Psicologia do Esporte

Muito interessante este resultado. Todos nós, de uma forma ou de outra, sempre escutamos palavras sobre a nossa postura e a influência em nosso comportamento, pensamento e emoção. Eu, pessoalmente, nunca tinha lido uma pesquisa que mensurasse tal relação...

Vamos agora pensar sobre o que foi apontado: Se você esta sentado de forma correta, ereta, com a coluna reta, você tende a confiar e acreditar mais em suas idéias e suas percepções em relação à si mesmo, independentemente destes pensamentos serem positivos ou negativos. Se vc pensa bem sobre si mesmo, enfatizará ainda mais tais pensamentos. Se vc pensa negativamente sobre si mesmo, também irá enfatizar tal crença negativa.

Ou seja, se você pedir para uma pessoa que está triste, deprimidade e com dificuldade de lidar com determinada situação para que ela sente de forma ereta, com uma "boa" postura, você poderá estar contribuindo para ela enfatizar, de forma inconsciente, os pensamentos negativos já existentes em sua mente, o que iria piorar ainda mais tal quadro encontrado!

Sendo assim, se estivermos pensando como psicólogos que atuam no campo, aplicando este tipo de conhecimento, é preferível orientar atletas a sentarem de forma correta APENAS se os mesmos possuírem uma atitude mental positiva naquele dado momento. Se tivermos trabalhando com atletas que estão apresentando dificuldades ou pensamentos negativos em relação ao próprio rendimento, ou qualquer outro tema talvez, seria recomendável orintá-los a sentar com uma postura mais relaxada, curvada, para que tais pensamentos não sejam reinforçados (inconscientemente eles não enfatizariam tais pensamentos negativos).

Parece mágica, mas a verdade é que a mente e o corpo se comunicam de uma forma que um pode, realmente, influenciar o outro. Quem nunca fez o teste do barbante amarrado no parafuso para que os atletas entendam que mesmo querendo fazer algo contrário ao pensamento, a comunicação entre a mente e o corpo é muito mais sútil e sensível do que imaginamos. Ela se dá de forma imperceptível ao OLHO humano. Correntes elétricas falam coisas que nossos ouvidos não escutam, como demonstrado neste estudo.

Muito obrigado por dividir este artigo conosco,

Pedro Zogaib