Educação Física no Maranhão

Laércio tem nos desafiado a conhecer mais de filosofia, reativando a Comunidade Filosofia www.cev.org.br/comunidades e discutindo o fato de o Professor de Educação Física não ser dado a leituras. Aqui mesmo, ao falar do trabalho em Barreirinhas, disse do espanto do pessoal da supervisão pedagógica de que não precisaria da quadra de esportes para fazer o planejmanetro da educação física. Bastava uma sala de aula – deram-me a única da escola com ar condicionado… (Obrigado, D. Marta; a diretora da Escola do Módulo Esportivo, minha ex-aluna de educação física, do Curso de Licenciatura em Matemática…).

Lendo o Blog do ‘nosso’ Filósofo da Educação Física – o Mestre JoãoZinho, o nosso João Freire, o Jão – ele ensina a nós, Gafanhotos, qual filosofia – ou concepção – de ensino devemos adotar em nossas aulas. Exigencia do PPP uma concepção de educação da escola…

Vamos aos ensinamentos do Mestre JoãoZinho (engraçado, que quando apresentei uns texticulos do JoãoZinho e disse: agora vamos ler um texto do Joãozinho… alguns alunos riram: olha só a intimidade que ele trata o autor… claro, trato-o desde há – quantos anos? 30? – por JoãoZinho, como o Guru Pereira (Laércio, para os menos íntimos…) – o chamava, quando estava vizinho nosso, na paraíba, e trabalha com o Atletismo… Disse-lhes que poderiam tratá-lo assim, JoãoZinho, quando escrevessem a ele, para tirar dúvidas, e lessem, todos os dias, antes de dormir, o seu Blog sobre educação (física) http://blog.cev.org.br/joaofreire/

Piaget, Wallon, Vygotsky ou os professores e professoras do dia a dia nas escolas?

Ah, sem dúvida que são os professores e professoras.

Os três autores mencionados eram psicólogos (Piaget começou como biólogo). Quando muito, poderiam ser rica fonte para orientar quem vai dar aulas. Mas a educação não era o mote deles.

Quem entende de educação é o educador, é Paulo Freire, Moacir De Góes, Madalena Freire, eu, você, você, vocês todos que todos os dias, durante as aulas, constroem um pouco mais de pedagogia.

Está na hora de parar de achar que sabendo Piaget, Wallon e Vygotsky a gente resolve o problema da educação. Temos que estudar os pedagogos, o que inclui as experiências diárias de todos os professores e professoras, mesmo aqueles que pouco falam e nada escrevem.

Chega desses currículos encomendados pelas prefeituras e governos de Estados aos iluminados das universidades. O currículo que vale é construído no cotidiano das aulas.

O que existe de melhor na educação brasileira ainda é anônimo, desconhecido. Quanto às leituras, de preferência que sejam aquelas escritas por quem conhece esse cotidiano rico da educação brasileira.

Quem sabe Educação Física?

Ora, para a Capes e seus iluminados avaliadores, sem dúvida alguma é o médico, o engenheiro, o físico, o estatístico, o fisiologista, o bioquímico.

E quem não sabe? Elementar; quem não sabe Educação Física é o pedagogo, o professor de Ed. Física, o educador. Esse último não conta pontos. De maneira geral, nas avaliações de que lembro, as maiores pontuações são para o povo da fisiologia, biomecânica, etc.

Pior: o povo da Educação Física abaixa a crista e deixa por isso mesmo. Mas, perguntarão alguns, os conhecimentos desse pessoal da fisiologia, estatística, etc., não são importantes? Claro que são, mas não mais que os conhecimentos de Educação Física, se fossse eu o avaliador. Vão lá cantar de galo na Física os profissionais de Educação Física para ver o que acontece. Hoje, qualquer jovem pesquisador que pretende fazer carreira universitária sabe que é suicídio acadêmico insistir em ser pedagogo.

Nota: Dêem uma lida na postagem aí debaixo, do Douglas, sobre os cursos de licenciatura – os de formação de professores

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