SURF NA POROROCA – iniciada a construção do capitulo no Atlas do esporte   Tweet 2 0comentário

Recebi a dissertação de mestrado do Hélton. Começamos a construir o capitulo referente ao Surf na Pororoca, do Atlas do Espoirte no Maranhão e, se der, fazemos o do Atlas do Esporte no Brasil…

 

ATLAS 51 – SURF NA POROROCA

 

HÉLTON MOTA FERREIRA

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

 

DEFINIÇÃO

Pororca é um impulso positivo, que apresenta basicamente uma série de ondas de propagação a montante e à medida que a onda avança para o interior, impulsionada pela ma´re, o fluxo do rio é revertido. (LYNCH, 1982; CHANSON, 2001, 2011, citados por FERREIRA, 2015).

São diversas as terminologias utilizadas para descrever a pororoca (Brasil) Aegir, Tidal Bore, Severn Bore, Seven Ghost (Inglaterra); Barre, Flot, Barre de Flot (França); Bahu, Baan/Joar (India); Benak (Malásia); Eagre, Bono (Sumatra, Indonésia); Burro?Barra (México/Colorado); Silver Dragon, Black Dreagon, Guanchão (China); Ibua Ibua (Papua Nova Guiné); Kepala Arus (Indonésia, papua Ocidental); Montant, Masquaret, mascaret, (França); Macareu (Brasil, Guiné Bissal, Moçambique); Refoul (Canadá).

É o encontro pouco cordial entre águas oceânicas e águas fluviais.

Avalanche de aspecto cataclísmico, como formidável rolo líquido, invadem o leito dos rios para montante, pondo a flutuar instantaneamente tudo que achava encalhado nas coroas de areia.

Pororocamacaréu ou mupororoca é a forma como são denominados os macaréus que ocorrem na Amazônia. Trata-se de um fenômeno natural produzido pelo encontro das correntes fluviais com as águas oceânicas. Pororoca origina-se do tupi poro’roka, que é o gerúndio do verbo poro’rog, «estrondar». O fenômeno manifesta-se, no Brasil, na foz do Rio Amazonas e afluentes do litoral paraense e amapaense (rio Araguari, Rio Maiacaré, Rio Guamá, Rio Capim, Rio Moju) e na foz do Rio Mearim, no Maranhão. Esse choque das águas derruba árvores de grande porte e modifica o leito dos rios. Recentemente, o fenômeno tem atraído praticantes de surfe, transformando-se numa atração turística regional amazônica. Em julho de 2015, foi declarado oficialmente que o fenômeno já não ocorre no rio Araguari. A ocupação irregular de áreas nativas para a criação de búfalos foi um dos principais fatores que provocaram o fim do fenômeno da pororoca na bacia desse rio do extremo leste do Amapá. https://pt.wikipedia.org/wiki/Pororoca

 

ORIGEM

Um conjunto de características é necessário para a manifestação da pororoca, dentre os quais: a foz dório ter uma forma plana, convergente e a amplitude de maré ultrapassar 6 a 9 metros. Sua existência em vários países, também denominada de furos de maré apresenta de forma geral o mesmo principio de formação. Os melhores furos de maré são documentados de há séculos, destacando-se o do Sena (França) – mascaret – e o de Qiantag (China) – furo Hangzhou; há relatos de pororoca no rio Indus, que teria dizimado a frota de Alexandre, o Grande; as pororocas do rio Amazonas já foram observadas por Pinzon e La Condamine; o furo do Ganges – Hooghly – aparece em relatório do século XIX.

As condições para a formação da pororoca passam pela amplitude de maré sendo superior a 4 a 6 metros e pelo direcionamento dos grandes volumes das águas de maré para a foz estreita dos rios, geralmente em forma de funil.

Esse fenômeno ocorre em 17 países: Inglaterra (14), França (13),Canadá e Brasil (10), China e Austrália (5), Indonésia (4), Malásia (3), Bengladesh, India, papua Nona Guiné, estados Unidos (2), Guiné Bissau, México, Maçambique, Rússia (1), num total de 17 países e 78 pororocas.

São classificadas de acordo com a intensidade; quanto maior a intensidade, melhor para a prática esportiva nas ondas fluviomarítimas: Giga (5: Brasil, Indonésia, Malásia e China); Maxi (12: Brasil, India, Indonésia, França, Inglaterra, Canadá e Estados Unidos); Média (16: Brasil, Guiné Bissau, Indonésia, papua Nova Guiné, França, Inglaterra, malásia, China e Canadá); Mini (27: Malásia, Moçambique, Myanmar, papua Nova Guiné, França, Inglaterra, China, Canadá e estados Unidos); Micro (18: Brasil, Austrália, Bangladeche, Canadá, India, México, Rússia e França).

Dos 78 rios onde as pororocas ocorrem, cerca de 42% interessam aos surfistas de pororoca, denominados de Masca Riders, pelo fato das características das ondas proporcionarem energia suficiente para ser surfada, indo de giga a médias pororocas. Outras modalidades esportivas por terem a propulsão humana envolvida na atividade auxiliando no deslizar sobre as ondas se adaptam a todas as intensidades de pororocas, alguns exemplos são: o stand uo paddle e caiaque.

Na região amazônica a pororoca ocorre nos seguintes rios: Araguari, Sucuriju, Canal Perigoso de Marajó, Capim e Guama, Mearim e Pindaré. Durante a estação das chuvas, entre janeiro e maio, os picos são observados durante as luas cheias e novas, sabendo que setembro e outubro também pode fornecer energia suficiente se a estação não foi muito seca.

Em território brasileiro o fenômeno fluviomarítimo, pororoca, transfromeou-se num sucesso, através da organização de campeonatos estaduais, nacionais em formato de circuito e até internacionais.

Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o fenômeno fluviomarítimo ocorre nos estados do Pará (São Domingos do Capim, Olha do Marajó, Amapá (Cutias) e Maranhão (Arari), havendo registro nos estados do Rio Grande do Sul (Tramandaí) e Alagoas (Piaçabuçu).

O Circuito Brasileiro de Surf na Pororoca tem etapas no Amapá, Pará e Maranhão.

No Brasil, o surf na pororoca aparece em 1997, mas a prática do surf neste fenômeno já existe desde a década de 50 no Reino Unido e na França.

Características: No mar o tempo de surf é aproximadamente 8 segundos, enquanto na pororoca, o surfista desliza sobre as ondas por no mínimo 30 minutos. É possível variar a posição em cima da prancha e curtir ainda mais a onda, enquanto no mar não existe essa possibilidade por ser rápido o momento da onda. Para chegar até o local onde nasce a pororoca o surfista navega pelo rio por um bom tempo, podendo admirar as lindas paisagens do local. A velocidade nas pororocas mais fortes pode chegar até 50 quilômetros rio adentro. A pororoca é um fenômeno raro da natureza que garante uma experiência única e emocionante. Diferente da regra do mar, no rio todos devem surfar a mesma onda, o que não influencia em nada na sensação e clima maravilhoso dentro da água. A emoção é intensa, já que existem muitos riscos ao surfar a pororoca e isso aumenta ainda mais a sensação de adrenalina. http://www.akaloko.com.br/blog/surf-na-pororoca/

 

 

BOX[1]

 

“BREVE DESCRIÇÃO DAS GRANDES RECREAÇÕES DO RIO MUNI DO MARANHÃO, pelo Padre João Tavares, da Companhia de Jesus, Missionário no dito Estado, ano 1724”.

 

“AS POROROCAS DO MARANHAY

“Foi de indústria, por dar gosto a Vossa Revma. que, como tão perito na língua brasílica, folgará lhe diga o que por mim tenho alcançado acerca da etimologia desta palavra Maranhão, ponto em que tenho ouvido alternar por boca e por escritos antigos, sobre nunca assentarem em nada de quanto disseram nada tem fundamento no meu fraco entender. Veja os antigos manuscritos da missão.

“O padre Bartolomeu Leão, da Província do Brasil, reformador do catecismo da língua brasílica, me recomendou muito quando vim para o Maranhay, que me avistasse com o padre Ascenso Gago, o mais perito que por então reconhecíamos neste idioma brasílico, soubesse dele o que sentia nesse ponto. Ambos morreram ignorantes do que aqui quero dizer, e nunca o dissera sem ter visto com os meus olhos as pororocas do Maranhay. Pelo que digo que a palavra Maranhay se compõe de dois verbos e de um substantivo. Os verbos são maramonhangá, que significa brigar e anham que significa correr (até aqui atinava o dito Bartolomeu Leão) e o substantivo é a palavra ou letra que significa água, e ainda tirada de Maranhão por corrupção de palavra, assim como estão infinitos nomes da língua brasílica corrupta pela pronúncia dos portuguese.

“Nesta palavra não podia atinar o padre Leão sem ver ou lhe disserem o que passa pelo Maranha. Deram os naturais este principal nome a esta terra do que nela mais principalmente avultava que são as pororocas, cujo aspecto é uma briga das águas correndo. Tudo isto diz a palavra Maranhay – água que corre brigando. Perguntar-me-hão pois porque não se chama o Maranhay pororoca; respondo que pororoca é a palavra que explica o que se ouve; parece-me que se compõe da palavra opõe, que significa rebentar de estouro, como o ovo quando rebenta, e da palavra cororan, que significa roncar continuamente, como o mar; ou é palavra simples, feita pela freqüêntativa, tirada sempre do verbo opõe. De qualquer sorte que tomem a palavra pororoca, sempre significa estourar ou estalar, de onde do que se ouve se chama aquela fúria das águas – pororoca; e do que se vê se chama todo este Estado – Maranhão”. (RAMOS, 2001, p. 3-4; MARQUES, 1970, p. 437).    

Realmente, César Marques àquelas páginas refere-se às pororocas do Rio Munim, mas a descrição é outra, como se observa:

O Padre João Tavares na carta já alegada dá dêste fenômeno da pororoca uma tão poética descrição, que nos pareceu que sem ela não ficaria bem acabado êste maravilhoso quadro: – ‘Enquanto a maré vaza tudo vai em paz; em enchendo começam a pelejar em um lugar a enchente, que vem do oceano, com a vazante, que vem dos ditos rios (Mearim e Pindaré). O lugar desta peleja dista da barra dos dois rios como vinte léguas. Briga ali a enchente com a vazante, sem a maré passar daquele lugar para diante por espaço de tr6es horas. Nestas três horas toma a enchente fôrça, e nas águas vivas toma maior fôrça; forma grande pé atrás, alteia sobre a vazante à maneira de dois homens, que estivessem forcejando peito a peito, e um dêles vencendo levasse o outro abaixo de costas; assim vence a enchente, que naquele lugar só alterca por três horas, e no instante que cavalga sobre a vazante dá tal estouro, e continua com tal urrar, e corre com tal violência com três marés, ou três serras de águas, lançando para trás a modo de guedelha branca desgrenhada uns fios de água, acometendo a tudo quanto é baixo com tal fúria , que parece vai a ofender a seus contrários, ou a acudir a algum descuido da natureza, arrancando árvores, derrubando ribanceiras e cobre em três horas tudo quanto havia a cobrir nas seis ordinárias de uma maré. Daqui vem vazar a maré até onde se forma a pororoca nove horas, e daí para cima enche em três horas.” (MARQUES, 1970, p. 455).

Prossegue César Marques a descrição da pororoca – não encontrada no texto da “Breve descrição…” abaixo transcrita – como se fosse daquela carta. Como a cópia que tenho, em microfilme, é cópia de outra, conforme consta no final do texto[2]; é de se supor que no original do Padre Tavares houvesse as explicações citadas:

Restava agora examinar a causa desta extraordinária vagância das águas, a qual vi, e repetidas vêzes tornei a ver, sem nunca chegar a perceber a sua verdadeira causa. Ocorria-me que o pêso das águas doces pugnando com as salgadas, depois de grandes pugnas, vinha a vencer a fôrça das águas do mar, e com fôrça do receio que tinha tido naquela pugna, rompia naquele extraordinário ímpeto. Porém contra isto está que em muitos, ou em todos os mais rios não faz êstes efeitos, e só são particulares no Estado do Maranhão, onde os há só aqui e nos rios Mearim e Pindaré perto da cidade de S. Luís do Maranhão; e também se diz há uma pequena pororoca no rio Guamá perto da cidade do Pará e nos mais rios nada, nem nos da Europa e outras partes, e só conta a mesma maravilha no Rio Ganges da Índia. Além do que observa-se no curso da dita pororoca que em muitas partes e rios largos sucede correr primeiro uma margem e depois descer pela outra por modo de redemoinho, correndo ao redor quantas canoas encontra, e acabando isto vai surgir mais acima, continuando o mesmo ímpeto com que principiara, de que se convence Ter outra causa êste movimento tão extravagante. Faz um grande estrondo o mar da pororoca, e se ouve em uma légua de distância; comove também os ares em forma que sempre a precede um grande vento comovido dos mares dela.

“Isto é o que observei; deixo a outros o discurso das suas verdadeiras causas”. (p. 455).

(SOUZA, José Coelho de. OS JESUÍTAS NO MARANHÃO. São Luís: Fundação Cultural do Maranhão, 1977, p. 56-57; RAMOS, Clóvis. OS PRIMEIROS JORNAIS DO MARANHÃO – 1821 – 1830. São Luís: SIOGE, 1986; RAMOS, Clóvis. OPINIÃO PÚBLICA MARANHENSE (1831 a 1861). São Luís : SIOGE, 1992.; RAMOS, Clóvis. ROTEIRO LITERÁRIO DO MARANHÃO – Neoclássicos e Românticos. Niterói : (s.e.), 2001; MARQUES, César Augusto. DICIONÁRIO HISTÓRICO – GEOGRÁFICO DA PROVÍNCIA DO MARANHÃO. 3ª ed. São Luís : (s.e.), 1970; “Esta Relação foi tirada de uma carta que o Padre da Companhia João Tavares, Missionário no Maranhão escreveu ao seu Visitador Geral o Padre Jacinto de Carvalho no ano de 1724. – “Biblioteca Pública Eborence – “Códice CV 1 = 7 = a folha 165”. Estas são comentários de João Francisco Lisboa, em seus Apontamentos para a história do Maranhão; de um jornal português, Panorama vol. 3, 1939, retirado da obra Maranhão conquistado a Jesus Cristo e à Coroa de Portugal pelos religiosos da Companhia de Jesus; do livro do padre Manoel Rodrigues, Marañon y Amazonas, dentro outros, que reproduzem estes textos (MARQUES, 1970, p. 437); CARDOSO, Manoel Frazão. Tutóia. In O MARANHÃO POR DENTRO. São Luís : Lithograf, 2001, p. 572-582.

 

Os Autores tomaram conhecimento desse texto de João Tavares quando da elaboração de artigo intitulado “’Pernas para o ar que ninguém é de ferro’- as recreações em São Luís do Maranhão, no período imperial”, estudo segundo colocado do Prêmio “Antônio Lopes” de Pesquisa Histórica, do Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís”, 1995, quando se referiam aos jornais que se dedicavam ao lazer, instrução, literatura e artes, editados nos primórdios da imprensa maranhense. A primeira referência encontrada foi em Rossini Corrêa, logo depois em Clóvis Ramos; após cerca de 10 (dez) anos de buscas – Biblioteca Pública Benedito Leite, Arquivo Público do Estado do Maranhão, Biblioteca Nacional e no próprio Arquivo Nacional – quando tomou conhecimento da conclusão do levantamento dos manuscritos disponíveis – junho de 2003 – fez nova consulta, dando-se-lhe conta de que havia uma cópia dentre aqueles documentos. Mandaram buscar, então, cópia; adquirida através de suporte em microfilmagem (custo: R$ 40,00), fotocopiada na Biblioteca Pública Benedito Leite (custo: R$ 78,00 !).

A transcrição do documento foi feita pelos Autores, e revista por Jairo Ives de Oliveira Pontes, professor de História do CEFET-MA; e Heitor Ferreira Carvalho, professor de História, técnico do Arquivo Público do Maranhão, a quem os Autores agradecem.

Tororoma – do Tupi, corrente fluvial forte e ruidosa (Jairo Ives de Oliveira Pontes, comunicação pessoal)

 

1997 – ocorreu a primeira experiência de um surfista nas ondas intensas da Pororoca.

1999 -criada a ABRASPO – Associação Brasileira de Surf na Pororoca

2003 – primeira competição oficial de surf na Pororoca. O evento contou com a participação de surfistas de todo o país, ávidos para desfrutar o que chamaram de “a onda perfeita””.

2001 criado o Festival da Pororoca em Arari-Ma

2013 I Desafio de Stand Up no surf na pororoca em ARARI. realizado pela ABRASPO

2014 – Circuito Brasileiro de Surf na Pororoca Etapa Arari- Maranhão. Dividido em quatro baterias homem a homem, a ABRASPO junto com ASPM, e contando com o patrocínio do Governo do Maranhão e a Secretaria de Estado Esporte e Juventude realiza sua etapa masculina nas ondas de Pororoca do rio Mearim, no município de Arari, no Maranhão.

= Robby Naish uma das lendas vivas dos watersports, participou no último mês de uma expedição à Pororoca de Arari, mítica onda de rio no coração do Maranhão. A ação fez parte de uma parceria entre a Red Bull e ABRASPO (Associação Brasileira de Surf na Pororoca) contando com apoio dos governos locais. http://www.gokite.com.br/noticias/robby-naish-encara-a-pororoca-de-arari-ma/

2015

Fonte. FERREIRA, Hélton Mota. POSSIBILIDADES DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO SUSNTENTÁVEL A PARTIR DO ATRATIVO FLUVIOMARITIMO POROROCA, NO MUNICIPIO DE ARARI-MA. Dissertação de Mestrado, apresentado ao colegiado do PPGTH, Universidade do Vale do Itajaí, Baldeneário de camoriu-SC, novembro de 2015.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pororoca; http://www.akaloko.com.br/blog/surf-na-pororoca/ ; http://surfnapororoca.pa.gov.br/pororoca-seus-misterios-e-suas-lendas/

 

 

[1] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. “BREVE DESCRIÇÃO DAS GRANDES RECREAÇÕES DO RIO MUNI DO MARANHÃO, pelo Padre João Tavares, da Companhia de Jesus, Missionário no dito Estado, ano 1724”. In REVISTA DO IHGM, No. 37, junho de 2011 – Edição Eletrônica, p 176-186 http://issuu.com/leovaz/docs/revista_ihgm_37_-_junho_2011

[2] “Esta Relação foi tirada de uma carta que o Padre da Companhia João Tavares, Missionário no Maranhão escreveu ao seu Visitador Geral o Padre Jacinto de Carvalho no ano de 1724. – “Biblioteca Pública Eborence – “Códice CV 1 = 7 = a folha 165”.

 

Comentários

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 13 de Janeiro de 2016 às 17:14.

ATUALIZANDO:

1997 - ocorreu a primeira experiência de um surfista nas ondas intensas da Pororoca. Os pioneiros foam os paraenses Noélio Sobrinho e Gilvandro Júnior

1999 - Em São Domingos do Capim – PA foi apresentado o surf na pororoca como prioridade turística, e forma incipiente, realizando-se um festival e um campeonato

- criada a ABRASPO - Associação Brasileira de Surf na Pororoca

 

2001 – Em São Domingos do Capim o surf na pororoca é apresentado, pelo poder municipal, como uma das possibilidades de desenvolvimento sustentável, e se realiza mais um Festival de surf na pororoca

- criado o Festival da Pororoca

- o cearense Marcelo Bibita bateu o recorde mundial entrando para o Guinness Book Brasileiro. O surfista conseguiu surfar a pororoca por 19 minutos e 14 segundos sem parar.

- O surfista Andrezinho Carioca, paraplégico devido a um acidente de moto realizou o sonho de surfar a pororoca;

2003 - primeira competição oficial de surf na Pororoca. O evento contou com a participação de surfistas de todo o país, ávidos para desfrutar o que chamaram de “a onda perfeita”

2004 WARAT, Luis Alberto. Surfando na Pororoca: O ofício do Mediador. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2004.

- NASCIMENTO, José Lúcio Bentes do. O processo de desenvolvimento do turismo em São Domingos do Capim – PA a partir do fenômeno desencadeador ‘surf na pororoca’. UNIVALI, 2004, dissertação de mestrado.

2006 SOUZA, Jorge Alex de Almeida. Nas ondas da pororoca: repercussões sócio-espaciais da atividade turística no município de São Domingos do Capim (Pará). 2006. 142 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Belém, 2006. Programa de Pós-Graduação em Geografia. http://www.repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/1875

2012  12º Campeonato Brasileiro de Surf na Pororoca aconteceu entre os dias 19 e 24 de abril, nas ondas de maré do Rio Araguari, município de Cutias do Araguari, no Estado do Amapá, o

2013 13º Campeonato Brasileiro de Surf na Pororoca, e simultaneamente, o 3º Campeonato Brasileiro de Bodyboard Feminino na Pororoca, entre os dias 24 e 30 de Abril, na pororoca do Rio Araguari, no estado do Amapá,ambos realizados pela ABRASPO - Associação Brasileira de Surf na Pororoca, entidade que há 15 anos promove e divulga o surf na pororoca, realizado em alguns dos lugares mais remotos do planeta.

- I Desafio de Stand Up no surf na pororoca em ARARI. realizado pela ABRASPO

- A Associação Brasileira de Surf na Pororoca (Abraspo) lança no dia 7 de dezembro, o livro denominado Auêra-Auara, 15 anos de surfe na Pororoca.

2014 - Circuito Brasileiro de Surf na Pororoca Etapa Arari- Maranhão. Dividido em quatro baterias homem a homem, a ABRASPO junto com ASPM, e contando com o patrocínio do Governo do Maranhão e a Secretaria de Estado Esporte e Juventude realiza sua etapa masculina nas ondas de Pororoca do rio Mearim, no município de Arari, no Maranhão.

- Campeonato Feminino de Bodyboard na Pororoca foi transferido para o mês de Maio, agora será realizado o Desafio de Bodyboard na pororoca do Rio Pindaré  no Arari, Maranhão. a equipe da ABRASPO, selecionou cinco atletas para desafiar esta mais nova Pororoca. são: Camila Sampaio RJ / Barbára Lima SP / Milena Lima PA / Marilia Alencar CE e Gabriela Garcia SC.

- Robby Naish uma das lendas vivas dos watersports, participou de uma expedição à Pororoca de Arari, mítica onda de rio no coração do Maranhão. A ação fez parte de uma parceria entre a Red Bull e ABRASPO (Associação Brasileira de Surf na Pororoca) contando com apoio dos governos locais. http://www.gokite.com.br/noticias/robby-naish-encara-a-pororoca-de-arari-ma/

- Surfistas confirmam o fim do surfe na pororoca do rio Araguari, no Amapá. Criações de búfalos e construção de hidrelétricas ao longo do rio Araguari seriam as causas para o fim da pororoca. (Ângelo Fernandes e Wellington CostaMacapá, AP)

2015  6° Campeonato Regional de Surf na Pororoca de São Domingos do Capim. A Prefeitura Municipal de São Domingos do Capim e Semtec convidam a população de São Domingos do Capim e demais localidades para evento tem com o objetivo incentivar a prática do surf na pororoca e prestigiar os surfistas locais de São Domingos do Capim. A competição marca a abertura da temporada de surf no fenômeno da Pororoca de São Domingos do Capim.

- São Domingos do Capim realizou o XVII Festival da Pororoca e o XV Surf na Pororoca, entre 19 e 22 de março. Surfistas de várias partes de todo o Brasil e até de outros países como França, Suíça e Peru, entre eles o primeiro campeão brasileiro de surf na pororoca, o carioca Ricardo Tatuí, os pioneiros paraenses Noélio Sobrinho e Gilvandro Júnior, os cearenses Adilton Mariano, Hepta Campeão Brasileiro de Surf na Pororoca e Marcelo Bibita, primeiro recordista de tempo de permanência em uma pororoca, além de vários outros “caçadores de pororocas” que fizeram questão de estar presentes na quebra do recorde. A operação durou três dias (19 a 22) e mobilizou cerca de 200 pessoas entre surfistas e profissionais responsáveis pela segurança. Foram utilizados 10 Jet Skis, 5 Bananas Boat, 5 Lanchas Voadeiras e 1 helicóptero. cerca de 140 surfistas que entraram na água, 80 conseguiram pegar a onda com 19 ficando de pé em suas pranchas simultaneamente, estabelecendo assim mais uma marca para o surf brasileiro.

 - em Arari, no Maranhão, de 05 a 08 de abril, ocorreu o  Campeonato Brasileiro de Stand-Up Paddle e o Festival de Surf na Pororoca que reuniu atletas de vários países.

-  Expedição Pororoca do Marajó 2015 – Chaves - Pará, os caçadores de pororoca da ABRASPO desbravando lugares inóspitos e explorando regiões pouco conhecidas. Para a missão foram escalados os surfistas especialistas em pororocas Adilton Mariano-CE, 7x Campeão Brasileiro de Surf na Pororoca e Marcelo Bibita-CE, primeiro recordista de permanência em uma onda, além dos paraenses Gilvandro Júnior, pioneiro do surf na pororoca e Nayson. Para dar apoio aos atletas, uma equipe de peso também foi escalada: Chico Pinheiro, piloto dos mais experientes em operações em pororocas e Cica, comandante com vasta experiência em navegação pelos rios da região amazônica. À frente de toda operação, o paraense Noélio Sobrinho, com a difícil missão de coordenar toda a ação e, além de provar para o Brasil que a pororoca continua viva, apresentar uma nova onda capaz de fazer frente à extinta onda do Rio Araguari-AP. http://www.ondaon.com.br/pgn/2415978/noticias-expedicao-pororoca-do-marajo-2015-chav/

- FERREIRA, Hélton Mota. POSSIBILIDADES DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO SUSTENTÁVEL A PARTIR DO ATRATIVO FLUVIOMARITIMO POROROCA, NO MUNICIPIO DE ARARI-MA. Dissertação de Mestrado, apresentado ao colegiado do PPGTH, Universidade do Vale do Itajaí, Balneário de Camboriu-SC, novembro de 2015.


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