Do Blog do Leopoldo Vaz • sexta-feira, 29 de abril de 2016 às 11:02    

Escrevi, parafraseando o Lino Castellani, no prefácio do Livro do Charles sobre a Educação Física, os esportes e o Lazer em Imperatriz que: “Quando ouço ou leio notícias sobre Imperatriz, reajo como se por aí ainda estivesse… Quando ouço ou leio amigos falando ou escrevendo sobre Imperatriz, reajo como se dela continuasse a fazer parte… Não poderia ser diferente, pois jamais deixei Imperatriz e nunca abandonei o sentimento de pertencimento construído ao longo dos anos em que nela vivi…

E o sentimento de pertencimento fica mais patente quando me vejo retratado; deixando de ‘fazer’ história, Charles me coloca como parte da História da Educação Física, dos Esportes e do Lazer de Imperatriz. Necessário alertar que Charles exagera minha participação…

É esse sentimento, também, que se apresenta quando sou convidado a conduzir a tocha olímpica, pelo meu trabalho em prol dos Esportes, da Educação Física e do lazer, em Imperatriz, naqueles anos 1970…

Tenho me dedicado ao estudo da História dos Esportes, da Educação Física e do Lazer no Maranhão ao longo dos últimos 35 anos; tenho acompanhado o surgimento de alguns Historiadores que têm essa área como tema de suas pesquisas. E Charles, licenciado em História pela UEMA em 2002 – quando abordou os Jogos Escolares de Imperatriz – e dentro desse mesmo tema retorna agora, em sua monografia de graduação em Educação Física.

Como essa Educação Física e Esportiva começou? Quais eram as teorias, as abordagens, o pensamento de seus introdutores? Teve de retornar aos anos 70, quando o Campus Avançado da Universidade Federal do Paraná, através da Fundação projeto Rondon, se instalou na cidade.

Os primeiros eventos ligados à recreação pública, as primeiras Colônias de Férias, o entendimento que havia necessidade de incluir a Educação Física e a prática do Esporte Escolar nas escolas da cidade. As propostas do Professor Alberto Milléo Filho, a “invenção” das Olimpíadas Escolares de Imperatriz – OCOI – só poderiam ocorrer na junção de vários elementos favoráveis – os Jogos Escolares Brasileiros – JEBs – que se iniciavam; os Festivais de Esporte da Juventude – FEJs – na Capital, São Luís, logo transformados em Jogos Escolares Maranhenses – JEMs; um Professor de Educação Física na direção do Campus Avançado e o Interventor na Prefeitura ser um dos maiores esportistas que este Estado já teve: o Coronel PM Bebeto – Carlos Alberto Barateiro da Costa. Estavam reunidos num cadinho que só poderiam resultar na criação da Divisão de Educação Física, Esportes e Recreação – DEFER. Era aquele o momento… E é essa História que me vem à mente – e da qual participei!  que me levou a ser um dos eleitos…

Após aqueles anos iniciais – 1976 a 1978, época em que trabalhei em Imperatriz, junto com a Marilene Mazzaro.  O que aconteceu, quais as mudanças havidas nos anos seguintes? O período da direção das atividades da Profa. Mary de Pinho, a transformação da OCOI em JEI; a criação da Secretaria Municipal de Desportos e Lazer; as incúrias administrativas que causaram sua extinção; o seu reaparecimento; os dias atuais, até que passa a ser, ele Charles, o Gestor, na administração do Prefeito Madeira. Charles procura entender o passado, os passos acertados e os erros cometidos, para justificar uma retomada dos ideais daqueles anos 1976/78, quando o Esporte na/da Escola procurava a inclusão de todos em seu desenvolvimento. Como ter um esporte, na escola, inclusivo? Foi buscar nas suas lembranças de menino como era a Educação Física de seu tempo de estudante para oferecer aos seus colegas de profissão uma alternativa; que é possível ter uma educação física para todos, um esporte na escola para todos. Esse, o trabalho que Charles nos apresenta…

Aqui, concordo com Lino Castellani Filho, quando afirma gostar de se referir à História se valendo de uma metáfora com o ato de dirigir. Quando se está ao volante, tem-se o que nos circunda como referencia de realidade presente. Tudo o que fazemos ou deixamos de fazer está diretamente ligado ao que acontece conosco e ao nosso redor…

Pois é a partir desse lugar que buscamos alcançar o nosso destino, ou seja, nosso lugar futuro, o que nos faz olhar para frente. Mas ao olharmos adiante, não nos descuramos de olharmos – nos valendo dos retrovisores laterais – para os lados, cientes de que o que nos cerca pode determinar o que veremos a frente. Ao mesmo tempo em que o fazemos, não deixamos de prestar atenção ao que vai ficando para trás, como se fosse nosso passado, para isso lançando mão do retrovisor dianteiro…

Não sei se me fiz explicar. É o presente que nos anima a perscrutar o que ficou para trás… São as crises que nele se instalam ou novos efeitos de fatos passados que nele se inscrevem que nos motiva a dar conta de estabelecer visitas a tempos passados. Ao assim fazer, contando com o que o presente fornece mais elementos podemos recolher para, melhor entendendo-o, perspectivar o futuro…

 

E, Charles, obrigado pela sua generosidade, e falo também em nome da Turma 49 do Projeto Rondon – Imperatriz, 1976…

TOCHA OLIMPICA 2016

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VISITA TRANSAMAZONICA - ESTREITO

LEOPOLDO E CHARLES

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ano era 1976, e a então diretora da escola, irmã Dulcinda recebe das mãos do administrador de Imperatriz, o intervent

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COLONIA DE FERIAS EQUIPE 49 1976 6

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