Não quero gastar tempo a palpitar sobre futebol. Recuso-me a fazer o jeito aos autores e beneficiários da futebolização das mentes e preocupações dos cidadãos. Por isso vou ser breve, e recordar posições sempre defendidas.
Os principais intervenientes no jogo são os futebolistas; em segundo lugar vêm os treinadores. Os árbitros nunca deviam reivindicar protagonismo; mas a verdade é que não se contentam com um papel discreto e secundário. Basta interpretar os discursos das suas organizações, para perceber que estas exigem para os filiados o estatuto de deuses majestáticos e incontestáveis. Gostam de apagar fogos com gasolina!
Os árbitros erram muito. ‘Errar é humano’, diz-se. Sim, é. Mas ‘humano’ é, sobretudo, reconhecer o erro! Ora isto é recusado pelos árbitros e pelos seus dirigentes, armados em pavões a rebentar de tanta empáfia. Em vez de humildade, as suas atitudes e palavras tresandam a pesporrência. Esta recebe como troco a crescente agressividade e desconfiança da parte de muita gente.
Para repor a confiança num nível aceitável, os agentes e órgãos da arbitragem têm que tomar iniciativas credíveis. Foi pelo lado deles que a corda partiu; logo também é a eles que compete remediá-la. Porque não começar hoje, que é Dia de Reis?!
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