Cevnautas da Psicologia,
Alguém consegue os artigos(?) publicados sobre essa pesquisa? Laercio
Alzheimer: Pesquisa mostra que 3h de exercícios semanais ajudam a prevenir
Atividades físicas funcionam mesmo quando há predisposição genética
Por G1 - 11/12/2015 - 09:14:25
Uma pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro mostra que três horas de exercícios físicos semanais são capazes de retardar e até prevenir o Alzheimer, inclusive nos casos em que há predisposição genética.
O estudo levou em consideração fatores genéticos que podem aumentar o risco do processo neurodegenerativo e a existência de substâncias associadas à formação de placas amilóides, depósitos que causam inflamações e prejudicam os neurônios, aumentando em até quatro vezes o risco de Alzheimer.
“Vários estudos já apontaram que os idosos apresentam essa inflamação e essa inflamação é sistêmica, então ela está presente no meu corpo inteiro, e, uma vez presente, ela está sinalizando que tem a ação do sistema imunológico, que ele pode estar causando a morte de algumas células”, explicou a pesquisadora Carla Nascimento.
Essas inflamações trazem prejuízos com o tempo e afetam a saúde do cérebro, mas isso pode mudar com uma rotina de exercícios como a proposta na pesquisa, em que a atividade é contínua e tem nível moderado. Resumindo, é como se a atividade física funcionasse como um anti-inflamatório natural, ajudando a frear o processo de degeneração.
“A gente verificou que existe uma redução desses marcadores de inflamação para esses idosos com uma melhora nesses componentes de funções cognitivas, que são memória, atenção, concentração, planejamento, sequenciamento para executar as atividades da vida diária”, disse Carla.
Prática
“O envelhecimento tem que ser pensado muito cedo na nossa vida, então se a gente já começar a se preparar para envelhecer bem e, tendo de rotina esses exercícios, a gente vai envelhecer muito melhor”, aconselhou a professora Márcia Cominetti.
A Unesp de Rio Claro tem um projeto de atividades físicas para idosos com Alzheimer. As vagas são limitadas e os interessados podem se informar sobre as inscrições pelo telefone (19) 3526-4312. Em São Carlos, a unidade de saúde da família do bairro Cidade Aracy II tem um projeto de caminhada orientada para a terceira idade. O telefone é (16) 3375-6783.
FONTE: http://www.edsonsombra.com.br/colunistas/alzheimer-pesquisa-mostra-que-3h-de-exercicios-semanais-ajudam-a-prevenir20151211
Comentários
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 5 de Janeiro de 2016 às 16:13.
Olá Laércio,
Não entendi bem porque este assunto está em "Psicologia do Esporte". Talvez o texto dos pesquisadores esclareça. Mas enquanto isso, vou me desculpando uma vez mais por minha intromissão, mas a neurociência me atraiu de forma contundente após tomar conhecimento dessa maravilhosa substância que envolve parte dos neurônios, e ainda tão desconhecida talvez pela maioria de pesquisadores tupiniquins.
Eis um pequeno apanhado sobre o tema: MIELINA.
Sobre a doença... colhido no site da ABRAZ – Associação Brasileira de Alzheimer
[...] Não se sabe por que a Doença de Alzheimer ocorre, mas são conhecidas algumas lesões cerebrais características dessa doença. As duas principais alterações que se apresentam são as placas senis decorrentes do depósito de proteína beta-amiloide, anormalmente produzida, e os emaranhados neurofibrilares, frutos da hiperfosforilação da proteína tau. Outra alteração observada é a redução do número das células nervosas (neurônios) e das ligações entre elas (sinapses), com redução progressiva do volume cerebral.
Estudos recentes demonstram que essas alterações cerebrais já estariam instaladas antes do aparecimento de sintomas demenciais. Por isso, quando aparecem as manifestações clínicas que permitem o estabelecimento do diagnóstico, diz-se que teve início a fase demencial da doença.
As perdas neuronais não acontecem de maneira homogênea. As áreas comumente mais atingidas são as de células nervosas (neurônios) responsáveis pela memória e pelas funções executivas que envolvem planejamento e execução de funções complexas. Outras áreas tendem a ser atingidas, posteriormente, ampliando as perdas.
Estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com a Doença de Alzheimer. No Brasil, há cerca de 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico.
Leia mais... http://abraz.org.br/sobre-alzheimer/o-que-e-alzheimer
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Sobre a mielina... pinçado do livro O código do talento, Daniel Coyle, pág. 43
[...] “É impressionante, de uma importância tremenda”, disse o Dr. Douglas Fields, diretor do Laboratório de Neurobiologia Desenvolvimental da agência de pesquisa médica National Institutes of Health, na cidade de Bethesda, em Maryland. “Ainda é cedo, mas os benefícios de seu estudo podem ser inimagináveis”[...]
[...] Mas Fields e outros informaram que, embora ainda considerem de vital importância os neurônios e as sinapses, a tradicional visão de mundo neurocêntrica está sendo fundamentalmente alterada por uma revolução de escala copernicana no pensamento, revolução essa que atribui àquele aparentemente humilde isolante um papel-chave no modo como nosso cérebro funciona, sobretudo quando se trata de adquirir técnicas.
[...] A nova concepção se baseia em três fatos simples: 1) todo movimento, pensamento ou sentimento humano é um diminuto sinal elétrico que viaja num tempo exato ao longo de uma cadeia de neurônios – um circuito formado pelos corpos celulares e pelas fibras nervosas desses neurônios; 2) a mielina é o isolante que envolve essas fibras nervosas e aumenta a força, a velocidade e a precisão do sinal; 3) quanto mais disparamos um circuito específico, mais a mielina otimiza esse circuito, e mais intensos, rápidos e precisos se tornam nossos movimentos e pensamentos. [...]
[...] Um modo mais sombrio e contundente de entender o papel da mielina no desenvolvimento das habilidades é considerar as doenças que a atacam. A violoncelista inglesa Jacqueline Du Pré perdeu misteriosamente a habilidade de tocar aos 28 anos e recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla oito meses depois. Essas patologias são literalmente o oposto da aquisição de uma habilidade, uma vez que destroem a mielina (deixando as conexões entre neurônios em sua maioria intactas). [...]
[...] O estudo sobre reserva cognitiva e envelhecimento figura no artigo: Scarmeas N. et al., “Influence of Leisure Activity on the Incidence of Alzheimer’s Disease” (“Influência da atividade de lazer na incidência do mal de Alzheimer”), in Neurology, vol. 57, 2001, p. 2236-42. [...]
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Leia mais... Procrie/O Circuito do Ensino
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 5 de Janeiro de 2016 às 10:51.
Pelo que já li a respeito - e foi pouco - mas acrescento que uma das características da doença está na deterioração da massa branca que cobre parte dos neurônios: a mielina. Quase sempre parece ser desprezada por "cientistas e pesquisadores" brasileiros, os chamados neurocientistas.
Será que o estudo não passe de mais um trabalho acadêmico? Veremos quando alguém conseguir os artigos em que profundidade se realizou o trabalho.
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