Leio hoje, nos jornais, de que o Sr. Secretário de Ciência e Tecnologia nosso está indignado com a falta de recursos – federais – para a pesquisa e desenvolvimento. Compara o orçamento destinado à essa importante área com os orçamentos, sobretudo, do sistema jurídico. Assim como relata a mluta de diversas instituições para uma revisão, para cima, desses recursos.
Claro que se sse debater por um aumento de recursos na área da pesquisa e desenvolvimento é necessário e se faz u7rgente. Estamos perdendo feio!!!
Mas antes de se preocupar com os valores alocados pelo sistema federal, que tal dar uma olhadinha em sua própria pasta?
Para se fazer pesquisa tanto em ciência, como desenvolvimento de novas tecnologias (inovação) é necessário dar apoio total às diversas unidades de ensino superior!!! cuidado que o Governo – não culpo a herança que recebeu – não vem fazendo. É um circulo vicioso, mas que pode ser tornar virtuoso!!!
Nossa UEMA está falida!!! não tem recursos nem para o mínimo. Não tem professores!!! a maioria dos que estão atuando nas suas diversas unidades são a titulo precário: substitutos, com salários mais baixos do que um professor normalista, de quem não se exige curso superior, sem estudos de pós-graduação, muito menos dedicação à pesquisa e extensão, pilares de uma Universidade.
Aliás, dedicando-se apenas ao ensino – e mesmo assim, precário!!! – não é uma Universidade, e sim, um Centro de Ensino, conforme prevê a Legislação v9igente. “Pesquisa”, só mesmo as de exigência para o termino da graduação, dos TCCs e monografias, e algumas de uma especializações e uma incipiente pós, de mestrado…
De há muito a UEMA não recompõe seus quadros de professores; apesar dos inúmeros TACs assinados por Reitores anteriores, nenhum cumprido, de providenciar contratação em definitivo – do quadro – de professores… sempre, a titulo precário e emergencial, são feitas as seleções de professores substitutos, com um salário aviltante. Inúmeras unidades não dispõe de nenhyum professor efetivo, apenas contratados a titulo precário, e novas unidades são abertas,m sem as mininas condições, apenas para atender compromissos políticos…
Isso, sem contar com os/as pequenos/pequenas ditadorzinhos/ditadorzinhas que coordenam algumas das unidades… sempre perseguindo aqueles professores, mesmo substitutos, que se destacam. Conheço inumeros exemplos, e posso da-los ao Sr. Secretario, em uma conversa reservada, que não aqui, pois temo represálias contra esses professores perseguidos. Ameaças de não renovação de seus contratos, de bloquear suas nomeações/indicações quando se submetem às seleções… e sempre dando preferência, quando de atividades que p0dem render um extra, como atuar no Darcy Ribeiro, por exemplo, a apaniguados ou mesmo exigir dos alunos que aceitem determinados ‘orientadores’, geralmente parentes, com valor determinado pela direção, do valor a ser pago pelo serviço… também tenho inumeros exemplos…
Pois bem, a maioria dos cursos ofertados pela UEMA são na área da pedagogia – formação de professores – e os que têm grande procura, dada a precariedade da formação do professorado. Como, então, ter um ensino de qualidade, com professores que são obrigados a dar aulas em vários campis, deslocando-se constantemente, sem a garantia de estabilidade? professores que são obrigados a lecionar disciplinas que não foram as que fizeram concurso, por falta de professores, ou muito pior, porque os efetivos sequer aparecem, e nem dão satisfação? claro que essa precariedade vai se relftir nos niveis anteriores, em especial no médio, e, infelizmente, no fundamental, comk alunos sequer alfabetizados, sem saber compreender um texto básico – analfabetos funcionais! – pois seus professores, a grande maioria, não tiveram uma formação adequada… depois serão esses mesmos alunos, mal alfabetizados, que irão ser a clientela da UEMA, e o ciclo se repete… cada vez mais baixo!!! também tenho inumeros exemplos, pois atuei no ensino médio por quase 40 anos… e no superior, até desisti de ministrar aulas, dado o nivel intelectual dos alunos que chegam aos nossos cursos superiores.
Uma melhor ciência e tecnologia passa por ter professores dedicados. Professores substitutos, com salário de R$ 1.400,00 por 20 horas de trabalho, em locais distantes, sem qualquer compensação, so podem se dedicar ao ensino!!!
Não adiante alocar recursos, pois os professores de nossa Universidade só se dedi8cam ao ensino, pois são ‘boias-frias’, contratados para um serviço especifico, que é o ensino. São verdadeiros heróis, esses…
Há um ditado, ‘macaco, olha para teu rabo”…
Faça a lição decasa, primeiro, antes de ir reclamar do quintal dos outros.
PS. só para edxemplificar: um professor foi chamado para participar de uma banca, em cidade do interior, de uma unidade da UEMA. Tem tres meses que seu contrato foi encerrado, pois era um dos substitutos. Ligaram, dizendo que tinha – isso mesmo: tinha, uma ordem!!! – de participar da banca, pois alguns dos concludentes fora seu orientando. Pagaram a passagem – R$ 80,00 reais – quando a empresa cobra R$ 120,00 pelo trecho. A diferença? problema do professor… a UEMA não tem mais recursos para pagar mais… estadia? nem pensar, vire-se com os alunos, não é mais contratado… seriam 5 dias na ci9dade, por conta do professor agora desempregado… e o serviço? nada!!! ficaria cinco dias a disposição da UEMA, participando de pelo menos cinco bancas – o dia todo, e sem pagamento pelo serviço… precisa? não!!! Professor consciente, pediu dinheiro emprestado e foi… seus alunos precisam terminar seus cursos… o profissional de ensino tem pena de seus pupilos, e sabem que precisam do diploma… mais um sacrifício pelo Estado, que não precisa!!! que não valoriza o ensino, a pesquisa e a extensão, e depois fica ai, a reclamar por falta de recursos… do governo federal!!!
repito: menino, olha tua pasta…
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