UMA HISTÓRIA DO FUTEBOL NO MARANHÃO – POR SEUS PROTAGONISTAS…
por LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ
Nos últimos dias (1º e 2/04/2016) estive envolvido num projeto da AGAP-MA – ASSOCIAÇÃO DE GARANTIA AO ATLETA PROFISSIONAL DO MARANHÃO[1], em parceria com a FAAP – Federação das Associações de Atletas Profissionais[2].
Trata-se do “Curso de Formação de Treinadores de Futebol“, promovido por ambas as entidades, com o Jânio Mário Martins Pinto à frente, tendo o apoio da SEDEL, com o Sandow Feques e o Osvaldo na infraestrutura. Dias 1º e 02 de abril foram dedicados à HISTÓRIA DO FUTEBOL NO MARANHÃO, disciplina sob minha responsabilidade. Pediram-me para abordar o tema, com uma introdução sobre o surgimento do futebol e sua introdução no Brasil, até sua ‘inauguração’ no Maranhão, vindo até os dias atuais. Difícil, pois os melhores jogadores locais estavam no auditório, a verdadeira história de nosso futebol, pelo que pude observar, seus atores principais nos últimos 30 anos… Eu é que tive muito a aprender com as histórias e “causos” contados durante nosso papo…
Ao tratar da memória do futebol maranhense[3], deparamo-nos com personagens emblemáticos que influenciaram toda uma geração, temos um bom argumento para contar uma História de Vida.
Contar a vida de alguém requer pesquisa, entrevistas e despojamento de ideias preconcebidas. Pela quantidade de questões que levanta, o tema é um sem fim de perguntas… (Fukelman, 2015) [4].
Coriolano Rocha Junior (2015)[5] ressalta que: […] a investigação a partir da compreensão de um projeto de modernização local, também guarda enormes diferenças em relação a outros estados, mesmo que estes tenham servido de inspiração. As realidades locais fizeram com que houvesse diferenciações, no porte, no tipo, no período de realização e no perfil dos agentes executores. (grifos meus)
Esse autor adverte que estudos sobre a história do esporte, normalmente, associam seu surgimento, sua constituição aos elementos da modernidade, e tendo por referências as pesquisas feitas a partir de cidades como São Paulo (SP) e mais ainda, o Rio de Janeiro (RJ). Para Coriolano:
[…] o cuidado deve estar em não querer analisar outras localidades a partir da realidade destas duas. É preciso entender as peculiaridades de cada uma, suas especificidades, que dão a elas maiores ou menores possibilidades de assumirem o esporte como uma prática cotidiana. E aqui, os estudos históricos são centrais, justo por nos darem a possibilidade de compreendermos a forma como se estabeleceu, ao longo dos tempos, o fenômeno esportivo em cada espaço. (Rocha Junior, 2015). [6]
Em “Apontamentos metodológicos: biografias de atletas como fontes”, Rafael Fortes (2015) [7] afirma que livros biográficos são uma fonte pouco explorada na história do esporte no Brasil. Para esse autor, as fontes principais continuam sendo jornais e revistas, além de crônicas, obras de literatos etc. As biografias sob a forma de livro são um importante elemento da construção de representações sobre o esporte, embora não tão poderosas quanto o jornalismo periódico e as transmissões ao vivo por televisão e rádio. Faz, então, uma análise de como tais obras poderiam ser enriquecidas pela discussão existente na História a respeito da viabilidade/possibilidade da biografia como trabalho científico. Vale a pena acompanhar este debate, por proporcionar reflexões teórico-metodológicas interessantes:
- Considerando que as biografias são obras sobre um indivíduo, que elementos são mobilizados para construir, descrever, explicar, narrar etc. sua trajetória (noção por si só rica, em termos de análise), bem como seus resultados, realizações etc.? É possível identificar traços comuns às biografias de atletas de modalidades individuais? E às de atletas de modalidades coletivas? Indo além: é possível perceber semelhanças e diferenças entre as características comuns, considerando tal dicotomia?
- Quanto à autoria: quem é o autor da obra? O próprio atleta? O jornalista? Ambos? Parece-me haver três principais tipos, do ponto de vista formal:
- a) Autobiografias em sentido estrito: o atleta escreve o texto (ou, ao menos, é assim que o livro é publicado: atribuindo o texto ao esportista).
- b) Autobiografias com um (co) autor (geralmente um jornalista) […] o “com” ou um “e” seguido do nome do jornalista está estampado na capa. Fico com a sensação de que, nestes casos, o autor é o jornalista e coube ao atleta dar os depoimentos e ajudá-lo com outras informações […] é impossível saber ao certo que papeis foram desempenhados por cada um.
- c) Biografias escritas por um jornalista. Neste caso, há a divisão entre “autorizadas” e “não autorizadas”. As categorias são discutíveis (como, em parte, ficou evidente o debate travado em certos veículos de comunicação brasileiros há cerca de um ano e meio, a partir do grupo Procure Saber), mas há outros aspectos que podem ser analisados: os objetivos de quem escreve, os interesses da obra para a coletividade, a forma e o conteúdo.
Góis Junior; Lovisolo; Nista-Piccolo (2013)[8], ao analisarem a utilização do modelo elisiano [9] em problemas de pesquisa no campo da História da Educação Física [10], e as características teóricas do processo civilizador de Elias, colocam que: “coletivamente, os indivíduos buscam no esporte, vivenciar emoções fortes, liberdade, poder”:
O processo civilizador é construído a partir da teoria das configurações sociais, ou seja, como uma configuração inicial de poder político, econômico, social se transforma em outra, e concomitantemente, são transformadas as estruturas de personalidade dos indivíduos. Se não estudamos a relação entre estrutura política, poder e a personalidade dos indivíduos em sua conduta, não estudamos o processo civilizador.(Góis Junior; Lovisolo; Nista-Piccolo, 2013, p. 777).
Kátia Rubio [11] ao nos trazer a história dos atletas olímpicos brasileiros cita Jung, para quem: A história de uma vida começa num dado lugar, num ponto qualquer de que se guardou a lembrança e já, então, tudo era extremamente complicado. O que se tornará essa vida, ninguém sabe. Por isso a história é sem começo e o fim é apenas aproximadamente indicado.
E serve-se de Hanna Arendt para explicar que: É isso a imortalidade: mover-se ao longo de uma linha reta num universo em que tudo o que se move o faz em sentido cíclico.
Utilizo-me da História Oral [12], designação que se dá
“ao conjunto de técnicas utilizadas na coleção, preparo e utilização de memórias gravadas para servirem de fonte primária” (BROWNW e PIAZZA, citados por CORRÊA, 1978, p. 13)[13].
Já na definição de Camargo (citado por ALBERTI, 1990)[14], é o “conjunto sistemático, diversificado e articulado de depoimentos gravados em torno de um tema“, ou como ensino a própria Alberti (1990), é o “método de pesquisa… que privilegia a realização de entrevistas com pessoas que participam de, ou testemunham, acontecimentos...”.
A História Oral é legítima como fonte porque não induz a mais erros do que outras fontes documentais e históricas: “… o Programa de História Oral, indissociável da pesquisa documental e arquivística, apostou na estruturalidade da História e na dimensão social dos eventos, da vida e do desempenho de seus protagonistas, tanto quanto no caráter voluntarista e transformador da ação política em sua busca de mudar e atualizar as estruturas …” (CAMARGO, citado por ALBERTI, 1990, p VIII).
Alberti (1990) chama-nos atenção da responsabilidade do entrevistador enquanto coagente na criação do documento da História Oral, já que sua biografia e sua memória são outras, e não estão em questão – é a dupla pertinência cultural (Max CAISSON, citado por ASSUNÇÃO, 1988) [15].
Em qualquer pesquisa parte-se da questão de que há algo a investigar. Ao decidir-se pelo emprego da técnica da história oral, como sendo a mais apropriada, estabeleceram-se também os tipos de fonte de dados, tendo em vista que a história oral vale-se de outras fontes, além das entrevistas (SILVA, GARCIA e FERRARI, 1989) [16].
Foi utilizado, neste caso, um tipo de fonte de dados: depoimentos na forma de memorial das pessoas elencadas como pertencentes à “elite” de jogadores profissionais que atuaram no estado do Maranhão, filiados à AGAP-MA, inscritos no Curso de Formação de Treinadores/2016.
A listagem foi fornecida pela AGAP-MA, dos inscritos no referido curso – esse, o universo de estudo. São os depoentes em potencial, se é possível que prestem seus depoimentos e se estão em condições físicas e mentais de empreender a tarefa que lhes é solicitada.
Estabelecidos os métodos restou-nos definir o depoimento – memorial de vida, estabelecidas algumas categorias simples, pretexto para o depoente se lançar no esforço de rememoração. São perguntas de ordem genealógica, história pessoal, sobre educação, educação física, esportes, pessoas conhecidas, relacionamentos, enfim, lembranças “daqueles bons tempos”.
O trabalho que se pretendeu foi o de integrar a uma estrutura social elementos e fatos isolados, procurando uma explicação causal, sem esquecer a descrição história (CARDOSO, 1988) [17]. Para Berkoffer Jr. (citado por CARDOSO, 1988, p. 77), […] a História (entendida como explicativa, respondendo aos porquês?) não pode explicar totalmente à ‘crônica’ (que responde a perguntas do tipo ‘o que’, ‘quem’, ‘quando’, ‘onde’, ‘como’?).
O objetivo é apresentar a História de Vida dos componentes da turma do Curso de Formação de Treinadores de Futebol, promovido pela AGAP-MA, em 2016.
[1] A AGAP-MA tem por objetivos: a) proporcionar a seus associados, em cooperação com as entidades desportivas a que estiverem vinculados, uma alternativa de profissão; b) promover cursos, palestras, simpósios, etc., com vistas a orientação e adaptação de seus associados; c) manter convênios com entidades públicas e privadas, com a finalidade de prestar assistência social e educacional a seus associados, bem como à comunidade em geral, em programas específicos; d) estudar as tendências do mercado de mão-de-obra local, no intuito de facilitar o reemprego dos associados; e) promover atividades sócio-culturais, esportivas e recreativas para os associados e seus dependentes, com vistas ao aprimoramento de seus níveis profissionais, éticos e culturais; f) propiciar benefícios de natureza social e assistencial aos seus associados, de acordo com sua disponibilidade de recursos;
[2] A FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE ATLETAS PROFISSIONAIS – FAAP foi fundada em 10 (dez) de agosto de 1995, é uma entidade civil, sem fins lucrativos, com duração indeterminada, de caráter social e educacional, com sede e foro em Brasília-DF, podendo manter representações nas capitais dos Estados, a critério de sua Diretoria. As entidades fundadoras são: AGAP/MA; AGAP/DF; AGAP/GO; AGAP/MG; AGAP/PB; AGAP/PI; AGAP/RJ; AGAP/RS; AGAP/SC;e AGAP/SE.
[3] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. “Futebol”. In ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO. São Luis: SEDEL, 2014
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ‘Futebol no Maranhão: 1905-1917”. In DA COSTA, Lamartine Pereira da. ATLAS DO ESPORTE NO BRASIL. Rio de Janeiro, 2006), disponível em www.atlasesportebrasil.org.br
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A INAUGURAÇÃO DO FUTEBOL NO MARANHÃO. In BLOG DO LEOPOLDO VAZ, Por Leopoldo Vaz • terça-feira, 30 de junho de 2009, disponível em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2009/06/30/a-inauguracao-do-foot-ball-no-maranhao/
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. O FUTEBOL MARANHENSE É TRIBUTÁRIO DO FUTEBOL INGLÊS…. In BLOG DO LEOPOLDO VAZ, domingo, 28 de junho de 2009, disponível em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2009/06/28/o-futebol-maranhense-e-tributario-do-futebol-ingles/
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A CONTRIBUIÇÃO DO URUGUAI AO FUTEBOL MARANHENSE. In BLOG DO LEOPOLDO VAZ, sexta-feira, 19 de junho de 2009, disponível http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2009/06/19/a-contribuicao-do-uruguai-ao-futebol-maranhense/
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. TÉCNICO ESTRANGEIRO NO MARANHÃO??? JÁ TIVEMOS, ZECA. In BLOG DO LEOPOLDO VAZ, sexta-feira, 17 de julho de 2009, disponível em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2009/07/17/tecnico-estrangeiro-no-maranhao-ja-tivemos-zeca/
CASTELLANI FILHO, Lino. DJALMA SANTOS 8.0… NÓS JOGAMOS COM ELE!. In BLOG DO LEOPOLDO VAZ, quarta-feira, 15 de julho de 2009, disponível em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2009/07/15/djalma-santos-80-nos-jogamos-com-ele/
[4] FUKELMAN, Clarisse (Organizadora). EU ASSINO EMBAIXO: BIOGRAFIA, MEMÓRIA E CULTURA. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2015.
[5] ROCHA JUNIOR, Coriolano P. “O esporte em Salvador: a realidade da pesquisa”. In História(s) do Sport. https://historiadoesporte.wordpress.com/2015/03/02/o-esporte-em-salvador-a-realidade-da-pesquisa/ , publicado em 02 de março de 2015, acessado em 02 de março de 2015.
[6] ROCHA JUNIOR, Coriolano P., 2015, obra citada.
[7] FONTES, Rafael. “Apontamentos metodológicos: biografias de atletas como fontes”. In BLOG História(s) do Sport – Sport: Laboratório de História do Esporte e do Lazer, UFRJ, POSTADO EM Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2015. Disponível em https://historiadoesporte.wordpress.com/2015/02/23/apontamentos-metodologicos-biografias-de-atletas-como-fontes /, acessado em 23 de fevereiro de 2015.
Para saber mais sobre metodologia e história do esporte:
MELO, Victor Andrade de. Esporte, lazer e artes plásticas: diálogos. Rio de Janeiro: Apicuri/Faperj, 2009.
MELO, Victor Andrade de; DRUMOND, Mauricio; FORTES, Rafael; SANTOS, João M. C. M. Pesquisa histórica e história do esporte. Rio de Janeiro: 7Letras/Faperj, 2013
MELLO, Victor Andrade de. “História Oral e História da Educação Física no Brasil – uma possibilidade necessária”. In ENCONTRO NACIONAL DE HISTÓRIA DO ESPORTE, LAZER E EDUCAÇÃO FÍSICA, II, Ponta Grossa, 1994. COLETÂNEAS …, p. 271-284;
MELLO, Victor Andrade de. “Alberto Latorre de Faria: a biografia como possibilidade de pesquisa para a história e do esporte no Brasil”. CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DO ESPORTE, LAZER E EDUCAÇÃO FÍSICA, VI, Rio de Janeiro, 1998. COLETÂNEAS…, p. 541-547
MELLO, Victor Andrade de; e FARIA JÚNIOR, Alfredo Gomes de. “ALBERTO LATORRE DE FARIA, HISTÓRIA ORAL E A EDUCAÇÃO FÍSICA BRASILEIRA”. In ENCONTRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA E DO ESPORTE, I, Campinas, 1994. COLETÂNEAS… Campinas: FEF/UNICAMP, 1994, p. 180-185
VAZ, Delzuite Dantas Brito. PARAIBANO NA MEMÓRIA ORAL – da chegada de Antônio Paraibano à região do Brejo – Município de Pastos Bons – à fundação da cidade de Paraibano-Ma. São Luís: UFMA, 1990. (Monografia de graduação em História). (Mimeog.).
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. “Os esportes, o lazer e a educação física como objeto de estudo da História”. In LECTURAS: EDUCACION FISICA Y DEPORTES, Buenos Aires, Revista Digital,
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. “ASPECTOS HISTÓRICOS DO ESPORTE E DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO MARANHÃO”; REVISTA IHGM, No. 38, setembro de 2011 – Edição Eletrônica, p 124, disponível em http://issuu.com/leovaz/docs/revista_ihgm_38_-_setembro_2011
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. “Produção do Conhecimento em Educação Física e Desportos no Nordeste Brasileiro”. In REVISTA MOVIMENTO HUMANO & SOCIEDADE, São Luís, v. 2, n. 5… ANAIS DA III JORNADA DE INCIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFMA, São Luís, 05 a 08 de dezembro de 1995. São Luís: NEPAS, 1995, p. 14-21
[8] GÓIS JUNIOR, Edivaldo; LOVISOLO, Hugo Rodolfo; NISTA-PICCOLO, Vilma Lení. “PROCESSO CIVILIZADOR: APONTAMENTOS METODOLÓGICOS NA HISTORIOGRAFIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA”. In Rev. Bras. Ciênc. Esporte, Florianópolis, v. 35, n. 3, p. 773-783, jul./set. 2013.
[9] Segundo GÓIS JUNIOR, Edivaldo; LOVISOLO, Hugo Rodolfo; NISTA-PICCOLO, Vilma Lení (2013), “Os estudos de Elias ganharam maior repercussão na área de Educação Física por influência de artigos que tematizaram o Esporte à luz do modelo eliasiano, sobretudo na Inglaterra. Por exemplo: Eric Dunning (DUNNING; MENNEL, 1998; DUNNING; SHEARD, 1979; DUNNING; MURPHY; WILLIAMS, 1988; DUNNING, 1999; MURPHY; WILLIAMS; DUNNING, 1990), em diversos estudos, Sport Matters: Sociological Studies of Sport, Violence and Civilisation; The roots of football hooliganism; Barbarians, gentlemen and players: a sociological study of the development of rugby football, Football on Trial: Spectator Violence and Development in the Football World, sustentam a tese de que o Esporte, tanto na efetiva prática, como em sua espetacularização através dos veículos de comunicação de massa, formação de torcidas, e consequentes explosões de violência, é explicado a partir da formação do estado e monopólio da violência, e concomitantemente, com a formação de personalidades humanas e mecanismos de autocontrole”.
Ver ainda:
ELIAS, N. O processo civilizador: uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994a.
ELIAS, N. O processo civilizador: formação do estado e civilização. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994b.
DUNNING, E.; MENNEL, S. Elias on germany, Nazism and the Holocaust: on the balance between `civilizing’ and ‘decivilizing’ trends in the social development in Western Europe. British Journal of Sociology, London, v. 49, n. 3, p. 339-358, sept. 1998.
DUNNING, E.; SHEARD, K. Barbarians, gentlemen and players: a sociological study of the development of rugby football. Oxford: Martin Robertson, 1979.
DUNNING, E.; MURPHY, P.; WILLIAMS, J. The roots of football hooliganism. London: Routledge, 1988.
[10] DUNNING, E. Sport matters: sociological studies of sport, violence and civilization. London: Taylor & Francis, 1999.
ELIAS, N.; DUNNING, E. A busca da excitação. Lisboa: Difel, 1992.
GEBARA, A. “Norbert Elias e a teoria do processo civilizador: contribuição para a análise e a pesquisa no campo do lazer”. In: BRUHNS, H. T. (Org.). Temas sobre o lazer. Campinas: Autores Associados, 2000. p. 33-46
LANDINI, T. S. “A Sociologia de Norbert Elias”. Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, São Paulo, n. 61, p. 91-108, 2006.
[11] RUBIO, K. . Atletas Olímpicos Brasileiros. 1. ed. São Paulo: SESI-SP Editora, 2015. v. 1. 648 p.
[12] A História Oral tem sido utilizada desde o século XIX como uma técnica para se escrever História. A motivação maior na recuperação das técnicas orais parte de historiadores que percebem a necessidade de uma nova interpretação da História perante a sociedade (MELLO e FARIA JÚNIOR, 1994).
[13] CORRÊA, Carlos Humberto P. HISTÓRIA ORAL – Teoria e prática. Florianópolis : UFSC, 1978
[14] ALBERTI, Verena. HISTÓRIA ORAL – a experiência do CPDOC. Rio de Janeiro: FGV/CPDOC, 1990.
[15] ASSUNÇÃO, Mathias Rohrig. A GUERRA DOS BEM-TE-VIS: a Balaiada na memória oral. São Luís : SIOGE, 1988.
[16] SILVA, M. Alice Setúbal: GARCIA, M. Alice Lima: FERRARI, Sônia C. Miguel. MEMÓRIAS E BRINCADEIRAS NA CIDADE DE SÃO PAULO NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XX. São Paulo: Cortez, 1980.
[17] CARDOSO, Ciro Flamarion. UMA INTRODUÇÃO À HISTÓRIA. 7 ed. São Paulo : Brasiliense, 1988.
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