Professor e cidadão
Para mim as coisas são claras: é impossível dissociar o professor do cidadão, o magistério docente do exercício da cidadania. E porquê? É inconcebível a docência, seja na escola, seja na universidade, sem estar comprometida com a procura e a afirmação da verdade, com a eliminação e recusa do erro e de tudo quanto afunda na indignidade. E também não é concebível a cidadania casada com a falsidade.
O pressuposto parece insofismável. A realidade está muito longe de lhe corresponder, pelo menos na universidade, o que é deveras paradoxal. A docência universitária requer espírito científico, forjado no cultivo da busca da verdade. É a isso que se comprometem os cientistas, deitando mãos a métodos fiáveis para fundar os seus estudos e conclusões. Este hábito devia fazer o monge, mas é tão pesado que um número muito grande de frades o despe na primeira oportunidade. Afinal, o apego às exigências da verdade e da cidadania é um fardo incómodo, difícil de transportar.
Comentários
Por
Sidney Forghieri Zimbres
em 10 de Fevereiro de 2017 às 17:06.
Concordo plenamente com o Prof. Jorge Bento. Agora, como desenvolver a cidadania plena com uma educação, principalmente no ensino superior, tão cheia de proselitismo?
Por
Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 11 de Fevereiro de 2017 às 09:00.
http://cev.org.br/comunidade/maranhao/debate/formacao-do-bom-profissional-por-jorge-bento
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