A retomada das ‘Escolinhas de Esportes” deve ser feita, sim.
Mas em outras base. Não repetir os erros do passado. Os inumeros projetos, planos e políticas, nas tres instancias de Governo, levariam a pensar que efetivamente há um planejamento para tal, com objetivos definidos, afinal temos 6 anos pela frente.
Sabemos que em esporte de alto nível, é pouco tempo… formar toda uma geração em condições de competir leva muito mais tempo e muito planejamento e que este seja coordenador, não aleatório, com cada um ‘achando’ um meio de faze-lo…
Quando o Cládio Vaz implantou o projeto das escolinhas tomou a única providencia sensata: dotou o Estado de técnicos especializados, capazes de forma uma massa crítica.
Dentre os técncos que trouxe, estava o Laércio (Handebol), o Sidney e Zartú (Voleibol), o Marcão (Planejamento), o Lino (Planejamento, e Futebol). Só para citar alguns. Biguá e Viché, Gil, vieram como atletas e ficaram, tornaram-se técnicos (estudaram…); houve a formação de um sem-número de ‘monitores de esporte’, que foram distribuidos pelas escolas. Mas havia um planejamento, centralizado, em que todos recebiam orientação e tinham metas a serem cumpridas.
Depois, foram absorvidos pelas escolas, como professores.
E as escolas particulares aproveitaram-se dessa mão-de-obra ‘formada’ e contrataram-nos como professores de educação física. mas com outro objetivo, o de lucro através das ‘escolinhas de esportes’, cobradas à parte das aulas de educação física…
Esse professores, contratados pelo Estado e Municípios, passaram a atuar também nas escolas particulares. Não havia cobrança de resultados no Estado, o dinheiro no fim do mes estava garantido… e passaram a se dedicar mais e mais ao extra… o salário das escolas particulares, dependente de resultados para a manutenção dos empregos.
Tivemos casos de um técnico classificar duas escolas – uma pública e a outra particular – para as finais de uma determinada modalidade; preferiu deixar a escola pública com um ‘auxiliar-aluno’ e sentar no banco da escola particular. Todo o apoio à escola particular… só que a escola pública tinha melhores alunos-atletas e seria a vendecora, até que o técnico ‘forçou’ a mão, para que a particular vencesse a partida… Conflito de interesses! foi tão vergonhosa sua atuação e falta de ética, que foi mandado embora da escola particular…
Pois bem. vamos voltar com as escolinhas…
- quem serão os professores das modalidades?
a SESP-JUV tem um quadro de profissionais habilitados? formados em educação física, com experiência e conhecimento necessários para ensinar a modalidade? ou vai ‘contratar’ leigos para isso? pois em seus quadros, não vemos esses profissionais…
- quais modalidades serão priorizadas?
quais modalidades temos maior participação? quais atraem maior número de adeptos? quais se tem instalações e pessoal técnico para implantar? quais demandam menos recursos e maior número de atendimentos?
sem dúvidas, que o Atletismo é a que atende a todos essses requesitos, pois pode ser praticada em qualquer campinho de várzea… Capoeira? não é Olimpica, ainda…, Handebol? Voleibol? Futebol? Futsal? Natação? ´Boxe? pois é…
- onde vão funcionar?
se se pretende um projeto de Estado, ou mesmo de Governo, vá lá, não pode se restringir à Capital… ou à Imperatriz, ou à Caxias, ou à Bacabal… outra questão são os locais… recursos para construção de centros de esportes, há, e muito! mas depende de politica politico-partidária… emenda parlamentar… apenas lembrando, o Ministro é do PCdoB… em ano de elição vai priorizar as emendas de quem, mesmo?
aqui deve-se levantar outra questão: a elaboração dos projetos! a SESP-JUV tem pessoal especializado para elaborar esses projetos de captção de recursos? pelo que foi apresentado nos últimos anos, não!!!!
Tenho viajado um bocado pelo Nordeste. Tenho observado o canteiro de obras que se tornaram alguns estados vizinhos (Piauí e Ceará, principalmente) com quadras e mais quadras sendo construidas, em cidades-povoados… perdidos no alto das serras… mas com uma quadra coberta e toda infra-estrutura… e aqui no Maranhão? apenas agora se está buscando recursos para as Praças da Juventude… e bem aqui perto em Santa Rita, a Quadra Poliesportiva foi inaugurada e tem uma placa em frente: CENTRO DE CONVENÇÕES… reuniões quase semanais, sem espaço, nem horário para o fim a que foi construida. Será que tem professor de Educação Física lotado?
Bom, esse um problema, a começar pela Capital. Onde estão, como estão nossas praças esportivas? quando vai terminar essa briga policalesca-ideológica com o Costa Rodrigues?
- qual o material necessário?
não adiante ter quem, onde, e como, sem o com que!!!
vejo a situação das escolas, em que o professor, que deseje dar uma aula de uma modalidade esportiva, tem levar o materuial de casa… ou da escola particular em que trabalha…
- como serão cobrados os resultados?
se o objetivo é ‘prepara atletas maranhenses para participar das Olimpíadas do Rio de janeiro, em 2016′, quais os critérios? quais as metas? como será feita a avaliação se o objetivo foi atingido? haverá ‘mérito’ ou prevalescerá o ‘qi’? os professores-técnicos que apresentarem resultados, na elevação do nível de nossos atletas, com a particpação em eventos regionais, nacionais, e talvez uma convocação para uma seleção brasileira, terão uma recompensa pecuniária? ou tanto se lhes faz… trabalhando ou não, apresentando resultados ou não, o salário será o mesmo, no final do mês?
- com que recursos?
aqui o grande problema… em salário de professor, ou material de consumo não se pode colocar placa de que foi feito, ou conseguido, por este ou aquele politico… daí… como carrear os recursos para um projeto de tal magnitude? quem garante no orçamento, e o cumprimento do mesmo? será que ‘esporte’ é mesmo prioridade?
Voltamos ao tema…
Ao que o Oliveira Ramos comentou:
Um Comentário para “RUMO ÀS OLIMPÍADAS 2016” 1 José de Oliveira Ramos:Comentários
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Olá Leopoldo. Bom dia. Aos 67 anos de vida, me sinto “rejuvenescido” quando percebo e me auto-analiso, entendendo que estou sendo honesto ou fui honesto pelo menos comigo mesmo. Vou comentar o assunto, mas, antes, quero fazer uma ressalva. É quanto aos assuntos da “Capoeira” que estavam caindo na minha Caixa eletrônica, mesmo depois que eu avisara a você, imaginando, neofitamente, que erstavam acontecendo erros. Depois, percebi que não eram erros e que alguém que eu não sei de que ENTRANHA veio, entendeu ou entendia que eu tinha OBRIGAÇÃO de continuar recebendo aquilo que, para mim, não havia (nem há) nenhum interesse. Se isso é “meio de convivência”, “meio de interação”, tô fora. Tô desligado!
Quanto ao assunto do “Projeto” do jovem Secretário Sousa Neto (que leva o enorme trunfo de ser um jovem correto moralmente falando), todos os itens relacionados por você fazem sentido e estou inteiramente de acordo.
Para ficarmos apenas em três casos – e nós que vivemos no meio sabemos que são milhares deles – quero falar de quatro jovens promessas da Natação.
Ana Zélia Jansen Gomes, que conheci mirradinha nadando na escolinha do MAC, depois passando pela Nova Onda/AABB. O esforço pessoal e o apoio da mãe (tambem Ana Zélia, funcionária pública estadual). Começou levando-a ao lugar mais alto do pódio em todas as competições locais e começou a aparecer nacionalmente como uma “realidade” da Natação, graças ao trabalho dela própria e do Professor Mário Aguiar. Nadou pelo Vasco da Gama/RJ, voltou para São Luís e, aqui, por nunca ter encontrado esse “Projeto de Estado” que tanto cobramos, aceitou uma Bolsa de Estudos do Colégio Dom Bosco e começou a investir em si própria, pensando em outro caminho. Se tivesse tido apoio do Governo do Estado, estaria hoje no mesmo nível de Fabíola Molina, Mariana Brochado e até acima de Joanna Maranhão, que sempre foi medalha de Prata nas provas em que Ana Zélia nadava. Investiu em si, e hoje é Delegada de Polícia. Mas, antes, foi uma estrela da Natação, com brilho ofuscado pela incompetência governamental;
Carlos Garcês, começou também no MAC. Teve o mesmo brilho e denodo de Ana Zélia. Desistiu e hoje, por incrível que possa parecer, também é Delegado de Polícia do Estado do Maranhão; Frederico Veloso de Castro, filho do empresário Kléber Castro e da Psicanalista Tina Veloso. Na faixa etária é o Rei dos pódios. Bateu recordes e mais recordes, representou o Estado em várias oportunidades conquistando sempre o lugar mais alto do pódio. Inteligente, bem orientado, treinado competentemente pelo Professor Alexandre Nina, viveu e treinou nos Estados Unidos, esteve por alguns poucos meses ligado ao Pinheiros/SP e hoje é atleta do Flamengo/RJ para competições nacionais. Nada pela MAC/Nina em competições estaduais e pela Seleção Brasileira nas competições internacionais;
finalmente, Felipe Costa da Cunha. É, atualmente, o mais brilhante atleta maranhense entre todas as modalidades olímpicas praticadas. Esperou durante anos – mais de cinco – por patrocínio oficial do Estado (não confundir com esse irrisório valor de um salário mínimo do Bolsa Atleta, que não paga o Gatorade consumido durante as oito horas diárias de treinamentos). Acabou de assinar contrato com o Minas Tênis Clube. É nome certo, nas Olimpíadas de 2014 e 2016 junto a Frederico Veloso.
E, para terminar, como nunca fez nada por esse jovens, ao Estado do Maranhão não cabe nenhum mérito. Isso enquanto continuarem insistindo num “Projeto de Governo” em vez de “Projeto de Estado”. Abraços. E, como França, que jogou no São Paulo e na seleção brasileira e tantos outros, você sabe ou pode advinhar por que alguns jovens atletas têm vergonha de dizer que nasceram no Maranhão? O que foi que o Estado do Maranhão fez até hoje por Iziane?