Pessoal,

  Venho lá das catacumbas da década de 80 pra perguntar por que a pedagogia do Listello, que resolve a maioria das reclamações e lamentos de hoje, não pegou. Já ouvi a opinião de que "é um livro de antigamente". Respondi que o livro mais lido do planeta tem dois mil anos e não é considerado antigo. Reclamei do descaso na entrevista pro Juca ,<http://ligcev.com/ytjelaercio1>  (no fim do blodo 4), mas niguem protestou. O que será que aconteceu? Minha opinião é que não queremos largar o osso (e o poder) do tempo do ensino e chegar ao século XXI, o da aprendizagem. Mesmo as propostas de evolução querem correr montadas no esquemas e cacoetes do velho ensino. O livro do Listello foi publicado e re-editado pela EPU/EDUSP: <http://cev.org.br/qq/listello/>. Laercio

Comentários

Por João Batista Freire
em 20 de Julho de 2009 às 11:32.

Laércio:

Você deve ter percebido que eu fiz uma proposta prática de produzir um banco de jogos para esporte. Mas, vamos começar isso um pouco depois. Antes, vamos colocar aqui isso que você falou do Listello, de dar aula para 40 alunos (ou mais), que é um pepino para todo mundo. Fui aluno do Le Boulch; não só ele sabia dar aulas para os 40 alunos, como dava treinamento em basquete maravilhosamente. Estou viajando, mas, chegando depois de amanhã, vou ao livro do Listello e começo a colocar o que ele pensava sobre dar aulas para as turmas.

Por Lucas Leonardo
em 13 de Julho de 2009 às 10:41.

Olá Laércio, não conhecia esse trabalho! Vi que ol link q enviou nos remete também para a compra do livro! Achei interessante a sinopse e o que você escreveu! Acho q val a epna coprá-lo! Abraços e obrigado pela contribuição.

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 13 de Julho de 2009 às 10:53.

ManoPereira

só esqueceu de uma coisa, mas essa, não tem importância... a tradução, de quem é, mesmo?

Eu li! eu apliquei! enquanto fui professor de uma escola pública profissionalisante - hoje, sou vagabundo oficial! A Célia Baptista está a reclamar, pois pegou minhas turmas do ano passado, e quer saber como eu fazia o planejamento. ela não leu o Planejamento, que elaborei para a Educação Física da Escola... ninguém o faz, acabo eu e o Beleleu, agora, o fazendo - o Maranhão já está aposentado... - e como é o único que se faz, a Supervisão Pedagógica diz que é de todo a escola... mas...

Pois bem, quais são os princípios? Oportunidade para todos! o esportista, não é endeusado e só ele trabalhado, assim como o gordinho e o pilha-fraca não é deixado de lado. Todos têm uma função, algo para fazer. mesmo aqueles que normalmente são dispewnsados por problemas de saúde ou físicos... Em minhas turmas, apenas um atestado afasta o aluno das atividades desenvolvidas em sala0-de-aula: o atestado de óbitos! Informo aos alunos que, se o apresentarem, não precisam mesmo vir às aulas...

O principio é educação - substantivo mais importante que o adjetivo! - que se dá pelas atividades físicas, esportivas e de lazer... criação de Clubes de Atividades - não só espoertivos; eu os chamo de clubes de lazer, em que os alunos vêem aos sábados, para se... divertir! fundamentos técnicos das atividades de saúde e esportivas - conteúdo teórico e prático - na segunda aula da semana; aplicação, na terceira aula da semana - nos clubes, livre participação e não há falta!; a primeira aula da semana, se destina à ’avaliação’ das atividades da semana anterior, em que os alunos analisam o que fizeram, apontam dificuldades, falhas e se procura corrigi-las, na aula seguinte, e nova tentativa nas atividades do Clube.

Quais sõa essas atividades? o que eles quizerem... desde fazer anda, só lagartenado ao sol, se bronzenado na piscina, até desafios a outras turmas - jogo. Educação para o uso do tempo livre - edu~cação para o lazer... uso sadio do tempo livre... aliado à noções de cuidados/conhecimentos sobreb om próprio corpo... o que fazer, por que fazer, como fazer, como avaliar os resultados, como planejar as suas próprias atividades... qual é a prioridade.

Lembrando que dou aulas em uma escola de formação profissional, em que o componente trabalho/emprego é a enfase. trabalho com isso, mas com a importancia do tempo do não-trabalho... trabalho dentro do conceito dos 3 Ds do Dumazedier - Descanso, Divertimento, Desenvolvimento pessoal... enfase no terceiro D, enfatizando o primeiro e dando condições para o segundo... tão atual, quanto o Listello... acho que estavam muito à frente de seu tempo...

Para maiores detalhes, leiam o livro, consultem o Laércio...   

Por João Batista Freire
em 13 de Julho de 2009 às 13:32.

Laércio e demais amigos: li bastante sobre Listello (inclusive, seu livro Laércio, está comigo). Há coisas muito interessantes no livro. Outras que eu não mais aplicaria. A idéia dos grêmios, coloquei nos meus últimos livros do Sistema de Ensino da Abril (saíram este ano; 4, um para cada nível de ensino escolar). Mas não é só o Listello que é pouco aplicado; le Boulch também, as coisas que escrevi também. Talvez Laércio, ainda seja real o que eu conversava com o Tubino: primeiro temos que fazer a Educação Física existir nas escolas, depois ver como ela vai ser desenvolvida na prática. Agora, sobre o Listello e outros, podemos destrinchar o que esses autores nos ensinaram. Eu colocaria o Inezil no bolo.

Por Guilherme de Arruda Carvalho Freitas
em 19 de Julho de 2009 às 20:27.

Como recém-graduado (formei em 2007) alerto que jamais ouvi falar nessa literatura ao longo de minha formação, deve ter passado despercebido na bilbioteca da FEF-UNICAMP perante meus inexperientes olhos. Procurei lá e encontrei vários exemplares, todos disponíveis, vou emprestar um deles amanhã mesmo para conhecer, porque me pareceu muito interessante!!

Por Guilherme de Arruda Carvalho Freitas
em 19 de Julho de 2009 às 20:27.

Como recém-graduado (formei em 2007) alerto que jamais ouvi falar nessa literatura ao longo de minha formação, deve ter passado despercebido na bilbioteca da FEF-UNICAMP perante meus inexperientes olhos. Procurei lá e encontrei vários exemplares, todos disponíveis, vou emprestar um deles amanhã mesmo para conhecer, porque me pareceu muito interessante!!

Por Laercio Elias Pereira
em 19 de Julho de 2009 às 21:01.

Opa, Guilherme,

    Manda as duvidas pra gente debater aqui!

João, já conversamos bastante sobre tudo, grazaDeus, mas eu gostaria de repetir uma historia que vivi como motorista do Listello. Numa das 13 vindas ao Brasil ele foi dar um curso pra APEF em Santos. Levei e depois fui buscá-lo na semana seguinte. Na solenidade de encerramento do curso uma senhora, que estava na mesa como representante da Delegacia do MEC pediu pra falar. "Fui professora de pós graduação em Educação da USP e lamento ter me aposentado, pois tive a oportunidade de fazer o curso do Pof Listello e só agora aprendi como se divide uma turma para trabalhar". Era esse fio que eu queria puxar, mais do que uma volta nostalgica ao passado e as nossas dividas com os velhos mestres. O Listello tem uma proposta de como trabalhar com a turma. Ele dizia que alguns teoricos - acho que ele falava do Le Bouch - sabiam cortar a teoria com a faca, mas não saberiam o que fazer com 40 alunos numa aula.

Por Guilherme de Arruda Carvalho Freitas
em 28 de Julho de 2009 às 16:43.

Pessoal, emprestei o livro na Unicamp e até onde li, gostei da abordagem que é dada à Ed Física como componente dentro da escola, vai de encontro com o que penso... Só não compreendi bem a real justificativa para classificar os alunos em turmas por rendimento, será que isto não poderia ser feito de maneira mais aleatória (e equilibrada, certamente)? Assim, teríamos alunos mais habilidosos auxiliando os outros integrantes das equipes que tivessem mais dificuldade, sem algum tipo de prova ou competição por marcas. Ainda assim, dividir as turmas em pequenos grupos é algo que já fiz (em um bimestre, com turmas de 7-10 anos) e dá super certo, pretendo ampliar o período para um semestre com turmas de mesma faixa etária, um pouco abaixo do que o Listello recomenda na obra, vamos ver no que dá...

Não achei que seja um "livro de antigamente", estou gostando e vou terminar de lê-lo ainda nessa semana. Volto para mais comentários!!!

Por João Batista Freire
em 29 de Julho de 2009 às 17:30.

Guilherme: ainda não tive tempo de me aprofundar muito na obra do Listello, mas, sempre que pego o livro, levo em conta a época em que foi escrito. Era comum, naquele tempo, termos grêmios estudantis. Não sei se cabem atualmente nas escolas ou se devemos pensar em algo que corresponda a ele, porém, atualizado em função do momento que vivemos.

Por Laercio Elias Pereira
em 31 de Julho de 2009 às 09:22.

Lucas, Guilherme, ManoLeo, Jãozin,

Em tempo: Lucas, dá pra comprar o "Educação pelas atividades físicas esportivas e de lazer" baratin no sebo: http://ligcev.com/listellolivro  .

Guilherme, a importância da competição (que não é um pecado mortal; é um grande insumo para a avaliação) e o tratamento dos alunos em pequenos grupos homogêneos (no século XXI a aprendizagem vai ser cada vez mais em pequenos grupos, némesmo?) permite substituir o democratismo de tratar todomundo igual e passar a trabalhar com as equipes de aprendizagem (de esporte, de handebol, de capoeira, dança...). Lembremos que o democratismo piegas vigente tende a tratar todomundo igual, sem considerar diferenças de talento, habilidade, disposição, interesses e, especialmente, estilo de aprendizagem (viva o Gardner!). Na prática: "de cada um segundo as suas possibilidades e a cada um segundo as suas necessidades". Na produção do livro fiz lobi pro Listello colocar o handebol como exemplo de esportes coletivos, e consegui homenagear o Viché e o Biguá, atletas do nosso time na GM, que foram comigo pro Maranhão pra gente ser campeão brasileiro de handebol como nomes dos estudantes que preenchiam fichas de avaliação. Hehehe! (desculpem a viagem na maionese).

Voltando: como temos na temporada "uma dia jogo outro dia treino" cada uma das 4 ou 6 equipes de trabalho sabe porque estão "treinando". Certamente a "aula" do pessoal das equipe vão ser diferentes, específicos, com objetivos próprios.

Por exemplo, no handebol . Na equipe I: contrataque sustentado, balanço defensivo, tramas... Na II: fundamentos, marcação...

Mais:  A cada competição temos da produção (rendimento) dos clubes. Somamos os resultados dos jogos:

Exemplo (com medo de me complicar): Rodada de jogos de handebol da temporada. Clubes (A e B); 3 divisões:

A1 8 x B3 1; A2 4 x B2 5; A3 1 x B1 6. Resultado do dia: Clube A 13 x Clube B 11.

Se for temporada de esportes individuais basta somar os saltos ou arremessos de cada clube, ou fazer a competição emparelhando um contra um, dois contra dois (se tiver 4 raias de corrida)...

Os estudantes competem e se preparam para as rodadas seguintes. Participam da elaboração do trabalho. Cabe aos professores, além da responsabilidade geral de educadores, cuidando para que a Educação Física integre realmente o plano pedagógico da escola... "saturar o ambiente com informação e promover a socialização", como ensinou o Lauro de Oliveira Lima, também há mais de 40 anos. Mas, a Bíblia tem mais de 2 mil anos e ainda faz bastante sucesso, némesmo?

Jão: Sei que Vc é mais velho do que eu - sim alguns dias ;-) -, mas eu fiz o curso do LeBouch antes de Vc, em 72 no INEF de Madri (eu estava de mochila a caminho de ser voluntário da Olimpíada de Munique, onde pela primeira vez ia ter handebol). Eu já era técnico da GM e lembro de ter achado o LeBouch - que ainda não era famoso - meio deslumbrado com o que a gente já fazia no dia-a-dia do chão da quadra. Nesse Encontro - onde tive a honra de conhecer o Cagigal - lembro de ter ficado admirado com o trabalho de um professor chamado Julio Legido, que nas aulas de EF falava e tratava do "bombardeio sensorial". Naquela época percebi que os estudantes dos manuais eram surdos, mudos, não tinham paladar nem sentiam cheiro. Aliás, não tinham qualquer sentimento. Coisas da vida.

Laércio.

Por Antônio Sérgio Maritan Junior
em 1 de Agosto de 2009 às 09:41.

Sou um discípulo, mas tenho muito que aprender.Precisamos conversar mais sobre o tema EFE.

Por Cláudia Bergo
em 1 de Agosto de 2009 às 13:05.

Me perdoem por repetir aqui o que já disse em outras épocas e outras listas, mas continuo acreditando que não nos falta subsídios "teóricos" para fazer um bom trabalho de ensino de esportes ou na EFE. O problema, penso eu, continua sendo a legitimidade dentro da instituição escolar, porque fora dela tenho a impressão de que a EF avançou mais.

A falta de legitimidade na escola nos deixa sem espaços, instrumentos e consequentemente motivação. Uma parte dos professores é "teimosa" e enfrenta isso tudo. A outra parte (talvez ainda a maioria) desiste no meio do caminho, ou se adequa. Porque me arrisco a dizer que, em grande parte das escolas brasileiras, o bom professor de educação física é aquele que não cria problemas: libera o seu espaço de trabalho, ou seus alunos, ou suas aulas sempre que solicitado pelo diretor e colegas (Nossa, como ele é cooperativo! – afirmam); não pede material pois usa materiais (geralmente bolas) que seus alunos trazem (Nossa, ele se norteia pelo desejo de aprendizado dos educandos!); possui sempre uma coreografia na manga e um "corpo de baile" para os eventos "de gala" da escola (Nossa, como ensina bem!) e por aí afora. E quem resiste a este estereótipo é estigmatizado, dispensado, transferido, disponibilizado e outras coisitas menos legais.

Vejo, então, um problema básico na formação, que antecede a opção por esta ou aquela orientação pedagógica, que é a atitude, a capacidade de enfrentar toda esta adversidade sem esmorecer. É possível construir isso na formação?

Esse problema não é exclusividade de nossa área, mas em contextos como o retratado acima, a escola nos é menos receptiva do que às demais áreas.

Uma outra questão é mesmo a de reinvenção da roda e espero que a Internet nos ajude a superar isso. Eu, por exemplo, achei no comentário do Laércio dois autores aos quais não me reporto em meus trabalhos e que me parecem bem próximos ao que tenho feito (se puder me passar alguma coisa, Laércio, não achei na busca que fiz). Penso que algumas coisas que custei a perceber podem já ter sido esclarecidas antes.

Acho que isso acontece com muita frequência na escola. Daí meu interesse pela área de ciência da informação porque entendo que precisamos avançar na gestão do conhecimento.

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 1 de Agosto de 2009 às 15:23.

Comunitários:

Não concordo com a Cláudia. O que podemos fazer? Mostrar a que viemos. Exigir nosso espaço. Mostrar competencia. O que acontece, com os exemplos que deu do ’professor compreensivel e competente’ na ótica da direção e do setor pedagógico, é o do professor acomodado.

A educação Física deixou de ser matéria. Atividade. Passou a ser disciplina! tem um conteúdo a ser ensinado. E deve ser ministrada como ou7trra disciplina qualquer - embora não seja! Conteúdo teórico - qual o objeto de estudo da Educação Física? o corpo em movimenento?

Lá pelo final dos anos 70, Laercio e eu decidimos, em nossa atuação junto à Secretaria de Esportes e mais Lino, no Curso de Formação de Professores da então ETFM - hoje Instituto Federal do Maranhão - que a Educação Física fazia parte da Cultura do Homem. Devia ser encarada como cultura, não como uma das ciencias medicas...

Paltamos nossas ações, dai por diante, nessa concepção. De estudar o homem em sua plenitude. Lembra JoãoZin? a educação devia ser de ’corpo inteiro’, sem a divisão mente, corpo, alma... cada um para seu lado!

Dai, estudar o corpo - o funcionamento do corpo! entender o próprio corpo e suas possibilidades; depois, um estudo da lúdica e do movimento - os esportes, os jogos, as brincdeiras - não nessa ordem, pois dependeria a ordem, da série em que se esta trabalhando e a idade dos alunos e suas experiencias anteriores.

Partir das ecxperiencias, do repertorio que o aluno traz. Dai construir as aulas e o motivo! por que educação física na escola? o que ela tem a contribuir para a formação (viche!) do aluno? como interessa-lo em estudos teóricos? lembram daquela clássica pergunta? é para copiar ou prestar atenção?

Tive muitas dificuldades. Os alunos questionavam por que minhas aulas não eram tipo: jornal em baixo do btraço e bola de futsal na quadra e façamj o que puderem... como os outros. que diabos queria que estudassem, que pesquisassem, fazer provas de conhecimentos, fazer testes fisicos, discutrir os resultados e propor como melhorar am condição físi9ca ou ter um repertotio de atividades para o tempo fora da escola - e no futuro, fora do tempo do trabalho?

Por que fazer um torneio de voleibol, e marcar o tempo, não os pontos e os sets? por que fazer um jogo melhor de cinco, e quando se esta ganhando de 3 x 0 deve ir ate o quinto tempo, se o adversario nao tem mais como vencer? por que entrevistar os professores que foram atletas, para resgatar a memoria do esporte na escola?

Faziamos os Jogos Internos. Oito meses de duração! o Laercio e o Lino não pegaram essa fase, já haviam se afastado. estavam no Sumpaulo... Pois bem, quando deixei o Atletismo, fui para o Volei e tive sob minha responsabilidade o Torneio de Volei. Foram 192 jogos! até uma erquipe do primeiro ano sair a campeã da escolaq... alunos que nunca tiveram educação física! nem sabiam jogar volei...

Primeiro, naquela epoca, tinhamos o ensino medio profissional em quatro anos. Primeiro, dividi as equipes das varias turmas e cursos em série. Cada série, uma chave. Jogaram entre si, um contra todos. Campeão e vice da 1a, da 2a, da 3a, e da 4a. (os da quarta, a sua maioria, deram da seleção maranhense de volei...); depois, os campeoes da 1a. contra os da segunda; e os da 3a. contra os da 4a. Os que tinham mais experiencias... niveis diferentes... Campeao e vice de cada uma dessas chaves... para aq final... Uma equipe da 1a. (segundo lugar dessa chave), uma equpe da 2a.; e duas equipes da 4a. Campea e vice ca chave, para a Chave final... Campea contra vice, os vencedores disputando 1 e 2 lugares, os perdedores, 3 e 4 lugares... Que venceu? a equipe de 1o ano... contra metade da seleção maranhense de volei...

Ano seguinte, fiz a mesma coisa com o basquete. Deixei o Volei e fui dar basquete.

Nos dois ultimos anos, me voltei para Listello - Desportivo generalizada - lembram? 8 modalidades... durante o ano... Atletismo, Natação, Handebol, Basquetebol, Voleibol, Futebol, Futsal e Polo Aquatico, alem de Condicionamento Fisico...

Aos sabados, Clube de Lazer... os alunos vinham para praticar esportes... a manha toda na escola, fazendo o que bem entendessem... no final do ano, o Torneio... todos deviam participar de todas as modalidades, e em disputa todos os esportes... Somavam-se os pontos... No Atletismo e natação, a tabela tradicional - 1o. lugar = 10 pontos... no final, o toal de pontos de todas as provas, e teria a soma para o final... Nos jogos coletivos, o numero de pontos ou gols... No Volei, um jogo de 30 minutos, em dois tempos de quinze, ganhando quem fizesse mais pontos... somava-se todos os pontos...   para se saber quem era o ’campeão’... Calculos em mais calculos... Nos esportes coletivos, obrigatoriamente as meninas participavam... exemplo: Futsal - 5 jogadores; goleiro (homem!) e 4 na linha - tinham que jogar: um tempo com dois homens e duas mulheres; um tempo só com mulheres; um tempo só com homens. No basquete: 5 homens, 5 mulheres, 3 homens e 2 mulheres, 3 mulheres e dois homens.

Claro ficava, nos sabados, uns ajudando os outros... precisavam de todos em quadra... e os que não estavam relacionados para o jogo, tinham outras tarefas: arbitro, mesario, responsavel pelo material, dirigente...

Tudo isso bem claro, desde o primeiro dia de aula. Com o regulamento dos jogos... As atividades incluiam um estudo sobre a historia do esporte - feito na Internet. Mas o trabalho tinha que ser manuscrito, em varias copias e apresentação em forma de painel, e colocado no Patio da Escola; depois, a historia do esporte no Maranhão - fornecia o material, e eles iam fazer entrevistas com os agtletas de deetaque; o esporte na escola, com entrevista dcom professores que foram atletas... Alem da participação em eventos interdisciplinares... como Dia da brincadeira, Cultura popular (Boi, ano retrasado, Tambor de crioula, ano passado, Cacuriá, para este ano...).

Acabava que,no final do ano, na feira de Ciencias, acabavam apresentando esses trabalhos, que passavam o ano pesquisando... Eu determjinava os dois primeiros estudos: Condicionamento Físico e Atletismo, njos dois primeiros meses; depois, eles votavam os outros temas de estudo (as modalidades), com estudo sobre o assunto, defesa de seu ponto de vistya - porque aquela modalidade... e vencia a que tinha mais voto... Nessa fase, estudava-se conforme o interesse de cada um... reunhiam-se em grupos, conforme o interesse - o pessoal do volei, o do basquete, o de handebol, o de futebol, o do handebol... onde nao havia interesse ou conhecimento, como o polo Aquatico, eu apresentava e devia ’vender’ a modalidade... geralmente, o Polo era feito junto com a natação, como complemento... Nao se como ficava nas series seguintes, com outros professores, mas soube que os professores que poegaram minhas turmas, estão com dificuldades, pois os meninos exigem essa mesma metodologia... claro que estaram melhores preparados, com um repertotrio maior de movimentos e conhecimentos... discutem organização, tatica, tecnica...

Mas isso, agora é passado... estou aposentado e aqui.... 

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 1 de Agosto de 2009 às 15:34.

A proposito: nunca deixei de ir a uma reuniao de planejamento! e na escola, eram mensais... nujunca deixei de ir a uma reuniao de pais e mestres - tres vezes no ano... nunca deixiei de ir aos dois ploanejamentos anuais - 1o e 2o semestre... nunca deixei de ir a um a reuniao do departamento acasdemico - e dava aulas em duas areas distintas- tudo isso em dobro...  e sempre tinha algo a propor, a exigi9r, a discutir... e me inteirava dos trabalhos trans e inter disciplinas...

O Dia da Brincadeira, por exemplo, foi proposta de uma cadeira tecnica; o de estudo do Bumba-meu-Boi, de
Sociologia... e preparei os texticulos para a parte teorica dos estudos, acompanhei na execução, e o resultado - a avaliação, foi feita em video e apresentada a toda a escola e em alguns eventos fora da escola e do estado...

Tenho o projeto e os textos, para quem tiver interesse... em meu Blog, estou publicanto o Guia do Corredor, de condicionamento fisico, que os alunos estudavam... todos os textos estavm disponiveis na Internet, para consulta...

Por João Batista Freire
em 3 de Agosto de 2009 às 19:04.

Laércio: ter feito curso com o Le Boulch antes de mim só prova que você é mais velho que eu, mesmo tendo nascido depois. Vamos ver quem vive mais tempo?

Bem pessoal, no tema Composição Coletiva, vou me dedicar a produzir, com vocês, coisas práticas, isto é, instrumentos para as pessoas darem aulas melhores, na escola ou fora dela. E o assunto é ensinar esporte. Como diz o Laércio, competição não é pecado, pecado é sermos idiotas, gananciosos, indignos, sacanas, corruptos, e investirmos isso no esporte que fazemos. Se formos dignos, a competição não é problema.

Aqui no tema livre a gente solta o verbo, fala do passado, tem saudade, fala do que fez. Por falar nisso, vários de nós, se falarmos bastante do que já fizemos, daremos uma boa contribuição, porque, muitas vezes, o que fizemos lá atrás é o melhor de toda a nossa vida. Não que eu deseje isso, pois bem que eu gostaria de fazer o melhor de minha vida daqui por diante. Porém, tenho que confessar que o melhor trabalho de toda a minha vida foi feito de 1971 a 1977 em S. Bernardo do Campo. Um dia conto sobre isso.

Por João Batista Freire
em 3 de Agosto de 2009 às 19:04.

Ah, eu ia esquecendo. Esta comunidade já justificou sua existência; fez o Laércio falar de esporte, de sua rica experiência.


Para comentar, é necessário ser cadastrado no CEV fazer parte dessa comunidade.