Esteve nesse domingo dia 13 em São Domingos do Maranhão, o supervisor técnico do Vasco da Gama, prof. Lima.

 

Foram avaliados 187 garotos de toda região entre 07 a 19 anos;  segundo Lima, o aproveitamento foi ótimo e ele saiu do município com uma boa imagem do que viu.

 

Estiveram presentes na peneira atletas de toda região como: D. Pedro, Livramento, Pé do Morro, P.Dutra, Fortuna, Barra do Corda, Pedreiras, Baixão Grande…

 

Foram selecionados:

Ygor Galvão de Abrandes, 12 anos do Povoado Baixão Grande (Sao Domingos-MA);

Jelson Nogueira Lima Neto, 16 anos da cidade de Presidente Dutra-MA;

Francisco Ruan dos Santos, 15 anos da cidade de Dom Pedro-MA;

Francisco Everton da Silva, 15 anos da cidade de Dom Pedro-MA,

Paulo Matos Guimarães Cruz, 09 anos da cidade de Dom Pedro-MA;  e

Kedson Carvalho de Sousa (que foi uma revelação e vai ser apresentado para outro clube) para fazer a parte final do processo seletivo no Rio de Janeiro no mês de fevereiro.

 

Lima esteve no município a convite do ex-secretário de esportes Eliseu Costa que ao término dos trabalhos agradeceu à todos os participantes pela confiança que foi dada e colocou também que irá levar o coordenador técnico a vários municípios do Maranhão.

 

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 14 de Novembro de 2016 às 18:35.

Leopoldo e demais interessados nesse tipo de "garimpagem" utilizada pelo futebol.

Estará entre nós (1º/12) a Prof. e Doutora portuguesa Isabel Mesquita. Vem realizar palestra na CBF a respeito da Formação de Treinadores de futebol, Estive com ela recentemente na Universidade do Porto, quando me ofertou dois belos livros que tratam da formação de treinadores e de professores de Educação Física (estes, lotados em escolas);

O livro "Investigação na Formação de Treinadores, Identidade Profissional e Aprendizagem, composto com sua equipa, trata-se de uma excelente obra, inclusive  com circulação na União Europeia. Estou a "destrinchá-la" e, certamente, buscando formas de compartilhar e oferecer meus parcos serviços em relação à PRÁTICA, uma busca incessante dela. No pouco tempo em que estivemos juntos, falou-me na possibilidde de levar-me à UP para oferecer-lhes momentos de prática de ensino com crianças e jovens.    

Esta, dizia eu a ela, a parte mais forte de meu projeto, a qual venho tentando traduzir em TEORIA. Assim, parece que estaremos juntando a fome com a vontade de comer: ela oferece a Teoria, e eu a Prática. Muito embora, tenho a acrescer-lhe momentos sobre a nova Neurociência (ver no CEV, Comunidade Genética).

Um dos principais trabalhos que imagino a CBF tratará é cuidar da Formação de seus Treinadores. Estou lendo e preparando resumos para discussão e acréscimos nas propostas muito bem elaboradas. Estou encantado!

Como sou "livre pensar", não tenho o linguajar dos acadêmicos, mas de quem vive em todas as "praias". Mas parece que ela já viu como e aonde buscar dicas práticas fora do ambiente universitário, especialmene da USP e outras.

 

FORMAÇÃO DO PROFESSOR/TREINADOR[1]

A VISÃO DE DENTRO DA BOLHA[2]

1. Considerações a partir do Prefácio

- por Wagner Wey Moreira, da UFTM

[...] Não estaria a Formação de Professores de Educação Física no Brasil necessitando mais de pressupostos filosóficos que técnicos? Afinal, os filósofos precisam de poucas coisas, porque eles sabem enriquecê-las de significado.

[...] Mas, o que ensinar e aprender com a Educação Física? A história dessa disciplina curricular é densa no fazer, mas desprovida do saber e de cobranças no que diz respeito a sua aprendizagem. Muitos são os problemas que contribuíram para isto como: a falta de uma identidade mais clara; disputas provenientes de renovação constante de discursos e práticas; atrelamento a modismos passageiros; vinculação, como um dos instrumentos possíveis, às políticas de saúde pública. [...] Como possível contribuição para a superação da situação, é proposto o desenvolvimento de modelos curriculares e de instrução robustos e validados, tanto no plano teórico como no terreno da prática, para encetar um processo de revivificação do ensino da educação física.

[...] Daí a sugestão do Modelo de Educação Desportiva (MED), desenvolvido pelos profissionais da Universidade do Porto, o qual apresenta cinco domínios: desenvolvimento das habilidades; consciência tática e competência para jogar; aptidão física; desenvolvimento pessoal e social; e atitudes dos alunos e valores. A partir desses domínios tem emergido um elevado contributo para o desenvolvimento de novas estratégias pedagógicas, que se moldam à sua arquitetura e funcionalidade, conferindo-lhe maior riqueza pedagógica.

 [...] Associar Educação Física, Esporte, Pedagogia do Movimento com arte e poesia é nossa obrigação. Isto nos predispõe para saber estar no mundo, Porque saber estar dá trabalho. Exige de nós mais alento e, todavia, mais inspiração. E este nosso mundo grita desesperadamente por um tempo de poesia. De humanismo. De total dedicação. [...]

2. Considerações a partir do Prefácio

- por Go Tani, da EEFE, da USP

[...] Quando sou agraciado com um livro é sempre uma honra. Mas quando o assunto é pertinente ao meu trabalho, acabo fazendo uma pergunta: por que fui presenteado?

A resposta pode variar muito, dependendo de quem produziu o gesto. Ainda mais quando representa o trabalho de uma instituição renomada. A resposta torna-se bastante complicada, e sem dúvida, deveras subjetiva.

[...] O presente volume representa um resultado concreto do esforço intelectual de um grupo de docentes envolvidos com a subárea de estudos pedagógicos da Educação Física/Desporto.  Esse grupo tem se destacado nacional e internacionalmente, com importantes contribuições acadêmico-científicas, especialmente no que se refere às dimensões filosóficas, epistemológicas, éticas, estéticas, pedagógicas e educativas do desporto.

[...] O tema central do livro é o professor de Educação Física, particularmente aquele que trabalha ou se prepara para trabalhar na escola. É amplamente conhecido que a Educação Física Escolar se defronta com inúmeros problemas e dificuldades, que são históricos e semelhantes em diferentes países. Ela continua carente de uma definição clara de identidade, capaz de especificar a sua missão e função no contexto da educação escolarizada. Isto tem se constituído uma grande dificuldade para os cursos de formação profissional. [...]

[...] Diante desse desafio, o livro nos brinda com uma proposta concreta e muito bem fundamentada, qual seja a de identificar o desporto como a essência da disciplina curricular de Educação Física.

[...] Nesta conformidade, o livro defende a formação de um profissional com profunda visão científica, cultural, pedagógica, ética e humanista da disciplina e da sua profissão. Um profissional com competência de ordem teórica e de ação didático-metodológica. Entendendo-se a teoria como conhecimento para tornar a prática mais consciente e a pedagogia como uma ciência da ação. [...,]

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Problemas

[...] Nos programas de formação a aprendizagem a aprendizagem baseada na COOPERAÇÃO e INTERAÇÃO desenvolvida em contextos de prática tem sido frequentemente negligenciada em detrimento de abordagens mais expositivas decorrentes na sala de aula. Tal significa que os treinadores não são incentivados a (com)partilhar experiências com outros treinadores, nem a refletir e a relacionar o conteúdo dos programas com a sua própria realidade de exercício profissional.

[...] Em contrapartida, o reconhecimento de que os treinadores aprendem através de diferentes formas e variadas fontes de conhecimento, sugere a necessidade de perspectivar uma formação mais eclética.

Solução

[...] Neste âmbito, as metáforas de aquisição e participação de Sfard (1998) oferecem um contributo importante para melhor se estabelecer as relações entre a aprendizagem baseada na assimilação de conhecimento numa perspectiva individual (metáfora de aquisição) e a aprendizagem que ocorre através da interação e colaboração (metáfora de participação) em contextos de prática.

Como fazer?

[...] A aprendizagem é encarada como um processo de participação, assente na perspectiva de que o conhecimento se desenvolve no contato direto com práticas sociais genuínas e legítimas.

[...] Neste quadro, a participação numa comunidade de prática (CoP) tem sido sugerida como um meio de maximizar a aprendizagem experiencial dos treinadores.

[...] Por serem espaços por excelência, onde se proporciona o contato entre os participantes e onde a aprendizagem ocorre pela participação “dentro” das práticas culturais, as comunidades de prática (CoP) podem contribuir significativamente para desenvolver programas de formação mais relevantes e valiosos durante o percurso de desenvolvimento dos treinadores.

[1] Do livro Professor de Educação Física: Fundar e dignificar a profissão, Isabel Mesquita, Jorge Bento; Faculdade de Desporto – Universidade do Porto, jan/2014. 

[2] Bolha – Uma interpretação minha, pessoal, subjetiva. 

 

 

 


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