o ensino regular da ginástica…

Desde 1901 o “Regimento para as Escolas Estadoaes da Capital” (Decreto nº16 de 04 de Maio de 1901; Nascimento, 2007a, 2007b,) instituía, no seio de suas diretrizes gerais, questões referentes a “inspecção e asseio” normatizando desde a entrada dos alunos em que caberia às professoras proceder á uma revista do asseio dos mesmos “tomando as providencias necessárias em ordem a estarem todas as condições regulares de limpeza de mãos, unhas, rosto e penteado do cabello, no momento de serem iniciados os exercícios escolares” (Regimento, 1901, p.80) conforme a classe a que pertence o estudante. Percebem-se nítidos traços de influência militar em termos de linguagem e recomendações na modelagem deste corpo escolarizado, quando instituem os exercícios abaixo descritos:

  1. a) Os da primeira classe constarão de marchas e contramarchas com variações apropriadas a darem facilidade de movimento dos alumnos;
  2. b) Os da segunda versarão sobre movimentos em varios tempos, com e sem flexão dos membros, desacompanhados de instrumentos;
  3. c) Os da terceira se comporão dos mesmos exercicios das segunda, mas com instrumentos;
  4. d) Os da quarta de exercicios de barra de extremidades esphericas, barra fixa, apparelhos gyratorios. (Regimento, 1901, p.80, grifos nosso).

 

A “gymnástica” era praticada pelas elites, que tomavam aulas particulares, conforme se depreende desse anúncio, publicado em 1904:

 

PARA OS ALUMNOS DE AULA PARTICULAR DE GYMNÁSTICA A Chapellaria Allemã acaba de despachar: camizas de meia com distinctivos Distinctivos de metal com fitas de setim e franjas d’ouro; Distinctivos de material dourado para por em chapéus // Chapellaria Allemã de Bernhard Bluhnn & Comp. 23 – Rua 28 de julho – 23. (A CAMPANHA, 6ª feira, 8 de janeiro de 1904, p. 5).

 

O sexo feminino também tinha suas aulas de ginástica, pois fazia parte do currículo da Escola Normal, conforme resultado dos exames publicados, como era comum à época:

 

CURSO ANEXO Foi este o resultado dos exames de hontem:  

GYMNÁSTICA: Núbia Carvalho, Maria Varella, Neusa Lebre, Hilda Pereira, Margarida Pereira, Almerinda Parada, Leonor Rego, Rosilda Ribeiro, Fanny Albuquerque, Agrippina Souza, Cecilia Souza, Roza Martins, Esmeralda Paiva, Neusa Silva, grau 10 Faltaram 12. (O MARANHÃO, Sexta-feira, 15 de novembro de 1907).  

 

No Correio da Tarde (1911) é publicada uma série de artigos sobre os conhecimentos e aptidões que um agente policial deveria ter. Dentre estas, a prática de ‘ginástica aplicada’, para que tivesse condições físicas de exercício profissional. Chega mesmo a dar exemplos de atividades cotidianas, em que o uso da força e de destrezas seria necessário, como o escalar muros e obstáculos.

Em 1922, outros artigos, ressaltando o papel da ginástica na preparação/formação do soldado…

Em O Jornal, agosto de 1921, um leitor faz referencia ao Tiro de Guerra, e às suas lembranças de quando desfilava pelas ruas da cidade, em desfile militar. Defende a ginástica como necessária à educação dos jovens:

No jornal “A Pacotilha”, edições de abril de 1905 apareciam anúncios de aulas de ginástica:

Em 1920, os Maristas ofereciam, em seu currículo, aulas de Ginástica Sueca, enquanto o Liceu anunciava o inicio do ano letivo, do curso Ginasial, profissional, das aulas de diversas matérias, incluindo a de Ginástica:

A Ginástica Sueca é um método caracterizado por uma concepção anatômica, corretiva e biológica, com base nos preceitos e princípios da ciência que foram incorporadas pela o sistema de educação (e por extensão a concepção de ginástica). Seu “ginásio” foi concebido para contribuir para uma educação integral para crianças de desenvolvimento anatomofisiológicas para preparar o soldado para a guerra e desenvolver o sentido estético através de um fortalecimento do corpo e correção de defeitos físicos. É executada em aparelhos como a barra fixa, argolas, swing escadas ou escaladas.

Em outubro de 1920, são publicados diversos avisos de que as aulas do Liceu Maranhense haviam iniciado, inclusive as dos cursos profissionais, incluídas as de Ginástica. Haveria aulas aos sábados, inclusive.

A 9 de dezembro são marcados os exames dos colégios equiparados, com a indicação da banca examinadora; a seguir, saem os resultados, : Em 1922, é fundado o Centro de Cultura Física, que oferecia aos seus associados exercícios de alteres, trapézio, paralelas, maromba, argolas, barras, lutas, remo, corridas, saltos, ginástica domestica, natação. Em novembro, aviso do Centro de Cultura Física comunicando o afastamento do professor de ginástica dinamarquesa.

A Folha do Povo, de março de 1927 publicava nota de que era contratado um professor alemão – Carl Bender -, para as aulas de ginástica, assim como esse mesmo professor era contratado para lecionar em novo estabelecimento de ensino que abria. Outra escola anuncia seus professores, inclusive o de Ginástica, em destaque aos demais, o Tent. Jonas Porciuncula de Moraes:

Ginástica acrobática no Anil: Diário de São Luis, 9 de outubro de 1948

Só cheguei, até o momento, ao final dos anos 20.

Devo prosseguir, até chegar a Dimas, com a reintrodução da Ginástica Olímpica – com aparelhos, rítmica,… – nos anos 1970.

Mas Dilma Bezerras? Não achei nada!!!!!

 

Para saber mais, cito a bibliografia utilizada:

http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Gin%C3%A1stica-Sueca/287924.html http://www.efdeportes.com/efd190/seculo-xix-e-o-movimento-ginastico-europeu.htm

JORNAL MARANHENSE,, São Luís, n. 36, 12 de novembro de1841

JORNAL MARANHENSE,, São Luís, n. 37, 16 de novembro de1841

JORNAL MARANHENSE, anno I, São Luís, Sexta-feira, 31 de dezembro de1841, n. 49

JORNAL MARANHENSE, anno I, São Luís, Sexta-feira, 1º de outubro de 1841, n. 24

ABRANCHES, Dunshe de. O CAPTIVEIRO. Rio de Janeiro : (s.e.), 1941

JANOTTI, Maria de Lourdes Monaco. Três mulhes da elite maranhense. In REVISTA BRASILEIRA DE HISTÓRIA, São Paulo, v. 16, n. 31 e 31, p. 225-248, 1996

VIVEIROS, Jerônimo de. HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO MARANHÃO – 1612+1895. São Luís : ACM, 1954

CUNHA JÚNIOR, Carlos Fernando Ferreira da. A produção teórica brasileira sobre educação physica/gymnastica no século XIX: questões de gênero. In CONGRESSO BRASLEIRO DE HISTÓRIA DO ESPORTE, LAZER E EDUCAÇÃO FÍSCA, VI, Rio de Janeiro, dezembro de 1998. COLETÂNEA… . Rio de Janeiro : Universidade Gama Filho, 1998, p. 146-152.

GASPAR, Carlos. DUNSHE DE ABRANCHES. São Luís : (s.e.), 1993. Discurso de posse no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, a 28 de julho de 1992.

MÉRIEN, Jean-Yves. ALUÍSIO AZEVEDO VIDA E OBRA (1857-1913) – O VERDADEIRO BRASIL DO SÉCULO XIX. Rio de Janeiro : Espaço e Tempo : Banco Sudameris; Brasília : INL, 1988.

MARTINS, Dejard. ESPORTE, um mergulho no tempo. São Luís: SIOGE, 1989.

Prezado Sr. Leopoldo Vaz, boa noite. Tomei a liberdade de lhe contatar quando soube de suas dúvidas, pelo pessoal do Arquivo Histórico de Ibirama – SC, acerca de Miguel Hoerhann, meu tataravô. Resido em São José, cidade vizinha de Florianópolis, capital de Santa Catarina e recém doutorei-me em História. Justamente trabalhei com a nacionalização dos Xokleng, comunidade indígena de SC, a qual o filho de Miguel, Eduardo Hoerhann dedicou toda a sua vida. Eduardo Hoerhann nasceu em Petrópolis em 1896. Filho de Miguel, (no anexo você consegue algumas informações sobre ele) e de Carolina, sobrinha-neta do Duque de Caxias. Alguns dados do Museu estão equivocados.  Há uns anos, vi que os senhores disponibilizaram digitalizado, o livro Esgrima de Baioneta, de autoria do Miguel Hoerhann. Fiquei muito contente descobrir isso, e uma pena que ainda não consegui imprimi-lo em capa dura, mas parabéns pelo capricho. O sr enviou para a sra. Aparecida um diploma assinado pelo Miguel. Há possibilidade de enviar para mim numa resolução maior? Está ilegível em 9 k. No mais, espero poder ter ajudado em algo. Infelizmente, muitas informações se perderam. Cordialmente, Rafael Hoerhann. Disponível em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2013/02/27/miguel-hoerhan-nosso-pioneiro-professor-de-educacao-fisica/

Gazeta de Petropolis Periodicidade: Trissemanal, Fundado em 2 junho 1892 por Bartholomeu Ferreira Sudre, Formato tabloide, Designação cronológica: Ano 1,n.1(jun.1892)-Imprenta: Petropolis,RJ : [s.n.], 1892- Local: Petropolis RJ, disponível em: http://catcrd.bn.br/scripts/odwp032k.dll?t=bs&pr=diper3_pr&db=diper3_db&use=ti&disp=list&ss=NEW&arg=gazeta|de|petropolis

Anúncios publicados no jornal “Gazeta de Petrópolis”, por várioas edições e anos, conforme arquivos disponíveis em http://hemerotecadigital.bn.br/; http://memoria.bn.br/hdb/periodico.aspx, acessados em 7 e 8 de março de 2013.

FINOCCHIO, José Luiz. A inserção da Educação Física/gymnastica na Escola Moderna – Imperial Collegio de Pedro II (1837-1889). 2013. 258f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Linha de Pesquisa: História, Políticas e Educação. Centro de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2013.

Benedito Pereira Leite (Rosário, 1857 — 1909) foi um políticobrasileiro. Foi um dos membros da Junta governativa maranhense de 1891. Foi governador do Maranhão, de 1 de março de 1906 a 25 de maio de 1908.

REGIMENTO PARA AS ESCOLAS ESTADOAES DA CAPITAL, a que se refere o Decreto nº16 de 04 de Maio de 1901. In: Collecção das leis e decretos do Estado do Maranhão de 1912. Republica dos Estados-Unidos do Brazil. Maranhão: Imprensa Official, 1914.

NASCIMENTO, Rita de Cássia Gomes. A Educação Higiênica em São Luís nas primeiras décadas do século XX. São Luís: Universidade Federal do Maranhão, 2007b. (Graduação em Pedagogia).

NASCIMENTO, Rita de Cássia Gomes. PELAS CRIANÇAS DESVALIDAS: o Instituto de Assistência à Infância do Maranhão nas primeiras décadas do século XX. São Luís: Universidade Estadual do Maranhão, 2007a. (Graduação em História).

“A Escola Normal do Maranhão foi criada pelo decreto nº 21 de 15 de Abril de 1890 e, logo após, dia 19 de Abril de 1890, foi criada a Secretaria de Instrução Pública.

Seu criador foi o Dr. José Tomás de Porciúncula (RJ/1854-RJ/1901). Médico, nomeado Interventor pelo presidente da República, uma de suas preocupações foi reorganizar o Ensino e criar a Escola Normal”.

TESCHE, Leomar. A prática do Turnen entre os imigrantes alemães e seus descendentes no Rio Grande do Sul:1867 – 1942. Ijuí: Unijuí, 1996.

TESCHE, Leomar. O Turnen, a Educação e a Educação Física ns Escolas Teuto-brasileiras,no Rio Grande do Sul: 1852 – 1940. Ijuí: Unijuí, 2002.

TESCHE, Leomar. A Prática do Turnen entre Imigrantes Alemães e seus descendentes no Rio Grande do Sul: 1867-1942. Ijuí: Ed. Unijuí, 1996. TESCHE, L. O TURNEN, a Educação e a Educação Física. Ijui: Unijui, 2002

TESCHE, Leomar.. O Turnen, a Educação e a Educação Física nas Escolas Teuto-brasileiras, no Rio Grande do Sul: 1852-1940. Ijuí: Ed. Unijuí, 2002.

TESCH Leomar. Turnen: transformações de uma cultura corporal europeia na América. Ijuí: Ed. Unijuí, 2011 [3]http://pt.wikipedia.org/wiki/Gin%C3%A1stica

MAZO, Janice Zarpellon; PEREIRA, Ester Liberato. PRIMORDIOS DO ESPORTE NO RIO GRANDE DO SUL: os imigrantes e o associativismo esportivo. IN GOELLNER, Silvana Vilodre; MÜHELEN, Joanna Coelho von. MEMORIA DO ESPORTE E LAZER NO RIL GRANDE DO SUL. Porto Alegre, 2013. Vol. 1. Disponível em http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/83615/000906885.pdf?sequence=1

MAZO, Janice e  GAYA, Adroaldo. As associações desportivas em Porto Alegre, Brasil: espaço de representação da identidade cultural teuto-brasileira.Rev. Port. Cien. Desp. [online]. 2006, vol.6, n.2, pp. 205-213. ISSN 1645-0523. http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/rpcd/v6n2/v6n2a09.pdf

De acordo com Hobsbawm[1] as bandeiras, os hinos e as medalhas são tradições inventadas pelos governos para construir a nação e unificar a população em torno desta ideia. As festividades das sociedades de ginástica eram “comemorações em honra de Jahn, com várias competições atléticas, jogos olímpicos, demonstrações nos vários aparelhos, exercícios físicos, etc.”. Hobsbawm, E.; Ranger, T. (orgs.) (1984). A invenção das tradições. 2ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. http://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe2/pdfs/Tema6/0610.pdf

 

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