POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER. ONDE ESTÃO?

No último sábado uma instituição de ensino superior, particular, para lançar um novo produto no mercado educacional maranhense na área das atividades físicas de saúde e lazer promoveu um Seminário para discutir as Políticas Públicas de Esporte e Lazer na ‘visão’ dos Gestores. Dirigentes de órgãos públicos, técnicos/treinadores esportivos, dirigentes, atletas. Este o público.

Convidados para falar, os Senhores Secretários da área, do Estado (o senhor Neto, no ato representado pelo Raimundo Nonato Irineu Mesquita) e do Município de São Lúis (O próprio secretário Raimundo Goiabeira secundado com seus Assessores, dentre eles Luis Alberto Costa Rodrigues. Além, claro, de professores dessa IES (Fabiano Furtado, o Pró-reitor de Ensino Marcos, e o Pastor Alfredo) e do CREF-MA (Laerth).

Ficou patente, da fala dos Gestores, e depois da sequencia de perguntas (a grande maoria minhas…) de que não há, tanto no ambito do Estado quanto do Município da Capital – ou pelo menos os seus gestores a desconhecem, ou não sabem de que se trata – uma política pública de estado para a área!!! nem mesmo uma de governo!!! têm conhecimento do que se está planejando para a próxima administração… ficou patente o completo desconhecimento sobre o assunto.

Alegar que estão trabalhando, fazendo os jogos escolares, alguns eventos pontuais, de caráter eleitoreiros, como ficou patente, não se trata de Política.

Alegar, ainda, que não dispõem de Orçamento, e quando há, na sua execução são desviados para outras áreas, de interesse do Administrador-Maior, para tender alguma emergencia, em outras áreas, demonstra a importancia que se lhes dão.

No entanto, apregoam, ambos os gestores, a grande responsabilidade do esporte e do lazer para tirar as crianças e jovens das ruas – do vício, da droga, do crime, aliás, a grande panacéia que algumas ONGs interessadas inventaram…

Gastar mais de 50% do orçamento na recuperação de uma única praça de esportes, dedicada ao futebol – ao f(…), tá, falido, futebol profissional – e ainda afirmar que o serviço foi mal feito e incompleto – e foram mais de 5 milhões despendidos, é rir da cara do contribuinte, dado o estado precários dos poucos espaços, ineptos para o uso até mesmo de uma partida de bolinha de gude (peteca).

Então, espanta ainda mais, quando se pergunta o que se está pensando em fazer com a parte do latifúndio dos 54 milhões de dólares do Banco Mundial que serão aplicados na revitalização da área do Rio Bacanga – 79 bairros, mais de 230 mil habitantes – e que área do lazer e da recreação pública está comtemplada… nem ao menos sabiam do que se tratava… e há uma empresa – estrangeira – vencedora de uma concorrencia internacional fazendo esse planejamento. E a SEMDEL não participa. Pelo menos é o que ficou claro da resposta do Sr. Goiabeira, e das perguntas que seus Assessores me fizeram, incluindo um convite para falar sobre o assunto, já que eu estava sabendo de coisas que eles não sabiam, apenas ouviram falar…

O que dizer do Estado? e pensar que correrem rumores de que o atual titular permanecerá no posto… resta saber para que!!! ou o que pensa!!! além do mantra: ‘um atleta maranhense nos Jogos Olímpicos de 2016′… será que permanecerá assessorado pelo agronomo? para cuidar da grama do Castelão? visando a Sub-Sede da Copa das Confederações (2012) e da Copa do Mundo (2014)???

Logo aí abaixo escrevi sobre algumas dessas questões e a ausencia do Maranhão nas discussões em que se debateram algumas questões quando do estabelecimento de programas e projetos para a realização dos megaeventos esportivos dos próximos anos. No ambito dos Ministérios do Turismo, do Esporte, das Cidades… Não só o local para receber alguma seleção, seus treinamentos, mas como receptivo de turismo, em especial o esportivo, o de aventura, o de esportes radicais, dentre outros – Barreirinhas é a grande atração, São Luís seria a cidade de entrada (ou Parnaíba, se aquela estrada finalmente sair do papel…).

Pois é, essas algumas questões que deveriam estar sendo discutidas, não o ’sexo dos anjos’, e o afirmar que ‘não temos orçamento’, ‘há falta de recursos’, ‘não temos pessoal especializado’, ‘não temos um corpo técnico para planejar’, ‘não sei nada disso’, desconheço sobre esse assunto’. E vai por aí afora…

Discutir Políticas Públicas de Esporte e Lazer? falou-se sobre esporte, nada sobre lazer, e pior, falar sobre uma quimera?   

Continuo com minha opinião: para se fazer um trabalho profissional, é necessária a participação de profissionais; não desses amadores guindados a ‘otoridade’, de outras áreas… ou será que uma assessoria ocupada por um agronomo não é mero arranjo ou acomodação de interesses políticos?

seg, 29/11/10 por leopoldovaz | categoria A VISTA DO MEU PONTO http://colunas.imirante.com/platb/leopoldovaz/2010/11/29/politicas-publicas-de-esporte-e-lazer-onde-estao/

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