Punga dos Homens, no Tambor de Crioula, por MARCO AURÉLIO HAICKEL 0comentário  arco Aurelio Haikel 3 de março às 23:30 · Mestre Marco Aurélio nos dá conhecimento sobre a Punga dos Homens, numa érie de artigos, como ele diz

 Compartilharei aqui, breves anotações sobre a Punga dos Homens, no Tambor de Crioula. O farei em partes para não ficar muito longo.

1ª Parte
A PUNGA DOS HOMENS é um “jogo de luta” ocorrente no Tambor de Crioula. Se dá através de um embate entre dois homens, os quais enredam uma movimentação lúdica cheia de caqueados, negaceadas e muita picardia culminando em um contato físico, no mais das vezes, vigoroso, cuja finalidade é tirar o centro de gravidade do outro, em consequente derrubada.
Ao que parece, ainda em tempos não muito remotos, sua presença era a regra no Tambor de Crioula, como sugere uma frase tão antiga quanto a própria manifestação e que tão bem a define: “tambor de crioula, quentado a fogo, tocado a muque e dançado a coice”. O “dançado a coice” é uma alusão à força proporcionada pelo cavalo, pois assim como o coice, a punga dos homens, a depender de como aplicada é rompedora e, jungida a certas habilidades assemelha-se a um nítido “jogo de luta”.
Atualmente, apesar de continuar a ocorrer em muitos lugares pelo Maranhão afora, em razão do êxodo rural – pois sua prática quanto mais vigorosa, mais rural é – vem se diluindo, pois os que receberam da “velha guarda” os saberes, sendo quem ficaria com a incumbência de passara às gerações mais novas campearam fora, em busca de melhores condições de vida, deixando assim um vazio, entre os mais velhos, já sem a força nas mãos e no gógó e os bem mais novos, que não apreenderam suficiente para levarem adiante, tais saberes. Um corte profundo nas relações comunais, tudo motivado por questões de natureza econômica, cujas sequelas são irreparáveis às comunidades aonde manifestações que tais preponderam

 

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